Destino escrita por Fe Neac


Capítulo 38
Capítulo 38 - Finalmente Juntos?


Notas iniciais do capítulo

Yo minna!! Em primeiro lugar, eu quero agradecer muito a todas as pessoas lindas e maravilhosas que me deixaram review nos capitulos anteriores... Amo todos vocês.
Segundo lugar, quero agradecer à minha beta, a Bloodyrose, por estar ficando cada dia mais chata... (são palavras dela, hein!). Lara-chan, muito obrigada por estar sempre me ajudando a melhorar.
Em terceiro lugar, quero pedir desculpas pelo atraso na postagem. Tive uma séria SFC (Sindrome de Falta de Criatividade). E para encerrar com chave de ouro, fui mesaria nas eleições, e fiquei o FDS inteiro sem internet... *Tragico*
Mas, vencidos todos os contratempos, aqui estou com mais um capítulo para vocês, espero que gostem!
Bem, vejo vocês nas notas finais...



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Rukia ficou parada ao lado de Ichigo, observando a partida de Kaien, até o momento em que o mesmo sumiu de sua vista. Sentia-se triste com a partida do amigo. Um toque gentil em sua mão a despertou.

- É melhor irmos – disse Ichigo. – Mandei os guardas nos esperarem num campo atrás do castelo, próximo aos estábulos. Parece-me o lugar ideal para treinarmos, mas a última palavra é sua, sensei – disse, com um sorriso.

- Então vamos – falou, correspondendo ao sorriso dele e em seguida assumindo um ar de seriedade. – Eu acredito que para um melhor rendimento do treinamento, e para não desguarnecer o castelo, devemos separar os guardas em duas turmas. O que você acha?

- Acho uma ideia excelente... Desde que eu possa estar nas duas turmas.

- Tem certeza? Sua noiva pode não gostar... – referiu-se à princesa por noiva, como que lembrando a Ichigo que, apesar de tê-la pedido em casamento, sua situação com a outra ainda não estava esclarecida.

- Bem, por que não perguntamos a ela? – ele disse, sem se deixar abalar.

Estavam na metade do caminho até o local do treinamento, num ponto onde havia um belo pomar, que deixava o jardim mais denso. Puxou-a para detrás de uma das árvores, deixando ambos fora do campo de visão de um possível curioso, e rapidamente colou os lábios nos dela. Inicialmente ela tentou afastá-lo, entretanto, acabou por se render à carícia. Estava com saudades de beijá-lo. Ao senti-la entregue, o rapaz diminuiu a intensidade do beijo.

- Tem algum problema se eu participar das duas sessões de treinamento, minha noiva? – perguntou com a voz rouca, ainda roçando os lábios nos dela.

- Não... – ela respondeu, puxando-o pela gola da camisa e beijando-o novamente.

- Tem certeza? – perguntou. – Minha sensei é muito atraente...

- Hum... Muito? Muito quanto? – perguntou, entrando na brincadeira.

- É a mulher mais bonita que eu já vi... Ela me deixa louco... – prendeu o corpo pequeno contra a árvore, pressionando-a com o próprio corpo. – Não consigo ficar perto dela nem por um minuto sem que pensamentos impróprios invadam a minha cabeça.

- Seu bobo – ela riu, e então o empurrou. – Vamos logo, antes que mandem uma equipe de busca atrás de nós... – já estava saindo, quando ele a segurou pelo pulso.

- Rukia, não se preocupe mais sobre minha situação com a princesa. Eu irei dizer a ela que já tenho uma amada. Na verdade, ia fazer isso antes mesmo da partida daquele idiota, mas como você mesma viu, ela não desceu para o café. Mas falarei com ela o mais rápido que eu puder, para que todos nós possamos prosseguir com nossas vidas.

- Fico feliz – Rukia disse simplesmente, e então o abraçou. – Fico muito feliz, Ichigo. Parece que finalmente as coisas estão começando a dar certo para nós, não é?

- Sim – ele respondeu, estreitando o abraço.

Então ambos se afastaram e seguiram em direção ao campo de treinamento.

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O treinamento transcorreu tranquilamente. Ichigo ficou espantado ao perceber como Rukia havia desenvolvido sua didática. Quando treinaram juntos, ela era inexperiente, mas mesmo assim ajudara-o a fazer uma grande evolução na luta corpo a corpo. Mas agora, além de extrema competência para ensinar as técnicas de luta utilizadas pelo esquadrão, ela possuía um ar de autoridade inabalável, fazendo com que todos a obedecessem sem questionar.

Após o treinamento ambos foram para seus quartos para se aprontarem para o almoço. Ichigo tomou banho e se vestiu  rapidamente. Tinha um objetivo em mente. Desde que conversara com Kaien, sentia urgência em resolver logo qualquer pendência que pudesse afastá-lo de Rukia.

Com passos firmes, dirigiu-se ao quarto da princesa, decidido a resolver aquela situação antes mesmo do almoço. Bateu à porta e foi atendido por Tatsuki.

- A Inoue-san já está pronta? Gostaria de conversar com ela e pensei que poderíamos dar uma caminhada antes do almoço.

- Sinto muito, Kurosaki-sama – respondeu. – A Hime-sama ainda se sente indisposta, e já pedi que o almoço dela seja servido no quarto hoje.

- Ah, bem... Espero que não seja nada grave – respondeu, desanimado. – Avise-me quando ela estiver melhor, sim? Preciso mesmo falar com ela.

Tatsuki ficou surpresa diante da urgência na voz de Ichigo. Será que o plano de sua senhora estava funcionando?

- Certamente, Ichigo-sama – respondeu, fechando a porta.

A princesa a observava sorridente, sentada na cama.

- E você achou que não ia funcionar, não é, Tatsuki-chan? – disse, ainda sorrindo. – Viu só! Eu sumi apenas pela manhã e ele já se encontra doido atrás de mim. Eu sabia que toda aquela indiferença era apenas fachada. Kurosaki-kun e eu nascemos um para o outro!

- Parece que sim, Inoue-sama.

- Você vai ver, Tatsuki-chan. Vou me fazer de doente e ficar fora de suas vistas por mais uns dias. Tenho certeza de que, assim que nos encontrarmos novamente, ele me pedirá em casamento!

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Dois dias haviam se passado e, para Ichigo, foram os dois melhores dos últimos meses. Passava quase o dia todo na companhia de Rukia. Treinavam, conversavam e ele sempre encontrava uma maneira de beijá-la, mesmo que fosse às escondidas. Todos os dias tentava conversar com a princesa. Quanto antes resolvesse esta situação, poderia contar aos pais sobre ele e Rukia, e então oficializar o noivado. Entretanto, durante estes dois dias, a princesa não abandonara seu quarto. Com muito esforço, a rainha convencera a princesa a permitir que Hanatarou a examinasse, para descobrir a razão de sua súbita doença.

- Ela não está doente, isso eu garanto – Hanatarou conversava com Ichigo e Rukia, em seu consultório. Ela havia levado Chappy para retirar os curativos e Ichigo a acompanhara. – Eu entrei para examiná-la e ela mal me deixou tocá-la. Fez um pequeno escândalo, até que a dama pediu que eu me retirasse, para que a princesa descansasse.

- Mas a troco de quê ela fingiria uma doença, Hanatarou?

- Ora, Rukia-san, para chamar a atenção de todos, mas principalmente do Ichigo-san. Enquanto estive lá, ouvi Tatsuki-san comentando animada que Ichigo-san a tem procurado todos os dias, mais de uma vez por dia. Isso é verdade?

- Sim, Hanatarou, mas apenas porque quero logo esclarecer nossa situação – disse, passando o braço em volta da cintura da morena, trazendo-a para mais perto. – Afinal, quero avisar logo para meu pai que encontrei a minha futura rainha. E pedir a mão de Rukia para Urahara-sama e Youruichi-sama.

- Fico muito feliz em vê-los juntos, Ichigo-san – olhou para Rukia, com simpatia. – Acompanhei todo o sofrimento de Ichigo-san quando pensou que a havia perdido para sempre, Rukia-san. E mesmo quando achou que tudo estava perdido, ele não deixou de te amar. Prometeu para si mesmo que jamais teria outra mulher. É muito bom que tudo não tenha passado de um mal entendido – sorriu para o casal. – Se me permitem, vou cuidar do coelho agora. Depois ainda tenho que voltar aos meus estudos...

Pegou o coelho das mãos dela e se dirigiu para a saleta contigua, a fim de examiná-lo e trocar seus curativos.

Ainda com o braço em volta da cintura dela, Ichigo sentou-se em um dos sofás do pequeno consultório, trazendo-a para o seu colo.

- Enquanto ele examina o seu coelho, nós poderíamos namorar um pouco, não é?

- Ichigo! Alguém pode entrar de repente e... – começou, sendo imediatamente calada pelos lábios dele.

Rukia desistiu de protestar e abandonou-se às caricias. Era sempre assim. Bastava um toque para que qualquer resistência ou juízo a abandonasse. Beijaram-se por longos momentos, e, quando o ar começou a lhes faltar, findaram o beijo, apoiando as testas uma na outra.

- Eu já te disse que te amo, hoje? – perguntou, os olhos presos aos dela, enquanto acariciava o rosto delicado.

- Na verdade não... – respondeu manhosa.

- Que sacrilégio! – disse sorrindo e aproximando-se novamente dela. – Te amo! – sussurrou, antes de beijá-la novamente.

 - Eu também te amo – disse, afastando-se por um momento para em seguida roçar levemente os lábios nos dele.

Ele tentou capturá-los num beijo, entretanto ela se afastou, sorrindo matreira. Tentou uma segunda vez, mas novamente ela fugiu.

- Está brincado com fogo, senhorita.

- Sério? Não estou vendo fogo nenhum por aqui... – disse, enquanto brincava com o cordão da camisa.

- Já lhe mostro o fogo.

Unindo suas bocas num beijo quente, colocou uma das mãos na nuca dela, enquanto a outra passeava pela perna torneada. Rukia o segurava pela camisa, correspondendo-o com intensidade. Levou uma das mãos à nuca dele, enroscando os dedos nos fios alaranjados. Extasiados e envolvidos pelas caricias que trocavam, pareciam ter se esquecido do lugar onde estavam. Ele desceu os beijos para o pescoço alvo, subindo depois para o queixo, e então lhe capturando os lábios novamente. Ela soltou os cabelos revoltos, descendo as mãos com desejo pelo peito musculoso. Passou pelo abdômen definido, então o tocando na parte interna da coxa, apertando-a. Ao sentir o toque ousado, Ichigo liberou os lábios dela, soltando um gemido rouco e baixo.

- Eu preciso ter você de novo, Rukia – sussurrou. – Queria fazer amor com você agora mesmo – beijou-a rapidamente. – Mas acho que agora você quer esperar pelo casamento, não é?

Rukia tirou a mão rapidamente da coxa dele, envergonhada. A verdade é que o desejava com igual intensidade, e esperar pelo casamento nem passara pela sua cabeça. Mas o que ele pensaria dela se dissesse isso?

- É, talvez seja melhor. Tem algum problema para você?

- Nenhum. Por você, eu espero o tempo que for preciso, Rukia – disse, beijando-a mais calmamente.

Encerraram o beijo ao ouvirem alguém pigarrear. Era Hanatarou, que havia terminado de examinar o coelho e voltava à sala. Rukia levantou-se rapidamente do colo do ruivo, sentindo vergonha mais uma vez.

- Tenho que ir agora, tenho um compromisso...

- Todos os dias você tem sumido neste mesmo horário – disse Ichigo, levantando-se rapidamente. – Posso saber aonde vai?

- Por mim, tudo bem – ela disse, com um dar de ombros. – Suas irmãs me pediram que as treinasse também. Temos nos encontrado todas as tardes.

- Mas por quê? Elas sabem que não precisam se preocupar. Eu as protegerei de qualquer mal!

- Meu irmão me disse isso uma vez... – disse Rukia, sorrindo. – Então, vou lhe dar a minha resposta: talvez, elas não queiram ser um peso para ninguém. Talvez, elas queiram ser capazes de fazer algo por você, se for necessário. Então, deixe-as treinar se quiserem.

Ele a olhou espantado. Não pelas palavras, pois faziam sentido. E sim porque quando ela mencionou seu irmão, lembrou-se de algo desagradável. Apenas assentiu.

- Como está o Chappy, Hanatarou?

- Completamente curado, Rukia-san.

- Então cuide dele até eu terminar o treinamento com suas irmãs, Ichigo. Depois, nós o levaremos para o jardim.

Após isso, Rukia saiu rapidamente, sob o olhar dos dois jovens. Um deles sorria, enquanto o outro tinha a expressão pensativa.

- O que houve, Ichigo-san? – disse o jovem médico, após a saída da morena. – Está com uma cara séria.

- Apenas acabo de me lembrar de algo. Quando fui ao esquadrão, vi Rukia pelas costas, enquanto ela treinava sua classe.

- E o que tem isso?

- Eu tive certeza de que era ela. Mas naquele mesmo dia, ela se feriu no tornozelo e foi para casa mais cedo, então não pude conhecê-la. Mas conheci o seu irmão. Não entendo por qual razão, acabei lhe contando toda a nossa história. E lhe perguntei se por acaso a irmã dele seria a minha amada. E ele respondeu que não, dizendo mesmo que o nome dela não era Rukia.

Hanatarou não disse nada, apenas ficou olhando enquanto Ichigo parecia raciocinar.

- Não consigo deixar de pensar: qual será a razão dele ter mentido? Ele não sabia que ela estava sofrendo? Ele não viu o meu sofrimento? Sabendo que ambos sofríamos um pelo outro, por que ele não me disse a verdade? Poderíamos ter nos encontrado antes desta princesa aparecer!

- Bem, isto importa, Ichigo-san? – disse Hanatarou, apaziguador. – Vocês se reencontraram, afinal. E estão dispostos a tudo para ficarem juntos. O que o irmão dela não fez, o destino se encarregou de fazer.

- Acho que você tem razão... – respondeu incerto, uma estranha pontada de angustia atingindo seu coração.

______________________

Youruichi terminava de lavar a louça do jantar. Fora relativamente fácil, afinal, apenas ela e Urahara haviam jantado... Olhou para os dois pratos sobre a pia, soltando um suspiro desanimado.

- O que a preocupa, meu amor? – Urahara surgiu por detrás dela, envolvendo-a com seus braços.

- Estou com saudade... E uma pontinha de tristeza também... Desde que os encontramos, nunca nos afastamos deles por tanto tempo – disse, referindo-se aos filhos. – Estar sem eles aqui... Deixa meu coração apertado. Eu queria saber por que Isshin fica com estes joguinhos... – virou-se para o marido, aconchegando-se em seu abraço. – Por que ele não deixa que Rukia volte logo para casa? Estou com saudade de Renji também, claro, mas sempre que penso em Rukia, sinto um aperto tão grande no meu coração... Como se algum perigo se aproximasse – silenciosas, as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto belo. – Quero nossos filhos em casa logo.

- Você sabe por que Isshin-san a está segurando lá.  Ele explicou tudo na carta que enviou através de Kaien. Você só está preocupada porque nunca ficou tanto tempo longe dela, e ainda a vê como a menininha de quatro anos que encontrou no meio da mata. Ela está bem, e provavelmente, muito feliz. Afinal, a esta altura, ela e o rapaz já devem ter se entendido, não?

- Acho que você está certo – disse, acalmando-se. – Tenho que me acostumar que agora eles cresceram, e seremos só nós dois por aqui... Mas eu não consigo deixar de desejar a nossa família unida novamente...

Como que atendendo ao seu pedido, a porta se abriu repentinamente, revelando a figura cansada, mas imponente de Renji.

- Filho! Você já voltou! – Youruichi correu para o rapaz, abraçando-o fortemente.

Renji correspondeu carinhosamente ao abraço. Era muito bom estar de volta. Como sentira falta de sua família! Até aquele dia, nunca havia imaginado a importância que aquele casal tinha na sua vida. Sem dúvida, amava-os como se fossem seus verdadeiros pais. E ainda havia ela.

- Onde está Rukia? – perguntou, assim que retribuiu o abraço do pai.

Estava com muita saudade. Pensara nela todos os dias, e sonhara com ela todas as noites desde que partira. Doía em seu coração o fato de terem brigado no dia anterior à sua partida, e doía ainda mais o fato de não ter sequer se despedido dela antes de ir para a missão. Queria abraçá-la, queria pedir desculpas. E também, queria dizer que a amava. Sim, pensara muito durante aquela viagem e decidira que era besteira ficar esperando que ela simplesmente criasse sentimentos por ele do nada. Diria a ela que a amava e, quem sabe, a partir de então ela pudesse olhá-lo com outros olhos. Então, poderia conquistá-la.

- Kaien não lhe disse? – perguntou Urahara.

- Kaien? O que tem aquele sujeito? – perguntou, começando a afligir-se. O casal se entreolhou, preocupado, fazendo com Renji se sentisse zangado. – O que diabos está havendo? Onde está Rukia?

- Kaien foi mandado ao seu encontro, para que trouxessem as tropas até aqui. O cerco dos Schiffer ao reino Kurosaki está se intensificando.

- E onde está Rukia? – perguntou, impaciente.

- Ela está no castelo – Youruichi respondeu, sem rodeios. – Está lá para treinar o príncipe e os guardas do castelo.

Renji sentiu-se tomado pelo pânico. Ela estava lá... com ele. Aquele homem que já tentara roubá-la anteriormente. Precisava ir ao castelo, pegá-la de volta. Sim, tinha que afastá-la dele novamente. Aquele homem não poderia fazê-la feliz. Tentara uma vez e no final só a magoara. A felicidade dela estava ao seu lado. Ela lhe fora confiada desde a mais tenra infância e jamais abriria mão dela.

Repentinamente, virou-se para a porta, pronto para sair. Preocupada, Youruichi segurou-o pelo braço:

- Aonde você vai?

- Para o castelo. Trazer a Rukia de volta.

- Renji...

- Não quero saber. Ela tem que voltar. Ela não vai ficar lá com aquele homem. Não vou deixar que ele a tome de mim. Não de novo.

- Renji, como você sabia que...

- Que ele estava lá? Por que ele me contou! – vendo o olhar de confusão de sua mãe, explicou: – Naquele dia, em que ele e o pai visitaram o esquadrão. Ele me contou tudo sobre ele e Rukia, me contou como ficara doente e não pudera encontrá-la. E ainda me pediu ajuda! Perguntou-me se ela era a “sua Rukia”. Aquele nojento! Eu disse que não.

- A troco de que você mentiu, Renji? Não via o sofrimento de sua irmã? – Urahara, que a tudo assistia quieto, decidiu intervir.

- Eu não menti – disse Renji, impassível. – Nunca existiu, nem existirá, uma “Rukia dele”. Rukia é minha. E vou agora mesmo ao castelo reclamar o que é meu.

- Renji, por favor...

- Não adianta, Youruichi-san. Não vou desistir – disse, virando-se para a porta.

Preparava-se para sair, quando sentiu a mão de sua mãe em seu ombro.

- Sinto muito, meu filho – disse, em seguida apertando o ponto de pressão em seu pescoço, fazendo com que o rapaz caísse, desacordado.

 ____________________________

Na hora do jantar, todos foram surpreendidos pela presença da princesa. Estava enfiada no quarto há tanto tempo que haviam se acostumado a fazer as refeições sem ela.

- Como se sente, Inoue-sama? – Rukia perguntou, educadamente.

- Muito melhor, Urahara-san – respondeu, em seguida a ignorando e virando-se para Ichigo. – Fiquei sabendo que esteve à minha procura, Kurosaki-kun. Gostaria de falar sobre algo em especial?

Por um momento, ele apenas a observou. Ela realmente era muito sonsa. Fingia que estava doente para chamar a sua atenção, comemorava as escondidas com sua dama o fato de ele a estar procurando e depois vinha com aquele tom de pretensa inocência perguntar se ele a esteve procurando.

- Na verdade, tem algo que preciso lhe falar com urgência – respondeu. – Se puder me acompanhar em um passeio após o jantar, ficaria grato.

- Eu adoraria, Kurosaki-kun – abriu um largo sorriso.

Fizeram a refeição quase que em completo silêncio. Apenas Isshin falava sobre assuntos aleatórios, entretanto, ninguém prestava atenção. A ideia de um passeio de Ichigo com Inoue deixava Rukia incomodada, mas aquele encontro era necessário. Entretanto, o que mais a estava afligindo, era aquele aperto no peito que surgira desde que falara sobre seu irmão.

- Está bem, Rukia-san? – perguntou o ruivo.

- Ah, sim... – respondeu desanimada. Vendo que todos na mesa a encaravam, completou. – Na verdade, estou com um pouco de saudades de casa... Nunca fiquei tanto tempo longe de minha família antes...

- Então talvez devesse ir embora – Inoue devolveu, num tom cortante, que fez com que todos a olhassem.

Estava realmente zangada. Ficara todos aqueles dias sem aparecer, alegando estar doente, e um mísero suspiro de Rukia era a causa da preocupação de todos! E pior, o primeiro a perguntar se ela estava bem fora o príncipe!

- Bem, retornarei tão logo for possível, Inoue-sama – disse, sem se abalar. Sabia que a ruiva só agia assim por ciúme. – Afinal, dei minha palavra a Isshin-san de que ficaria no castelo.

O resto do jantar passou sossegadamente e Rukia foi uma das primeiras a se retirar da mesa. Foi para o jardim dar um passeio. Caminhou um pouco, e, por fim, sentou-se no galho mais alto de uma das frondosas arvores que enfeitavam o jardim. Ficou ali, pensando em sua família, até que o murmúrio de duas vozes a fizeram abandonar seus pensamentos.

- Fiquei muito feliz por ter ido me procurar, Kurosaki-kun. Já estava pensando que não gostava de minha companhia.

- Bem, princesa, a verdade é que fui procurá-la por que precisava falar-lhe com urgência.

- Aqui estou, Kurosaki-kun. Sobre o que gostaria de falar?

- Primeiro, gostaria de dizer-lhe que a senhorita é, sem duvida, uma mulher encantadora. É muito bonita, e, certamente, muito capaz de fazer um homem feliz.

- Obrigada, Kurosaki-kun – agradeceu, sorrindo abertamente.

- Sim, muito capaz de fazer um homem feliz – prosseguiu, ignorando o agradecimento. – Entretanto, temo que eu não seja este homem.

- O quê?! – gritou, o sorriso desaparecendo.

- Tem se perguntado por que a tenho rejeitado, não é? – disse, olhando-a nos olhos. Ela não respondeu. – A verdade é que eu já amo a outra mulher.

- Ama outra mulher... – balbuciou.

- Sim. Meu coração já pertence a outra, e, para minha felicidade, o coração dela é meu também. Ela também me ama. E não posso pensar em qualquer outra para ser a minha rainha.

- Entendo... – respondeu. – Deve ser uma princesa muito bela, para o Kurosaki-kun amá-la tanto... Pode me dizer o nome dela? De que reino é?

- Sim, realmente, ela é maravilhosa. A mulher mais bela que já vi. E não é só a sua aparência que me encanta. Ela tem uma personalidade única, me completa e me faz sentir feliz de uma maneira que jamais pensei que poderia ser antes – respondeu. – Quanto ao nome, revelarei em tempo oportuno. Antes, desejo que meu pai converse com o dela, para que possamos formalizar o nosso relacionamento.

- Eu lhe desejo... Toda a felicidade – disse a princesa. – Agora, se me der licença, Kurosaki-kun, é melhor que eu volte para dentro do castelo. Como sabe, não tenho estado muito bem nestes dias...

- Eu a acompanho – disse Ichigo, e ambos voltaram para o castelo.

Rukia permaneceu onde estava, vendo-os se afastarem, com lágrimas de alegria escorrendo pelo rosto alvo. Era maravilhoso saber que ele a amava tão intensamente quanto ela o amava. Graciosamente, desceu da árvore com um salto, dirigindo-se então para o castelo, com um único pensamento em sua mente.

 _______________________

- Ele me disse que ama outra, Tatsuki-chan! – se lamentava Inoue, dividida entre acessos de choro e fúria.

- Calma Inoue-sama, deste jeito ficará doente de verdade!

- Eu não vou desistir, Tatsuki-chan! Tem que ter um jeito dele me amar! Ele rejeitava a todas! Eu tenho que descobrir quem é esta princesa, e saber o que ela fez para ele se apaixonar.

- Mas... E se ela não fez nada, Inoue-sama? O coração é assim mesmo... Não se escolhe a quem amar.

- Eu vou bancar a amiga dele! – Inoue não parecia ouvir a amiga. – Sim, e vou descobrir o que ele gosta e o que ele não gosta. Eu o roubarei dela!

- Inoue-sama... –disse Tatsuki, não reconhecendo a pessoa que estava a sua frente.

- Eu o roubarei dela, Tatsuki-chan! E ele será só meu! Só meu!

 _______________________

Ichigo deitou-se em sua cama, disposto a dormir. Estava muito feliz. Sentia que havia dado um importante passo hoje, e que muito em breve ele e Rukia ficariam juntos para sempre. Ouviu um barulho em sua porta e levantou-se para verificar. Assim que a abriu, um vulto encapuzado entrou rapidamente. Espantou-se ao constatar quem era:

- Rukia, o que faz aqui tão tarde?

- Eu não posso e não quero mais esperar para ser sua novamente, Ichigo! – sussurrou.

E então, recostou-se à parede e o envolveu pelo pescoço, colando os corpos e beijando-o vorazmente.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Espero que tenham gostado do capitulo!
E no próximo capitulo... Só para maiores de 18, estou deixando já bem evidenciado. Teremos Hentai. Como de costume, será um capítulo que não atrapalhara a compreensão da história se alguém decidir não ler... Mas eu espero que todos leiam, e comentem também.
E por falar em comentar, espero seus lindos, amados, vitaminados e deliciosos reviews neste capítulo também! A fic está entrando em sua reta final, e quero muito saber o que estão achando da história... Então, façam esta autora mais-que-baka feliz, e deixam um monte de comentarios.
Bjokas seus lindos, e espero vê-los no próximo capitulo!