Interligados escrita por Luangel


Capítulo 30
Briga de Demônio


Notas iniciais do capítulo

Oiê!^^ Tudo bem com vocês meus amadinhos?^-^Bem, dessa vez eu vim bem mais cedo e com um cap grande! Desejo a vcs 1 próspero Ano novo e q 2014 seja maravilhoso para todos! / Agradeço de coração vocês terem ficado junto comigo durante todo esse ano, aguentando atrasos e caps pequenos...



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E assim, deixando aquele animador discurso para mim, o homem faleceu, fechando os olhos. Assim, o meu estranho sono teve seu fim, e eu me vi na minha cama, deitado, com a luz do sol no meu rosto, mostrando que a noite já havia dado espaço a um novo dia. E eu, estava mais cansado do que antes, como se o sonho tivesse drenado as minhas forças.”

Hinata Hyuuga:

—Bom dia!—Falei sorridente, cumprimentando meus amigos, que não compartilhavam do mesmo bom humor que eu.

Sasuke olhou para mim, e apenas assentiu, como se aquele ato gastasse muita energia para ser feito. O moreno tinha seus cabelos desarrumados, como se não tivesse tido tempo para ajeitá-los antes de vir para a escola. Abaixo de seus olhos, olheiras decoravam seu rosto naturalmente pálido, lhe dando a impressão mórbida e quase assustadora, dando a impressão de Sasuke era uma espécie de assassino de filmes de terror. Ele apoiava o peso do seu corpo sobre uma das pernas, e sua postura não estava como as das mais esguias, parecia que o Uchiha iria desmaiar de sono a qualquer momento. Já Sakura nem ao menos se deu ao trabalho de me olhar, só murmurou algo que parecia ser um cumprimento. A rosada parecia imersa em seus pensamentos, sem se preocupar com o mundo real. O único que me dirigiu um educado e simpático “Bom dia” foi Naruto que, era único que estava acordado e com a cabeça no lugar.

Juntamente com Neji, nós andamos pelo corredor, indo até a nossa sala. E como sempre, os dois alunos novos foram a causa do típico burburinho entre os alunos desocupados, e enquanto garotas sorriam entre si como hienas no cio, os garotos eram mais ousados e chegavam até a assoviar quando a rosada passava.

—Humanos...—Murmurou a Haruno, revirando seus olhos, em um visível ato de irritação.

—Quer que eu os puna para você?—Perguntou o loiro, casualmente, e eu engoli a seco, imaginando o terrível destino que aqueles garotos teriam, ao serem empalados vivos...

Em resposta, a garota riu, diminuindo assim o meu nervosismo.

—Não, mas obrigada de qualquer forma...— Respondeu por fim, dando-lhe um belo sorriso.

Poucos metros antes de entrarmos em nossa sala, alguém trombou em Sasuke, que estando avoado com estava, acabou pendendo para frente perigosamente, e o Uzumaki teve que segurá-lo para que o alquimista não caísse de boca no chão. Agora desperto pelo susto, e com os olhos repletos de raiva, o moreno se virou, dando de cara com Kiba, que rosnou:

— Você está no meu caminho.

Juro que eu quase conseguia ver uma áurea pesada cobrir o corpo do Uchiha, que estava furioso.

—Então desvie.—Retrucou o garoto, entre dentes.

—Saia... Da... Minha... Frente!—O atleta empurrou novamente, irritado.

Em poucos segundos, um circulo se formou a volta deles, e vários alunos esperavam e até desejavam ver uma briga.

Fazendo um coro infantil e forte “Briga! Briga! Briga!”.

—Kiba...—Disse, não contendo o sentimento de pena e de vergonha em minha voz, pois ainda não deixava de me culpar que o motivo da antipatia entre eles era eu! Caso algo acontecesse ao meu amigo, eu não poderia deixar de me culpar.—Não faça isso, por favor...—Supliquei, estendendo a minha mão para agarrar o punho do meu ex-namorado, mas antes que eu pudesse segurá-lo, a grandiosa e quente mão do youkai segurou meu braço e entrou na minha frente dizendo:

—Não faça isso você.

Neji Hyuuga:

Agradeci mentalmente a Naruto por evitar que Hinata tocasse no idiota do Kiba, por que eu mesmo estava prestes a tomar partido da luta de Sasuke e dar um belo soco na cara do atleta, só por vingança, mas aquilo não era o que a morena queria e uma promessa me impedia de quebrar o maxilar do Inuzuka. Sakura aproximou-se sem temor, ficando ao lado do moreno, e quando abriu a boca para falar, o Uchiha levantou a mão para impedindo que a rosada usasse seu poder sobre o garoto. Afinal, aquilo não era mais uma briguinha idiota de corredor, havia virado uma briga de orgulhos masculinos e nada que a Haruno fizesse poderia salvar o ego dele, e além do mais, por mais que impedisse essa luta, Kiba voltaria depois, covardes sempre voltam para encher o saco.

—Se você não sair da minha frente, “atletazinho”.—Disse com ironia, olhando para Kiba com um olhar assassino, que era acentuado pelas suas olheiras.—, Eu vou esfarelar os seus dentes no concreto e todos aqui presentes vão descobrir que você não é o cara forte que você finge ser. Que não passa de uma criança que cresceu demais, mas que ainda corre para chorar no colo da melhor amiga da namorada.

Um breve silêncio se sucedeu depois daquilo, e todos ficaram estáticos com aquela declaração de Sasuke que mais parecia uma facada no peito do atleta. Mas eu sentia vontade de rir da cara no Inuzuka e de abraçar o moreno por ele estar concretizando a minha vingança. Kiba estava raivoso como um touro, suas narinas estavam infladas e seus olhos, injetados de fúria, mas voltou seu olhar para Hinata, como se só agora a visse ali. A morena o encarou de forma dura, toda a sua compaixão que nutriu pelo atleta há poucos segundos, fora substituída pela mágoa e ressentimento de uma ferida que ainda não cicatrizara. E poucos segundos depois, a Hyuuga desviou o olhar, como se não quisesse manter contato visual com ele, apertando a sua mão na de Naruto. Ao ver o loiro, a raiva do Inuzuka voltou, como se um novo alvo para sua vingança tivesse acabado de ser notado, e pior, anotado.

O Uzumaki sustentou o olhar furioso de Kiba com a mesma intensidade, não temendo entrar numa briga, mas o atleta ainda tinha que resolver as coisas com Sasuke para depois enfrentar o youkai. Ele respirou fundo e disse, se dirigindo ao moreno:

—Você vai morrer por ter dito isso...

Cético diante de uma ameaça tão determinada e perigosa, o Uchiha ergueu uma de suas sobrancelhas e riu alto, enquanto batia palmas secas para seu oponente.

— Ahh! Tão original! Mais uma ameaça de morte. Sabe o que é engraçado? Essa não é a primeira que eu recebo, então entra para a fila!—Disse apontando com o polegar para atrás de si, como se tivesse uma fila atrás de si.

Ao ouvir aquilo, o garoto-raposa não deixou de rir da leve piada interna, mas que para o Kiba, acabou sendo interpretado como uma provocação, já que ele o fuzilou com o olhar. Durante alguns segundos, o atleta apenas encarou os garotos, seu olhar intercalando tão rápido com uma bola em um jogo de tênis. Por fim, o Inuzuka apenas fechou a cara numa carranca birrenta e deu meia-volta, entrando na sala dele. Ficamos ali por alguns instantes enquanto a nossa platéia se dissipava, frustrados por não terem visto o espetáculo que desejam, mas continuaram fofocando o mais novo “bafo” da escola. O alquimista era o mais confuso e surpreso dentre nós, afinal de contas, Kiba, o machão da escola nunca fugira de uma briga... E logo depois de toda aquela confusão, minha prima soltou rapidamente a mão de Naruto, envergonhada, e o loiro sorriu de lado diante da vergonha da garota, mas depois ficou sério e disse:

—Que estranho... A aura dele estava tão estranha que juro que eu podia ver aranhas pulando da escuridão da aura dele. Era como se ele as projetassem contra Sasuke, como se esperasse que você as visse e as sentisse em seu corpo todo...

Naruto Uzumaki:

—Do que você está falando?—Perguntou o moreno e eu me segurei para não revirar os olhos diante daquela ingenuidade (lê-se: burrice) dele.

—É, do que você está falando?—Indagou Hinata, para minha frustração, já que eu já estava me sentindo um nerd no meio deles.— Como assim, projetando aranhas?—A morena gesticulou com as mãos, fazendo um movimento até engraçado.

—Demônio.—Respondeu Sakura, de modo sombrio, acabando com aquela ladainha.

—O quê?!— Exclamou a Hyuuga, perplexa, fazendo com que o Uchiha fizesse uma careta, como se estivesse com dor de cabeça. —Demônio?! Não pode ser. Ele era meu namorado.Namoramos durante vários meses. Pode ser que eu estivesse confusa grande parte do tempo, mas qual é?—A garota falava cada vez mais rápido, confusa chegando a se embolar nas suas próprias palavras.— Eu teria descoberto se ele não fosse humano, não é mesmo? Quer dizer, eu sou uma exterminadora de monstros ora!

—Um demônio possuiu o corpo dele?—Sugeriu Neji,confuso, como se não conseguisse acreditar no que havia acabado de ouvir.

—Ou isso, ou há algum demônio na arvore genealógica de Kiba.—Respondeu a rosada, olhando para o chão, ainda viajando no mundo da lua.

—O filho da Ino.—Falou o alquimista, hesitante, olhando de soslaio para a exterminadora de monstros, tomando cuidado ao escolher suas próximas palavras para não machucá-la.— O filho dela será um demônio?

—Só o tempo dirá.—Respondi depois de alguns instantes de silencio, vendo que Hinata já estava sentindo compaixão pela líder de torcida.

—Acho que o time de futebol americano também sabe desse lado diabólico do Kiba. –Falou a morena, enquanto massageava a nuca, mudando de assunto.— E agora eu estou na duvida se eles também são demônios. Muito em breve vocês vão ter que me explicar como isso é possível. Quer dizer, ainda não consigo acreditar que meu ex-namorado é um demônio, mas ao mesmo tempo, por mais absurdo que pareça, acaba sendo uma apropriada justificativa para o comportamento e a tendência a crueldade dele, e de como ele era inflexível em relação ao nosso namoro, e depois, quando terminamos, ainda queria que fôssemos amigos...

—Ele queria ficar com você porque você é bonita.—Disse, sem perceber o peso de minhas palavras, e quando percebi já era tarde demais.

Sasuke me olhava com uma sobrancelha levantando, estranhando eu ter falado aquilo, já a Haruno exibia um sorrisinho irritante e malicioso típico de melhores amigo. O Hyuuga era o único que não me encarava como os outros, já que ele estava ocupado demais ficando enciumado com a reação de sua prima ao ouvir o que eu havia dito. A Hyuuga ficou corada, vermelha como uma cereja, mordendo o lábio inferior e com a cabeça levemente abaixada, mau sabia ela, o quão bonita ficava daquele jeito. Não pude deixar de ficar um pouco vermelho também, pela vergonha da minha espontaneidade. Mesmo sem saber o porque, meio que me senti na obrigação de pedir desculpas, mas no mesmo instante em que eu abri minha boca para falar, a garota falou, lutando para não gaguejar:

—Você me acha bonita?— Ao ouvir aquilo, Neji arregalou tanto os olhos que quase caiu para trás, enquanto a vampira deu um passo atrás, ficando fazendo gestos exagerados de “Kiss now!”.

O Uchiha se manteve impassível, olhando toda aquela novela mexicana como se fosse apenas um espectador, mas o moreno ainda me encarava intensamente, como se a minha resposta fosse decidir se ele seria o enciumado, como Neji, ou o idiota, como a Sakura.

Sakura Haruno:

Essa cena sem dúvida, fez com que eu ganhasse o dia! Ver Naruto desconcertado por causa de Hinata foi extremamente fofo e me fez esquecer sobre aquela carta idiota que recebi ontem. Depois de alguns instantes, o loiro abriu a boca para dar a esperada resposta, mas foi então que o maldito sinal da escola tocou, assustando a todos e quebrando toda e qualquer possibilidade de saber o que o Uzumaki responderia enfim. Ainda um pouco envergonhada, a morena murmurou algo sobre sua próxima aula e entrou na sala de aula o mais rápido que podia, praticamente fugindo. E o resto do dia se passou tedioso e lento, e minha mente voltou sua atenção para o pedaço de papel que estava bem guardado, quase escondido na cabeceira da cama.Ao chegar em casa, a primeira coisa que fez foi relê-la novamente, tentando ver se eu havia entendido ao de errado, o que infelizmente não foi o caso, a caligrafia de Onoki-san era correta e clara, e como da primeira vez em que li aquela carta, eu não contive a minha fúria e minha língua, e o xinguei de todos os insultos possíveis e impossíveis e por fim, quando a raiva passou, eu me joguei na cama, imaginando o inferno que a minha vida logo se tornaria...

No dia seguinte na escola, nem morena e nem Neji foram para a escola e segundo o meu melhor amigo, eles saíram para visitar o Complexo Hyuuga, acho que era aniversário da irmã da humana, se eu não estou enganada. Nenhum de nós conversou muito hoje, Sasuke parecia tão exausto quanto ontem e Naruto parecia estar impaciente demais, irritado por não ter Hinata consigo. Na hora da saída, o celular do loiro tocou e os olhos do mesmo pareceram se iluminar quando Hinata estava do outro lado da linha, falando que já havia chegado em Konoha. Naruto saiu o mais rápido possível, exibindo um sorriso amarelo, e justificando sua visita á morena pelo fato de ter de protegê-la de monstros. Não pude deixar de sorrir ao ver como o loiro estava caidinho pela Hyuuga, era tão adorável! Mas por outro lado, o meu sorriso era porque finalmente, eu estava sozinha com Sasuke.

A minha alegria era pulsante, mas ao mesmo tempo um leve friozinho dominava meu estomago, assim como o nó em minha garganta, então boa parte do caminho nós dois passamos calados.

—Graças a Deus Naruto ficou para trás.—Disse o moreno, quebrando o nosso silencio.

—Eu sei.—Concordei, sorrindo.—Nunca pensei que ele faria isso, como é responsável por minha proteção, se algo acontecer a mim, Naruto será executado sem piedade. Bem, —Disse suspirando.— Ele deve gostar mais dessa garota do que eu pensava...

—O que poderia acontecer a você que causaria a morte de Naruto?—Perguntou o Uchiha.

—Posso ser seqüestrada.—Respondi, o encarando.— Levada por alguém que não goste do império, que deseje receber algo pelo resgate e tal. E que pode me ferir.

—Estou pensando em como alguém pode te ferir, qual seria se ponto fraco enfim.— Revelou o garoto, e eu respondi:

—Contar as fraquezas de um vampiro para alguém tem como punição, a pena de morte, tanto para o vampiro que conta, quanto para a pessoa que ouvir.—Expliquei, séria, dando entonação naquilo, para que assim, ele tivesse noção o quão perigoso era aquilo.

Sasuke Uchiha:

Ao ouvir aquilo, eu não pude deixar de ficar surpreso com aquela rígida regra dos vampiros, e respondi:

—Não quero que nada assim aconteça a você. Então, por favor, não me conte nada...

Eu não disse aquilo por covardia, mas sim por temer por Sakura. E qualquer coisa, eu posso descobrir de outra maneira, até com Naruto quem sabe, se o loiro estiver de bom humor, claro.

—Ei, eu não sou tão frágil!—Protestou a rosada, fechando os olhos e fazendo um biquinho adorável, arrancando-me risadas, o que a deixou ainda mais irritada.

De repente, a Haruno parou de andar e exibindo um sorriso sapeca, disse:

—Deixe-me ver uma de suas adagas.—Eu hesitei, confuso, não entendendo no por que a vampira queria a minha adaga.

Vendo a minha relutância, a garota, fez uma carinha de abandono, dessas irresistíveis e sussurrou:

—Por favor...

Revirei os olhos diante da minha obediência quando o assunto é ela, parece que tudo o que Sakura pede para mim, tem um peso a mais e então, é rapidamente resolvido, não por causa do vodu das palavras que a rosada faz, mas sim pelo simples fato de que com ela, é diferente.

Eu me abaixei e tirei uma das minhas adagas de dentro de meu coturno e a entreguei para a Haruno, que logo depois de pegar, sussurrou:

—Veja...

Sem desviar seu olhar desafiador de mim, a vampira enterrou a lâmina em seu peito, em meio ao desespero daquela cena, eu gritei um impotente “Não!” que nem fez muita diferença, já que era tarde demais.

Eu me mantive estático, o meu sangue zunindo em meus ouvidos, meus olhos arregalados e minha respiração falha, tudo o que eu esperava ver era o sangue jorrando para todos os lados, mas no enquanto, tudo o que eu via era a blusa rasgada da garota e um sorriso zombeteiro em seus lábios.

A agonia percorreu meu corpo quando ela tirou a adaga de seu peito com a mesma simplicidade em que o cravara e estendeu a arma para mim, me devolvendo.

—Obrigada.—Disse Sakura, sorrindo diante do meu espanto.

Ainda assustado com aquela demonstração, eu fiz a única coisa que me veio em mente, e sem me importar com mais nada, eu a abracei com força.

—Não faça mais isso, Sakura. Eu estou falando sério.—Falei, minha voz saiu baixa e rouca, já que eu ainda não havia superado o susto de agora a pouco.

A rosada havia sido pega de surpresa, estava perplexa e passou alguns segundos sem esboçar nenhuma reação, mas foi então que eu a senti se aconchegar ainda mais em meu braços, seu nariz gélido encostando em meu pescoço.

Sua respiração estava rápida, seu hálito quente ia de encontro a minha jugular e confesso estremeci quando ela encostou seus lábios em minha pele.

Aquilo foi um misto de prazer e surpresa, já que eu não sabia como deveria reagir, mesmo desejando com todas as minhas forças, para que a Haruno nunca parasse com aquilo. Para minha maior surpresa, eu juro que escutei um gemido abafado escapar dos lábios da vampira, até que antes que eu pudesse fazer algo, a garota se separou de mim, como se fugisse.

Quando eu a olhei, ela estava diferente, sua pele estava ainda mais pálida, deixando a mostra as veias de seu rosto, seus olhos tão brilhantes agora estavam opacos e selvagens, desejosos a algo.

Mas o que realmente chamou a minha atenção foram os caninos que se sobressaiam por entre seus lábios rosados.

POV. 3 Pessoa:

A mulher acordou assustada, sentindo ao peludo abaixo de seus pés desnudos e quando percebeu o rato que estava ali, ela não se conteve e gritou histericamente, balançando as correntes que prendiam seus braços junto da parede.

O animal, do tamanho de um gato, saiu correndo dali, também assustando, deixando a morena sozinha novamente.

Ela fez uma careta de dor, se amaldiçoando por fazer tanto estardalhaço por causa do rato, já que agora os seus ferimentos, antes esquecidos, agora ardiam, doíam e voltavam a sangrar dolorosamente.

Seu kimono branco, antes tão belo, agora estava sujo de terra e sangue, encardido e rasgado.

A porta de seu cativeiro foi aberta e a última pessoa a quem a youkai queria ver, entrou.

A mulher o fulminou com seu olhar, e o homem pouco se importou, até chegando a sorrir descaradamente para a mulher que ele próprio torturara.

—O que foi minha querida? Eu achei que você já estava melhor...—Gracejou o homem, com o intuito de irritar a garota e conseguiu.

Com um rugido feroz, ela impulsionou para frente, se esperneando, tentando alcançar o outro com algum chute, sem nenhum sucesso.

A dor voltou a atacar seu delgado corpo de forma cruel, fazendo com que um gemido escapasse por entre seus lábios, para o contentamento do homem de sobretudo.

—Você não deveria ter se mexido tanto, minha flor...—Disse ele.—Ou vai acabar se machucando ainda mais...

—Vá para o inferno!—Gritou a garota, irada, antes de cuspir na direção do homem, sujando a vestimenta negra.

Em dois passos largos, o homem se aproximou de sua vítima e segurou seu rosto de modo violento, que certamente deixaria marcas em suas bochechas.

—Escute aqui sua vadiazinha, não me culpe por isso. Você é quem está cavando o próprio túmulo, e quando já tiver chegado ao fundo, eu serei quem vai te chutar lá dentro.


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