Interligados escrita por Luangel


Capítulo 29
Bem vindo ao clube...


Notas iniciais do capítulo

Oiê!^^ Tudo bem com vocês, meus amadinhos? ^-^ Dessa vez eu vim mais cedo! o/ E era para ter postado antes, mas eu tava c preguiça >.< Mas o cap ta aí, cheio d novs e grande, espero de todo o meu coraçãozinho, que vocês gostem dele assim como eu gostei de escrevê-lo...



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“—É, você tem razão, eu sou um verdadeiro e legítimo idiota.”

Hinata Hyuuga:

Durante alguns instantes, eu me mantive calada, ainda atordoada com aquela crise de bipolaridade vindo de Neji. Seus ombros tremiam levemente, enquanto sua cabeça estava abaixada, seja de vergonha ou frustração, e mesmo demorando um pouco para entender o que se passava com o meu primo, vi lágrimas caírem de seu rosto. Aquela era a primeira vez que vi o Hyuuga chorar.

Aquele choro, vindo de pequenos soluços quase me matava por dentro, eu me sentei ao lado dele e só percebi que estava chorando também quando sua máscula mão, secou as gotas de minha face. Um sustentou o olhar do outro, olhos molhados e brilhantes, mas transbordando de arrependimento e tristeza. E assim, em meio aquele pedido de desculpas silencioso, nós dois nos abraçamos com força.

—Ele veio até mim há algumas semanas, no mesmo dia em que na neve começou a cair...—Sussurrei, e o moreno ficou tenso, mas se manteve em silencio, sem desfazer o nosso abraço, me incentivando a falar.— Foi no dia em que Hiashi ordenou que você fosse até a sede do clã, para uma reunião urgente. Mas na verdade, a raposa só veio para me ameaçar.

Foi nesse mesmo dia que eu a vi pela primeira vez...—Disse o garoto, me interrompendo, mas eu pouco me importei, me preocupando em ouvir tudo o que ele falaria a respeito da estranha garota.— Ela parecia diferente no começo, ela tinha uma áurea macabra ao seu redor, mas... Era humana. Ela pediu uma informação e depois, quando íamos embora, a neve já caía sobre a cidade...

Neji ficou em silencio, como se estivesse esperando que eu falasse algo e foi o que eu fiz:

—Na segunda vez que o Naruto veio até mim, ele foi mais... “Amigável” e só veio me perguntar sobre a neve, o que foi bem inusitado, segundo ele “a neve era estranha” e depois sugeriu que nós dois forçássemos um trato para descobrir a origem de toda aquela neve. Lembra-se daqueles bilhetinhos que eu deixava, falando que eu iria mais cedo para a escola? Então...—Disse engolindo a seco, como se aquilo fosse difícil de se falar, me sentia como uma esposa que traia o próprio esposo com um amante cafajeste e que agora, se via tentando explicar sua lastimável situação ao seu conjugue.—Aquilo era apenas uma desculpa para que eu pudesse me encontrar com ele no caminho para a escola... Desculpe...—Murmurei já chorando novamente.

—Não se culpe tanto, você não é a única que tinha “encontros escondidos”, eu também me encontrava com a Tenten no caminho de ir para a escola, além de que eu ficava mais tempo na escola para encontrá-la na biblioteca e tal... Mas, uma vez, quando eu a visitei dentro da biblioteca da escola, Tenten estava estranha e ela me enxotou, falou coisas sem sentidos e aquela foi a última vez que eu a vi. Aí então ontem, eu estava na fossa, e te contei uma mentira qualquer só para não ir para a escola, para não correr o risco de encontrá-la, mesmo sabendo que era impossível. Mas o estranho é que, uma coisa veio até mim...

Eu em afastei, olhando para o rosto de Neji, desfazendo o nosso fraternal abraço.

—Uma coisa, como assim?

—Um youkai veio até mim e me falou que você poderia morrer se eu não agisse logo. E eu acho que esse youkai, é a Tenten...

Naruto Uzumaki:

O celular que estava no meu bolso vibrou por causa da mensagem de texto que havia sido enviada para mim. O peguei e me senti mais aliviado ao ver que era Hinata quem me mandara a mensagem de texto.

—Já conversei com Neji, e depois de todo esse caos, eu posso assegurar que está tudo bem. P.S: amanhã, todo muito aqui em casa, Neji está disposto a nos ajudar.

Sorri de soslaio e guardei o celular no bolso, enquanto caminhava até o banheiro, pronto para ir tomar um rápido banho para depois ir me deitar. Sinceramente, eu estou curioso para com o que vai acontecer amanhã.

* * *

Eu apertei a campainha da casa de Hinata e poucos instantes depois, a alva porta foi aberta pela morena. A Hyuuga nos acolheu com simpatia e parecia estar bem melhor do que ontem, quando estava de cama e tudo, na enfermaria da escola. Eu e Sakura nos sentamos no espaçoso sofá, onde nos foi servido um delicioso bolo de chocolate, feito pela própria Hyuuga.

A garota parecia estar animada, ansiosa pelo o que estava por vir. Sasuke chegou pouco tempo depois, arrancando um sorriso da rosada e se sentando no outro sofá, ao lado da caçadora de monstros, o que não agradou nem a mim e muito menos a Haruno.

—Er... Onde está o seu primo?—Perguntei, Hinata abriu a boca para falar, mas sua fala foi interrompida pela do próprio Neji.

—Eu estava tomando banho, desculpe a minha demora.—Apesar do tom educado que o moreno usava agora (bem diferente de quando nos vimos antes), eu ainda sentia uma certa desconfiança em sua voz.

O silêncio reinou, e uma certa sensação desconfortável se manteve no ar, e até a Hyuuga, que antes se esforçava para deixar a todos nós, acolhidos em sua casa, agora estava de cabeça baixa, envergonhada com a tensão que ela tanto lutara para dissipar. A vampira se levantou e cordialmente, estendeu a sua mão para cumprimentar o garoto.

—Bem, acho que não tem o porque de eu me apresentar, suponho que você já sabe muito ao meu respeito...—Brincou a garota, mas não arrancou nenhum sorriso do seu ouvinte.—Olha, nós começamos com o pé esquerdo, e eu realmente gostaria de poder começar novamente. É difícil para ambos os lados se relacionarem com condescendência. Não peço para ser meu melhor amigo, só um companheiro de armas, precisamos reunir forças, não importa de onde venha. E então, aceita ser meu aliado?

Ele estava hesitante, e apesar de eu já estar impaciente com aquela lengalenga, eu também não podia culpá-lo. Apertar a mão de Sakura seria como renegar tudo o que lhe foi ensinado como caçador de monstros, era esquecer que monstros são malvados e que deveriam ser exterminados sem misericórdia. Tudo o que Neji aprendera até agora, seria jogado de escanteio se ele aceitasse a nossa aliança.

O moreno olhou de soslaio para a prima, buscando algum apoio, e a garota levantou a cabeça e sorriu abertamente e ele retribuiu o gesto e apertou a gélida mão da rosada, que também não escondeu a sua felicidade.

—Bem, agora nós estamos juntos nessa...—Disse Sasuke, até então quieto.— Acho que seria bom discutirmos algumas coisas importantes...

—Exato!— Exclamou Hinata, parecendo uma inglesa.

Todos olharam diretamente para o mais novo membro do nosso grupo e o mesmo, se ajeitou na cadeira, ainda um pouco desconfortável com tantos monstros dentro de sua casa.

Neji Hyuuga:

—Você já... Ouviu falar de Yuki-onnas, Neji?—Perguntou Sasuke, lentamente, lendo a minha expressão com cuidado.

—Desculpe, mas eu nunca ouvi falar delas...—Murmurei, tentando me lembrar de algo do gênero, mas a me veio a mente, o que me deixou curioso para aprender algo novo e um pouco frustrado por ter negligenciado em algo.

Sakura tomou a obrigação de me explicar o que vinha a ser uma Yuki-onna:

—Bem, yuki-onnas são yukais da neve, elas são isoladas e em extinção porque não agradam nenhum dos monstros, são vistas como mau agouro, como mensageiras da morte, já que as próprias vieram da morte. Você... Já viu uma delas?

—Já a vi duas vezes...—Sussurrei, me lembrando de quando aquela misteriosa mulher de kimono branco surgiu a mim.

—Duas vezes? E sobreviveu! Cara, você é um homem de sorte.— Disse Naruto, sorridente.

—Mas... Em nenhuma das duas vezes ela me atacou. Na primeira vez, ela atacou sim o Complexo Hyuuga, mas quando fui até ela, a youkai simplesmente desapareceu, fugindo da luta. Ontem, foi a segunda vez que eu a vi, ela veio até o meu quarto e murmurou algumas palavras estranhas sobre morte e a Hina, e então desapareceu novamente. Corri até a escola e no meio do caminho acabei trombando com a Tenten, que aceitou vir comigo e então eu vi vocês, e a única coisa que pensei era que vocês fossem matá-la.

Alguns instantes de silencio se mantiveram no ar, para logo depois ser quebrado por Hinata.

—Bem, acho que já está claro que Tenten é a Yuki-onna, tudo se encaixa! A áurea macabra, sua resistência ao frio e a manipulação do gelo e neve... —Todos nós assentimos, mas mesmo não querendo aceitar que a morena fosse youkai, eu não tinha argumentos para poder protegê-la, não depois da breve batalha que ela travara com a rosada na escola.

—Mas ainda tem muita coisa estranha.... —Murmurei com a mão no queixo, pensativo.

—É verdade.— Concordou o loiro.— Confesso que nunca cheguei a ver uma Yuki-onna de perto, mas elas não costumam ser amigáveis e tagarelas. E nem de longe são mensageiras de mortais...

—Então por que ela fez isso?—Indaguei, ainda um pouco confuso.— O que a fez vir até Konoha? E por que ela me falou que Hinata poderia morrer?Nosso clã nunca nem cogitou a idéia de se unir a youkais, ainda mais dessa espécie tão exótica...

Todos nós olhamos para a morena, que se encolheu timidamente, corada de vergonha por ser centro das atenções.

—A não ser...—Comecei a falar.—Que Hinata estivesse mesmo em perigo...

Sasuke revirou os olhos, visivelmente ofendido e disse:

—Neji, quantas vezes a gente vai ter que te explicar que nenhum de nós queria fazer mau a Hinata?

—Eu não estou falando de vocês...—O interrompi antes que minha fala trouxesse discórdia ao grupo.

—O que você quer dizer?—Indagou a Hyuuga, curiosa e confusa.

—Antes de você se encontrar com eles, você encontrou algum monstro ou alguém considerado estranho?

Sakura Haruno:

Aquela fala de Neji me atingiu como um estalo e logo ao ouvir, minha mente lembrou de algo que poderia ser de valiosa importância para nós naquele momento. Hinata franziu o cenho, tentando se lembrar de algo que se encaixasse na categoria que seu primo dissera, sem muito sucesso, para minha frustração.

—Bem, me desculpe, mas... Eu não me lembro de nada do gênero, Neji...

O moreno assentiu, pensativo, e essa foi então, e deixa que eu vi para poder falar o que eu pensava:

—Eu me lembro.—Todos me olharam, um pouco surpresos.—Hinata pode não se lembrar porque para ela, ele parecia ser como um mortal qualquer...

—Como assim?—Indagou Sasuke, passando a mão por entre seus cabelos negros.

—Quando nós chegamos na escola, Hinata estava ajudado um aluno novo, mostrando-lhe a escola. Eu tentei enfeitiçá-lo para que nos deixassem sozinho para que nos deixasse conversar e foi então que vi algo estranho... Ele não foi enfeitiçado.

— Mas ele te obedeceu.— Interrompeu a morena, como sempre, inocente demais.

—Foi por vontade própria.—Assegurei, voltando a falar.— Eu já vivi muito, já usei o dom da minha voz inúmeras vezes, tanto com mortais, quanto imortais, mas o garoto não reagiu como o esperado, não estava submisso. Era como se eu pedisse para que ele saísse e ele educadamente saiu, nenhum mortal jamais fez isso...

—Talvez seja um caso a parte, uma exceção ao seu dom.—Insistiu a Hyuuga, e eu revirei os olhos teatralmente.

—Ou talvez ele não seja o que ele está fingindo ser. Além de que, ele foi a única pessoa na qual você se relacionou antes de falar conosco. É muito provável que a Yuki-onna estava tentando nos avisar sobre ele...

—Ou armando uma armadilha para nós...—Opinou o Uchiha.— Lá na escola quase aconteceu uma tragédia, iria ser um derramamento de sangue, um mataria o outro. Será que alguém não quer que nós investiguemos a origem dessa neve? Aquela seria a oportunidade perfeita para “queimar os arquivos”...—Murmurou fazendo aspas com os dedos.

—Mas, se a Yuki-onna não quisesse que nós soubéssemos de sua presença e de suas artimanhas por konoha, porque ela deu a louca e arruinou todo o plano dela, atacando a Sakura?— Disse em contrapartida a caçadora de Youkais.

Alguns minutos de silencio se sucederam, cada um de nós estávamos imersos em seus próprios pensamentos, tentando entender o que diabos estava acontecendo na outrora pacífica, Konoha. Mas ainda estávamos na escuridão, sem saber quem era errado e quem era o certo. Tudo o que tínhamos eram várias cartas de um baralho ainda bem maior e complexo.

Aquilo era quase patético, mas é o que temos para hoje...

—Bem, por agora, acho que devemos ficar de olho na Yuki-onna e neste estudante novo... Qualquer que seja a novidade, desde que seja sobre algum desses dois, deve ser rapidamente notificada ao grupo. —Disse Naruto, olhando para cada um de nós com firmeza.—Porque das duas uma: Ou ambos são inimigos mortais, ou são aliados com a mesma intensidade.

—Bem, acho que nossa reunião já pode ser encerrada.—Decretou Neji e poucos minutos depois, nós nos despedimos de nossos anfitriões e fomos para nossas respectivas casas.

Ao chegar em casa, vi uma correspondência no tapete, como que foi trazido pelo correio. Não me surpreendi ao ver que a carta era da Romênia, mas mau sabia que o que havia ali dentro, poderia mudar totalmente o fluxo das coisas.Impactando não somente Konoha, mas meu império todo...

Sasuke Uchiha:

Me deitei na cama e poucos segundos depois eu já havia adormecido, mas meu glorioso descanso foi interrompido por um sonho, no mínimo, estranho... Eu estava num suntuoso palácio, era um pouco escuro, tendo cortinas cobrindo as janelas, mas luxuosos candelabros iluminavam o grandioso corredor. Eu escutei um som rouco, e demorei um pouco para perceber que era o som de alguém tossindo.

Sem saber ao certo o que fazer, eu continuei andando em frente naquele corredor sinistro, indo em direção do som. Aquele som vinha de dentro de um quarto, o único quarto que eu encontrei naquele lugar. Ainda um pouco hesitante, eu bati na porta escura e a mesma se abriu pelo peso do meu punho. Lá dentro, tudo estava silencioso e escuro, mas ali, as cortinas estavam abertas, deixando assim, que a luz lunar adentrasse, iluminando o residente do cômodo.

O homem estava deitado numa cama de dossel digna de um imperador, mas estava tão cadavérico que chegava a parecer um mendigo. Seus olhos me encararam com firmeza e pareciam conseguir enxergar a minha alma, o que me fez engoli a seco de tão desconfortável. Ele me chamou com a mão, como se quisesse que eu me aproximasse mais e foi o que eu fiz, mesmo que lentamente, como um idiota com medo de um homem enfermo.

—Essa é... A última vez...

—Última vez de que?—Perguntei, a minha voz soando um pouco diferente, como se eu estivesse falando do fundo do mar ou algo do gênero.

—Sakura, minha amada florzinha...—Lamentou-se manejando a cabeça para ambos os lados, desolado.

—O que tem ela?—Indaguei, me aproximando mais da cama, esperando que o velho não tivesse um acesso de tosse e não falasse mais nada que pudesse ser útil.

—Ele vai... Ele matá-la.

—Quem?!—Gritei, já impaciente e nervoso.

—Você tem que protegê-la por... por mim... Já me pegaram.

E assim, deixando aquele animador discurso para mim, o homem faleceu, fechando os olhos. Assim, o meu estranho sono teve seu fim, e eu me vi na minha cama, deitado, com a luz do sol no meu rosto, mostrando que a noite já havia dado espaço a um novo dia. E eu, estava mais cansado do que antes, como se o sonho tivesse drenado as minhas forças.


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Notas finais do capítulo

E aí? ;-) Mereço reviews ;-D? Recomendações :-)? Ou Pedradas T.T? Enfim, o que vocês acham q vai rolar? Neji aceitou ajudar, mas será q o S2 vai deixar ele em paz? E a carta q a Sakura recebeu, o que será que está escrito, problemas políticos?
:*



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