Um Fio De Esperança. escrita por Pequena Garota


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Aqui, como prometido mais um capitulo *-*
o primeiro que consigo terminar tão rápido.
espero que gostem.
Boa leitura



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Desliguei o celular e joguei em cima da cama de Claudia.

–– Por que não quer atender? Perguntou.

–– Por que é minha mãe. E ela só sabe me encher a paciência.

–– De um tempo a ela. Ela é sua mãe, só deve estar preocupada. – ela fez uma cara estranha.

–– O que foi, está se sentindo mal? Perguntei colocando a mão em seu ombro.

–– Você sabe de quantos meses está. – mudou de assunto.

Fazia menos de vinte minutos que havia chegado, Claudia estava mais uma vez pendurada no celular quando cheguei. Ela olhou mais uma vez para o aparelho em sua mão.

–– Dois. – eu peguei o celular de sua mão e o desliguei. – sem celulares hoje, sem Emília hoje. – disse por fim.

–– E o Gustavo?

–– Não... Não fala nesse desgraçado... Por favor...

–– Desculpa. – ela ergueu as mãos na defensiva.

Eu suspirei.


–– Sabe o quanto você é importante pra mim? Sussurrou em meu ouvido. – Você é minha vida agora.

Eu me mexi inquieta na cama, eu ficava agitada quando ele me falava essas coisas, Gustavo era o primeiro cara que fazia com que eu me sentisse nas nuvens. Ele sabia ser atencioso, sabia me dar espaço, era engraçado, inteligente, era o cara perfeito para mim. E o mais importante, ele era diferente de todos os outros, ele já havia me provado o quanto me amava. Ele me fazia a pessoa mais feliz do mundo.

–– Ainda vou me casar com você, vou ter filhos com você e vou ser a pessoa mais feliz desse mundo.- disse.

Eu me estiquei e cheguei perto de seus lábios.

–– Eu te amo. – disse lhe dando um beijo.

Ele sorriu o meu sorriso perfeito. Sim, meu. Aquele era o meu sorriso, o sorriso todo bobo dele.


Balancei a cabeça afastando as lembranças.

Pigarreie e me levantei enquanto Claudia embaralhava as cartas do UNO.

–– Vou ao banheiro, já volto.

Ela assentiu.

A Mãe de Claudia estava na cozinha, preparando o almoço.

–– Quer ajuda. – disse ao me aproximar.

–– Olá queria, não obrigada – ela sorriu para mim.

Entrei no banheiro e tranquei a porta. Aquilo tudo estava me deixando louca. Abri a torneira e joguei um pouco de agua fria em meu rosto. Deixei que o lápis preto escorresse pelas maçãs de meu rosto junto com a lagrimas que não consegui segurar.

Por que ele tinha que dizer que me amava?

Aquela situação era ridícula, eu estava chorando no banheiro da casa de Claudia, tudo bem que a dona Ana me conhecia desde que eu tinha 5 anos, mas isso não tornava o fato mais patético.

Lavei o rosto e tirei o resto do lápis preto do olho, meu rosto estava um pouco vermelho, mas tinha que voltar para o quarto de Claudia, antes que ela viesse atrás de mim.

Dona Ana estava ralando uma cenoura agra.

–– Nanda, você conhece a Emília? Perguntou quando passei pela cozinha novamente.

–– Não muito. – disse passando a mão no rosto. – mas não gosto dela.

–– Ela foi no hospital ver a Claudia uma vez, e eu ouvi as duas conversando... – ela me encarou. – eu não ouvi por querer. De jeito nenhum, não estava querendo escutar a conversa da minha filha, mas sem querer eu ouvi essa Emília dizer sobre um “remédio” novo. Você acha que essa garota pode estar envolvida com drogas? Perguntou horrorizada.

–– Sinceramente eu não sei, mas não acho que elas estavam falando de droga Ana.

Ela esperou que eu continuasse.

–– Claudia uma vez comprou um inibidor de apetite, capsulas de colágeno... – eu balancei a cabeça, não queria lembrar da briga que tive com ela por causa dessas porcarias – comprou laxantes... Você acha que ela está tomando esse remédio que a Emília trouxe? Perguntei preocupada.

–– Não, ela disse que não queria. – eu respirei aliviada ao ouvir isso – Ela estava tomando remédios? Ela pareceu surpresa.

Fiz que sim com a cabeça.

Claudia entrou na cozinha sorrindo.

–– Do que as duas estão fofocando? Ela se pendurou em meu ombro.

–– Eu estava convidando a Nanda para almoçar aqui. – disse sorrindo gentilmente para mim.

Eu retribui o sorriso.

–– Vai ficar? Claudia perguntou.

–– Vou. – disse por fim.

–– Obrigada – ela disse apertando minha mão de leve.

–– O Almoço está quase pronto. – disse a Dona Ana.

Claudia fez cara feia pra mãe enquanto ela não olhava. Eu a olhei com reprovação.

Claudia deu uma gargalhada e me puxou pela mão.

–– Cansei de jogar UNO, quero jogar vídeo game agora. Quer jogar Guitar Hero comigo? Perguntou se sentando no chão e ligando o Play2.

–– Claro, porque não?

Ficamos jogando por um tempo, até o pai de Claudia chegar.

–– Oi meu amor? Como está se sentindo. – ele beijou o auto da cabeça dela quando ela lhe deu um abraço.

–– Oi papai. Saiu mais cedo? Perguntou.

Eu me levantei.

–– Oi Nanda, como você está? Ele me cumprimentou com um beijo na testa também. – Não querida, só vim almoçar aqui. –disse dando um sorriso.

–– Eu estou bem. – disse.

–– A comida está na mesa. – disse Ana da cozinha.

Eu segurei a mão de Claudia e a levei até a mesa.

–– Por que temos que comer na mesa? Nunca fizemos isso. – disse de cara fechada.

Eu achei errado estar ali, parecia estar deslocada. Os pais de Claudia suspiraram.

–– Sente-se e coma – disse Renato usando um tom autoritário que eu nunca tinha escutado ela usar com Claudia antes.

Ela caiu pesadamente na cadeira.

Eu sorri para ela e sentei ao se lado. Ela ficou encarando o prato por alguns minutos, até que eu a cutuquei e acenei com a cabeça para que ela comece.

Aquilo parecia mais difícil para ela do que antes. E ela teria que ver a psiquiatra mais tarde, assim como a nutricionista e um medico.

Claudia mal tocou na comida, simplesmente se levantou e saiu da mesa. Os pais dela me encararam como se eu fosse a única pessoa no mundo capaz de ajuda-los. Eu me levantei e fui atrás dela.

–– Claudia. – chamei batendo na porta do quarto.

–– Está aberta. – disse evidentemente de mal humor. – me desculpe. – disse quando entrei.

Ela correu em minha direção e me abraçou, eu a acolhi em meus braços.

–– Calma, está tudo bem. – eu tirei o cabelo que lhe cobria o rosto. – Serio, eles não ficaram bravos, só estão preocupados com você meu anjos. Eu me sentei na cama com ela.

–– Eu não consigo fazer isso, sempre achei que conseguiria sair disso sozinha, mas isso é mais difícil do que eu pensei.

–– Você não precisa estar sozinha. – disse tentando acalma-la. – eu posso te ajudar a sair disso. Eu posso ficar com você, posso te ajudar, mas só vou ficar se deixar que eu te ajuda. – disse por fim.

Ela gemeu.

–– O que foi? Perguntei preocupada.

–– É difícil manter a comida dentro. – disse fazendo uma careta.

Uma luz se acendeu em minha mente. Eu sabia exatamente como podia ajuda-la.

–– Quer ser a madrinha do meu bebe? Ele precisa de uma madrinha divertida, um pouco doida, que goste de rock e principalmente, uma madrinha que já o ame, antes mesmo dele estar nesse mundo doido, uma que interveio pela vida dele sem antes ter visto o rostinho dele...

Ela me encarou sessando o choro de repente. Seu rosto se iluminou.

–– Aceita ser a madrinha do meu bebe? Perguntei colocando sua mão em meu ventre e sorrindo vagarosamente.




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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado >.
sexta posto outro >.