Seddie: A História Final escrita por Karmen Bennett


Capítulo 12
Capítulo 12: Comédia romantica


Notas iniciais do capítulo

Oi aqui estou eu chorando para postar o penultimo capitulo da minha fic!! Pensei em estender mas iria fugir da minha proposta que eu terei o prazer de esclarecer no final mesmo. Em vez disso resolvi fazer outras, uma ja ta postada outra vai ter que esperar essa acabar! Mas vamos ao que importa. Nesse capítulo, Freddie revela seus sentimentos a Sam, mas ela aceitará ele de novo depois de tudo? Boa leitura espero que gostem!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/207868/chapter/12

A chuva estava ficando cada vez mais forte. Mas ninguém parecia se importar, como se a cena que estava prestes a se desenrolar ali fosse a mais definitiva de todas. E não era? Pensemos então nos últimos acontecimentos.

Uma garota resolve passar duas semanas longe da sua vida para esfriar a cabeça, em função de um suposto relacionamento entre sua melhor amiga e um garoto que ela disse odiar a vida toda. O mesmo garoto agora se projeta bem em sua frente disposto a falar do que sente por ela. Mas aquela ainda era Sam Puckette, a garota rude, e perversa que ele tanto odiava, mas não sabia viver sem.

Alguém consegue encontrar uma solução para isso?


Três jovens se afastaram, ficando na outra ponta da varanda que pouco protegia alguém contra uma chuva como aquela, deixando os dois inimigos figadais sozinhos. Acompanharam a cena a distancia, sem nada ouvir.

–Sam.

–Freddie.

Um cumprimento digno de um duelo de morte. Pareciam mais que iriam travar uma batalha do que qualquer outra coisa. A varanda tinha naquele momento uma iluminação roxa, por causa da decoração do baile, e estando Sam vestida da mesma cor, seus cabelos dourados ficaram extremamente realçados, não mais que seus olhos azuis. Freddie já estava meio esgoelado em função da caminhada desajeitada, do inicio de briga e pela chuva que tomara, mas o resultado disso só viria depois.

–Atrapalho sua noite? –Perguntou o garoto finalmente num tom sarcástico lembrando da cena a pouco vista.

–Defina atrapalhar. –Rebateu ela num tom idêntico.

–Arruinar, confundir, perturbar, e etc.

–O bom seria se essa fosse a primeira vez que você faz isso, não?

–Vamos mesmo com... O que quer dizer com isso? E não me responda com outra pergunta!

–O que veio fazer aqui, Freddie? Me interrogar? Até onde eu sei não temos nada um com outro, então que diferença faz com quem eu fico ou deixo de ficar?

–E quem disse que faz diferença?

–Então por que saiu todo emburrado daquele jeito?

–Não sei... Deixa eu ver... Ah! já sei estava fazendo uma paródia do que você fez essa semana...

–Então admite que estava ficando com a Carly?

–E se estivesse? Não foi você quem acabou de dizer que não faz diferença por que não temos nada juntos?

Silencio. As faces da garota se ruborizaram. Freddie parecia transtornado, não foi aquilo que havia planejado, mas já devia saber eu se tratando de Sam, arquitetar uma conversa seria no mínimo inútil.

–Não tenho nada com a Carly, só estávamos conversando, e era sobre você.

–Sobre mim?

–Sua hora de dar explicação, não Puckett?

Ela revirou os olhos, relutante e falou olhando a chuva.

–Não tenho nada com o Rick. Ele é quem me beijou. Alias você viu!

–Como vou saber se não deu lugar...

–Ciúmes Freddie? Não eu não dei lugar, aquele idiota me agarrou de surpresa, mas e daí? Não tenho culpa se outros caras veem em mim o que você não vê! –Ela agora tinha um tom desafiador.

–Olha Sam... –Disse ele aliviado, mas tentando disfarçar. -Eu vim aqui, fugido da minha mãe, quase sem dinheiro, tentar conversar numa boa, e...

–E não é irônico que você tenha vindo bem no dia do Icarly? –Ela disse o olhando calma, cruzando os braços e se encostando à parede.

–Vem ca, minha filha, qual é a erva que você anda fumando? É o Brad que ta fornecendo?-Perguntou ele ríspido, com as faces ruborizadas pondo as mãos na cintura diante daquela insinuação que o vinha perseguindo a tempos.

Não teve tempo de se arrepender, Sam foi pra cima dele com o punho cerrado, por sorte, ele desviou (já conhecia seus golpes o suficiente) e segurou seu braço, encostando-a na parede de novo.

–Me solta agora Benson, vai aprender a me respeitar!

–Por que acha que o Icarly é mais importante pra mim do que você? –Perguntou ele segurando fortemente os pulsos da garota. A proximidade entre os dois era tanta, que ele jurava poder ouvir as batidas aceleradas do seu coração.

–E há caso não é? –Seus olhos brilhavam de fúria.

Ele a olhou nos olhos e disse devagar encostando sua testa a dela, quase roçando seus lábios nos dela:

–Nada. Nada é mais importante pra mim do que você. –E soltou seus braços ao ver o rosto da garota completamente em choque. –Mas posso tentar mudar isso, se você quiser.

Ela não respondeu. A mente estava travada e a voz mais ainda. Ficou encarando aquele garoto em sua frente que aguardava uma resposta. Mas as palavras não vieram, a solução que encontrou foi puxa-lo pelos ombros para um beijo, como a tempos não fazia.

Diferente da noite do “viradão”, desta vez Freddie correspondeu, enlaçando sua cintura e ficando ali beijando aquela garota que tanto amava. Que tanto odiava.

Eles ouviram uns gritinhos e palminhas de longe, mas nem por isso pararam, antes de sentirem falta de ar. Foram afastando seus rostos devagar, sem desfazer o abraço. Ficaram se encarando, e uma serie de emoções os impediam de falar. Como podiam amar e odiar tanto a mesma pessoa?

–Você me odeia? –Sam tinha um fio de voz, rouca, pela chuva, pela pergunta e principalmente pela resposta.

–Só quando você me odeia. –A voz dele era ligeiramente mais forte.

–Te odeio por que você prefere a Carly a mim, e só esta aqui por que ela não te quer.

Eles continuavam, abraçados, mantendo um intimo contato visual. Freddie não cogitava a possibilidade de larga-la, o medo de vê-la sair correndo novamente o assombrava. Mas Sam não queria sair dali, e mantinha as mãos descansadas em seu peito, e desejava que o mundo parasse naquele momento. Temia a reposta do garoto.

–Jamais faria isso com alguém, e você sabe disso, você acredita em mim?

Ela desviou o olhar. Freddie sentiu seu coração gelar. Sam tentou desfazer o abraço, e embora Freddie tentasse manter, a garota era mais forte, e conseguiu.

–Sam, por favor, por que é tão difícil acreditar que eu te amo? Por que eu estaria aqui, se não fosse verdade?

Ela se debruçou na cerca branca e olhou a forte chuva que caia. Seus pensamentos vaguearam para o dia em que terminaram. Não queria passar pela mesma dor duas vezes. As lágrimas caíram pesadas, e ela sentiu duas mãos lhe girar pela cintura, fazendo-a ficar de frente com aquele par de olhos castanhos que a faziam estremecer.

–Seu silencio esta me matando, sabia? –Ele pôs uma mão em sua face. Mas ela tirou.

–Eu te amo demais pra te perder pra sempre, Freddie, vamos ser só amigos? –Ela desviou o olhar. -Não combinamos em nada.

–Então por que você gosta de mim? –Ele agora tinha um tom aflito.

–Por que... Isso é pergunta que se faça, Benson? –Ela desviou o olhar impaciente.

–Já pedi pra parar de me responder assim... Tudo bem eu começo. Gosto de você por que você é linda, inteligente, divertida, criativa corajosa e... beija bem...

Sam corou violentamente.

–Mas eu não sou chique, como a...

–Mais um motivo. Sabe Sam não é de hoje que eu gosto de você.

Freddie andou um pouco ruborizado com a confissão. Não tinha outro jeito a não ser se abrindo por inteiro. Sam o seguiu incrédula com o olhar e vendo que ele ia pra a chuva, o puxou.

–Volta nerd. Que história é essa?

–Sabe aquele baile da escola onde as meninas convidavam os meninos?

–Ah, claro. –Sam lembrou com desgosto. –O que tem?

–Queria ir com você. Achei que ia ser mais divertido, tudo sempre é mais divertido e empolgante quando você esta.

–Que papo é esse Freddie? –Sam o olhava incrédula sem entender.

–Eu comprei bacon pra vê se você me convidava no impulso mas você sempre fria, nem percebeu. –Ele agora olhava a chuva corando um pouco ressentido, e não reparou o riso divertido no rosto de Sam.

–Ta de brincadeira, não é? –Sam recuperou seu tom normal

Freddie suspirou e voltou a olhar para ela.

–Não é tão ridículo você dizer que eu me importo mais com o web show do que com você. –Ele pôs as mãos no bolso. -Era só uma desculpa, pra não transparecer que eu tava a fim...

Sam não conseguia falar. Só queria que ele concluísse e afirmasse o que ela achou ser coisa da sua cabeça por anos.

–Eu usei o Icarly como pretexto muitas vezes pra esconder o que eu sentia, o que eu começava a sentir por você. Não sei quando começou isso, mas acho que foi depois que a gente se beijou...

Freddie se lembrou dolorosamente quando abriu mão de seu cruzeiro de seis meses para ajuda-la e tendo sido descoberto teve que dizer que foi pelo programa. Ele tinha medo que descobrissem sua queda por Sam, pois estaria sem defesa, aquela garota poderia fazer o que bem entendesse dele.

–Por que fez isso? –Sam sussurrou finalmente olhando firme pra ele.

–Ainda me pergunta? Sam, você me batia, me humilhava, dizia me odiar. –Ele esfregou os cabelos com fúria e sentou no batente da varanda onde a chuva molhava seus sapatos. –Eu passei um bom tempo sendo rejeitado pela Carly. Ai eu me vi gostando de você e pensei, se ser rejeitado já era ruim, imagine aliar isso a falta de dentes...

–Freddie peraí, eu sempre gostei de você, vai dizer que você nunca reparou??

–Cheguei a desconfiar, mas você demonstrava exatamente o contrário. Sam eu tinha medo de você, sabia? Ainda tenho.

Ela riu involuntariamente.

–Sabia que você perdia tempo com seus livros. –Ela sentou ao seu lado. –Eu te batia por que esse é meu jeito de dizer bom dia, ué e o resto era por você ficar atrás da Carly.

–Você definitivamente é louca. -Ele se virou para ela segurando suas mãos. - Sabe Sam, eu fiz um esforço supremo pra continuar gostando da Carly, por que achava que ela era a garota certa pra mim, ai eu meio que tinha que afirmar isso todos os dias, mas foi inútil, por que não era, sempre gostei de voce, do seu jeito, divertido, espontâneo. Mas eu me sentia mal achei que eu tava ficando maluco, pois a cada tapa seu em vez de ódio, eu sentia outra coisa, e não era só de você que eu tinha raiva era de mim por... Sei la pensei que estava virando masoquista... Sabe o que é gostar de alguém que te odeia?

–Sei! –Ela confirmou de imediato e os dois caíram na risada. –Se você soubesse o ódio que me dava ver você sair como um cachorrinho cada vez que ela falava “Por favor, por mim”...

–Oh que fofo... –Ele disse sarcástico. –Quando você me beijou na escola eu achei que era alguma piada,sabia? Como quando achei que você estava brincando com a história de gêmeas...

–Nunca brincaria com isso. –Ela tirou suas mãos de dentro das dele sem graça.

–Deixa ver se eu entendi... -Ele tinha um sorriso enorme no rosto. –Fizemos papel de idiota esses anos todos?

–Parece que sim... –Ela olhou a chuva caindo em seus pés. –Vamos ficar resfriados, não é?

–Parece que sim.

Eles se olharam e voltaram a sorrir.

–Então... –Ela hesitou um pouco. -Por que terminamos?

–Por que achei que você queria, e não quis te pressionar. –Ele falava como se fosse óbvio. -Sabe naquele dia no sanatório, ia fazer uma declaração pra você, mas você não deixou tive que encurtar a conversa.

Os olhos de Sam brilharam. Ah, o que mais ela queria? O garoto foi até la, se declarou, se desculpou, tudo o que ela tinha direito, não seria burra de procurar mais empecilhos.

–Faz agora, então. –Pediu levantando e estendendo a mão pra ele.

Ele sorriu e olhou pro lado. Inacreditavelmente os três amigos ainda apreciavam a cena a distancia. Ele assoviou os chamando, mas atraiu a atenção também de outros casais que estavam espalhados pela enorme varanda.

No que eles se aproximaram, ele saiu da varanda ficando embaixo da chuva torrencial, e começou a falar alto chamando mais ainda a atenção de outros.

–Gibby, grava isso. –Ele pediu jogando seu celular pro amigo. -Há cinco anos, eu conheci uma garota. –Ele olhou para a loira de roxo na varanda. -Linda, agressiva, e mal caráter. A primeira vista você a ama. A segunda vista, você a odeia. A terceira você se apaixona e na quarta, e última, não consegue mais viver sem ela. Bem, eu estou na quarta e gostaria de dizer: Samantha Puckett quer namorar comigo? De novo? Pra sempre?

Sam sentiu as pernas fraquejarem. Carly fungava e tinha os olhos vermelhos como se estivesse lendo Romeu e Julieta pela primeira vez. Gibby filmava orgulhoso do amigo e Melanie olhava os dois com ternura e impaciência.

–É claro que eu quero! –Ela respondeu emocionada se atirando no pescoço de Freddie.

Ele a abraçou pela cintura e a beijou girando no ar, embaixo de toda a chuva que caia, que incrivelmente não conseguiu se sobrepor a música que vinha do salão. Suas mentes esvaziaram-se e aquilo pareceu ser um sonho. Os amigos aplaudiam e os expectadores aplaudiram, Brad do andar de cima olhava sorrindo indiferente, quase destruiu algo tão bonito, por mero capricho, mas sentiu que por mais que tentasse não conseguiria de forma alguma, aqueles dois haviam nascido para ficar juntos.


Melanie abriu os olhos e se voltou para o despertador, já eram 14:00 da tarde. Agora só tinha metade do Domingo pra recolocar sua vida no lugar. Levantou, tomou um banho vestiu um vestido confortável e uma rasteira e foi até a direção. Ao sair de la, estava radiante em saber que não seria mais suspensa e muito surpresa em saber que dois empresários estavam interessados em uma suposta carreira musical para ela (Sam).

Ia andando pelo corredor quando sentiu um braço segurá-la.

–Oi, Rick, como vai?- Perguntou sorridente.

–Bem, e você? –Ele estranhou a frieza dela. – Ficou brava comigo por ontem?

–Claro que sim, não pode sair beijando as pessoas assim. -Respondeu com seu sorriso simpático.

–Achei que tava rolando um clima entre a gente. -Disse ele com um ar confuso.

–Antes que você continue, eu sou a Melanie a Sam voltou pra Seattle agora de manhã com o único cara que consegue causar nela mais do que ímpetos agrssivos..

–Aquele nerd que faz o Icarly com ela?- Ele gargalhou. –Que mau gosto da sua irmã, não é todo dia que trocam um Richard da vida por um Fredwardo... –ele se afastou sorrindo, e disse virando pra Melanie andando de costas: Diz pra ela que eu adorei o beijo.

–É uma pena ela não ter me dito o mesmo... –Rebateu ela com sua mistura de riso/beicinho.

Ele parou confuso o sorriso congelado, mas logo se recompôs e se virou sorrindo.

–Thau Melanie, a gente se vê.

Melanie foi andando pro jardim ainda rindo da idiotice do cara que ela sempre achou o maior, quando uma secretária a chamou, dizendo que ela tinha visita.

Brad estava sentado no jardim esperando ela e sorriu largamente ao vê-la.

–Então será que finalmente podemos conversar? –Ele a segurou pela mão fazendo-a sentar ao seu lado no banco. –Só tenho mais uma semana pra te conhecer melhor, depois tenho que voltar.

–Será uma semana divertida! –Disse ela sorrindo.


Continua...



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gente por favor é muuuuito importante que vocês me digam se gostaram ou não se ficou ruim pode dizer também, eu agradeço a sinceridade, ok??? Primeiro queria esclarecer o nome do capítulo. Pesquisei isso no Google e me surpreendi com a discrição da Wikipédia. É altamente Seddie!!Então, no proximo capitulo o namoro de Sam e Freddie como ninguem nunca viu, Marissa, vai aceitar numa boa? Eles continuarão a brigar? Isso e muito mais no último capítulo de Seddie: A história final!