Music In The Dark escrita por LunaCobain


Capítulo 11
Por pouco


Notas iniciais do capítulo

Tô ficando muito contente com o rumo que a história ta tomando e com os reviews. :) Espero que gostem desse capítulo também.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/207186/chapter/11

Ele abraçou Anna, envolvendo-a com os seus braços, o rosto da menina no seu ombro. Ela ficou parada por um instante, mas logo correspondeu ao abraço. E então Anna fez algo que não fazia havia muito, muito tempo. Anna chorou desesperadamente.

"Isso significa que ela gosta de mim, não significa?" Erik pensou, com um sorriso triste nos lábios.

Uma semana depois

            Já se passara uma semana desde a última vez que Anna vira Erik. Madame Giry sempre estava com ela, sem deixar que ela visse o Fantasma. E quando Madame Giry estava longe, muitas vezes discutindo com o próprio Erik sobre o assunto, ela pedia para que Meg ou Lui observassem Anna.

            Naquela noite teria a estréia de uma nova ópera, “Contos de Inverno”, e o Ópera Populaire estava lotado. Personalidades importantes desfilavam de um lado para o outro, conversando entre si sobre suas expectativas para a nova peça. Meg participaria do balé, enquanto Lui acompanharia Anna na platéia. Os dois estavam muito bem arrumados – Anna fora obrigada a vestir saia, e deixar de lado suas calças justas, consideradas inapropriadas pela alta sociedade.

            (Anna: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=53474793&.locale=pt-br)

            Todos tomaram seus assentos faltando alguns minutos para o show começar.

            -Anna, Lui! Aqui em cima! – alguém gritou acima de suas cabeças. Eles voltaram o olhar para cima e viram Christine sorrindo e acenando freneticamente para eles do camarote dos Chagny. Atrás dela, Raoul e Phillip mandavam um “oi”. – Venham aqui! Tem lugares sobrando.

            Os dois jovens subiram as escadas, animados, foram até o camarote e foram recebidos calorosamente por seus amigos. Anna, porém, estava meio intimidada por causa da presença do conde, Phillip, que a olhava de um jeito estranho e malicioso. O primeiro ato durou cerca de quarenta minutos, e na pausa que fizeram para ir para o segundo ato, Anna inventou qualquer desculpa e se retirou.

            -Anna! – alguém chamou, logo atrás dela, e não demorou muito para ela sentir uma mão segurar seu braço. A voz não era de Lui, era de Phillip.

            Anna acelerou o passo enquanto tentava se soltar.

            -Phillip, me largue.

            -Eu não! Vem princesa, não tente resistir.

            Anna lançou um olhar furioso para ele, procurando por qualquer coisa que pudesse tirá-lo dali. “Por que nunca tem uma corda onde se precisa delas?” Phillip estava empurrando Anna contra a parede do corredor deserto, de modo que ela não tinha para onde fugir. Ela sentiu o hálito de cerveja e cigarro roçar seu rosto, e então os lábios do conde estavam em seus pescoço e ombros, enquanto ele lutava para abrir os botões da camisa dela, sem grande sucesso. Anna tentava, em vão, se soltar. Obviamente, ela era muito fraca para conseguir causar reação no irmão bêbado do visconde.

            De repente, ele simplesmente não estava mais lá.

            Anna respirou fundo e depois de alguns minutos, abriu os olhos muito, muito devagar, para ver Erik bem a sua frente, estendendo a mão para ela.

            -Você está bem? –ele perguntou, preocupado e, obviamente, com raiva.

            Anna suspirou, pegando a mão dele.

            -Já estive melhor, mas já passei por situações piores – ela sussurrou, observando o rosto do Fantasma. Anna queria perguntar o que ele tinha feito com Phillip, mas achou melhor pensar nisso depois. 

            Erik prendeu Anna em um abraço apertado. Ele não sabia o que teria feito se Phillip a tivesse machucado. Ele sentiu Anna hesitar um pouco antes de corresponder ao abraço. Ela ainda não estava muito acostumada com contato físico amigável, por assim dizer. Mas Erik estava com saudades dela, por mais estranho que possa parecer, e depois desse susto... Ele precisava segurá-la e fazer com que ela se sentisse segura. Anna era tão frágil...

            -Erik – ela sussurrou contra seu peito depois de algum tempo, e ele se afastou um pouco para enxergá-la.

            -Sim?

            -Pode me levar lá para baixo... Para a sua casa? Eu quero ficar perto de você. – ela sussurrou assustada com suas próprias palavras – Mas Madame Giry não vai deixar, se ela souber, então melhor fazer isso enquanto ela está distraída.

            O Fantasma não pode deixar de sorrir. Ela tinha acabado de dizer que queria ficar perto dele. Ela, Anna, a menina que costumava ter medo de todos. Ele assentiu, ainda sorrindo genuinamente, e em questão de minutos eles estavam no covil de Erik, que ele preferia chamar de “casa do Lago”.

            Anna não podia deixar de perder o fôlego ao olhar a beleza do lugar, ela ainda não se acostumara. Era tudo tão lindo, em tons de preto, vermelho e dourado, com velas por toda a parte...

            Eles se sentaram juntos, sem saber muito que fazer, até que Erik pigarreou.

            -Foi a primeira vez que Phillip... Tentou algo com você?

            -A primeira foi no baile. – Anna respondeu, lembrando-se. –Foi horrível.

            -Podia ter me contado. Eu fiquei preocupado.

            Anna olhou para ele, calma. Ela confiava nele plenamente, e o conhecia não havia muito tempo. Um mês e meio, dois no máximo. Era uma coisa completamente nova para ela.

            -Eu sei. – ela sussurrou – Só não pensei nisso.

            Erik a olhou chateado e desconfiado, como se receasse que ela não confiasse o suficiente nele.

            -Erik, eu confio em você. Confio em você mais do que em qualquer outra pessoa, mesmo que talvez eu esteja errada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me digam o que vocês acharam desse, certo?
Bjos, Luna :*