Um Fio De Esperança. escrita por Pequena Garota


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Haha, Obrigada pela ajuda Gabi *-*
estaria no meio do capitulo se não fosse você, obrigada anjo *-*
Então aqui está mais um capitulo, espero que gostem.
>.
Boa leitura.



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  Esperei Lucas chegar para me ajudar a levar as coisas para casa.

  –– Tem certeza de que quer fazer isso? Perguntou pegando as sacolas de minha mão.

  –– Tenho. – disse pegando a bandeja de bolo de padaria.

  Colocamos todas as coisas na mesa, pudim, bolo, brigadeiro, frios, salgados etc...

  –– Ela vai surtar. – disse pegando um sonho.

  Dei de ombros, sabendo que era verdade.

  –– Quando ela chega? Perguntei.

  Lucas olhou para o relógio em seu braço.

  –– Ela acha que a gente está vendo um filme, então ela só deve chegar daqui à meia hora.

   Lucas me abraçou por trás.

  –– Você sabe que isso é exagero né?

  Fiz que sim com a cabeça.

  –– Eu ainda não entendi o que você quer fazer. – disse ficando de frente pra mesa.

  Dei um meio sorriso.

  –– Logo você vai entender.

  Ele beijou meus lábios gentilmente.

  –– Porque não vamos assistir alguma coisa enquanto esperamos  por ela? Ele me puxou pelo corredor.

  Minha mãe não estava em casa, tinha saído para procurar emprego, já que meu pai tinha começado a beber desde o falecimento de Sarah...

  Acabou que Claudia chegou 5 minutos depois.

  –– E então, o que os pombinho querem comigo? Perguntou toda sorridente.

 –– Estamos comemorando. – eu disse enquanto íamos para a cozinha. – Nossa primeira semana juntos.

  Lucas me encarou com um olhar suspeito.

  E dai que era mentira? Eu tinha que inventar alguma coisa. E aquela mentira idiota tinha sido a melhor coisa que eu consegui pensar.

  –– Eu já ouvi falar com comemorar um mês de namoro, mas uma semana?

  Revirei os olhos.

  –– Cada um comemora quando quer. Eu quero comemorar hoje.

  Lucas deu um riso baixo.

    –– Tudo bem ent... Meu Deus, quantas pessoas você convidou Nanda? Perguntou arregalando os olhos.

  –– Já está todo mundo aqui. – digo sorrindo amarelo.

  –– Nanda, isso é algum daquele desejos maluco de gravida? Por que se for, eu...

   –– Vamos comer. – disse ignorando-a. – O que você vai querer primeiro? Perguntei apontando para a mesa cheia.

  –– Não vou querer nada, obrigada. – disse coçando o braço. – Comi antes de sair de casa.

  –– Mentira. – interveio Lucas.

  Claudia o fuzilou.

  –– Tudo bem, é mentira, mas não vou comer nada... disso ai. – ela apontou para a mesa.

  –– E eu posso saber porque? Perguntei cruzando os braços.

  ––Você só pode estar ficando louca Nanda, vou virar uma orca se comer qualquer coisa desse mesa. – disse, ela estava quase gritando.

  –– Claudia, se acalma. Ninguém aqui vai te forçar a comer se você não quiser. – disse Lucas colocando a mão em seu ombro.

  Fale por você, pensei.

  Peguei um prato para cada um, e cortei um pedaço de pudim pra mim.

  –– Você quer? Perguntei.

  –– Não, obrigada. – disse virando o rosto.

  –– Eu quero o bolo. – Lucas pegou a faca na gaveta.

  Acho que só eu para pensar numa idiotice dessas, achando que algumas porcarias iam fazer com que ela me levasse a sério. Bom, eu ainda não tinha perdido a batalha. E não ia desistir, não sem ela comer pelo menos uma coisa daquela mesa.

  –– Olha o aviãozinho. – fiz curvas no ar com o garfo enquanto fazia uma tentativa patética de imitar um avião. – Abre!

  –– Não! – ela empurrou minha mão.

  –– Que tal um pãozinho de queijo? Perguntei.

  Ela bufou.

  –– Não adianta ficar zangada. – disse comendo meu pudim. – Eu sei que você está louquinha pra provar essa torta. – apontei para a embalagem ainda fechada.

  Lucas me observava calado, eu não sabia se aquele olhar era de desaprovação ou apenas pena.

  –– Eu vou pra casa. – ela se levantou.

  –– Não vai mesmo. – eu a segurei sentada.

  Ela bufou mais uma vez.

  –– Vai me segurar aqui até quando? Perguntou.

  –– Até conseguir fazer com que você coma. – disse dando de ombros.

  Ela revirou os olhos e pegou um pão de queijo de dentro do saquinho.

    Coloquei um copo com refrigerante pra ela.

  –– Não se preocupe, é Diet. – disse sorrindo.

  Eu tinha que concorda, era um exagero de coisas.

  Ficamos sentados na mesa por aproximadamente 30 minutos, esperando Claudia comer o pedaço de bolo de chocolate que eu havia colocado em seu prato.

  –– Porque está fazendo isso comigo?  Perguntou tristonha.

  Lucas ia falar quando ergui a mão pedindo para que ele me deixasse explicar.

  –– Eu comi um pouco de tudo que tem nessa mesa, e olha que é muita coisa. – ela concordou empurrando o prato com metade da fatia do bolo ainda. – E olha pra mim, eu não estou mais gorda, nem o Lucas. – eu apontei para ele que estava sentado do outro lado da mesa.

  ––Já não basta minha mãe e o Lucas me vigiando a cada refeição, agora você também vai pegar no meu pé?

  ––Nós só queremos o seu bem. – Lucas se defendeu.

  –– E ninguém aqui está pegando no seu pé. – digo.

   Ela revira os olhos.

  –– Assim que eu deixo a mesa, ele – ela aponta para Lucas – vem atrás de mim para ver se não vou vomitar.

  Ele se encolheu.

  ––E você, toda vez que fala comigo fica me perguntando se comi, o que comi e há quanto tempo eu comi – ela gesticulava as mãos enquanto falava. –Vocês não fazem ideia do quanto isso enche o saco.

   –– Claudia, eu nunca quis...

  Ela fez um sinal para que eu parasse.

  –– Não terminei ainda.

  Eu concordei, e esperei que ela continuasse.

  –– Eu me sinto tão mal com tudo isso, é tão difícil pra mim. Eu sei que vocês estão preocupados comigo, sei que já fui parar no hospital uma vez, mas vocês não acham que exageraram? Por mais que tenham tido boas intenções, isso não me ajudou. Nem mesmo seus argumentos me convenceram, porque Nanda, você está gravida, sua barriga está começando a aparecer, e o Lucas, bom, ele é um magrelo sortudo.  – ela balançou a cabeça. – Ele come o dia todo e continua do mesmo jeito...

  –– Claudia. – Lucas se debruçou sobre a mesa. – Se você comer direitinho, e fazer sempre exercícios físicos, você não vai engordar muito. Você vai ter um corpo perfeito. Não adianta nada você ficar puro osso, fica mais fácil de você morrer. É o que você quer? Deixar sua família, deixar Nanda sozinha com o bebe? É isso? Por que não come, hen? Vai ser melhor, para você mesma. Não precisa ser muito. Só o suficiente.

  Ela revirou os olhos.

  –– O bebe se chama Julia. – balbuciou. – Será que podem me deixar em paz? Eu não vou morrer droga, sei o que estou fazendo, sei muito bem cuidar de mim, não preciso de ajuda.

  –– Deu nome ao meu bebe? Perguntei um tanto abobalhada, acho que não cheguei a prestar muita atenção no que ela disse depois. Eu ainda não tinha parado pra pensar em um nome, mas Julia era um nome bonito.

  Claudia me encarou enquanto Lucas começou a falar um pouco mais alto.

  –– Sabe o que está fazendo? Como é que você pode dizer um absurdo desses? Você quase morreu, e diz que sabe  o que está fazendo. Pelo amor de Deus.

  –– Quase. Mas não morri, e você não tem nada a ver com isso. A vida é minha e eu faço dela o que eu bem entender. E se eu quiser morrer?

  Nós a encaramos chocados.

  –– Pra mim já deu. Eu vou pra casa. E não venham atrás de mim.

  Ela se levantou e foi em direção a porta.


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Notas finais do capítulo

:S tenso isso.
espero que tenham gostado. até o próximo >.