– ai, ai, ai... Minha cabeça...

Falou Peter se levantando ao lado de Tails deitada em meio de um monte de lixo.

– ei, Tails, acorda... - Ele exclamou sacudindo ela.

– ah que quê é...? Eu tava dormind... Perai, onde agente tá?- perguntou ela despertando e deparando-se com lixo por todos os lados.

– eu sei lá...

Ele tentou terminar a frase quando foi interrompido pelo alto e ensurdecedor barulho de um navio zarpando.

– acho que estamos num navio. - disse Peter se levantando do lixo e vendo enfim que estavam cercados pelo mar.

– você acha gênio?

– mas o que eu quero saber é como viemos parar aqui...

Perguntou ele logo sendo interrompido por uma monstruosa criatura semelhante a uma cobra azul que se erguia da água a sua frente causando uma onda que balançou o pequeno navio.

– não tenho certeza, mais acho que o culpado é aquele bixo...

Ironizou Tails se levantando e pegando seu revolver, que se encontrava caído ao seu lado.

– vamos ver do que você é... argh...!- ela gêmeo pondo as mãos no lado direito da cabeça, sentindo uma forte dor.

– ham! o que ouve Tails!-perguntou Peter preocupado.

– não sei, acho que bati a cabeça em algum lugar...- Tails respondeu tirando as mãos da cabeça e vendo que nelas avia uma pequena quantidade de sangue- s- sangue...?!

– você tá bem?!

gritou Peter assustado tirando os olhos do monstro que se atirou ao lado do navio criando uma enorme onda que desvirou o navio na água, atirando Tails e peter embaixo da água.

Peter se desesperou, pois sabia que Tails não sabia nadar, então abriu seus olhos e viu Tails a se afogar, ele nadou até ela que se debatia como uma desesperada, em um inútil ato de se salvar. Tails se surpreendeu ao ser abraçada por Peter e levada a superfície.

– cadê ele? Cadê o bixo!

Perguntou Tails, no momento em que o monstro emergiu para a superfície, causando outra onde que os atirou para as pedras que cercavam a água.

– fique ai apoiada nessas pedras, vou atirar no fantasma com o meu... err...- ele falou envergonhadamente lembrando que não estava com o revolver.

– você não tá com o teu revolver ai né...

– não...

–BAKA – ela gritou dando um tapa na nuca de Peter.

– ai... você também não esta com o seu ai. Vou mergulhar pra pegar, fique ai. - ele falou mergulhando na água.

– espera...!- Tails tentou dizer, mas já era tarde.

Peter mergulho até pouco abaixo da superfície, mas já pode ver o lixo do navio espalhado pela água, e entre o lixo, Peter avistou seu revolver e começou a tentar nadar até ele, mas quando o alcançou, para sua surpresa, deparou-se com o fantasma que estava bem atrás de todo aquele lixo que prejudicava sua visão.

O fantasma nadou a toda a velocidade que podia, Peter não desesperou se com a situação, apenas checou se aviam palas em sua arma, que pra sua sorte ainda avia restado apenas uma, ele preparou rapidamente o tambor e atirou para frente sem olhar para onde a bala avia direcionado se.

ela acertou o meio dos olhos da grande cobra fantasma que se desfez no meio do água.

– o que será que esta havendo lá em baixo.

Tails perguntou se, até ver Peter submergir na sua frente.

– ele morreu?

– ele morreu.

Respondeu seriamente peter para Tails, Escalando as pedras até chegar a grama da superfície, onde esticou as mãos e ajudou Tails a subir, que estava com uma expressão de dor no rosto. E ao pisar na grama agachou se colocou a mão na cabeça machucada com uma expressão de dor.

– Tails, ainda esta sangrando?

– um pouco.

– vamos ao hospital...

– NÃO... p-por que se eu posso fazer o curativo sozinha.

– eu sei que você não gosta de hospital, mas... o que vou fazer agora é pro seu próprio bem.

Respondeu Peter agarrando Tails e a carregando no ombro.

– EI ESPERA...! eu disse...que...

Tentou falar Tails, mas desmaiou com a fraqueza que o ferimento lhe causou.

Ela sentiu a forte dar na cabeça voltar, mas a sua volta só havia escuridão, então abriu seus olhos lentamente até ver uma forte luz direto para os seus olhos.

– Hãm... Onde é que eu to...

– Ah, Tails, você já acordou. - disse uma enfermeira de cabelos castanhos e jaleco branco ao lado de Peter.

– Tails! cê tá legal?! – gritou Peter correndo em direção a maca onde Tails estava deitada e se agachando.

– Eu to no hospital? – perguntou a menina levantando-se e pondo a mão direita na cabeça, o que a fez perceber que ela estava enfaixada- Que quê é isso na minha cabeça?

– Ah, são pontos que eu cobri com ataduras, para você não ficar cutucando.

– Ei eu não sou cachorro não tá... Se bem que tá coçando...

– cara, como você se machucou dessa maneira? – perguntou Peter franzindo a testa.

– eu não sei... Ah, a ponte- disse ela com um olhar de quem se toca de alguma coisa.

– ponte?

– agora me lembro de tudo, foi a ponte!

– dá pra falar logo que ponte!

– a cobra d água, ela nos atirou da ponte!

– cobra d água? – perguntou a enfermeira confusa.

– nos damos nomes para todos os fantasmas que caçamos, para depois anotar. – respondeu Peter, com um ar de quem entende de tudo.

– essa cobra... Ela tem poderes psíquicos!

– como sabe disso? – perguntou a enfermeira franzindo a testa.

– por que assim que tocamos a água ao cair da ponte, nossas memórias de antes foram apagadas....!