Angel Dust escrita por Mel Fonseca


Capítulo 3
Capítulo 3 - “Nothing left Unsolved”


Notas iniciais do capítulo

quero agradecer a linda da Ariane Haagsma que fez a capa pra mim *-*



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E lá eles se encontraram.


Sherlock explicou tudo ao inspetor da forma mais rápida e direta possível.

Em seguida conseguiu com Lestrade o endereço de Stan Richardson.


Novamente voltando a tomar um táxi Holmes e Watson pararam num bairro chique em Londres.

O detetive fora bem remunerado sua casa era pomposa e muito grande.


Sherlock bateu a porta.


Era a primeira vez na qual ele não pretendia fazer uma encenação para conseguir adentrar a casa de alguém.

Uma mulher veio abrir-lhe a porta. Sherlock observou o uniforme branco com o nome bordado ao lado esquerdo do peito, constatando ser uma enfermeira.

– Em que posso ajudar? – Perguntou de modo prestativo.

– Sou Sherlock Holmes e esse é John Watson, somos detetives e...

– Ah sim, vieram visitar o Sr. Richardson, amigos de trabalho imagino... – Ela falou dando-lhes passagem. Holmes e Watson se entreolharam. Era incrível, mesmo quando não queriam embarcar numa farsa as pessoas os forçavam.

Entraram e foram guiados pela jovem morena pelos extensos corredores até chegarem a um quarto.

Na realidade o quarto parecia mais um leito de hospital... Cheio de aparelhos ligados a um homem deitado na cama. Sherlock percebeu o estado em que Richardson se encontrava e enquanto lhe falava observou o quarto.

– Você é o detetive Richardson...

– Ex detetive... – O homem corrigiu com uma voz rouca e fraca – Quem são vocês?

– Sou o detetive Holmes e esse é meu colega Watson – Holmes retomou com a voz firme não gostando nenhum pouco de ter sido interrompido.

observou as inúmeras quantidades de vasos com flores provavelmente vindos de admiradores, amigos e familiares

– Uma mulher morreu recentemente, seu nome é Darlene Crocker, acredito que lhe seja familiar, pois o senhor cuidou do caso da filha, Chelsea Crocker...- John explicou dando tempo a Sherlock.

– Darlene, sim... Recordo-me.

– O senhor retirou a amostra de PCP dois dias antes de se aposentar e nunca a devolveu – Sherlock falou deixando claro o motivo de sua vinda.

– Sim, o peguei, mas há muito tempo... Não me lembro de onde deixei - O homem respondeu fitando os lençois de sua cama.

– Acontece que eu preciso da amostra para comparar a morte de mãe e filha já que morreram pela influência da mesma droga – Holmes explicou impaciente.

O homem na cama riu, o que lhe provocou um ataque de tosse.

– Do que o senhor sofre? – John perguntou ao homem educadamente enquanto lançava um olhar repreensor ao seu amigo pela falta de educação.

– Ca...

– Câncer pancreático terminal – Sherlock respondeu interrompendo Richardson. O doente lhe encarou – Os sinais claros em seu corpo indicam isso, tens a pele num tom amarelado devido a icterícia, problemas na cabeça do pâncreas podem bloquear o seu ducto biliar, fazendo com que a bile retorne para o fígado e, em seguida, para a circulação sanguínea, causando essa cor amarelada... O senhor esta apoiado em vários travesseiros, para tentar diminuir a dor do câncer avançado que atinge teu abdômen e costas, também está magro, pois o seu câncer reduz o fluxo da bile o que lhe faz perder o apetite... – Holmes explicou entediado enquanto o homem na cama o olhava espantado.

– Você é médico?!

– Apenas um bom observador... – Holmes concluiu – E por ser um bom observador – Ele caminhou até um vaso de flores remexendo a terra e tirando uma caixinha preta – Sei que o PCP esta aqui.

Stan fitou Holmes com os nervos a flor da pele, suas mãos tremiam e o monitor polar estava apitando furiosamente. Sherlock abriu a caixinha encontrando ali o saquinho de plástico com o pó branco.

– Eu confesso , fui eu quem matou Darlene – Ele confessou com a voz trêmula.

– Eu gostaria mesmo de acreditar que o senhor teria feito isso pouparia-me muito trabalho - Holmes falou pouco cortez - mas no nível em que o seu câncer se encontra você não sai da cama há pelo menos um mês.

– Darlene matou a pequena Chelsea, era uma mulher irresponsável, bebeu de mais a vida toda e não tinha condições para cuidar da menina! Ainda por cima culpou o próprio filho, o garoto veio até mim para checar a história, eu fui o detetive contratado por ele, Ken possuía um álibi! Aquela mulher deixou que a filha ingerisse uma dose letal de PCP, a garota se arranhou inteira até que a droga a matou! Ela tinha apenas cinco anos Senhor Holmes!

Sherlock observou a caixa mais atentamente descobrindo que essa possuía um fundo falso, onde se encontrava um canivete.

– O senhor mandou alguém mata-la – Holmes constatou. Virou-se para John – A pessoa que fez isso é muito cuidadosa, vem mantendo Richardson informado do processo.

– E lhe confesso mais Senhor Holmes, Darlene não foi a única, fiz uma lista com cinco nomes, pessoas que conseguiram fugir da polícia e fizeram coisas terríveis... E mandei matar cada um deles!

– John a quinta pessoa ainda esta viva – Holmes murmurou.

– O que? Como você sabe?! – Watson questionou.

– A, B, C , D... Darlene... A próxima pessoa morre hoje! – Sherlock identificou rápido o padrão contido naquela teoria – Ligue para Lestrade e mande-o procurar Edgar Carter, foi um dos casos no qual Richardson trabalhou! Rápido!

John ligou.

Lestrade os informou que uma ligação havia sido feita de um celular descartável para a casa naquele mesmo dia e que Edgar havia desaparecido na noite seguinte e a mulher só se deu conta de que era um desaparecimento quando ele não voltou pela manhã.

O inspetor avisou que iria procurar por Edgar.

Watson informou a Holmes que o rapaz havia sido dado como desaparecido nessa manhã pela esposa.

Sherlock tomou o celular da mão de John:

– Lestrade mande todas as viaturas que puder para o Lago Serpentine agora, Edgar será morto a mando do ex detetive Richardson!

“O que?”

–Faça o que eu digo! – Sherlock pediu irritado desligando o celular. Saiu andando em direção a porta. John o seguiu.

– Não devia mandar prendê-lo?! - Perguntou franzindo o cenho.

– Ele não tem mais que uma semana de vida John – Sherlock respondeu Tomaram um táxi chegando ao lago Serpentine, numa área distante do Hyde Park todas as viaturas da policia estavam ali. E um homem segurava Edgar com a cabeça dentro d’agua. Os policiais o alertaram para soltar o rapaz, mas ele não o fez, ao invés disso apontou uma arma para um dos guardas que disparou um tiro certeiro no coração do homem.

Lestrade e John foram tirar a vítima da água, não sabiam se era muito tarde.

Holmes se aproximou conferindo o pulso:

– Esta vivo! – Alertou. Ajudando a Equipe com os primeiros socorros até que a ambulância chegou para leva-lo ao hospital.

No dia seguinte Lestrade foi até o Flat na Baker Street 221 B:

- Você explicou a causa da morte e quem a matou, mas como ela morreu Sherlock? - O inspetor perguntou fazendo Holmes sorrir de lado, sentado em sua poltrona, com suas mãos unidas abaixo do queixo.

- O homem que seu agente matou, foi a mando do ex detative ao hotel de Darlene durante a noite, ela estava bêbada, não trancara a porta o que evitou o arrombamento, fez com que ela ingerisse a droga a força... Ela então começou a ter alucinações, quebrou o espelho e com um caco cortou o próprio pescoço, tudo muito bem organizado para parecer um suícidio... O homem saiu no instante seguinte em que a mulher cortou a própria garganta, estava feito - Holmes explicou.

Lestrade e John ouviram ficando inignados pela falta de humanidade contida naquele crime. O inspetor agradeceu a Sherlock e seu fiel companheiro John, parabenizando-os por mais um caso resolvido.

Holmes e Watson sentaram-se para tomar um chá.


Em seguida John foi até seu notebook para escrever mais uma de suas aventuras ao lado de Sherlock Holmes em seu blog.

– A menina e a mulher de flores no cabelo?! Por Deus Watson, isso lá é título que se poste?! – Sherlock o repreendeu. Watson revirou os olhos e os dois caíram na risada.

Provando ao mundo que “Nothing left Unsolved”



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Notas finais do capítulo

boooom gente é isso, ficou muito ruim? mereço reviews? >
Esse povo curte um táxi fala sério
não apontem armas para policiais \o



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