Undisclosed Desires escrita por Charlie Carter


Capítulo 11
Versão outro lugar


Notas iniciais do capítulo

OI MEUS AMORES!!!! Tudo bem? Feliz ano - novo e blah blah blah, não sou boa com isso, então desejo-lher um bom e maravilhoso ano!!!
Espero que gostem dessa one que fiz á partir do undisclosed desire de La-Fenix, espero que tenha ficado bom, se não, podem atirar em mim...BRINKS, não atira em minzinha não!!!!
ENJOY!



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Era uma manhã acaloradamente agradável, o vento soprava as folhas, indicando-me que o outono se aproximava cada vez mais, á cada dia que passava. Em meus braços um exemplar de “Mil léguas submarinas” de Júlio Verne, man...esse cara é tipo... Gênio, a história é maravilhosa e eu me acabo de rir, quando lembro do capitão Nemo e fico chamando ele de peixinho!!


Por causa desse dia quente, minha vontade era ficar descalça e correr até a biblioteca, mas como eu ainda não tenho vontade de ganhar uma passagem só de ida para o hospício, eu fiquei com meus tênis e andei. A biblioteca era uma grande construção de tijolos vermelhos, com muitos andares e janelas muito bem limpas e com uma grande placa indicando que ali era a biblioteca.


Ao entrar lá, me senti em casa, como se eu realmente pudesse passar dias lá dentro, devorando cada livro daquelas antigas estantes. Ah é, eu estava quase me esquecendo de me apresentar, meu nome é Cassandra, mas pode me chamar de Cassie, tenho 16 anos, mas não por muito tempo, já que meu aniversário está próximo. Meu cabelo é negro e meus olhos são lilases e não, eu não uso lentes de contato.


A bibliotecária me olhou, mas sem nenhuma surpresa em seu olhar, acho que neste momento já éramos velhas conhecidas, de tantas vezes que eu já havia vindo aqui.


– Olá Cassie, o que te trás aqui neste belo dia? – Perguntou ela por pura educação, ela sabia o que eu fui lá fazer.


– Oi Mandy – Falei colocando o livro sobre a mesa


– Já terminou de ler esse? – Ah, dessa vez ela aparentou surpresa...


– Já – falei simplesmente


– Uau! Quando me disse que devorava livros, não estava brincando... – Disse ela animadamente


– Então, eu vou dar uma volta por ai – Falei


– Ok – Disse ela


Os corredores dessa biblioteca são demais, nem luz demais, sem pó e com muitos lugares para se sentar e abrir um livro a bastante silêncio para que todos possam se concentrar.


Cheguei á uma das minhas sessões favoritas: universo alternativo.


Fui lá e comecei a examinar as fileiras inacabáveis... aqui! Encontrei o lugar do livro e o devolvi á seu lugar de origem. Fui procurar outro, quando de repente começo a sentir uma sensação estranha... eu estava sendo observada? Não...não é possível!


Olhei para trás minimamente, só o suficiente para ver atrás de mim... havia alguém lá, estava lendo um livro de capa arroxeada, não consegui ler seu título, mas parecia ser bem interessante, já que ele não tirava seus olhos verdes das letras e parecia ser um momento de tensão no livro, já que ele passava sua mãos pelos cabelos negros de forma nervosa.


Hum...não era nada, só coisa da minha imaginação, algo que minha mente criou para me entreter mais uma vez. Ok, voltei á estante e continuei em busca de algo interessante para ler.


Novamente aquela sensação de estar sendo observada se apoderou de mim e dessa vez eu quis me espancar na parede, o que é que estava causando tal sensação? Ah, que saber? Que essa coisa fique ai, eu vou procurar um livro!


Finalmente havia encontrado um, só que ele estava tão alto e...que ótimo!!!! Nenhuma escada ou banquinho por perto!!! Então a humana aqui, teve que improvisar, tentei ficar nas pontas dos pés, só que com a minha altura, eu jamais pegaria aquele livro e olha que eu nem sou baixinha, ok?


Então senti algo se avultar sobre mim e vi que o sol não estava mais sobre mim, então ouvi alguém dizer:


– É este aqui, não é?


Balancei a cabeça afirmativamente, sem ver quem era. Logo eu estava com o livro desejado em mãos, totalmente alegre por finalmente poder lê-lo. Mas tive uma surpresa quando me virei para agradecer pelo simples gesto.

Era ele, o cara de olhos verdes!!!!

– Ahn, obrigada – Falei

– Não por isso – Disse ele

Ficamos nos encarando por alguns momentos e senti que iria começar á corar se não desgrudássemos nossos olhos um do outro, á quem devo agradecer primeiro? AH, já sei: á minha timidez!

O mais posso dizer? Ele usava uma camisa social branca (dois primeiros botões não abotoados) e gravata (desfrouxada), calça jeans e tênis, provavelmente ou era um estudante ou um executivo extremamente jovem.

Ele ficou me encarando por alguns minutos, o que foi realmente desconcertante e fez com que eu ficasse petrificada, sem me mover ou respirar profundamente.

– Ei, você é a Cassie, né? – Perguntou ele

– Sou – Falei – Por quê?

– Nada de mais – Disse ele – Só me acompanhe

Se você não viu o ponto de interrogação na minha cara nesse momento, tenho que dizer: você é cego.

Ahn? Como assim, quem é você?

– Acompanhe-me – Repetiu ele

Pegou-me pelo braço e começou a me arrastar, tive que largar o livro para poder me livrar dele, o que foi...isso mesmo: impossível, já que ele era bem mais forte do que eu. Tentei me livrar, juro que tentei, mas qual é, o que ele queria? Separar minha mão do resto do meu corpo? Porque a quantidade de força que ele estava aplicando ali...

– Por aqui – Disse ele indicando um corredor estreito

Hahahaha, ah tá que eu vou entrar ai, né? Quem é você? Quer transar? Vai procurar uma puta! Ah, qual é? Olha, sei que terá que pagá-la, mas ela vai fazer coisas que eu não vou, tipo...sexo.

– HAHAHA – Ri nervosamente – Nem pensar.

Ele fez um sinal com a mão indicando a porta no final do corredor.

Revirei meus olhos e enquanto eu caminhava pelo corredor, pensava em qual pé usar para chutá-lo ali, cheguei ao final do corredor e girei a maçaneta, ou melhor, não girei, a porta estava trancada, ou era isso o que eu pensava...

Quando ele veio abrir a porta, simplesmente tocou a maçaneta e... não, ela não fez pirlimpimpim e soltou faíscas. Ela brilhou acaloradamente e eu ouvi um tec, ele girou a maçaneta e ohhh, ela girou.

Ele abriu a porta para mim e adentramos no que quer que fosse aquele lugar, as paredes eram de pedra, assim como o chão e o teto, não havia luz, a não ser a que as tochas produziam, ele pegou uma delas e começou a andar, não tive outra escolha além de segui-lo.

Passamos por uma sala, parecia ser algo relacionado á criogenia, porém era gelo e fogo, pareciam ser pessoas, algumas congeladas em gelo e outras em chamas, mas não pareciam se queimar em nenhum dos dois e alguns...alguns estavam em fogo e gelo ao mesmo tempo.

Tive que fazer algum esforço para não ficar ali, paralisada em frente aos esquifes. Vamos Cassie – Pensei – Não é assim tão difícil controlar seus próprios membros.

E então parei outra vez, parei em frente á um esquife, era de uma garota muito parecia comigo, espera...aquela...aquela ali...era eu!!! Eu estava em fogo e gelo, mas por quê?

Tentei tocar, mas tudo o que consegui foi ser queimada por dois elementos diferentes.

Ele já estava bem á minha frente, quando notou que eu já não mais o seguia, então ele voltou e me pegou pelo braço, deixei-me ser guiada, olhei para frente, havia uma porta, tentei não olhar para trás, consegui cumprir essa missão quase impossível.

– O que aquelas pessoas faziam ali? – Perguntei

– Não eram pessoas – Disse ele – Eram almas

Então ele me levou até uma sala e abriu a porta, lá havia vários anciãos falando e gesticulando muito.

– Enfim você chegou, Cassandra – Disse um

– Nos conhecemos? – Perguntei

– Não – Respondeu ele – Á propósito, meu nome é Aron e á partir de hoje você treinará comigo, vejo que já conheceu Lion – E indicou o rapaz ao meu lado

Então era esse seu nome, Lion...

Depois de algum tempo conversando com os anciãos, eu queria simplesmente voltar para casa, mas...ah! Eu sabia, deveria ter dado uma de João e Maria e jogar migalhas de pão pelo caminho, agora não sabia mais por onde tinha vindo e nem por onde poderia seguir caminho.

– Perdida? – Lion Perguntou

– Não estou perdida – Falei

– Então por que olha para o horizonte como um marinheiro que olha para uma bussola? – Disse Lion

Olhei para Lion, que sorria gentilmente.

– Não gostaria de tomar um café comigo? – Sugeriu ele – Responderei as perguntas que tiver á fazer

Respirei fundo e aceitei a proposta

Sentamo-nos em um banco de pedra lisa cinzento, eu segurava uma caneca de café quente não muito confiável, que tinha a consistência de pudim e olhava para o café, como uma vidente olhando para uma bacia com água.

– Que lugar á esse? – Perguntei em certo momento

– É Strongfield – Disse ele – Aqui é o mundo das almas. Nós, shinigamis, cuidamos para que esse mundo esteja sempre em equilíbrio.

– Porque você me trouxe aqui? – Perguntei

– Primeiro: eu fui com a sua cara – Disse Lion – Segundo: acho que você pode se tornar uma boa shinigami e terceiro; para que recupere a sua alma.

Esse foi um belo momento para outra cara “WTF?!” E eu a fiz naquele momento.

– Muitas pessoas tiveram suas almas roubadas por um shinigami ruim no passado – Disse ele – Atualmente estamos tentando devolver as almas para as pessoas, só que...

– Só que...

– Só que percebemos que teríamos que trazê-las á esse mundo primeiro, se não... seus corpos rejeitariam as almas

– Mas as almas não eram deles? – Falei

– Eram, mas... – Lion começou – Mas com a passar do tempo, seus corpos foram ficando diferentes do que suas almas eram, então tivemos que trazê-las á Strongfield e fazer com que alma e corpo readquiram o equilíbrio total

– Então aquelas esquifes que eu vi...

– Sim?

– Porque estavam em gelo e fogo e alguns... em ambos?

– Indica o que precisamos fazer voltar ao equilíbrio – Disse ele – Se está em gelo, a pessoa parecia ser mais calorosa e vice-versa

– E se a alma estiver em ambos? – Perguntei

– Ah, essas almas são raras – Disse ele com um ar sonhador – Quer dizer que a pessoa é fria por fora e calorosa por dentro, mas só se houver mais gelo do que fogo, se tiver mais fogo do que gelo, então a pessoa é quente por fora e fria por dentro

Não lembro se a minha tinha mais isso ou aquilo e cara... como aquilo era confuso.

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Comecei a treinar com Aron e vou ser sincera: ele pegou pesado, muito pesado! Além de eu ter visto coisas que preferia não ter visto nessa vida! Como aqueles monstros que soltavam aquela gosma estranha e verde! Ou aquela tortura... um pobre rapaz que teve seu corpo congelado e depois uma mulher com seu corpo em altas temperaturas foi lá e...se deitou em cima dele, causando assim, um grande choque térmico!

Ganhei uma foice chamada Bellatorque, que em latim quer dizer “guerreiro” e tivemos que lutar contra os FDA (furtadores de almas), era um tipo de contrabandeadores de almas até o outro mundo, vencemos, mas... alguns escaparam e agora estamos nos preparando para ir atrás desses que escaparam.

Eu estava sentada no alto de uma colina, sozinha e pensando no que eu faria para consegui recapturar as almas que se foram. Quando do nada, sinto alguém tampar meu nariz com um lenço, parecia que esteve embebido em clorofórmio.

Minha visão ficou turva e meu corpo mole

Tudo escureceu

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Acordei, mas mantive meus olhos fechados. Eu estava em uma cama que não era minha, os lençóis tinham uma textura tão diferente dos que eu estava acostumada.

Abri meus olhos e vi que estava em um quarto de hospital, tudo ali tinha a irritante cor de branco imaculado. Senti uma presença á minha esquerda, virei-me para ver quem era, não reconheci quem era, mas eu deveria conhecer, ele sorriu ao me ver.

– Cassie! Você acordou! – Disse ele me abraçando

Fiz cara de WTF outra vez

Espera um pouco, eu conheço esse cara...fiz um enorme esforço para me lembrar daquele rosto familiar, ele era...espera ai, estava na ponta da língua...

Lion? Isso mesmo, era Lion!!!

Tentei dizer seu nome, mas tudo o que saiu foi um esganiço.

– Porque está tão feliz por eu ter acordado? – Perguntei roucamente

– Você não deve se lembrar... mas estava em coma havia quatro messes, claro que fiquei feliz.

Eu me sentia estranhamente bem, em paz...violência foi reconciliada, beleza foi reconhecida além da máscara, demônios foram exorcizados

Vi outro alguém entrando no quarto, de inicio, assustei-me, mas depois de espremer meus miolos lembrei que ele era Aron.

– O que aconteceu? – Perguntei

– Os FDA voltaram para nos matar antes que pudéssemos pegá-los – Explicou ele – E você foi uma das primeiras capturadas, mas ainda bem que Lion conseguiu resgatar você.

– Ai minha nossa senhora!!!! – Gritei – Então eles dominaram o lugar e agora estamos ferrados?!

– Não... – Disse Lion me recostando á cama – Nos os afugentamos e agora estamos cuidando dos feridos, o que inclui você.

Ah, entendi...

– Então quer dizer que tudo aquilo...eu revivi o que aconteceu á quatro messes! – Falei para mim mesma

– O que? – Perguntaram eles

Então eu expliquei que eu revivi o que aconteceu á quatro messes, enquanto estive em coma.

– Ah, não sei como aconteceu. Mas sua alma conseguiu encontrar o caminho de volta á seu corpo, agora sua alma está aí – E apontou para mim – Tomara que seu corpo não rejeite sua alma.

Os dias se passaram e eu recebi alta do hospital.

– E agora? – Perguntei

– Agora vamos atrás dos FDA – Disse Lion segurando minha mão.

Ele me puxou contra si tão rápida e bruscamente que eu acabei tendo que me segurar para não ir de cara no chão, então passei meus braços por seu pescoço e firmei meus pés no chão antes que começasse a levitar.

E eu não estava com a cabeça no lugar naquele momento, eu não estava pensando direito...eu, meio que...beijei-o. Levei meus lábios aos seus, quentes e macios. Emaranhei minhas mãos em seus cabelos e puxei-os levemente, um gemido gutural surgiu do fundo de sua garganta quando eu mordi seu lábio inferior.

Olhei no fundo de seus olhos

– Pra que presa? – Disse Lion – Porque não assim, calmamente?

Então ele me beijou calmamente

Provoque-me, você é único, Lion

Mas não pudermos ir mais adiante, já que ouvi alguém pigarrear á algum lugar atrás de nós, era Aron, o segurador de vela, ou melhor, de tocha olímpica.

– Agora não seria o momento mais apropriado para isso – Disse ele – Temos que cuidar dos FDA.

– Ah, sim, sim – Concordei

Então eu olhei para Lion e quando ele olhou de volta eu desviei o olhar, vergonha talvez?

Não importa...

Invoquei Bellatorque e Lion com sua espada. Aron abriu um portal para nós.

– Acho que você ainda não sabe como se mata um FDA, não é? – Perguntou ele

Coloquei as mãos na cintura e disse:

– Então porque você não me mostra como se faz? – Falei

E pulamos no portal, indo caçar aqueles malditos FDA.



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Notas finais do capítulo

Então? ficou bom? gostiram? ~~tomara que sim!!!~~
Então happy new year 4 u!
A kiss for you!
P.S.: Acho que só vou fazer mais duas one's e então vou partir para a outra coleção de one's que ainda estou decidindo qual vai ser a música.



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