_Muito bem, se não querem desistir lutem. Mas não aqui, essa floresta explodira em uma hora, é melhor vocês correrem._ Ao dizer isso Naraku desaparece.

     _Rápido, vamos embora._ Sesshoumaru diz e Kagome e Inuyasha vão no A-Um. Sesshoumaru leva a Rin no colo.

     O vento fica cada vez mais forte soprando contra eles. A velocidade de A-Un diminuia cada vez mais por isso, desse jeito não daria tempo. Eles voltam para o chão, vão devagar ate que A-Un encosta no chão, nesse momento todo o chão se racha. As rachaduras vão aumentando criando buracos gigantes no chão e engolindo a floresta. Com dificuldade A-Un volta a voar, mas voa baixo para não ser muito prejudicado pelo vento. Porem de dentro dos buracos começam a sair jatos de ar fervendo. Kagome queima a perna antes que conseguissem atingir uma altura segura.

     _KAGOME!_ Rin grita, mas Sesshoumaru ignora e voa mais rapido. Seu prioridade era salvar a pequena.

     Por causa do vento estavam indo muito devagar então tiveram que voltar para baixo e tentar desviar dos jatos de ar fervente. Porem era algo dificil com o peso dos dois. Eles desviaram de três jatos, Sesshoumaru e Rin nem podiam mais ser vistos, já deviam estar quase saindo da floresta. Os dois já haviam se conformado com a morte.

     _Inu me desculpa por te fazer perder a Kikyou, me arrependerei eternamente por isso._ Kagome disse para se despedir._ Eu fiz errado, mas eu não podia me conformar por te perder._ Disse tristemente e ficou bem perto dele._ Isso porque eu te amo._ Disse e lagrimas começaram a descer por seu rosto. Ela esconde seu rosto em seu peito chorando de mal conseguir respirar. Sua barriga ficou encharcada de lagrimas.

     _Desculpa tambem._ Ele diz a abraçando._ Eu não pude te impedir, foi minha culpa tambem perder ela. Mas eu não consegui te impedir._ Ele a afastou dele e segurou seu rosto a fazendo olhar para ele._ Eu não percebi o porque antes e te fiz sofrer._ Ele limpou as lagrimas dela, olhou discretamente para baixo vendo a razão dos jatos. Lava passava a inundar os buracos, mesmo sem os jatos continuava quente por isso._ Eu não pude te impedir porque eu tambem te amo._ Ele a beijou doce e delicadamente. Rapidamente se separou a abraçando e chorando tambem._ Por isso tudo que mais quero é que você sobreviva._ Ele diz.

     Ela se separa olhando para ele assustada, não podia acreditar no que ouviu. Devia ter interpretado errado. Foi como se o tempo tivesse parado. Lembrou da primeira vez que o viu, realmente o odiava. Ele acariciou seu rosto e sorriu deliz por ela.  Ela lembrou de todas as sua discursões sem sentido, como foram idiotas, perderam tanto tempo. Ele sussurou baixinho eu te amo e uma lagrima escorreu por meu rosto.

Kagome :

     Lembrei do nosso primeiro beijo, eu era tão inocente. Ele se soltou de mim, logo senti o imenso vazio, sentir seu corpo perto do meu era muito bom. Lembrei de como ficamos proximos depois disso, mesmo não adimitindo eramos amigos. Ele se jogou do A-Un com um sorriso no rosto, teria doido menos ter meu coração esmagado. Me mexi para ve-lo, descendo para cada vez mais perto do fogo. Lembrei de quando descobri que ele era um youkai, cometi o meu maior erro depois disso. O A-Un voou mais alto e mais rapido, eu o perdi de vista, só consegui ver a lava ardente abaixo de mim. Lembrei de todos aqueles beijos, foi errado, mas foi tão bom. O fim da floresta já podia ser visto, uma area abandonada, mas intacta. Lembrei então de todos os momentos ruins que se passaram, se comparavam a uma gota de agua em frente ao oceano que é o vazio que estou sentindo agora. O A-Un pousou seguro em terra._ Por fim lembrei de nossos ultimos lindos e dolorosos momentos.

     Mecanicamente desci do A-Un e comecei a andar pra frente sem ver para aonde ia. Eu não via mais nada, para mim o tempo parou quando ele pulou. Meu coração, minha alma. Estavam ambos despedaçados. Nunca voltariam ao normal. Ouvi algumas coisas que a Rin disse, porem não fizeram nenhum sentido para mim no momento."O Sesshy morreu tambem.", " Kagome onde você vai.", " não importa". Tambem ouvi um choro baixo, mas tudo eram como uma lingua estrangeira, algo que não fazia sentido, não importa o quao familiar fossem.

     De repente meu corpo parou, não pude mais me mover. Não que isso importasse. Naraku parou sorrindo a minha frente. Com aquela sombra todas as lembranças que não eram relacionadas ao Inu passaram como flashs. Um sentimento despertou em mim naquele momento. Um sentimento que abria mais minha ferida, mas ao mesmo tempo a anestesiava. Meu tempo voltou a correr, eu sorri por isso. Mesmo doendo mostrava que eu estava viva.