Interligados escrita por Luangel


Capítulo 18
Caminhada noturna


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vão meus leitores lindos? Bem, dessa vez eu consegui postar um pouco mais cedo, na verdade er p ter postado dia 15, mas neste dia meu "amado" e idoso conputador fez o o favor de pegar vírus, ou seja, tava c o cap pronto sem poder postar T.T, bem espero que gostem! o/



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—Você vem?—Perguntou de forma suave, mas não menos imponente. 

Sasuke Uchiha:

                 —Por onde você andou?—Perguntei subitamente, minha voz suando ridiculamente ansiosa. —O que...

                —Shh. —A rosada colocou o dedo indicador sobre os lábios e eu selei meus, mas não tive tanto controle sobre os batimentos do meu coração.

                —Fico feliz por você estar aqui... —Sussurrei e em resposta a garota arregalou levemente os olhos, surpresa.

                Eu sem querer havia quebrado mesmo que por pouco tempo,a áurea imponente que a cercava, restando apenas uma misteriosa moça envergonhada com minha frase.

                —Venha. —Murmurou se recuperando da surpresa e mesmo com o volumoso vestido azul marinho, ela passou com facilidade pela janela e eu a imitei.

                Uma brisa tranqüila, levantava a neve do chão e dos galhos das arvores, fazendo dali um cenário perfeito para a dama de azul que parecia ter sido de um livro de história do século XIX.

                —Venha. —Ordenou a alguns metros, já na fileira de arvores e como se a misteriosa rosada tivesse me possuído, eu segui a obediente, mesmo que pensasse em relutar, meus pés pareciam ter vida própria era como se eu fosse um fantoche das palavras dela.

                Eles caminharam poucos minutos dentro da floresta e de súbito a garota parou de andar e eu também parei antes que trombasse nela. A mesma se virou para trás e me olhou dos pés a cabeça, o que me deixou constrangido, afinal, eu estava com um confortável casaco e com uma samba canção que graças a Deus era preta e lisa ao invés de branca com corações vermelhos, mas mesmo assim eu fiquei sem graça com o olhar dela.

                —Fique aqui. —Ordenou e dito isso ela desapareceu da minha vista, como se nunca tivesse existido, e a única prova do oposto era a marca de suas pegadas na neve fofa.

                Fiquei alguns instantes sem reação, não sabia se aquilo era só minha mente me pregando peças ou se a garota era realmente havia desaparecido. Comecei a andar mais para frente, a fim de encontrar mais pegadas ou algum rastro da menina, em vão, mas mesmo assim continuei a procurar.

                —Pedi para que ficasse lá. —Repreendeu a voz aveludada, vindo detrás de mim e eu me virei, fitando a rosada que agora segurava duas adagas, as MINHAS adagas.

                Engoli a seco, enquanto a rosada se aproximava solenemente de mim, com as armas brilhando com a luz da lua. Mas logo contive esse medo irracional pela garota, certamente ela não irá me esfaquear. Ela parece muito ingênua, doce e inocente. De súbito com um estalo eu me lembrei, eu havia perdido a minha adaga mais cedo quando lutava contra a raposa, então como ela conseguiu...?

                Lembrei de quando nos vimos da primeira vez, ela estava acompanhada pela raposa, então conseqüentemente ela conhecia a fera, o que me fez trincar o maxilar, irritado com tal conclusão.

                —Onde ele está?—Perguntei rispidamente, olhando para as arvores ao nosso redor, imaginando onde o monstro estaria escondido, maquinando contra minha vida. 

                —Se ele viesse esta noite, ele o mataria. —Respondeu olhando para as adagas em suas mãos. —Ele te odeia mesmo antes da luta de hoje.

                —Por quê?—Perguntei, hipnotizado pelo brilho das minha adagas nas mãos dela que parecia pouco se importar de ficar brincando com as armas tão afiadas.

                —Ele tem ciúmes de você. Além disso, eu não deveria estar aqui. Eu “tive” de vir sozinha.

                “Por que você não deveria estar aqui?” perguntei mentalmente, mas deixei de lado, talvez ela não quisesse tocar no assunto, já que não falou nada sobre o motivo de não poder vir até aqui.

                —Como você me trouxe até aqui? Você falava e eu me sentia obrigado a obedecer.

A rosada deu de ombros delicadamente e sorriu de forma marota, dando-a um ar sapeca.

                —Um presentinho meu, por assim dizer. Ah, essas adagas são suas. —Medindo os passos, a garota se aproximou e ao chegar até mim, estendeu as adagas e eu as peguei. —Tenho certeza de que você precisará delas nos próximos dias.

                Eu tinha razão, ele jamais teve a intenção de me ferir. Olhei para o metal afiado, meus dedos envolvendo o cabo.

                —Você teme que eu as use em você?—Perguntei da boca para fora e mordi a minha língua, com medo de que a tivesse ofendido, mas em resposta eu ouvi um riso espontâneo e que soava como uma campainha.

                —Eu não teria problema se você tentasse. Elas não me machucam mesmo... Eu não posso ser cortada.

                —Quem é você?—Sussurrei encarando seus olhos verdes misteriosos.

                —Meu nome é Sakura. —Respondeu enquanto pegava um dos flocos de neve com a mão. 

                Sakura. Eu guardei o nome em minha mente, Suavemente. Lentamente. Como ela.

                —Eu sou Sasuke.

                —Eu sei. —Respondeu sorrindo de lado.

                —Como?—Perguntei enquanto a rosada me circundava com passos lentos calculados.

                —Venho observado você a um tempinho.

                Há um tempo? Impossível, eu só havia visto a garota duas vezes e muito rápidas por sinal.

                —Por quê? —Ao me ouvir ela parou na minha frente e se aproximou perigosamente do meu rosto, sua respiração aquecia levemente a minha pele, como uma fogueira em um dia de inverno. 

E, eu gostava daquela sensação. Muito. No entanto, é possível que um contato verdadeiro seja melhor.

                —Eu não. —Balbuciei, como um idiota.

                —Você me chamou. —Afirmou, se afastando.

                —Impossível. Eu sequer tenho seu número!

                —Você está tentando me provocar?—Indagou com a voz fria e arqueou uma das perfeitas sobrancelhas.

                —Não! Eu... Sinceramente, eu não chamei você. —Respondi e ela expirou um ar frustrado.

                —Há um tempo, você de alguma forma, sobrecarregou meu povo e a mim de energia. Uma energia tão forte a ponto de me acordar. E eu, como responsável por meu povo, vim ver o que aconteceu.

                Passaram-se alguns minutos, Sakura ficou em silêncio enquanto eu absorvia a informação recém-adquirida. Então, quando eu tentei ressuscitar o meu irmão, eu não só invoquei quatro novas almas como acabei chamando atenção de monstros de sei lá onde!

                —Quem é o seu povo? Onde você vive?—Perguntei.

                —Eu nasci na Romênia. —Respondeu ignorando a minha primeira pergunta. —Mais especificamente, na Valáquia.

                Não precisava ser muito esperto para saber que Valáquia fiava bem longe de Konoha, ou seja, como a “onda de poder” que eu soltei chegou até lá?

                —Vocês estavam lá quando a energia os atingiu?

                —Sim. —Respondeu cruzando os braços na frente do peito, parecia que ia começar a ficar irritada. —Nós nos mudamos com freqüência e havíamos acabado de voltar á Romênia. Então, que tipo de brincadeira é essa conosco, Sasuke? Por que você me acordou?

                —Se fui eu que enviei essa energia, não foi intencional. —Expliquei.

                Com uma expressão cansada, Sakura levantou a mão e repousou seus dedos pouco abaixo de minha orelha. Automaticamente eu fechei meus olhos, apreciando o toque. Finalmente. Contato. A pele da rosada era ardente, estática, como um raio. Abaixo, suas unhas me raspavam de forma delicada, tão delicada, e paravam na base do meu pescoço, onde meu pulso batia.

                —Intencionalmente ou não, se os anciões do império descobrirem que foi você. Certamente vão querem a sua cabeça empalada.

                —É por isso que veio até aqui? Para me matar?— Então... Foi por isso que ela me devolveu as adagas? Ela... Está me subestimando!—Posso fazer você entender que eu não sou tão fraco quanto aparento ser. —Falei a ultima frase em um tom duro, talvez duro até demais.

                A garota percebeu o tom da minha voz e se afastou até estar fora do meu alcance. Mordi a minha língua com força e me amaldiçoei lentamente, porque eu não me mantive calado?!

                —Eu disse que SE eles descobrissem iriam querer você morto. —Retrucou rispidamente. —As únicas pessoas que sabem que você é responsável disso sou eu e Naruto.

                —A raposa tem nome?—Não pude evitar o tom de desagrado e Sakura estreitou o olhar sobre mim, em um claro aviso para que eu me calasse e assentiu.

                —Mas não se preocupe, nós não contaremos a ninguém.

                —Por quê?

                —Você me fascina. —Respondeu sorrindo inocentemente e depois de ter percebido o que disse, desviou o olhar e abaixou a cabeça, ligeiramente envergonhada como antes. —Er... F-Foi idiota da minha parte dizer isso. Finja que eu... Disse qualquer outra coisa.

                 Eu sorri de lado, me divertindo com o desconforto da bipolar rosada.

                —Não posso. —Respondi tranquilamente. —Você também me fascina, é um mistério para mim desde a primeira vez que eu te vi. Daí em diante eu... Venho querendo passar mais tempo com você.

                —Não podemos gostar um do outro. Não podemos ser amigos. —Murmurou enquanto encarava a neve que cobria o chão.

                —Isso é bom, porque eu não quero ser seu amigo. Quero ser mais do que isso. —Em resposta a garota arregalou os olhos e encolheu os ombros, parecia querer enfiar a neve e nunca mais sair, mas aposto que quem está mais desconfortável sou eu.

                Existe um provérbio que diz: Há três coisas irreversíveis na vida, a flecha lançada, a oportunidade perdida e palavra falada. Minha frase apesar de sincera era precipitada demais e irreversível.

                —Você não diria isso se soubesse… —Sakura murmurou, fixando seus olhos em mim e sua orbes verde expressavam um  misto de sentimentos, entre eles melancolia e descrença. —Você tem alguma ideia do que eu sou, Sasuke? Sabe de quem eu sou filha?

                —Não. E não me importo com isso... —Respondi tranquilamente e isso pareceu irritar ainda mais a garota.

                Afinal eu tenho cinco almas presas junto a mim, como se eu pudesse reclamar da herança de alguém, seja lá quem fosse... Antes que pudesse piscar, Sakura estava novamente diante de mim, me empurrando até que eu me chocasse contra uma arvore e perdesse o fôlego com o impacto. A rosada abriu a boca, mostrando suas presas pontiagudas e brancas.

                — Você estaria correndo assustado se soubesse. —Sussurrou de forma sombria e um frio percorreu a minha espinha.

                —Mas... Não pode ser!—Exclamei, perplexo. — Você é... Uma...

                —Vampira. —Completou me encarando no olhos, como um predador feroz diante de uma presa amedrontada. —Você entende agora, Sasuke? Usamos pessoas como alimentos. Nossas refeições ambulantes, nossa fonte de sangue. E se gostamos do sangue, bebemos novamente, e novamente, até que o humano se torne nosso escravo de sangue. No entanto, eles nunca se tornam nossos amigos. Importar-se com eles é inútil, pois vivemos conforme eles perdem a vitalidade e morrem... É desprezível... Mas, é a nossa natureza.

                Ela me soltou e meus pés tocaram o chão suavemente, fechei meus olhos, imaginando o que mais existia nesse mundo e agora eu sei: vampiros!

                —Mas não precisa se preocupar Sakura, eu compreendo que é da sua natureza de ser vamp- Sakura?—Abri os olhos e percebi que estava falando sozinho, é... A rosada tem o péssimo hábito de desaparecer misteriosamente.

Com um suspiro, eu voltei para dentro de casa, já sabendo que seria impossível dormir essa noite.

Hinata Hyuuga:

                No caminho de ida para escola, eu e Neji permanecemos em silêncio, cada qual perdido em seus devaneios secretos. Eu em particular estava pensando em que diabos aconteceu ontem entre Naruto e Sasuke. Hoje eu irei interrogar o moreno e ainda vou tentar ver o que aconteceu com a raposa. Bocejei, um dos muitos que já tive e que certamente iram me perseguir o restante do dia, porque eu passei a noite na biblioteca, pesquisando sobre habilidades paranormais.

                Embora eu feito centenas de observações curiosas, eu não havia encontrado nada de muito relevante. Afinal, alquimistas tem um vasto poder, mas não possuem a habilidade de fazer desaparecer um corpo, e Sasuke havia desparecido bem na minha frente. Sei que ele havia passado pelo corpo de Naruto, mas não havia saído do outro lado. Eu não estou louca a ponto de ter fantasiado isso. Meu coração palpitava dolorosamente, afinal meus dois melhores amigos haviam duelado e sei lá aonde e como estão agora!

                De súbito, meu celular vibrou e começou a tocar escandalosamente uma das diversas e agitadas musicas dos vocaloids. Meu primo foi mais rápido que eu e o pegou do painel do carro.

                —É o Kiba. —Respondeu após ler o visor.

Uma apontada de dor e ressentimento se apossou de mim e fiquei poucos minutos sem saber o que fazer.

                —Ei, Hinata você não vai atender, não?—Lembrou Neji me estendeu o aparelho eletrônico e eu as palavras saíram por si só de minha boca.

                —Deixa tocar, ievan polkka é uma musica legal mesmo. —Murmurei e encarei a janela, deixando o moreno surpreso ao meu lado.

                —Aconteceu alguma coisa entre você e ele?—Perguntou Neji, procurando uma vaga no estacionamento da escola.

                —Nós... —Por poucos segundos eu hesitei em contar, mas logo, logo ele acabaria sabendo pelas fofocas da escola, e seria melhor ele saber por mim. —Brigamos.

                —Ah Hina, casais sempre brigam vai ver ele não quer se reconciliar com você... —Falou Neji com uma tranqüilidade quase palpável, enquanto estacionava o carro.

                —Nós terminamos. —Murmurei e o moreno me encarou. — Ele engravidou a Ino. —Minha voz começava a ficar embargada, mas eu engoli o choro, pois sabia que se o Hyuuga me visse chorar, certamente deixaria meu ex-namorado em coma.

                —Ele o quê?!—Exclamou o moreno, já furioso. —Ele... Aquele canalha! Eu... Eu vou ter uma conversinha c-

                —Não, por favor não Neji-onii-chan! —Implorei e ele me encarou, confuso. —Por favor, não se meta nisso, esse assunto ainda vai dar muito o que falar na escola, não dê mais motivação para essas fofocas ridículas.

                Poucos segundo de silêncio se formaram, enquanto Neji me encarava e depois abaixou a cabeça e estralou a língua, ainda irritado.

                —Ok, ok, eu já entendi. Mas juro que se eu vê-lo perto de você, farei esse Inuzuka nunca mais poder ter filhos. —Disse antes de abrir a porta e sair do carro.

O moreno passou boa parte do seu tempo ao meu redor, como uma segundo sombra, aposto que foi para se certificar de que Kiba não chegaria perto de mim e felizmente e nem o vi nas escola hoje.

                Em meio aos estudantes que entravam na escola, eu pude ver um moreno em particular e senti um frio na espinha ao reconhecê-lo, era Sasuke. O Uchiha usava seu típico casaco negro e andava como um fantasma em meio aos estudantes tagarelas.

                —Neji eu vou ir conversar um pouco com o Sasuke, se importa em nos encontrarmos na sala?—Perguntei usando meu tom de voz mais inocente e persuasivo, mas o moreno abriu a boca par falar algo, provavelmente contra isso. —Não se preocupe, o Uchiha também odeia o Kiba, viu, dá até para fazer um clube anti-Inuzuka. —Sorri confiante e o Hyuuga assentiu e foi para sala.

                Segui o Uchiha e quando estava perto suficiente falei:

                —Bom dia Sasuke.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews? Recomendações? Pedradas T.T? Bem, o que vocês acham q vai acontecer:
( ) O Sasuke vai contar toda verdade
( ) Vai discutir com a Hinata
( ) Ou vai finjir que nada aconteceu.
Até o prox cap!



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