Seddie: A História Final escrita por Karmen Bennett


Capítulo 6
Capítulo 6 : Troca


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo Sam convence Melanie a se passar por ela, e ficaremos sabendo por que Sam resolve tomar essa atitude. Não sei se ficou bom por que a verdade é que não sei quanto tempo dura uma vigem de Seattle para Nova York, mas sei que em torno de algumas horas (de avião). O capitúlo ficou bem legal espero que gostem! boa leitura!!



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Sam chegou ao colégio interno onde Melanie morava ainda no mesmo dia em que saiu de Seattle, por volta das 22:00 da noite* e entrou facilmente se fazendo passar por ela.


Achou melhor pular o muro ao invés de passar pela portaria, pois com certeza iriam querer saber o que ela fazia ali tão tarde e descobririam facilmente que ela se tratava de uma impostora. Era o segundo muro que ela pulava hoje, primeiro para sair do Ridgeway e agora para entrar no internato.

Sam já estivera ali antes visitando a irmã, mas não se recordava de mais nada. O colégio era enorme e o único lugar que ela lembrava bem o caminho era o banheiro principal. Não era uma boa ideia ficar circulando, por razões óbvias, então ela foi para o banheiro e ligou para Melanie de la.

–Esta aqui no internato? –Gritou Melanie que estava em seu quarto descansando assim que atendeu a ligação de Sam, que raramente a procurava.

–É pode vir aqui?

–Não. Vem aqui você se alguém falar com você apenas sorria, acene e continue andando.

Melanie deu as coordenadas do seu dormitório e Sam não teve dificuldades em achar.

Melanie e Sam mantinham uma relação distante por causa dos gênios diferentes mas se amavam muito e sabiam que sempre podiam contar uma com a outra. Principalmente em situações extremas.

–O que aconteceu? –Perguntou assim que viu Sam entrar. –Algo muito sério pra você vir aqui assim de uma hora para outra. Quando saiu de Seattle?

–*Hoje pela manhã. Cheguei aqui agora e vim direto pra ca. –Ela se jogou na cama onde a irmã estava sentada. -Preciso muito de você como nunca precisei antes.

–Suspeitei disso. Sabe que pode contar comigo, não é? O que houve? A mamãe sabe que esta aqui?

–Sabe disse a ela que precisava falar com você e voltava na quinta. Pedi que ela que mentisse se alguém me procurasse. Ela concordou. Alias não poderia pegar um avião pra ca sem autorização dela, né?

–Nossa! É verdade! Ela devia é ta interessada em ficar sozinha... Namorado novo? –Sam fez que sim com a cabeça. –Agora me diz o que aconteceu.

Sam suspirou. Encarou o teto tentando conter as lágrimas e fitou a irmã séria:

–Eu... acho, eu.. Eu gosto do Freddie. –Disse ela pausadamente.

–Ta. Sei vocês até estavam de namorinho a pouco tempo atrás, não é? Mas o que foi por que esta me dizendo isso? –Melanie reparou mais na expressão de fracasso da irmã e segurou suas mãos. –Sam o que foi?

–Mas ele gosta da Carly... –Ela agora não conseguia reter as lágrimas que rolavam em sua face. – Ele a ama desde criança, sempre amou nem sei o que eu estava pensando quando achei que podia ser diferente, sou tão burra... –As palavras pareciam não caber mais dentro dela - Deve ter sido praga que a mamãe jogou fui me apaixonar pela última pessoa por quem podia... Ela respirou fundo com a boca aberta engolindo uma grande quantidade de ar em um soluço agudo e se jogou nos braços de Melanie.

–Oh, Sam você esta sofrendo, por ele? –Melanie ficou de coração partido.

Ela não respondeu. Sentia raiva de Freddie e dela mesma por gostar dele, remorso por querer tira-lo de Carly, e tristeza por tudo junto.

Ficou chorando até adormecer. Estava muito cansada pela viagem repentina. Quando acordou, já era meia noite e Melanie a olhava sorrindo com uma bandeja cheia de sanduíches e um copo grande de suco na cama.

–Mais calma? Olha o que eu consegui na cantina, você deve estar com fome, não?

–Sim! Você passa muito bem aqui em maninha? –Disse ela se animando um pouco abocanhando um sanduíche e olhando pela primeira vez com atenção para o quarto onde estava.

Era mesmo um quarto lindo. Não muito grande, mas espaçoso o suficiente. E o melhor: Ela dormia sozinha!

–Obrigada. É não posso reclamar.

Elas ficaram comendo enquanto falavam bobagens, contavam casos de parentes e amigos quando Sam perguntou:

–É verdade que posso contar sempre com você?

–Que pergunta sua boba, claro que sim! –Melanie não parava de sorrir, era extremamente simpática.

Sam a olhou nos olhos e pela primeira vez na vida ficou feliz ao constatar que elas eram mais idênticas do que ela imaginava. Achou melhor mandar de uma vez:

–Preciso que se passe por mim.

–O QUÊ????

–Por algumas semanas...

–SAM? –Ela estava chocada. Já haviam feito isso muitas vezes, mas quando eram crianças e eram apenas brincadeiras. Ninguém jamais as descobriu.

–Melanie, escuta, por favor. Eu não vou suportar ver o Benson e a Carly namorando, mas também não posso atrapalhar a felicidade deles... –Percebendo que ia chorar disse rindo: - E eu me passei por você na quarta serie pra bater naquela menina invejosa que te ameaçou.

Elas riram. Em outras circunstancias Melanie nem ao menos consideraria tal proposta, mas o estado no qual Sam chegou a deixou muito impressionada. Nunca havia visto Sam daquele jeito. Ela tentou inutilmente tirar aquela ideia louca da cabeça dela e pensar em outra maneira de ajudá-la.

–Sam, isso é loucura, você tem que enfrentar seus problemas e não colocar uma cópia no lugar, isso é errado e vai fazer com que você nunca saiba enfrentar esse tipo de situação. E tem que aprender, isso te fará mais forte.

–É. Eu sei. Mas preciso fazer isso, e não é só pro mim. Tenho medo de não conseguir disfarçar minha tristeza, meu ódio e arruinar o namoro deles, por que sei que se importam comigo. Preciso que pensem que estou bem. Se não eles também não ficam, entende? Acima de tudo são meus amigos... –As lágrimas voltaram a cair sobre suas bochechas.

Melanie achava que não podia ser mais surpreendida aquela noite. Estava enganada. Não sabia que Sam tinha sentimentos altruístas! Estava se sacrificando não pelo seu orgulho, mas por seus amigos. E estava se propondo a agir como uma patricinha para não atrapalha-los. Por um momento sentiu raiva de Freddie e Carly por deixarem sua irmã assim. “Talvez eu possa me vingar por ela” Pensou, mas logo se desfez de tal pensamento balançando a cabeça.

–Sam, nunca vão acreditar que sou você. Somos muito diferentes... –Ela disse em tom exausto.

Sam sorriu discretamente. Sabia que a havia convencido! Ficou de joelhos, segurou suas mãos, e disse sorrindo:

–Duas semanas Mel, até eu me sentir mais... Inteira! Sei que não conseguirei agir com eles normalmente antes disso! E você só tem que seguir três regras básicas.

–Regras? –Melanie ria involuntariamente revirando os olhos.

–Não seja educada ou feminina, nunca recuse nenhum desafio ou aposta e JAMAIS recuse comida.

Melanie riu alto. Estava começando a achar a ideia muito divertida. Não fosse o fato de que Sam realmente precisava enfrentar aquilo...

–Sam, me escuta... –Tentou persuadi-la.

Sam ficou completamente seria e tomou um ar maduro e responsável capaz de persuadir qualquer um, e disse olhando em seus olhos.

–Melanie, tudo o que eu sei é que na quinta-feira* feira alguém tem que estar em Seattle interpretando uma Sam fria e feliz. Eu não posso fazer isso vai me ajudar ou não?



Dois dias após o sumiço de Sam, Freddie e Carly chegaram na escola e iam conversando pelo corredor, quando deram de cara com uma loira arrumando livros no armário 57.

–Sam? –Perguntou Carly rindo e abraçando ela.

Freddie sentiu o coração acelerar, mas conteve-se.

–Bom dia! –Disse a loira se voltando sorridente para eles. –Sentiram minha falta?

Freddie permaneceu calado. Estava com muita saudade da loira implicante, mas estranhou algo (não fazia ideia do que) ao ver aquela garota sorrindo friamente para eles depois de tudo o que havia acontecido. E faltava algo em seu olhar, algo que ele sempre via quando os seus olhos se cruzavam. Parecia outra pessoa.

–É claro -Respondeu ele arrastado.

Carly se surpreendeu com a expressão vazia de Freddie que até então não falava de outra coisa a não ser a pessoa que agora se projetava em sua frente. Ela retirou o riso do rosto e começou a falar brava:

–Garota por que fez isso? Nós quase quebramos o dedo ligando e mandando mensagens pra você, fomos a sua casa, sua mãe disse que você havia pedido para ela não nos dizer nada, o que significa isso?

–Ora, então vocês não gostam quando seus amigos somem sem te dar satisfação? Imagine então se você precisa de um deles para apresentar um trabalho. –Ela riu e olhou para Freddie.

Eles se entreolharam incrédulos. Então era aquilo? Acabou? Depois daquele drama pelo qual passaram, digno de Oscar, a garota volta e diz que sumiu por birra? Nenhuns dos dois acreditavam, mas a expressão da suposta Sam não demonstrava aborrecimento algum, ao contrário. Mas não havia mais o que dizer, qualquer tentativa de entendimento deixaria a conversa muito desconcertante.

Freddie que estava com a sobrancelha erguida desde o momento em que pôs os olhos nela se pôs a refletir. Ela havia dado aquela explicação sorrindo, mas um sorriso extremante cordial. Não o sorriso irônico e malvado de Sam, apenas simpatia. Chegou a conclusão de que ela estava interpretando um papel, sim e com maestria. Provavelmente uma forma de fuga. Suspirou e perguntou:

–Ok, onde você estava? –Perguntou ele abaixando a sobrancelha e enrugando a testa como se estivesse fazendo um esforço para entender tudo aquilo.

–E desde quando te devo satisfação? –Não parava de sorrir, aquilo era realmente irritante diante da seriedade que esperava para a conversa. –Mas já que insistem, eu estava na casa da minha tia que passou mal, em Nova Jersey. Por sorte o filho dela já chegou do Japão e aqui estou eu. Vamos pra aula agora?

–E por que pediu a sua mãe pra não nos dizer seu paradeiro? – Perguntou Carly

–Já disse, ué! Pra me vingar por terem me feito esperar a aula toda... –Ela tentou esboçar ironia, mas sua expressão se tornou arrogante. - Mas agora já passou. Vamos? –Disse ela apertando o riso querendo sair logo daquele assunto.

–Vamos. -Disse Freddie ainda surpreendido com a brilhante atuação de Sam.

– É... Eu... Eu vou ao banheiro. –Disse Carly rindo sem graça -Vão indo vocês, sozinhos...

A loira levantou a sobrancelha e fez menção de acompanhá-la, mas Carly recusou com uma desculpa esfarrapada. Ela olhou desconfiada para Freddie, desejando muito perguntar o que havia de errado com a namorada dele, mas conteve-se. Precisava fingir que não se importava.

–A Carly ta estranha, não? Aconteceu alguma coisa entre vocês? –Ela perguntou gentilmente enquanto caminhavam para a sala.

Freddie olhou pra ela como que procurando por sua amiga mas só via uma personagem. Onde estava o sarcasmo, a ironia e o deboche de Sam?

–Ta tudo bem com você? –Perguntou cauteloso.

–Sim por que não estaria? –Novamente o sorriso simpático. ”Por que diabos ria tanto?” Pensou Freddie.

–Nada... –Ele levantou as mãos num gesto de “deixa pra la” –Que bom que esta de volta, Puckett!

–Obrigada, Freddie!

“Obrigada”? “Freddie”? Ele a olhou assustado. Ela corou e riu meio preocupada. Continuaram andando para a aula. Aquilo estava estranho e a tendência era piorar.


Continua...



***Nota: Não sei exatamente quanto durou a viagem da Sam, pois não consegui descobrir o tempo de viagem de Seattle para NY, sei que horas, então só pra voces entenderem: Ela viajou na terça, no dia do mal entendido,pela manhã e chegou em NY no mesmo dia, a noite. Melainie viajou pra Seattle na quarta pela manhã, chegou a noite e na quinta ja estava na escola.


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Notas finais do capítulo

E então? Espero que tenham gostado pfv deixem comentários!!!
No próximo episódio, só Freddie percebe que tem algo errado com "Sam", por que? Como ele resolve? Vocês saberão!