Um Fio De Esperança. escrita por Pequena Garota


Capítulo 29
Capitulo 29.


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus, nunca estive tão sem tempo pra escrever como agora. É trabalho, escola, cuidar da casa... (como se eu morasse sozinha --')
enfim, ai está meus amores. *-* espero que gostem sei que não ficou tão bom assim, mas boa leitura.



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O celular chamou apenas uma vez e então eu desisti. Eu não podia fazer isso com Lucas. Era ele quem estava ao meu lado sempre que eu precisava.

Olhei para o céu cheio de nuvens.

Fiquei assim por alguns minutos, até meu celular começar a vibrar.

– Oi meu amor, você me ligou. – disse assim que atendi.

– Oi Lucas.

– Aconteceu alguma coisa, Nanda?

– Não, é que, eu acho que devíamos conversar.

– Pode me dizer.

– Não por telefone.

– Droga. – ele parecia triste – Você está terminando comigo?

Respirei fundo.

– Eu não quero fazer isso por telefone. – disse por fim.

– Você está terminando comigo!

– Eu sinto muito. – disse.

– Tudo bem. – disse devagar. – Só me diz o motivo.

– Não estamos dando certo Lucas. Não é como quando nos conhecemos. Nós dois nos afastamos muito. E eu preciso de alguém pra abraçar de vez em quando.

– Então o problema é à distância?

– Sim, ela nos afastou mais do que devia.

– Tudo bem, eu concordo. Mas nós podemos dar um jeito nisso, não podemos?

Eu fiquei em silêncio.

– Não podemos Nanda?

– Lucas, você é muito novo para entender isso, mas eu vou ter um filho daqui a três meses. E quando o bebe nascer, não vou ter tempo para você. E eu não quero que você passe por isso.

Ficamos em silêncio por alguns minutos.

– Então isso é um adeus? Perguntou.

–Sim. – eu disse.

– Bom então adeus Nanda. Eu espero que seja muito feliz, de verdade. Eu te amo.

Aquele ultimo, “eu te amo” entrou como uma faca em meu peito.

– Também te desejo toda a felicidade do mundo Lucas.

– Então é isso, tchau Nanda.

– Tchau.

– Até algum dia. – Ele desligou.

Senti algo estranho na boca do estomago. Um gosto amargo na boca. Mas aquilo era o certo a se fazer.

Continuei sentada alguns minutos com a mão na barriga. O bebe estava chutando bastante. Sorri largamente enquanto conversava com minha barriga para me distrair. Isso era algo que eu adorava fazer. Conversar com o meu bebezinho e sentir seus cutucões dentro de mim.

Depois de meia hora sentada no banco da praça, me levantei e fui para o ponto de ônibus.

Eu precisava comprar bastante coisa para o enxoval. Só tinha as roupinhas que Claudia tinha comprado. O que não era nada comparado com o que precisava.

Tinha economizado dinheiro suficiente pra comprar roupas e fraudas e as coisas mais básicas. Mas não para o berço, banheira, cômoda e etc.

Chegando ao shopping entrei em uma loja de roupas para bebês. Era uma loja pequena e com roupas lindíssimas. Mas todas eram muito caras também.

Fui para outra loja de roupas variadas, adultos, jovens e crianças. A diferença de preço era mais de 100%. Obvio que o estilo de roupas de uma loja para a outra era bem diferente. Mas de qualquer forma pagar 350 por um vestidinho vinho com alguns babados branco, era de mais. Com 350 reais eu podia comprar três ou mais vestidinhos tão lindos quanto aquele. Peguei uma daquelas sacolas de colocar as roupas e fui escolher alguns macacõezinhos. Eu ainda não sabia o sexo. Peguei dois macacões do mesmo modelo, um branco e um amarelo. Praticamente essas eram as cores que combinariam tanto com menino quanto com menina. Peguei outros macacões de outros modelos e depois fui pegar camisetas e calças. Estava começando a considerar a ideia de ligar para o meu medico e perguntar se meu bebê ficar melhor de rosa ou azul. Tinha tanta coisa linda para comprar, mas tinha que me limitar a branco e amarelo por pura frescura minha de não querer saber o sexo. Peguei algumas meinhas e dois gorrinhos para o frio. Passei para a parte da perfumaria, escolhi a mamadeira, sabonete, shampoo, loção e etc.

Depois de comprar algumas coisinhas básicas, me sentei na praça de alimentação. Eu comia um lanche da Subway quando minha mãe me ligou.

–– Oi mãe. Aconteceu alguma coisa?

–– Oi Nanda, só liguei para saber onde você estava.

–– Vim comprar umas coisas para o bebe, estava sem absolutamente nada. Ainda tenho que comprar fraldas, uma coberta, banheira. – passei a mão na testa. – Ai meu Deus, quanta coisa. – Suspirei.

Minha mãe deu risada do outro lado da linha.

–– Você podia ter me falado, eu iria com você. – disse. – Nanda, eu já tenho para que dar as roupas da Sarah. – disse mudando de assunto. – Uma amiga minha tem uma filha do mesmo tamanho.

–– Tudo bem. – disse sem demonstrar muita emoção. – E ela vai pegar quando?

–– Amanha mesmo. Eu estou separando as roupas agora e amanha ela vem buscar.

Fiquei em silencio por um instante. Não sabia exatamente o que dizer.

–– Chegou uma carta para você. – disse quando percebeu que eu não diria nada.

–– E de quem é? Perguntei feliz por mudar de assunto.

–– Não tem nome. Só o seu. – ela esperou que eu dissesse algo, e como não disse ela voltou a falar. – Vou desligar, quero terminar isso aqui logo. Até mais tarde Nanda.

–– Tchau mãe, até mais tarde.

Eu desliguei e continuei comendo meu lanche.

Não tinha dito nada, mas a carta sem remetente tinha me deixado curiosa.

Fui a mais duas lojas, dei uma olhada em tudo, e só comprei uma mantinha de lã branca. E então resolvi que já era hora de voltar para a casa, estava ficando tarde e eu estava cansada.

Quando cheguei em casa minha mãe estava na sala assistindo novela. Coloquei as coisas no chão e deitei um pouco no sofá menor.

Acabei cochilando no sofá e acordei com minha mãe me chamando. Mostrei para ela as coisas que comprei e depois fui tomar um banho.

Eu estava no meu quarto trocando de roupa quando vi o envelope ainda fechado em cima da minha cama.

Era um envelope branco. Não tinha selo nem nada, só o meu nome no verso. Abri mais curiosa que nunca. Dentro havia apenas uma folha de caderno.

“Querida Nanda

Eu me segurei bastante para não precisar lhe enviar essa carta. Mas acontece que eu não funciono sem você.

Eu me afastei porque só te fiz mal.

Não adianta negar, nós duas sabemos que é verdade. Quase te fiz perder o bebe, e NUNCA vou me perdoar por isso.

Eu não achei que ficaríamos tanto tempo sem nos falar. No inicio achei que não aguentaria, mas acabou que fiou mais fácil quando você não e ligou uma só vez. Nem para perguntar se eu estava bem.

Fui uma idiota por esperar uma ligação sua, afinal a errada era eu.

Eu devia ter ligado e me desculpado.

Eu devia ter dito que, para o seu bem, deveríamos nos afastar. E não o contrario.

Porque isso significaria que você estaria desistindo de mim.

Eu demorei muito tempo para perceber e aceitar isso: Você desistiu de mim Nanda.

Mas eu não a culpo. Afinal você tem que pensar no melhor para o seu filho.

Eu estava conformada, seguindo em frente sem você. E aí você manda aquela MALDITA sms. 'Te Amo. Sinto sua falta'.

Passei a noite em claro, chorando feito uma idiota.

Você disse que me amava e que sentia minha falta. Todo o conformismo que eu tinha, desapareceu. E tudo que sobrou foi o espaço vazio em meu peito.

Você não pode voltar para mim Nanda. Porque nada vai ser como antes.

Talvez um dia a gente se trombe na rua e relembre os velhos tempos.

Eu te amo Nanda.

E sinto sua falta, mais do que imagina.

Com amor, Claudia”

Sentei na cama um tanto quanto pasma. Claudia as vezes parecia uma criança mimada e chorona.

Totalmente dramática!

Terminei de me vestir e avisei minha mãe que estava saindo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e até o próximo capitulo. *-*



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