– mas então como só se lembrou disso agora? E principalmente, por eu não me lembrei?- perguntou Peter.

– os poderes dela devem ter curto prazo, só não sei o porquê em mim durou menos do que você... Mas, deve ser apenas por que sou bem mais espiritualmente e fisicamente forte que você! – gabou-se ela esticando a coluna e subindo seu nariz.

– atá vai nessa... Ela deve ter um prazo menor em mulheres. – respondeu Peter fazendo bico.

– de qualquer forma, ainda sou melhor do que você! – respondeu Tails com um sorriso malicioso.

– de qualquer forma- respondeu a enfermeira- essa cobra pode ser perigosa em um rio onde pessoas se banham... Tem certeza de que a exterminaram?

– sim, eu mesmo atirei nela com meu revolver especial, ele nunca falha!

– é bom mesmo... Não sabemos que tipo de fantasma era aquela... E muito menos como ela age... Precisamos ficar atentos- respondeu a gentil enfermeira com um olhar mais serio.

“Perai só um minuto, como essa enfermeira pode não ter ficado assustada ao saber que uma enorme fantasma de aparecia monstruosa e poderes psíquicos estava por aqui” pensou Peter sobre a tão misteriosa enfermeira.

– bom, Peter é melhor nós a deixarmos repousar por um tempo, até Tails. – falou a sorridente enfermeira saindo da sala seguida de Peter.

–puxa, que mulher mais estranha... - falou Tails se deitando na maca. - mais tudo o que eu preciso agora é um bom repouso... E talvez um copo d água...

Tails levantou-se e pegou um copo d água que estava na beira da mesa ao lado de sua maca. Ela estranhou o gosto forte que a água possuía, e surpreendeu se ao olhar para seu copo d água e ver uma pequena cobra feita de água mover-se.

Ela atirou o copo no chão e pós às mãos desesperadamente no pescoço, sentindo a garganta fechar e sufocar-se.

– você não achou aquela cobra estranha, Sr. Peter?- disse a enfermeira para Peter, sentada na mesa da cantina do hospital.

– um pouco... Mais por que a pergunta? – desconfiou Peter.

– bom, eu não entendendo de fantasmas como você, mas, desde quando um fantasma normal pode ser feito de água e ter poderes psíquicos...

–existem fantasmas que assumem formas de objetos... É como se os assombrassem e desenvolvessem suas habilidades e formas absurdas, ela deve ter assombrado um caiaque ou uma mangueira de borracha... Mas... - respondeu Peter pensativo pondo a mão no queixo e encarando a mesa.

–mas...

– mas eu sinto que já vi aquela cobra em algum lugar... e o fato de ela ter poderes psíquicos me intriga... Vou pesquisar.

Exclamou Peter puxando o celular e ligando o Google do WI-FI.

– Grande... Cobra... Aquática... Psíquica... – soletrou ele enquanto digitava e enviava- que estranho...

– o que?

– todos os resultados são de uma antiga deusa cobra chamada Nitzúp...

– Nitzúp?

– é... Parece que essa tal cobre era a deusa de um antigo rio egípcio, que hoje nem existe mais, agora parece que é uma área de moradias... Aqui diz que essa tal Nitzúp foi executada pelo povo da região, por que eles queriam pescar em seu rio... Mas ela os proibiu dizendo que ele já estava em seu limite...

– então, levados pela fome eles a mataram e exploraram o rio até a vida nele secar, e depois morreram de fome.

– como sabe? – perguntou ele franzindo a testa.

– é sempre assim quando se contraria alguém mais sábio que você...

–bom, e parece que ela não quis descansar e foi assombrar esse rio... Mas por que logo esse rio?

– essa é uma excelente pergunt...

A enfermeira tento terminar a frase, mas foi interrompida por uma enorme corrente de agua que entrou pelo corredor e inundou a sala espalhando as mesas e cadeiras por toda a parte.

– o que é isso...! – perguntou a enfermeira segurando-se na parede, tentando impedir ser levada pela água que a cobria até quase o pescoço.

– eu não sei! – gritou Peter tentando se segurar e quase se afogando, pois ele era mais baixo que a enfermeira por isso a água cobria quase todo seu rosto.

– HUMANOS IDIOTAS! VÃO PAGAR COM SANGUE PELO O QUE ME FIZERAM!

Gritou uma voz feminina grossa e misteriosa vindo do quarto de que a água saia, e para a surpresa de Peter, Tails saiu de dentro do quarto surpreendentemente flutuando na água e com os olhos vermelhos sangue e uma expressão totalmente desesperadora em sua olhar.

O coração de Peter bateu forte e suas mãos tremeram, afinal como lutar sem sua leal parceira, e pior, contra ela própria, e ainda por cima sem entender praticamente nada sobre o que a possuiu. Mesmo diante dessa situação de desvantagem ele não se desesperou, pois sabia exatamente o que fazer...