De Tarde.

 Charlie estava dormindo no berço dela, e eu deitada em minha cama pensando. Eu ouvi um barulho, e me levantei rapidamente. Andei devagar até a cozinha, de onde tinha vindo o barulho, e havia dois homens – Um alto com cabelos e olhos negros, ou melhor, pretos, e o outro com olhos verdes e cabelos meio que castanho ou loiro... Eu engoli a seco. Um deles me olhou, acho que eu conhecia, mas não me lembrava um pouco.

- Hã... Com licença, você é Caroline? – Disse um dos homens, que tinha olhos verdes.

- Sim, por quê? – Eu perguntei e eles assentiram.

- Nada não. – Ele disse e eu assenti. Eles saíram pela porta de entrada e eu fiquei parada, não me lembro quem era eles, direito. Andei devagar até o quarto de Charlie, e havia um outro homem lá, olhando para ela.

- Ah, a mãe adotiva dela. – O homem disse com um tom de deboche na voz e com a voz bruta. – Tchau. – Ele disse e eu não entendi direito, quando eu olhei, ele estava pegando Charlie. Mas, eu consegui fazê-lo tirar a mão dela, então eu a peguei no colo e corri até meu quarto, fechei a porta e me virei. Um dos homens que eu vira a alguns minutos atrás, estava ali, o que me parecia roqueiro.

- Hades. – Eu disse e ele concordou.

4 anos depois.

P.O.V Charlie.

 Eu amo morar em Londres, eu completei seis anos ontem. Minha mãe Caroline me enche o saco, não sei porquê, mas eu não gosto de ser a atenção. Eu estava sentada na cama da minha mãe, estudando história – E adivinha, mitologia grega, eu adoro.

- Cadê a princesinha? – Minha mãe chegou me pegando no colo, eu adoro quando ela faz isso. Ela me pôs no chão e se ajoelhou. – Você está muito linda com esse vestidinho rosa e esses sapatinhos rosas. – Ela disse sorrindo.

- Obrigada Mamãe. – Eu disse e ela sorriu, acho que ela sorri com qualquer coisa que eu fale. – Mãe, é... posso ir brincar com Rebecca? – Eu perguntei e minha mãe assentiu, então eu corri para fora brincar com Rebecca – Minha melhor amiga.

- Oi Charlie. – Ela disse me abraçando.

- Oi Becca. – Eu disse sorrindo e nós duas sorrimos. – Vamos brincar de quê? – Eu perguntei e ela pensou.

- Que tal ficarmos cantando? – Ela perguntou e eu pensei.

- Hum... Ótima idéia, mas antes... Que tal um sorvete de morango? – Eu perguntei e ela concordou. – Perae, eu já volto. – Eu disse me afastando e indo em casa, só que minha mãe não estava.

- Ora, ora. – Uma voz de um homem surgiu, uma voz bruta, eu me virei e havia um homem vestindo preto. – A garotinha. – Ele disse puxando meu cabelo, eu tentei me soltar.

- Me solta! – Eu gritei e ele soltou.

- Você não vai fugir, bobinha. – Ele disse me encarando.

- Cadê a minha mamãe? – Eu perguntei e ele soltou uma risada.

- Adivinha onde ela está. – Ele disse e eu o ignorei.

- Me diga, não estou afim de pensar. – Eu disse o encarando e ele riu.

- Puxou um cara idiota. – Ele disse. Ele agarrou meu cabelo de novo.

- Me solta, meu cabelo. – Eu disse tentando me soltar e eu não conseguia. Eu caí no chão, e o homem havia sumido. Me levantei devagar e me virei, havia um homem ou melhor, um adolescente, em pé – Ele tinha cabelos loiros e olhos azuis. – V-Você não vai me machucar, né? – Eu perguntei fazendo um sinal com a mão.

- Não fofa, eu não vou te machucar. – Ele disse me tranqüilizando. – Você... Está machucada? – Ele me perguntou.

- Não... Só minha cabeça está doendo um pouco, por causa que aquele... Homem puxou meu cabelo. – Eu disse colocando a mão em minha cabeça.

- Deixa eu ver... – Ele disse se aproximando e vendo minha cabeça. – Só deve estar doendo por causa que puxaram seu cabelo. – Ele disse se levantando. – Cadê a sua mãe, flor? – Ele me perguntou.

- Não sei direito. – Eu disse e ele assentiu confuso.