Welcome To The Hell. escrita por Butterfly


Capítulo 10
Espera.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/208683/chapter/10

Lavi rebateu uma parte dos mortos vivos com seu martelo em seguida os esmagando espalhando sangue por maior parte do chão, Allen aproveitou o ruivo de corpo curvado tomando impulso subindo por suas costas tomando um impulso saltando no ar.

–Innocence, ativar.

Allen ativou seu Crown Clown acertando aos zumbis com seu braço os destruindo em pedaços.

Entre eles três explodiram revelando-se akumas, o albino trouxe em mãos sua espada adentrando a multidão de zumbis os partindo em dois que explodiram e mais deles, melhor dizendo todos eles se transformaram em akumas, os dois exorcistas avançaram pra cima deles os contra atacando.

–Odzuchi Kodzuchi. –Lavi girou seu martelo com os braços levantados. –Cresça, cresça, cresça...

O martelo cresceu avançando contra os akumas mortos vivos os destruindo liberando parte do caminho, os que sobravam Allen aniquilava com sua espada.

–Allen, afaste-se. –Lavi saltou enquanto Allen pulava pra trás se afastando ainda com a innocence ative. –Odzuchi Kodzuchi, cresça, cresça, cresça, cresça, cresça...

A innocence de Lavi cresceu mais e mais até formar um martelo enorme esmagando todos os akumas e formando uma cratera enorme no lugar.

–Gya... –Um homem que estava escondido se assustou tentando se afastar.

–Está tudo bem, acredite que se afastar agora é a última coisa que você vai querer. –O britânico comentou ao rapaz.

–Allen, ele não é uma akuma é?

–Se fosse eu saberia. –Respondeu ajudando ao rapaz sair do “esconderijo” aos poucos, revelando os cabelos negros curtos e bem cortados, olhos verdes e pele branca trajando um terno marron com gravata preta combinando com sapatos. –Como você sobreviveu?

–Foi tudo tão rápido, quando eu voltei da viagem do meu trabalho. –O homem respondeu assustado com algumas lágrimas envolvendo seus olhos. –E-Eu não queria, eu matei minha própria mulher e filhos... E-Eu vi meu filho devorar minha esposa, quando me dei conta ele avançou pra cima de mim querendo fazer o mesmo e logo em seguida minha mulher se levantou. –Começou a arfar. –Por sorte não fui mordido, mas eu juro não queria.

–Ninguém queria, mas não temos escolha. –O ruivo entrou no assunto. –Acalme-se e me diga, por que ainda está nessa cidade?

–Tentei fugir, mas os trens estão quebrados, alguns destruídos completamente. –Respondeu. –Eu conseguiria fugir mole, eu sei dirigir trem.

–Um maquinista?É exatamente o que estamos precisando agora. –Allen sorriu.

–Agora só precisamos de um trem que preste.

–Cala a boca, Lavi. –Puxava com força a orelha do ruivo que tentava se soltar.

–Ai, ai ai... Já não basta o coroa?

No cemitério.

Por algum motivo inexplicável os zumbis quando são aniquilados, desaparecem e ali não foi uma exceção, pois todos desapareçam menos aquele rapaz que caiu nos braços da jovem de cabelos brancos, esse sim havia sido enterrado e as mãos da garota suja de terra já esta estava sem as luvas brancas, tocou a lápide passando a mão de leve tirando a camada de poeira que cobriu ali com o tempo que passou revelando as letras entalhadas fracamente “Nero Ryman”.

No interior do cemitério havia algo semelhante a uma pequena casa que é claro seria o clássico escritório de um cemitério, Marina estava no telefone com seu gólem conectado ao telefone que Fernanda carregava.

–Entendo, encontraram. –Marina falava ao telefone. –Nem tudo são más noticias afinal de contas.

–Pode falar gatinha, eu sou foda ou não sou? –Lavi falava num tom meio convencido que dava pra perceber pelo gólem.

–Enfim você prestou pra alguma coisa, não vou tirar esse momento de você, né. –Suspirou revirando o olho desligando o gólem o guardando em seu uniforme se juntando ao pessoal ali fora sentado na escada.

–Ela ainda está lá?-A jovem de olhos acobreados se sentou ao lado do irmão. –Alguém me explica isso?

–Era por isso que o velho... –Kanda falou, flashes vinham em sua cabeça numa conversa que teve com seu general, Froi Tiedoll.

“Os dois estavam na sala de estar da ordem negra, Kanda e Tiedoll que estava sentado no sofá vermelho listrado enquanto o exorcista de cabelos longos o encarava sentado no sofá da frente”.

“-Tsc, do que está falando velho?”-Kanda perguntou no seu tom arrogante de sempre.

“-Stephanie-chan, peço que seja um pouco mais paciente com a Stephanie-chan”. –O velho foi direto ao ponto com relação ao seu pedido. –Ela passou por uma situação difícil...

“-Qual de nós não passou?-Interrompeu. –Até a Lenalee que é uma chata, mas...”

“-Bom ponto, Yuu, perceba a diferença entre as duas. –Tiedoll falou com um pouco mais de clareza dando a entender aonde queria chegar. –Lenalee consegue chorar, ela consegue expor seus sentimentos, já a Stephanie”... –Suspirou. –“Muitas coisas que nós humanos fazem ela não faz, ela não sabe. Como chorar, coisa que ela nunca conseguiu.”

“-Hora de seguir na missão, seu Pastel”. –Marina entrou na sala.

“-Tsc, pastel é a vovozinha”...

“-Vovózinha de quem?Somos irmãos, sua anta”.

“-Vocês dois não tomam jeito”. –Tiedoll suspirou vendo a clássica cena dos gêmeos brigando.

Kanda abriu aos olhos voltando seu olhar para a morena que agora estava ajoelhada sobre a lápide fazendo um tipo de oração.

– Se vai ficar remoendo o passado, ela não serve pra ser uma exorcista. – Kanda comentou friamente. –O que aquele baka usagi disse?

–Que acharam um maquinista, mas precisamos saber se tem um trem bom. –A garota de olhos acobreados respondeu.

–Quando montamos acampamento, passamos por uma ferrovia. –Fernanda comentou. –Um dos trens parecia inteiros e funcionar bem, agora não sei como está, né. –Deu uma risada leve com o próprio comentário. –Com essa situação...

–Não custa tentar, Kanda chama a deprimida pra partimos logo.

–Por que eu?

–Porque eu to mandando.

–Você não manda em mim. –Os dois iriam começar a brigar de novo se Fernanda não tivesse entrado na frente e empurrado os dois.

–Tsc, aqui só tem idiotas. –O japonês de cabelos longos marchou em direção a jovem morena que ainda estava rezando, suspirou. –Olha não sei nada sobre a sua vida ou sobre o que aconteceu ou deixou de acontecer, o que eu sei é que se tiver esses laços, eles serão usados contra você. –Percebeu a morena se levantar voltando seu olhar pra ele o encarando. – Eu disse o que achei que tinha que dizer. –Continuou a falar no seu tom frio e seco de sempre ainda encarando a morena. –Apenas isso, como eu disse antes, não é da minha conta.

A jovem de olho vermelho caminhou em direção ao japonês tocando levemente seu ombro tomando cuidado pra não sujá-lo o encarando assentindo a cabeça, saiu andando em direção ao escritório do cemitério aonde estava o pessoal.

O sol já estava se pondo e os exorcistas se reuniram na estação de trem esperando aos outros dois que estavam encarregados de levar o maquinista, os Finders estavam esperando já dentro do trem enquanto os outros dois exorcistas estavam aguardando não só Allen e Lavi chegarem, mas Stephanie que estava no banheiro lavando as mãos, deixava a água cair lavando qualquer folículo de terra de suas mãos, encarou sua imagem no espelho viu rapidamente no lugar de seu reflexo a imagem de Nero Ryman fechando os olhos trazendo a cena em sua cabeça dele caindo morto jorrando um jato de sangue bem diferente do que ocorreu no cemitério, no flashe assistia a tudo com alguns fios de cabelos brancos grudados em seu rosto que em seguida bateu uma mancha de sangue lhe sujando enquanto segurou o corpo do rapaz. Abriu o olho balançando a cabeça negativamente.

–A culpa é sua, somente sua. –Um sussurro ecoou perto da morena. –Covarde.

Olhou pra trás e viu que não tinha nada, mas quando voltou sua imagem no espelho viu atrás de seu reflexo a imagem de uma noah, com aquele sorriso perverso e largo que só os noahs sabiam dar e as retinas brancas e sedentas por morte.

Do lado de fora os dois exorcistas chegaram trazendo consigo o maquinista.

–Tsc até que enfim. –Kanda resmungou. -Mais um minuto neste lugar eu enlouqueceria.

–Eu pensei que você já era louco de nascimento.

–Ora sua. –Virou a cara ignorando ao insulto da irmã. –Tsc, a gente deveria partir sem aquela idiota.

–O que aconteceu?Onde tá a Stephanie?

–Nada que seja da sua conta, Baka Usagi. –Marina resmungou.

–É sem dúvidas ela é sua irmã, Kanda. –Allen comentou ouvindo a porta do banheiro ser aberta. –Step... –Parou de falar um momento vendo a garota sair de lá com a mesma expressão de sempre, só que a sua mão estava sangrando e perfurada por pequenos cacos de vidro dando a entender que havia socado o espelho e os pingos caiam ao chão o sujando.

O maquinista conseguiu ligar ao trem partindo da estação, Lulubell observava a tudo do telhado, na sua forma de gato emitindo apenas um miado sonoro fazendo o vento bater tocando um sino em seu pescoço.

–Finalmente, vamos sair desse inferno. –Lavi se espreguiçou se jogando em um dos bancos.

–Tsc...

–Agora o que vai acontecer com essa cidade é problema do Komui. –Marina se sentou cruzando os braços fitando ao britânico que adormeceu. –Idiota.

Stephanie estava do lado de fora sentada enfaixando a mão fitando o sol no horizonte se por aos poucos pintando o céu num tom alaranjado que escurecia aos poucos, levantou a cabeça observando a primeira estrela que surgiu no céu. Um ponto branco caiu parando em sua mão, um floco de neve que em seguida caiam mais deles, as nuvens cobriam ao céu fazendo nevar.

–He. –Sua face suavizou, um sorriso brotou dos lábios da morena voltando a encarar o horizonte alaranjado. –Obrigada, Nero. –Depois de toda essa situação, a jovem sorriu.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Welcome To The Hell." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.