Music In The Dark escrita por LunaCobain


Capítulo 21
How Soon Is Now?


Notas iniciais do capítulo

Siiiim, já voltei e já vou postar mais um capítulo. Só pra provar que eu tô bem viva, sabe como é.
Hahah.
Essa história tá numa parte tensa, acho que vamos ficar sem Erik/Anna por um tempo.
Mas aí vocês podem shippar o Lui e a Anna juntos a vontade, eu deixo. Eles são fofos.

Aproveitem a leitura!



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“Er... – Anna estava insegura, mas tinha que deixa-lo saber o que se passava em sua cabeça. –Talvez eu queira ser mais do que amiga. – completou, a voz sumindo ao terminar da frase, os olhos grudados ao chão.

–É sério, Anna? – os dedos dele tocaram seu queixo, fazendo com que ela voltasse a olhar para seu rosto parcialmente escondido.

Ela apenas assentiu, deixando que sua mão acariciasse sue rosto afetuosamente.

–Eu também quero ser mais do que amigo.

Seu rosto se aproximou, vagarosamente, olho no olho, e em pouco tempo ela já era capaz de sentir a respiração quente dele em seu rosto. Anna teve de respirar fundo.

“É isso o que eu quero. É isso o que eu quero.”, pensou, usando a frase como um mantra.

Seus lábios se tocaram, suavemente, o contato emanando calor. Com gentileza, calma. Ele desceu as mãos que repousavam, até então nos ombros dela, deslizando-as até a cintura da morena em seu colo, e puxou-a mais pra perto, colando seus corpos.

Eles passaram a explorar os lábios um do outro e não demorou muito para que o beijo se aprofundasse, línguas se encontrando e dançando com fervor.

Quando tiveram que recobrar o fôlego, Lui afastou-se um pouco, olhando para ela com um carinho quase tangível. Os olhos tão ternos, tão sinceros. Como ela não percebera antes que ele era a opção mais segura para o que ainda existia de sua auto estima?

Ele segurou o rosto de Anna entre as mãos, os polegares traçando círculos invisíveis em suas têmporas, e sorriu de uma felicidade tão pura que chegou a emocionar a pobre menina. Então, ela tomou iniciativa e puxou Lui para um abraço apertado, enlaçando os braços em volta de seu pescoço e as pernas em volta de seus quadris.

Mesmo que ele não fosse Erik... Ela conseguiria ser feliz com ele. Só precisaria pensar positivo e se esforçar.”

–Anjo! – chamou Christine – Tenho que ir até a casa de Raoul. Preciso conversar com ele. Estarei de volta em poucas horas.

O Fantasma nem se deu ao trabalho de a olhar, estava completamente absorto em seus próprios pensamentos. Se ela saísse do Ópera Populaire, ele poderia ir falar com Anna e explicar a situação atual para ela. Ela o entenderia. Erik estava positivo quanto a isso.

Christine parou na frente dele, com o casaco em mãos, e se curvou para beijá-lo antes de sair.

–Te amo. Tente não sentir muito a minha falta. – a soprano piscou e virou as costas, indo embora.

Erik esperou um tempo seguro para sair de sua “casa” nos subterrâneos da Ópera. Assim que tinha certeza de que já havia se passado tempo o suficiente para que Christine estivesse fora dos domínios do Populaire, ele rapidamente fez seu caminho até a superfície. Anna não estava em seu quarto, nem com Meg e nem com Madame Giry. Depois de uma busca rápida pelas salas e quartos do grande Teatro, ele resolveu checar num último lugar: o salão principal, onde a mágica das óperas acontecia.

E o que viu não o agradou nem um pouco. Anna, fragilizada, soluçando nos braços de Lui. Ele iria se aproveitar dela. Erik sabia que sim. Estava quase se adiantando para conversar de homem para homem com o jovem mascarado quando ouviu a voz de Anna perguntando uma pergunta de resposta óbvia: se Lui gostava dela. Era óbvio que sim.

Mas o Fantasma, de nenhum modo, estava preparado para o que veio depois. Ana dizendo que queria algo sério com ele. Que queria ser mais do que apenas amiga.

E o garoto apenas confirmou o óbvio. Era aquilo que ele queria, também. Os rostos dos dois forma se aproximando e lágrimas de raiva e mágoa escorreram pelo rosto vermelho, escondido pela máscara, de Erik.

Eles estavam se beijando. Outra pessoa estava beijando a garota que pertencia a ele, e só a ele. E o pior é que ela tinha admitido que era o que ela queria. Ela estava gostando! Tinha que estar gostando.

Ele se sentia traído. Sabia que corria o risco de ter deixado Anna magoada, mas não achei que ela fosse capaz de ir correndo para os braços daquele garoto depois de... Depois de uma noite perfeita! Depois de ele ter tentado explicar o que tinha acontecido... Será que ele realmente significava tão pouco pra ela? Como era possível que ela o tivesse descartado tão facilmente?

Não demorou muito para que o recém-formado casal se separasse. Lui parecia um pouco envergonhado, as bochechas muito rosadas enquanto ele murmurava alguma desculpa para ir embora.

Erik continuou escondido nas sombras, chorando em silêncio e observando Anna, que continuava sentada no chão, bem embaixo de seu camarote. Estava esperando ver certo triunfo, ou alegria, espalhado sobre sua expressão, mas tudo o que achou foi desespero e tristeza decorando o rosto tão lindo da menina. Lágrimas começaram a chover de seus olhos e negros e em poucos segundos, ela estava soluçando novamente.

E mesmo se sentindo tão desprezado por ela, sua dor se intensificou ao observá-la tão triste, e logo seus soluços se fizeram audíveis, como os dela.

Anna percebeu.

–Tem alguém ai? – sussurrou, a voz falha.

–Anna. – a voz grave e profunda se fez ouvir.

–Erik?

O Fantasma deu um passo em direção a luz, revelando-se para a menina. Ela pode ver com clareza que os olhos dele estavam vermelhos, lágrimas traçando uma trilha por suas bochechas. Não sabia o que pensar da situação.

–O que está fazendo aqui? – ela voltou a perguntar.

–Obviamente, não vim para te observar se agarrando com aquele menino. – o Fantasma disse, frio. –Vim para explicar o que está acontecendo, mas acho muito provável que você nem se importe.

–Erik, eu sei o que está acontecendo. Você ama Christine. Sempre amou. Não tem nada a ser explicado. – as palavras dela soaram tão duras quanto as dele.

–Não, Anna. Eu não amo Christine. Eu amo você, e achei que você sentia o mesmo por mim.

–Não precisa mentir. Eu vi você se declarando para ela. Vi vocês se beijando.

–Mas, Anna, não é o que você está pensando!

–Ah, me poupe, Erik! – o tom dela ficava cada vez mais agressivo e agudo.

–Anna! Você não entende! – ele disse, desesperado –Eu praticamente criei aquela menina. O que eu sinto por ela não passa de um amor paternal. Eu a amo quase como se fosse minha filha, não como mulher. Eu não sinto desejo por ela. Esse sentimentos são guardados só para você.

Ela fez menção de interrompê-lo, mas Erik logo fez um sinal com a mão, cortando-a antes que ela começasse a despejar bobagens sobre ele uma vez mais.

–Acontece que, por algum motivo, ela resolveu que quer ficar comigo agora. E, infelizmente, Christine tem bons métodos para conseguir o que quer. Eu ia tentar pensar em algum jeito de me livrar dela, fazê-la perceber que Raoul é infinitamente melhor, para que nós pudéssemos ficar juntos de novo. Mas, pelo que percebo, você já tem seus próprios planos, e eu não estou incluso em nenhum deles. – admitir aquilo tudo em voz alta doía ainda, e as lágrimas ressurgiram, fazendo seus olhos brilharem.

Será que ele estava inventando tudo aquilo? Será que ele queria ter ás duas, a Anna e a Christine, ao mesmo tempo? Ou queria que Anna sofresse sozinha enquanto ele ficava com outra?

Sempre havia uma possibilidade de que ele estivesse falando a verdade, afinal.

–Eu só estou tentando não me machucar de novo.. – a menina sussurrou.

Fez-se um breve momento de silêncio, enquanto Anna tentava assimilar todas aquelas informações e perceber se ele estava ou não lhe contando a verdade. Ela não sabia se acreditava em seus olhos e seu sexto sentido, ou no homem por quem estava apaixonada.

–Erik- ela falou, baixinho -, eu estou muito confusa. Aconteceu muita coisa no último dia. Preciso de um tempo para pensar.

–Você não acredita em mim? – a voz do Fantasma saiu falha e quase inaudível.

–Não sei. – ela admitiu. Decidiu ser franca. –Não sei se devo acreditar no que meus olhos e ouvidos me levam a pensar que está acontecendo.. Ou se devo confiar em você. Me desculpe.

“Mas é claro que você pode confiar nele, idiota. Ele salvou sua vida mais de uma vez.”, a mente da menina gritou. Mas ela estava disposta a dar uma chance a Lui e ver o que aconteceria a seguir. Era mais seguro... Para seu próprio coração. Percebia que estava sendo egoísta, mas não voltaria atrás.

Erik se limitou a assentir, magoado.

–Se é o que você quer, Anna... Não vou mais interferir na sua vida. – ele virou as costas, lentamente, o coração em frangalhos.

–Mas... Mas, não é isso o que eu quero... Eu só preciso de um tempo.

Ele já tinha ido embora.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Quero saber a opinião de vocês, então usem seus talentos para me mandar reviews lindos que me deixarão alegre pelas próximas 48 horas inteirinhas. Haha

Até a próxima!
Bjos, Luna :*



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