Um Fio De Esperança. escrita por Pequena Garota


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é meio pequeno, mas espero que gostem.



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Foi um beijo doce, suave. O beijo ais delicado que já havia recebido.

A mão de Claudia deslizou pelo meu rosto e eu a afaste.

–– O que você está fazendo? Perguntei me esquivando.

  Me levantei e fui para o outro lado do quarto.

–– Me desculpe... eu...

–– Claudia eu namoro o seu primo!

–– Eu sei. – ela se levantou.

  –– Por que você me beijou?

  –– Eu não sei, eu sinto muito. – ela abaixou a cabeça envergonhada.

  Me sentei na cadeira da escrivaninha um pouco atordoada.

  –– Nanda. – ela colocou a mão em meu ombro. – Eu não seio que deu em mim, serio. Você estava ali, tão perto e tão compreensiva que eu não pensei, apenas fiz. Me desculpe. Eu juro que isso nunca mais vai acontecer. – ela deu um meio sorriso.

  Balancei a cabeça negativamente.

  Eu nem conseguia pensar direito. Eu gostava muito de Claudia, mas isso não lhe dava o direito de sair me beijando.

  –– Eu preciso pensar. – me levantei e fui em direção a porta.

  –– Não vai não. – pediu.

  Eu não podia ficar, precisava pensar, e precisava de um lugar tranquilo.

  –– Eu te ligo mais tarde. – disse.

  Me despedi de Dona Ana e saí.

  Meu estomago estava embrulhado, mas não de um jeito nojento, de um jeito esquisito.

  O que era aquilo?

  Minha cabeça ficava voltando no beijo, voltando no momento em que sua mão me tocou. Quando nossos lábios se tocaram.

  O que é que estava acontecendo comigo?

  Peguei meu celular e liguei para Lucas.

  Ele atendeu no segundo toque.

  –– Oi amor, aconteceu alguma coisa? Perguntou.

  Eu fiquei em silencio por alguns segundos.

  –– Nanda?

  –– A CLAUDIA ME BEIJOU. – gritei.

  Ele ficou mudo.

  Me sentei no banco da praça.

  –– Eu estava no quarto dela, ai ela começou a chorar e ... e me beijou.

  –– Por que ela fez isso? Perguntou.

  –– Eu não sei. – disse.

  –– Eu acho que você deveria desligar e ir conversar com ela. Afinal, se você está confusa imagine ela.

  Eu suspirei.

   Claro que ele ficou meio chateado com a prima dele, mas ele tinha razão.

  –– Eu não sei se quero conversar com ela agora Lucas.

  –– Tudo bem, então conversa com ela amanhã – disse.

  Eu não disse nada. Eu não queria conversar com ela, queria só esquecer. Ela era minha amiga, não tinha nada contra ela gostar de mulher nem nada, mas aquilo tinha sido muito esquisito pra mim.

  –– Você está aonde? Perguntou.

  –– Na praça perto da casa dela.

  –– Você não acha que está tarde pra ficar na rua? Vai pra casa e descansa um pouco e se quiser conversar é só me ligar. Tudo bem?

  Eu concordei.

Me despedi e fui para o ponto de ônibus.

  Eu acabei cochilando dentro do ônibus, mas não desci no lugar errado.

  Eu não estava com a mínima vontade de voltar para a casa.

Cheguei em casa e minha mãe estava jantando com meu pai.

  –– Já chegou? Perguntou minha mãe.

  Eu não respondi e passei direto.

  –– Menina mal educada, sua mãe está falando com você.

  –– Ela está vendo que eu cheguei. – disse baixo.

    Me tranquei no quarto e me deitei na cama.

  O celular vibrou e apitou dentro do meu bolso.

  Era uma mensagem da Claudia.

  “Me desculpa se eu estraguei tudo.”

     Dei um suspiro longo e joguei o celular de lado.

  Ela não tinha estragado tudo, mas eu não estava afim de falar com ela naquele momento.

  O celular apitou mais uma vez.

 “Eu sei que você vai me odiar, mas eu contei pra minha mãe sobre você estar gravida.”

  Eu arregalei os olhos, meu coração quase parou, minhas mãos começaram a soar frio.

  Respondi a mensagem com um “VOCÊ ESTÁ LOUCA?” bem grandão.

 Mas ela não mandou nenhuma resposta de volta.

  Se ela queria minha atenção, ela tinha conseguido.

  O que ela tinha na cabeça? Como eu olharia para a Dona Ana de novo? Claro a melhor amiga da filha dela era uma irresponsável, e estava gravida e sem um pai pro bebe.

  Caramba, eu não ia conseguir pregar os olhos naquela noite.

                                                     ***

  Eu estava acordada bem antes do horário normal que acordava para ir trabalhar. Deu tempo de me arrumar ir comprão pão, fazer o café e comer com a maior calma do mundo.

 Tentei passar o dia sem pensar em nada daquilo. Não liguei para Claudia na hora do almoço, nem me importei de não levar o celular para almoçar.

  O dia passou muito devagar, as os minutos pareciam horas.

   Claudia me mandou mensagens o dia todo, mas eu não me dei o trabalho de abri-las. Eu realmente estava evitando-a

  O dia passou, as coisas começaram a ficar estranhas em casa, minha mãe fazia muitas perguntas sobre minhas roupas e meu pai ficava me olhando de um jeito que chegava a ser desagradável.

Eu não estava acostumada a ficar tanto tempo em casa, e como não estava falando com Claudia por razoes obvias, eu era obrigada a ficar em casa.

  –– A Claudia me pediu pra te dizer que ela sente muito. – disse Lucas pela milésima vez.

  –– Ela devia ter sentido tanto assim antes de falar pra mãe dela. – disse.

  –– Eu cansei de servir de intermediário entre vocês, já está na hora de vocês sentarem e conversarem como duas mulheres e não ficar fazendo birra feito crianças.

  –– Tudo bem, eu falo com ela, mas não hoje. Você também ficaria zangado se ela contasse pra mãe dela que você está gravido.

  Ele riu do outro lado.

–– Como é Nanda?

  Eu dei um pulo.

 Minha mãe estava bem atrás de mim com os braços cruzados.

  –– Você está gravida?

  –– Não, você entendeu errado. – eu me levantei.

  –– Quem é o pai? É aquele garoto primo da Claudia?

  –– Não, ele não tem nada a ver com isso...

  –– Então você está mesmo gravida.  – ela me encarou.  – Eu não posso acreditar nisso.

  –– Mãe...

  –– O seu pai sabe?

  Eu fiz que não.

  –– O que eu sei? Perguntou meu pai da porta.

 Eles adoravam fazer isso, os dois entrar no meu quarto de surpresa. Acho que meu quarto tinha porta pra eu ter privacidade.

 –– A Nanda está gravida.

  Minha mãe jogou as palavras como quem joga uma bola de olhos fechados. Não se importando com o que aconteceria depois, ela estava tão brava que não pensou que meu pai ficaria mil vezes mais zangado que ela.

  Meu pai piscou duas vezes.

  –– Espera, eu acho que não ouvi direito.

  Eu dei um passo para traz.

Ele começou a gritar um monte de palavrões e ofensas pra mim.

  Naquele instante o meu mundo estava desabando e estava desabando de vez.

  Desta vez meu pai e minha mãe estavam contra mim.

  Eu não tinha escapatória.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Até o próximo capitulo gente linda que eu amo.



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