Um Desconhecido escrita por Daijo


Capítulo 19
Capítulo 19




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Meus olhos já estavam fechando automaticamente de sono. Thomas estava ocupando o único quarto da casa; eu decidi ficar por ali mesmo.

Deitei-me num sofá que ficava a um canto. Nunca tinha dormido assim, era desconfortável. Mas preferia isso, a ficar no mesmo quarto que aquele desajustado.

Fechei meus olhos e deixei minha mente vagar pelas lembranças de Henrique. Será que ele já havia recebido o bilhete? Ou será que ainda pensava que eu fugira com o motorista?

Lágrimas desataram a rolar pela minha face. Encolhi-me em posição fetal; não conseguia conter os soluços.

- Por que não veio para o quarto? – Minha tristeza era tanta, que nem percebi a chegada de Thomas. – Está chorando de novo?

Ele sentou-se na beirada do sofá; abri os olhos, e ajeitei-me melhor.

- Desse jeito você vai me deixar triste. – disse, acariciando o topo da minha cabeça. – Daqui a pouco vou pensar que você não gosta da minha companhia.

- Me deixe em paz Thomas. – pedi, irritada com sua ironia. – Vai logo dormir e me deixa aqui.

- Você não vai dormir sozinha. – afirmou seguro.

Eu apenas virei de lado, deixando a sua vista minhas costas.

- Não saio daqui. – respondi, com toda a dignidade possível.

Escutei os passos dele, indo em direção ao quarto. Antes que eu pudesse suspirar aliviada, ele já estava de volta.

Thomas cobriu-me com um lençol.

- Odeio dor nas costas. – comentou, e eu fiquei confusa.

Minhas indagações, interiores, desapareceram, quando senti o corpo dele colado ao meu. Logo seus braços já rodeavam minha cintura.

- O que é... Isso? – indaguei, corando.

- Eu disse que você não iria dormir sozinha. – Seus lábios roçaram meu pescoço. – Adoro ver você se arrepiar ao meu toque.

Eu não acreditava que ele estava fazendo aquilo comigo? Ele adorava me provocar, sentia gosto naquilo. Eu só não entendia o porquê dele não ter me forçado a nada, já que era, notavelmente, descontrolado e cruel.

- Adoro sentir seu cheiro. – ele sussurrava em meu ouvido, deixando meu coração aos pulos. – Desde que te conheci, tenho sonhado todas as noites com a nossa primeira vez.

Por que ele simplesmente não calava a boca? Ele sempre tinha que me atentar de todas as maneiras possíveis.

Com gestos.

Thomas passou sua perna por cima da minha, aproximando nossos corpos.

Com palavras.  

- Quando você vai ceder ao desejo Ana? Não vê que nossos corpos precisam disso? – murmurava com a voz rouca.

Ações.

As mãos dele subiram habilidosamente pelo meu vestido; estavam quase lá. Virei-me rapidamente, fazendo-o quase cair.

- O que...? – começou ele, mas parou ao mirar-me nos olhos. – Eu te quero.

Foi à última coisa que disse antes de encostar sua boca a minha suavemente. Nossos corpos estavam quentes, as respirações falhando. Na minha mente, só havia uma coisa sensata para fazer naquele momento. Eu ia me arrepender amargamente.

Eu mordi levemente o lábio inferior dele, provocando-o. A mão de Thomas posicionou-se em meu pescoço e nosso beijo se aprofundou. Um beijo cheio de volúpia. Era apenas esse sentimento que nos unia no momento.

Eu podia sentir seu coração pulsar tão forte quanto meu, enquanto nossas línguas entrelaçavam-se. Thomas sobrepôs-se a mim, interrompendo o beijo. Seus olhos expressavam desejo.

Ele jogou o lençol para longe. Instantaneamente, abri sua camisa, sem o menor cuidado; alguns botões espalharam-se pelo sofá. Por sua vez, ele começou a erguer a bainha de meu vestido.

Eu estava cada vez mais arfante, mas descontrolada. A última vez que isso acontecera, Inês havia interrompido e me salvado. Mas agora não existia mais a empregada para impedir o pior.

Meu vestido estava na altura da cintura, quando Thomas parou de erguê-lo.

- Tem certeza que quer isso? – Indagou ofegante. – Depois dessa noite, não quero você lamentando e chorando pelos cantos.

- Eu...

Não sabia o que responder.  

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Ana me surpreendeu agora... *O*
RsRsRs



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