Music In The Dark escrita por LunaCobain


Capítulo 12
Doces Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Esse é um capítulo relampago, to muito sem tempo para escrever nesses ultimos dias.... Me desculpem, vou me esforçar mais.



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-Foi a primeira vez que Phillip... Tentou algo com você?
-A primeira foi no baile. – Anna respondeu, lembrando-se. –Foi horrível.
-Podia ter me contado. Eu fiquei preocupado.
Anna olhou para ele, calma. Ela confiava nele plenamente, e o conhecia não havia muito tempo. Um mês e meio, dois no máximo. Era uma coisa completamente nova para ela.
-Eu sei. – ela sussurrou – Só não pensei nisso.
Erik a olhou chateado e desconfiado, como se receasse que ela não confiasse o suficiente nele.
-Erik, eu confio em você. Confio em você mais do que em qualquer outra pessoa, mesmo que talvez eu esteja errada.
O  Fantasma esboçou um sorriso. Ela confia em você. Isso é um passo muito grande.
Anna sabia que tinha dito a mais pura verdade para Erik, mas mais uma vez ela tinha se surpreendido com seus próprios sentimentos. Sua vida tinha sofrido uma mudança brusca e enorme, e ela não saberia quando conseguiria se acostumar. Mas, olhando para o homem em sua frente, ela tinha que admitir que teria que dar seu máximo para tentar se adaptar a isso. Ela não queria admitir, mas gostava dele mais do que de de si própria.
Erik abaixou um pouco seu rosto para poder beijar Anna, que parecia estar muito perdida em seus próprios pensamentos para pensar nisso. No entanto, as mãos do Fantasma deslizando pelas suas costas despertou Anna de seu transe. Ela enlaçou seus dedos no cabelo dele, correspondendo ao beijo. 
-Erik... - ela sussurrou, pensando no que estaria acontecendo lá em cima, com Madame Giry e Lui, e Christine e Meg. - Eu preciso voltar.
-Não! - Erik respondeu rápido, nervoso. Ele respirou fundo para tentar se acalmar antes de falar mais. -Anna, não posso deixar você voltar. Você não entende o medo que eu tenho de te deixar lá sozinha, Phillip ou algum desses outros moleques podem tentar te machucar e eu não suportaria se...
-Você não precisa me deixar lá sozinha. - Anna interrompeu, corajosa. -Por que não fica comigo esta noite? 
-Já se esqueceu de Madame Giry? - ele perguntou, tentando desviar a atenção de seu medo de ser visto por outras pessoas. -Se você está aqui agora, é por que não está tão preocupada com o que Antoinette pensa. Por que você não fica comigo esta noite?

 

Anna suspirou, se dando por vencida. 
-Tudo bem. - ela sussurrou. Ela odiava ter que argumentar. E Erik tinha argumentos muito bons. 
O Fantasma passou um braço em volta da cintura frágil da menina morena, trazendo sua forma frágil para perto de seu corpo forte e alto.

-Não fique irritada comigo, Anna. Estou pensando no seu próprio bem. Não quero que você se machuque. 
Depois de algum tempo, Anna começou a sentir seus olhos pesarem. Ela tentou ficar acordada, piscando feito louca, tanto quanto conseguiu, mas em questão de minutos ela estava dormindo no colo de Erik. Ele sorriu a visão daquilo, ela se assemelhava ainda mias com um anjo quando dormia. A preocupação e a tensão tinham quase sumido de seu rosto, fazendo-a parecer ainda mais bonita do que ela já era. Isso era um grande feito. Ele pegou um cacho negro do cabelo de Anna nas mãos, brincando com ele, e quando começou a se sentir um pouco cansado, pegou a menina nos braços, levando-a em direção a cama de lençóis vermelhos. Infelizmente para ele, os olhos dela se abriram rapidamente, ainda que sonolentos.
-Erik... Me coloca no chão. - Anna disse.
-Não, vou te levar para a minha cama. - ele respondeu, aborrecido, sem fazer menção de soltá-la.
-E você vai dormir onde?
-Eu durmo no chão.
-Erik, não! - ela falou, teimosa. -A casa é sua. E além do mais, eu estou mais do que acostumada a passar noites no chão.
-Então somos dois. - Erik replicou. - Agora, você dorme na cama e é melhor não ser teimosa.
Anna resmungou um pouco, antes de propôr:
-Muito bem, eu durmo na cama...
-Ótimo! - Erik interrompeu.
-...Mas então você vai ter que dormir na cama também, não quero que você durma no chão.
Erik olhou para ela, assustado. Da onde ela tirava essas ideias? Anna era tão teimosa, aquilo iria totalmente contra as leis da sociedade. Mas pensando uma segunda vez, ninguém morreria se aquilo acontecesse. Eles só iriam dormir. E dormir com o calor de Anna perto poderia espantar os pesadelos com os quais o Fantasma vinha sofrendo durante muitos anos - talvez ele pudesse fazer o mesmo por ela. Sua expressão se acalmou e ele concordou, silencioso. Anna pensou ter visto um sorriso cruzar os lábios dele mas, se Erik realmente sorriu foi rápido demais, porque em um piscar de olhos ele estava sério, se concentrando em colocar Anna na cama do jeito mais gentil e cuidadosa que conseguisse. Ela se mexeu um pouco para dar bastante espaço para ele, ignorando o fato da cama já ser muito, muito grande. Erik tirou a capa, a camisa e os sapatos, e se deitou, tímido, ao lado de Anna, apagando algumas velas com o sopro. Ele se ajeitou um pouco, tentando ao máximo resistir ao corpo lindo e delicado de Anna, que jazia bem ao seu lado, para não se jogar ao impulso de segurá-la forte em seus braços e nunca mais deixá-la sair. Isso poderia assustá-la.
-Boa noite, Erik. - ela sussurou, esperando que os pesadelos esquecessem de a perseguir essa noite.
-Boa noite, Anjo. -Erik sussurrou, tentando se render ao sono, por mais difícil que pudesse parecer com tal musa em seu lado. Seus olhos pesaram e ele foi levado para a terra dos sonhos. Sem pesadelos.
No meio da noite, Anna acordou. A respiração suave e constante do homem ao seu lado lhe dizia que ele estava dormindo. Apesar de eles terem dormido separados, agora Erik abraçava Anna com carinho, como se tentasse portegê-la de qualquer coisa que pudesse estar em seus sonhos. Anna repousou sua cabeça sobre o peito dele, sentindo o aperto do Fantasma se fortalecer e se estreitar, fazendo com que seu corpo se moldasse perfeitamente ao dele. Seus olhos se fecharam novamente em uma questão de segundos.
Um pouco depois disso, Erik acordou. Ele conseguia enxergar Anna mesmo na escuridão, ele tivera anos para se acostumar. Mas ele estava bravo consigo mesmo. Não tinha conseguido se controlar, e agora seus braços apertavam o corpo pequeno de Anna com tanta força que cada centímetro de seus corpos estavam colados. A cabeça de Anna repousava em seu peito e isso dava ao Fantasma uma paz tão doce, lhe proporcionava um prazer tão estranho. 
-Eu amo você, Anna. - Erik sussurrou para a noite as palavras que nunca tivera coragem de revelar para o dia.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, deixem reviews.
Bjos, Luna :*



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