Kagome demorou na chegar no hospital, ficou enrolando e viajando olhando a rua. Não estava muito animada para falar com a Sango, estava bem e não queria ouvir sermão. Chegou e logo se sentou ao lado da cama dela. Sango não falou nada, ela estava respirando com dificuldade e suando muito, Kagome logo percebeu que algo estava errado.

     _Sango o que foi?_ Kagome perguntou preocupada.

     _Kagome eu..._ Sango seu um gemido de dor e pós a mão na barriga._ Quente._ Ela falou arregalando os olhos, tirou o cobertor com brutalidade e viu muito sangue manchando seu lençol. Kagome no susto se levantou e saiu correndo.

     Correu ate onde ficava a sala do medico que cuidava da Sango, pelo desespero tropeçou no caminho o que a atrasou. Abriu a porta com força causando um enorme estrondo.

     _A Sango ta muito mal, ela vai perder o bebe!_ Disse tão rápido que talvez ele não tivesse entendido. Mas ele logo levantou e saiu correndo. Kagome foi atrás,ele entrou no quarto de Sango e fechou a porta.

     _Não entre!_ Ele falou seriamente.

     Kagome ficou do lado de fora quase chorando, não sabia o que aconteceria com a Sango. Só podia ouvir as vozes pela porta.

     _Ela esta abortando as crianças.

     _Ela também corre perigo.

     _Rápido levem a para a sala de parto.

     _Talvez ela não consiga.

     As vozes que só desesperavam mais a Kagome logo cessaram, mas isso não a acalmou nem um pouco. Ela tampou a boca e caiu no chão chorando. Ela tremia toda. Seu celular começou a tocar e ela quase não conseguiu pega-lo pois suas mãos tremiam muito. Respirou fundo para se acalmar e atendeu.

     _Alo Kagome eu..._ Rin começou, mas foi cortada.

     _Rin a Sango...A Sango ta...Ela ta... Vem e traz o Miroku._ Falou entre soluços.

     _O que aconteceu?

     _Rápido._ Falou e tampou a boca chorando.

     _KAGOME!_ Rin gritou, mas Kagome desligou.

     _Garota você esta bem._ Uma enfermeira perguntou. Kagome fez que não e ela a ajudou a se sentar num banco e depois saiu. Logo voltou com um copo d’água. Kagome bebeu bem devagar tentando se acalmar. Ela conseguiu, sua respiração voltou ao normal.

     _Obrigada._ Falou para a enfermeira, ela assentiu e foi embora deixando Kagome só.

     Mesmo mais calma ela ainda estava muito apreensiva, começou a roer as unhas e olhava no relógio a cada cinco segundos.

     _KAGOME!_ Ouviu um grito e logo viu Rin e Miroku correndo em sua direção._ O que aconteceu.

     _Ela começou a sangrar e os médicos a levaram para a sala de parto. Parece que ela esta muito mal, estava abortando elas._ Disse olhando para baixo. Rin a abraçou forte segurando o choro.

     _Vai ficar tudo bem, eu tenho certeza._ Ela disse e as duas ficaram abraçadas por longos minutos enquanto Miroku olhava para a porta do quarto onde Sango antes estava sem acreditar.

     _Mas ela estava bem ontem._ Ao dizer isso as duas se separaram olhando para Miroku, ele estava atordoado._ Não é possível, ela estava bem ontem. Alguma coisa aconteceu._ Ele começou a andar em círculos segurando a cabeça._ Alguma coisa aconteceu eu tenho certeza.

     Rin o parou segurando ele pelos ombros com a expressão seria.

     _Alguma coisa aconteceu._ Uma única lagrima se formou no canto dos olhos dele. Rin fez uma expressão de raiva e bateu na cara dele. Kagome pós as mãos na boca assustada, Miroku pós a mão no local e olhou para a menina como se perguntasse “Por que fez isso?”. Varias lagrimas escorreram pelo rosto de Rin, ela cerrou os dentes e fechou os punhos.

     _Para com isso._ Ela disse com dificuldade por causa das lagrimas._ Você não é o único que esta preocupado, mas pare de piorar as coisas._ Ela caio no chão sentada e escondeu o rosto com as mãos.

     _Rin._ Kagome se aproximou e colocou uma mão em seu ombro. A menina logo tirou.

     _EU NÃO ESTOU CHORANDO!_ Gritou fazendo com que todos no hospital olhassem. Ela enxugou as lagrimas e se sentou num banco a esperar por noticias, Kagome e Miroku fizeram o mesmo.

     Cada minuto de espera pareciam horas, Kagome já não tinha mais unhas e Rin conseguiu cortar o lábio inferior de tanto morde-lo.

     _Vocês podem entrar._ Um medico disse para eles.

     Todos entraram no quarto meio apreensivos com medo do que estava por vim. Sango estava deitada numa cama dormindo, seu rosto parecia muito cansado. Todas foram em volta dela e ficaram olhando com vontade de chorar. Miroku pós a mão em seu braço se pior e com mais vontade de chorar ao sentir como estava frio. As meninas só ficaram olhando de longe segurando o choro.

     _Querem ver?_ Um medico perguntou. Ninguém entendeu de inicio, mas logo perceberam do que se tratava. As meninas fizeram que sim e o medico as guiou.

     Só puderam ver pelo vidro, mas la estavam duas menininhas de olhos e cabelo castanho iguaiszinhas. A coisa mais fofa, um pouco pequenas demais, mas estava tudo bem.