Um Fio De Esperança. escrita por Pequena Garota


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

To tããããoooo feliz com a musica nova da Avril Here's To Never Growing up *-----------------------*
muito perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
*------------------------*
espero que gostem da musicaaaaaaaaaaaaaaa
ops
do capitulo.
kkkk



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A uns 5 anos atrás nunca passou pela minha cabeça que num dia como este eu não teria minha irmã por perto.  Nunca passou pela minha cabeça que chegaria aos 18 anos e estria gravida e sozinha. Muito menos que se algo do tipo acontecesse eu estaria desabrigada.

  A 5 anos atrás eu sonhava com um futuro, sonhava em ter um emprego e sair de casa. Ser responsável por mim sem ajuda de ninguém. Imaginava que quando eu tivesse minha casa eu convidaria minha irmã pra almoçar comigo nos domingos, e até mesmo passar finais de semana assistindo filmes e comendo pipoca com ela. 

As coisas que passavam na minha cabeça eram coisas do tipo que qualquer adolescente imagina. Ter os amigos sempre por perto, ter alguém com quem conversar quando se precisa desabafar. Ter filhos!!

Sim eu sempre quis ter filhos, mas nunca imaginei que seria assim. Que acabaria assim.

Que eu estaria sozinha.

  Sentei na calçada e deixei a mochila cair de meu ombro.

  Abaixei a cabeça nos joelhos e chorei. Chorei toda a magoa dentro de mim.

 Eu ainda estava na rua de casa, mas era a mesma coisa que estar em um lugar estranho. Um lugar onde eu não poderia mais voltar nos dias difíceis.

Dias como este.

  Peguei o celular quando estava um pouco mais calma.

  Eu não queria ligar para Claudia e contar pra ela que meus pais tinham me colocado pra fora sem nem pestanejar. Não queria ser um peso amais em sua vida, mas que escolha eu tinha? Eu estava perdida e ela era minha única família.

  Esperei que ela atendesse.

  –– Nanda? Achei que você nunca mais iria falar comigo – ela pareceu aliviada.

  Não consegui me controlar e comecei a chorar outra vez.

  –– Aconteceu alguma coisa? Você está bem?

  –– Estou na rua Claudia. – aquilo foi o máximo que consegui dizer.

  Estava tão envergonhada. Nunca achei que chegaria a esse ponto.

  –– Como assim? Vocês está literalmente na rua, ou só na rua?

  –– Na rua Claudia, meus pais me colocaram pra fora de casa.

  –– Meu Deus! Onde você está?

  –– Na rua de casa ainda, não sabia pra onde ir. – disse.

  Ela ficou em silencio.

  –– Nanda, não saia daí. – disse. – Eu e minha mãe estamos indo te buscar.

  Eu concordei com a cabeça, mesmo sabendo que ela não estava me vendo.

  Desliguei o celular e continuei sentada na esquina de casa, como uma idiota.

  Estava totalmente perdida em meus pensamentos quando Dona Ana parou o carro do outro lado da rua e Claudia desceu correndo até mim.

  Eu me levantei e a abracei forte.

  –– Vai ficar tudo bem Nanda.

  Ela entrou no caro comigo.

  –– Oh querida, eu sinto muito. – disse Dona Ana passando a mão em minha perna. – Tenha certeza de que na rua você não fica viu? Minha casa também é sua casa. – ela sorriu pra mim.

  Eu estava tão fragilizada que não conseguia parar de chorar no colo de Claudia.

  Nem percebi quando chegamos em sua casa.

  Nós entramos e Dona Ana quis conversar comigo antes de qualquer coisa.

  Enquanto conversávamos Claudia fez um chá pra mim.

  –– Outro dia Claudia deixou escapar que você estava gravida. – ela me olhou com doçura. – Eu sei que não sou sua mãe, mas considero você como uma filha Nanda, quero que você saiba disso, e Rubens também tem muita consideração por você. Você e Claudia se conhecem a muito tempo e eu admiro muito a amizade de vocês duas.

  Eu dei um meio sorriso.

   –– Vocês estão juntas sempre, uma sempre ajudando a outra e isso é muito raro hoje em dia. – e outra coisa, você faz um bem inimaginável a Claudia. Ela gosta muito de você Nanda.

  –– Eu também gosto muito dela Ana, ela mais que uma amiga pra mim, ela é como uma irmã pra mim.

  –– Eu sei disso, vocês tem uma ligação muito forte.

  Ela segurou minhas duas mãos.

  –– Nanda, eu quero te dizer que estamos aqui pra qualquer coisa que você precisar. E eu fico muito feliz que você tenha escolhido ter essa criança mesmo sem um pai, se fosse uma garota de cabeça fraca já teria abortado.

  Meu estomago embrulhou ao lembrar que um dia eu cheguei a pensar em aborto.

  –– Se precisar de qualquer coisa, qualquer coisa mesmo quero que saiba que pode contar comigo. – ela apertou meus dedos.

  Eu concordei.

  –– Você está fazendo o pré-natal? Perguntou.

  –– Eu já passei no medico algumas vezes, - disse. – e essa semana ainda eu vou fazer meu primeiro ultrassom – eu dei um sorriso meio abobada ao pensar no bebe.

  –– Muito bem, e você está se alimentando direitinho? O bebe precisa de todos os nutrientes e vitaminas de uma boa alimentação.

  Eu fiz uma careta, não estava cuidando da minha alimentação. E eu pegava tanto no pé de Claudia por isso.

  –– Eu como bem, mas não acho que como certo. – disse.

  Nós terminamos a conversa com ela me falando algumas coisas sobre a gravides dela e então foi a vez de Claudia me escutar.

  –– Eu realmente não acredito na ignorância dos seus pais. – disse irritada. – Afinal de contas você já está grávida, colocar você pra fora de casa não vai te deixar menos gravida.

  Eu ri baixinho.

Ela arregalou os olhos e pulou da cama dela pra minha.

  –– Eu contei pra minha mãe. – disse toda empolgada.

  Eu a encarei com a maior cara de paisagem.

  –– Que eu sou lésbica. – ela revirou os olhos como se fosse obvio.

Eu engasguei.

  –– E qual foi a reação dela? Perguntei.

  –– Olha, vou te contar desde o início pra facilitar. – ela arrumou as costas e continuou. – A última vez que a gente se viu, depois que eu te beijei e você foi embora daquele jeito a minha mãe me viu chorando. Então eu resolvi contar tudo o que tinha acontecido, desde Emília. – Ela fez uma pausa. – Não acreditei quando ela me abraçou e disse que estava tudo bem. Ela não ficou nem um pouco chocada quando descobriu que não gosto de garotos.

   –– Sua mãe sabe que você é gay e está tudo bem? Eu realmente nasci da mãe errada – disse brincando.

  Claudia riu.

  –– Você não ficou com medo de contar? Perguntei.

  –– Claro que fiquei. Já é bem difícil pra minha mãe ter uma filha “doente” – ela fez as aspas no ar. – E ai vem mais uma bomba, imagina as besteiras que não passou pela cabeça dela de todas as vezes que eu trouxe uma menina pra cá.

  Eu tive que concordar.

  –– E seu pai?

  –– Ele ainda não sabe. E eu não acho que ele vá reagir da mesma maneira que minha mãe. – ela suspirou. – Minha mãe disse que é melhor esperar um pouco, que ele está com a cabeça muito cheia, já que agora ele é o único que está trabalhando. Ele está um tanto sobrecarregado, coitado.

  Claudia ajudou a arrumar minhas poucas coisas dentro de uma gaveta de seu guarda roupa.

  –– Sempre sonhei com esse dia, sabia? Com você vindo morar comigo, desde que eu fiz meu pai comprar essa cama.

                                                                         ***

  Passei metade da noite sem conseguir dormir. Era quinta feira, e eu tinha que levantar cedo para ir ao trabalho, mas não conseguia fechar os olhos e relaxar. 

O meu final de semana seria bem longo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo gente
e escuteeeeeeem a nova music da Avril
*---------------*
muito perfeitaaaaaaaaaaa
Heres To Never Growing Up
*-------------------------*



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