Interligados escrita por Luangel


Capítulo 19
Pura como a neve


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vão vocês meus leitores lindos? Bem, sei que postei em cima da hora, peço desculpas, mas é q fiz uma cirurgia e tal, então meio que isso ocupou boa parte dos meus pensamentos... Boa leitura!! ^^



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—Bom dia Sasuke.

                “Em uma vila pequena e estratégicamente encolhida e escondida entre as altas montanhas cobertas de neve, o dia amanhecia timidamente. As casas foram sendo abertas e as vozes dos aldeões logo se tornaram animadamente audíveis, assim como o contangiante riso das crianças hiperativas... Entre tantas crianças, um quateto se destacava dos demais, estes não corriam ou jogavam neve um nos outros, os quatro só estavam de mãos dadas e giravam.

Logo, uma delas começou a cantar e as outras também.

                “ A mulher era pura

                Pura como a neve

                Um dia a morte a levou

Um dia a morte a envenenou

                E sua pureza com o vento se dissipou

                A mulher sangue chorou

                Suas vermelhas lágrimas leves logo alcançaram a neve

                E a neve sentiu compaixão da mulher

                E a fez parar de sofrer

                E da neve, a fez renascer”

                A letra pode parecer um poco sombra, e ficava ainda mais quando era cantada por aquelas vozes inocentes e alegres. Aquelas crianças nem sonhavam em seus devaneios mais insanos no porque de seus pais ensinarem aquela canção com tanta paciencia e temor. Tudo era por causa de uma antiga lenda que percorria aquela vila desde a origem da mesma... Segundo essa lenda, a mulher da estranha canção já existira e depois de ter sido morta cruelmente, voltou á vida com a ajuda da neve e desde então a garota vivia rondando a vila a cada inverno, trazendo a neve consigo.

                E quando uma fina nevasca vinha, os aldeões acreditavam que a neve era as lágrimas da mulher e que o vento era como os soluços que irrompiam seu pranto. Tanto por temor ou por respeito, o simplesmente por superstição, os aldeões fizeram essa canção para que a moça parasse de chorare alegrar-se ao ouvir as criançinhas cantarem para ela. Muito longe dali, deitada desleixadamente num tronco de um alto e centenário pinheiro, uma garota de kimono sorria e cantarolava a musica que ouvira das crianças.Com o polegar, ela pegou uma lágrima que escorria por se rosto e suspirou profundamente.

Seu kimono era branco como a névoa invernal repleto de delicados desenhos de flocos de neve azulados e brilhantes. Um véu rendado cobria sua face e cabelos, mas mesmo assim, qualquer um que a visse achava que ela seria um Tennyou*. Ela gostava de ouvir aquela musica e fazia questão de todo inverno, ir visitar sua vila natal e na sua estação,  guardiã da neve, protegia a todos os aldeões no inverno, era quase uma divindade ali... De subito uma rajada de vento passou por ali, agiando as folhas do pinheiro, mas a garota não se surpreendeu, só se deleitou com a carícia do vento.

                O mesmo vento gélido e cortante adentro pela biblioteca, acordando assim a única pessoa ali presente; mas Tenten não sentiu frio, e a prova disso era o macacão de verão com estampa abstrata que usava. O vento veio até ela, e Tenten simplesmente acordou, o vento era como uma carícia, uma  lembrança entorpecida ou algo ainda mais profundo do que isso. A morena suspirou, ainda analisando as imagens do sonho que acabara de ter. Fazia muito tempo que não ouvia aquela canção e agora não sabia se escutá-la, mesmo em sonho, era bom ou ruim... A porta da biblioteca foi aberta e se rangido agudo se propagou por entre as estantes empoeiradas repletas de livros.

Quase que autometicamente, a garota se  virou para ver quem viera aquele seu “ refúgio particular”. Seu sangue pareceu congelar em suas veias e um frio perocorreu as espinha ao ver quem apareceu. Neji caminhava á passos largos até a mesa em que ela estava. Mesmo reprimindo um sorriso, seus olhos albinos brilhavam de alegria ao vê-la. Essa alegria logo foi percebida por Tenten, que sentia vontade de ser invisível, mas ironicamnete, ela era invisível.  Enquanto o Hyuuga se aproximava, milhares de pensamentos corroíam a mente da morena. Ela não deveria vê-lo, não deveria ter ficado tanto tempo naquela escola... Vários ‘Eu não devia” ocupavam a sua mente, mas seus olhos não conseguiam se desviar do moreno.

A garota havia sido irresponsável e idiota, mas depois de tanto tempo sozinha, não é pecado desejar alguém para conversar o só ter companhia... Ou era?. Mas ELE descobrira, e para piorar, Tenten havia fracassado em sua missão, havia deixado que seu coração intervisse e por conta disso havia sido castigada, ELE a castigou, e logo, ELE castigaria Neji também.

                —Está tudo bem, Tenten?—Perguntou o garoto se inclinando para observar o rosto dela.

Ela tento falar algo (provavelmente uma mentira mais para seu longo histórico de respostas falsas) mas somente seus lábios se moviam, sem soltar nenhum som.

 Neji estava começando a se preocupar com o silêncio de Tenten e chegou a repetir a pergunta mas a morena permaneceu em silêncio, o admirando. Com um doloroso aperto no coração, a morena percebeu que seu egoísmo de querer alguém perto teria que ter um fim, pelo bem do Hyuuga, a garota deveria se afastar dele o melhor que puder, o máximo que poder. Queria poder sair daquela cidade de uma vez por todas, mas deveria ficar, tinha ordens de ficar, ELE mandara quase para torturá-la, e ela ficaria ali... Ela obedeceria, sempre obedeceria...

—Tenten!—Exclamou o moreno a segurando pelos ombros e quase que imediatamente ela tentou se afastar, mas a cadeira em que estava sentada virou para trás e se não fosse pelo garoto, Tenten cairia no chão.

A morena se soltou dele rapidamente e deu passo para trás, querendo manter distância.

—Ei, o que está acontecendo com você?!—Gritou o Hyuga.

—Não se aproxime de mim.—Avisou com a voz firme e o garoto fico confuso, uma expressão confusa que ela adorava, mas não agora...—Eu não quero que você se aproxime.

—Tenten, você está pálida, por favor, deixe a enfermeira dar ma olhada em você...

—Ninguém pode me ver!!!—Gritou e o moreno se silênciou não entendendo mais nada.

—E-Eu sou seu amigo, pode falar comigo sobre o que desejar, eu vou te escutar.—O garoto disse, tentando soar compreensivo, mas aquilo não era o seu forte.

—Você não é meu amigo.—Disparou e Tenten sentiu vontade de morder a língua ao perceber o impacto que suas palavras tiveram no rapaz.—Eu estou te avisando, não quero que você aproxime mais de mim, ou que ouse dirigir uma palavra a mim. Desapareça.

E assim, ela passou por Neji com a garganta ardendo pelas lágrimas que reprimia, mas foi então que uma mão forte segurou seu pulso, a impedindo de continuar a andar.

—Mentirosa.—Murmrou o Hyuuga com firmeza e não aguentando mais, uma lágrima escorreu pelo rosto dela, o moreno estende o dedo para pegá-la, mas Tenten virou o rosto.—Por que está se esquivando tanto de mim?

—Você não entende.—Murmurou a morena de cabeça baixa.

—Então me faça entender.—Pediu levantando o rosto da garota que fechou os olhos com força, tentando vencer a tentação de beijá-lo.

—Por favor, por favor, me deixe ir, é para  o seu bem... Se você soubesse o que realmente acontece...—Murmurou.—E preciso ficar sozinha, para sempre e você deve ficar com sua prima, deve ficar longe de mim como antes.

—E se e não consgeuir?—Sussurrou.

—Vou me esforçar por nós dois então.—Disparou com a voz fria, mas ses olhos marejados mostravam o contrário.—Eu não posso ter ma pessoa tão boa como você ao me lado.Saiba que eu não me arrependo do tempo que passamos juntos, nunca vou te esquecer.—E dito isso, Tenten se desvencilo de Neji e saiu da biblioteca correndo enquanto o Hyuuga estava divido em correr atrás dela o pegar os cacos de seu coração do chão.

Hinata Hyuuga:

Sasuke ficou surpreso ao me ver. Seus olhos se arregalaram, e o moreno prendeu a respiração, parecia estar entre ansciedade e surpresa. Alguns segundos de silêncio se estenderam, mas logo Sasuke se recompos e respondeu com uma calma inábalavel, contrariando sua postura corporal:

—Hinata.

O moreno ficou me encarando como se exigisse uma justificava para eu ir atrás dele dessa forma e não aguentando mais aquele sutil mas profundo olhar questionador eu disse:

—Eu quero entender o que aconteceu ontem.

Em resposta, o Uchiha sorriu, não era um dos seus típicos sorrisinhos ácidos ou sorrisos laterais, e sim um sorriso amarelo, nervoso, como o de uma pessoa que escondia algo.

—O que você quer dizer? Oras, o cachorro de alguém escapou e a assustou. E expulsei o animal e fui para casa.— Ele falava tão automaticamente, que mais parecia um robô, ou alguém que havia passado a noite decorando um texto.

—Mentiroso.—Retruquei e o garoto me encarou.—Não foi isso o que aconteceu e você sabe!

—Foi sim.—Insistiu se aproximando de mim, talvez achando que seu tamanho me faria ter medo, mas não.—O pânico do momento deve ter feito você fantasiar algumas coisas, Hinata.

Sasuke se virou para ir embora, mas eu me coloquei na frente dele, interrompendo sua caminhada e o moreno soltou o ar pelo nariz, como se não quisesse que eu insistisse no assunto.

—Conte-me a verdade Sasuke! Por favor...

—Deixe isso para lá, Hinata!—Falou ajeitando a mochila nos ombros, visivelmente desconfortável.

—Não! Eu me lembro muito bem do que eu vi e não vou deixar você passar por mim sem me explicar algo! So muito teimosa Saske, e juro que não te deixarei em paz até descobrir a verdade.

Nunca havia usado um tom de voz tão sério e imperativo com Sasuke, na hora até tive um pouco de vergonha pelo que disse, mas logo isso foi substitído por alívio quando o Uchiha disse:

—Sei que ainda vou me arrepender por isso mas... Está bem.

Eu sorri um sorriso sapeca e o moreno fechou a cara, e começou a andar.

                —Você vem ou não?—Chamou sem nem ao menos olhar para trás e eu o segui a passos largos, até alcança-lo.

                —Não precisa começar do começo nem nada assim. Apenas começe, conte-me qualquer coisa!—Falei e o moreno pareceu não ouvir, ou ignorar, parecia pensativo demais para responder.

                —Bem, eu prefiro começar do começo...—Murmurou.—Lembra-se da situação em que nos vimos pela primeira vez?

                —Sim, foi quando você estava tentando resscitar se irmão.—Murmurei.

                —É, e como você e Neji viram, a tentativa não deu certo e tal. Mas hove alguns...—Sasuke fez ma careta e continuou falando vagarosamente.—Certos efeitos colaterais.

                —Como assim?—Questionei me deviando de alguns alunos para ficar lado a lado com Sasuke.

                —Eu não consegui trazer o meu irmão de volta a vida, mas sem querer eu acabei invocando quatro almas.

                —O quê?!—Exclamei e o moreno me censurou com olhar, receoso de que alguém ouvisse a nossa conversa.

                —Acabei invocando quatro almas.—Repetiu.

                —De onde elas vieram?

                —Nem eles sabem responder isso, só sabem o próprio nome, nem se lembram de como morreram.

                —Elas... Estão aqui?—Indaguei olhando para os lados, me certificando de que nada de paranormal acontecia ao nosso redor.

                —Não. Eles felizmente só ficam lá em casa, só eu posso vê-los.—Murmurou não parecendo muito feliz com a ideia de ter cinco fantasmas em casa.

                —Mas o que isso tem a ver com o que você fez ontem de tarde?—Perguntei me certificando de que o moreno não estava só me enrolando para não contar o que aconteceu.

                —Então, essa é a parte mais dificil de explicar.—Falou passando a mão pelos cabelos, procurando escolher as palavras com cuidado.—Parece que duas das almas que invoquei tem dons.

                O garoto me fitou, enquanto eu absorvia a informação com clareza e poucos segundos depois ele contiuo a falar:

                —Ontem a tarde, Yusuke, uma das almas, me usou para possuir o corpo da raposa.

                —Você possuiu o corpo do Naruto?—Indaguei, confusa e ele não ficou feliz com a minha preocupação.

                —É, aquele é o dom doYusuke, eu não tive controle para entrar ou sair do corpo da raposa, foram três mentes num corpo.—Respondeu com rispidez.

                —Mas... Como você saiu então?—Questionei.—Você... Não o feriu não é?

                Sasuke pareceu ficar irritado e confuso com a minha pergunta, mas quando abriu a boca para responder, o sinal bateu, avisando com seu agudo som para que os alnos entrassem nas salas de aula.

                —Você não deveria se importar tanto com aquela fera, na verdade acho que você deveria exterminá-lo logo de uma vez.—Falou e saiu andando para sala enquanto eu não sabia como deveria interpretar aquela resposta.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço review? Boladas de neve T.T? Então, esse capítulo foi meio diferente, o começo foi em 3 pessoa, o q vocês acharam disso? Não planejo mudar completamente a forma de narrar, mas as vezes axo legal colocar em 3 pessoa... Ah, nesse capítulo eu resolvi explorar um pouquinho a Tenten xD, ela pode parecer só uma louca, mas vai se revelar uma personagem bem importante e emocionante no desenrolar da fic, vish, axo q ja contei d+ xD haha...
Até o próximo capítulo! ^-^



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