"O fracasso jamais me surpreenderá, se a minha decisão de vencer for suficientemente forte." - Og Mandino

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POV Demi

Acordei e a cama estava vazia, me levantei e fui até o banheiro. Tomei um banho rápido e me vesti mais rápido ainda.

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Prendi o cabelo e escovei os dentes antes de sair do quarto. DJ estava no corredor e me seguiu até a cozinha assim que eu sai do quarto.

Justin preparava alguma coisa e eu o abracei por trás. Ele fritava bacon e me sorriu assim que eu o abracei.

- Bom dia – falei com todo o bom humor que eu estava naquela manha.

- Bom dia – ele sorriu e se soltou do meu abraço, foi até a mesa com a frigideira na mão e colocou as fatias de bacon sobre o prato.

Sentei a mesa ao lado dele e coloquei um pouco de suco no copo.

- Come alguma coisa – falou com a voz um pouco rouca, ele estava estranho, me evitando de olhar nos olhos – Daqui a pouco eu vou pra escola, vou só fazer o teste e volto pra ficar com você. – assenti e lhe dei um selinho rápido.

Assim que eu terminei do comer o pequeno pedaço de bolo me levantei e fui pra sala. DJ deitou no sofá ao meu lado e não demorou pra Justin aparecer na sala com sua mochila nas costas.

- To indo, não se preocupa que daqui a pouco eu volto – me deu um beijo rápido e saiu logo em seguida.

Passado alguns minutos de Bob esponja a campainha tocou, fui atender. Uma mulher com roupa social e mais quatro caras com roupas de serventes estavam ali, além de uma caminhonete enorme com materiais.

- Bom dia – cumprimentei a todos com um aperto de mão.

- Bom, me chamo Sidney e monitorarei a reforma no quarto, pode me dizer onde fica? – sorri pra ela e pedi pra que me seguissem.

Os levei até o quarto e conversei um pouco com Sidney. Ela me falou que faria um pouco de barulho agora no inicio, já que tinha que instalar cortinas, persianas e até alguns aparelhos. Falei pra ela que sairia de casa e que levaria o cachorro, afinal ele ficaria agitado com tanto barulho, ela agradeceu e disse que me ligaria assim que estivessem indo embora.

Peguei DJ pela coleira e caminhei um pouco, passados alguns minutos decidi ir até a escola, esperar por Justin la.

Fiquei parada perto do carro dele com DJ, o sinal da aula de química tocou e eu sorri feliz em finalmente ele chegar.

Chaz, Ryan, Scott e Alfredo estavam com ele e sorriram ao me ver. Justin ainda não tinha me visto, tava ocupado olhando pro celular. Ryan deu um tapa em sua cabeça e depois dele reclamar olhou a direção onde todos os garotos apontavam. Sorriu fraco ao me ver e veio até mim correndo, me abraçando em seguida.

- Ta fazendo o que aqui? – perguntou se abaixando um pouco e fazendo um carinho em DJ.

- Tão fazendo barulho la, não podemos ficar em casa hoje. – fiz careta e ele riu.

- E ai Demi – os meninos falaram em coro e eu ri.

- É seu? – Alfredo perguntou apontando DJ. Assenti e ele se abaixou fazendo um carinho no pequeno em seguida.

- Como foram no teste? – perguntei passando meu olhar por todos. – eles ficaram sem graça, disfarçaram um pouco. Olhei Justin e ele fez uma careta coçando a nuca.

- Não acredito. Gente vocês estudaram. Isso é um absurdo. – eles começaram a rir com o meu nervosismo.

- Agente foi ótimo no teste. Oito é bom pra você? – Justin perguntou me abraçando pela cintura. Sorri e o abracei.

- Parabéns. – falei olhando os outros meninos.

- Que tal irmos ver a Jazzy e o Jaxon? – sorri radiante, eu estava morrendo de saudade daqueles pequenos.

Enquanto Justin colocava DJ pra dentro do carro me despedi dos garotos e pedi pra Alfredo mandar um beijo pra Bruna por mim, já que eu não a veria hoje. Na verdade foi só pra deixar Scott com raiva, eu falava com Bruna todo dia pelo telefone, e sabia que ele não estava gostando da amizade dela com o Alfredo. Ele não deu valor, agora ta sentindo falta.

Típico.

Entrei no carro e rapidamente senti uma cabeça peluda no meu ombro. Fiz um carinho nele e Justin ligou o radio, saindo com o carro em seguida.

Por estranho que pareça o caminho foi sem nenhum tipo de conversa, não de minha parte, afinal eu havia tentado puxar assunto, mas Justin parecia distante. Respondia todas as minhas perguntas e comentários com sorrisos fracos ou resmungos.

Chegamos à casa de seu pai e eu desci do carro deixando DJ la dentro.

- Será que tem problema soltar ele no quintal? – perguntei enquanto Justin saia do carro.

- Não, tudo bem – deu de ombro e eu abri a porta do passageiro, segurei DJ pela coleira e ele rapidamente saltou pra fora do carro.

Jazzy saiu de casa correndo e pulou nos braços de Justin que estava um pouco mais a minha frente.

Erin saiu com Jaxon no colo e acenou pra mim.

- DEMI – ouvi e grito de Jazzy e me abaixei pra ela vim me abraçar. Segurei DJ um pouco mais forte enquanto Jazzy me abraçava e assim que ela soltou o abraço olhou o cachorro – É seu? – perguntou sorrindo.

- É sim, se chama DJ. – ela fez menção de fazer carinho nele e DJ foi um pouco pra frente. Ela se assustou um pouco mais assim que eu segurei-o nos braços ela se soltou e conseguiu enfim fazer um pequeno carinho.

- Não precisa ter medo, ele adora crianças. – afirmei e ela sorriu. DJ estava calmo, por incrível que pareça. Ele se deitou na grama e Jazzy sentou ao lado dele.

Ela ficou la fazendo carinho nele e eu fui até a porta cumprimentar Erin.

- Nossa como esse garotão cresceu – falei abrindo os braços e segurando Jaxon. Ele sorriu e me abraçou pelo pescoço – Como esta Erin?

- Eu estou ótima querida, e você também né? Esta deslumbrante.

- Obrigada – sorri envergonhada.

- O cachorro é seu?

- É sim, pode ficar tranqüila ele é super dócil. – respondi e olhei pra trás, onde Jazzy fazia um carinho nele.

- Trás ele aqui pra dentro, as crianças brincam com ele no quintal de trás – assenti e fui com Jaxon no colo até DJ e Jazzy.

- Linda, sua mãe falou pra levar ele pro quintal de trás – Jazzy sorriu e se levantou.

- Posso levar? – perguntou e eu assenti. Ela pegou a coleira que estava no chão e DJ se levantou, caminhando lentamente até dentro da casa.

[...]

- O almoço está pronto – ouvi Erin gritar. Peguei Jaxon do chão e fiz sinal pra que Jazzy me acompanhasse. Passamos toda a manhã brincando com DJ. Justin estava na parte de dentro da casa, conversando incessantemente com Jeremy.

Levei Jazzy e Jaxon pra lavar as mãos antes de ir até a mesa. Me sentei ao lado de Justin e ele segurou minha mão em cima da mesa. O olhei e sorri.

Almoçamos no meio de brincadeiras. Jeremy fazia brincadeiras e apostas pra que Jazzy e Jaxon comessem toda a comida. Isso é engraçado e por um momento eu desejei ter um pai que fizesse isso comigo, que me ajudasse a comer e que brincasse comigo, ou até mesmo que brigasse. Eu só queria ter um pai.

Assim que terminamos o almoço voltei pro quintal com as crianças, e dessa vez Justin veio junto.

Passamos mais um pouco da tarde brincando e se divertindo. Justin ainda estava distante, se distraindo, pensativo e as vezes nem escutava o que agente falava.

Eu perguntaria pra ele o que estava acontecendo, mais tarde.

Saímos pra tomar sorvete todos juntos, Erin e Jeremy foram no banco da frente enquanto eu, Justin e as crianças ficamos apertados. DJ teve que ficar la, afinal eu não levaria ele pra sorveteria, ele iria enlouquecer.

[...]

- Tchau minha linda – dei um beijo em Jazzy e a coloquei no chão.

- Você vai voltar? – ela perguntou e eu assenti.

- Da um abraço no DJ antes da gente ir – ela abraçou o cachorro que estava ao meu lado e logo depois deu um beijo em Justin.

- Tchau crianças, vê se não some – Erin falou e eu assenti antes de entrar no carro.

Justin entrou alguns minutos depois, ligou o carro e arrancou indo pra minha casa.

- Será que eles já terminaram? – comentei.

- Não sei – ele deu de ombros.

- Jus – ele me olhou rápido e assentiu – Você ta bem? Fico distante o dia todo. – ele ficou sério e pensativo de novo, antes de dar de ombros.

- Nada não meu anjo. – sorri sem mostrar o dentes. Eu sabia que tinha alguma coisa, e ele não queria me falar, mas deixei pra la talvez seja melhor assim.

Chegamos em casa e Sidney estava do lado de fora falando no telefone. Assim que ela nos viu desligou. Nos contou como estavam indo as coisas e disse que amanhã já terminaria. Depois que todos foram embora eu fui tomar um banho.

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Fui até a sala e Justin passou por mim, me dando um selinho e subindo as escadas correndo. Fiz pipoca e me sentei no sofá. Justin desceu minutos depois, se sentou do meu lado e comeu um pouco de pipoca.

- Amor, sua mãe vai ficar preocupada, liga pra ela. – falei sem tirar os olhos da televisão.

- Eu liguei pra ela mais cedo, falei pra ela que dormiria aqui de novo – o olhei e sorri. Ele me puxou pra seu colo e eu me sentei de frente pra ele. Segurou em minha cintura e apertou me fazendo sentir um calafrio gostoso.

Assaltei seus lábios com os meus e invadi sua boca com minha lingua. Eu precisava do beijo dele, era tudo que eu mais precisava naquele momento.

Aquilo, aquele momento com ele, podia me fazer esquecer de qualquer problema, eu não me importaria de ter que passar por nada, se eu tivesse sempre ele comigo.

[...]

Quando eu voltei da escola no outro dia Sidney já havia ido embora, a reforma estava completa mas eu não me arrisquei a ir ver o quarto.

Bruna estava feliz, Alfredo a convidou pra sair hoje, na hora do intervalo bem na frente de todo mundo. Caitlin estava saindo com Chaz, e por incrível que pareça esta conseguindo segurar o garanhão. Ele é só Caitlin, o dia todo, só fala dela e quando ela ta por perto ele sorri como um bobão. Scott tentou chamar a Tiffany pra sair, mas quando ela veio pedir conselho pra mim e pras meninas nós contamos pra ela o que ele havia feito com Bruna.

Então, na hora do intervalo quando Scott a convidou pra sair ela disse que ele teria que merecer, provar pra ela que estava diferente e que ela não seria mais uma pra ele.

Ashley estava com Ryan, e Jusitn me contou que ele pensa em pedi-la em namoro.

Ryan não é o mais pegador de todos, apesar de não deixar de ser, ele é mais carinhoso e percebeu o quanto valiosa Ashley é.

Era ótimo, eu sabia que as aulas fariam bem pra todos, mas não sabia que eu poderia juntar casais.

[...]

Mamãe me ligou durante a tarde, dizendo que chegaria de manha, pediu pra que eu fosse buscá-los de carro.

Senti um frio na barriga e uma sensação estranha em pensar que teria que ir, encara-o e ver com meus próprios olhos o homem que todos dizem ser meu pai.

Justin chegou ainda era tarde, contei a ele que minha mãe pediu pra que eu fosse buscar ela, mas ele não poderia ir comigo, tinha treino.

- Desculpa mesmo – repetiu pela milésima vez.

- Tudo bem meu anjo, não é o fim do mundo. É até melhor, o carro tem que ta vazio. – acariciei seu rosto e ele beijou minha mão.

- Eu fico chateado, eu quero estar do seu lado sempre que alguma coisa te fizer mal. Quero cuidar de você, te proteger e impedir que você faça alguma besteira – encarei seus olhos. Agora as palavras dele ecoavam em minha cabeça, eu não queria contar pra ele, eu tinha vergonha de me cortar mas era inevitável. Senti um nó na garganta, a vontade de chorar subindo pela minha laringe.

Sorri fraco e o abracei me encolhendo em seu braço e deixando uma lagrima silenciosa sair.

Nos deitamos na cama e ele me abraçou.

[...]

Acordei e Justin ainda estava dormindo. Me levantei e fui até o banheiro. Tirei as pulseiras e vi as diversas marcas que tinha no pulso. Eu pararia com aquilo, por Justin, por mim.

Eu estava feliz, eu tinha que ser forte, não podia simplesmente descontar qualquer dor ou qualquer tristeza no meu corpo.

De qualquer forma, eu tentaria, eu me sentiria horrível se Justin sofresse com isso. Não agüentaria ver seu olhar de pena e tristeza ao descobrir que sua namorada é uma fraca.

Tomei um banho rápido e me vesti com uma roupa confortável. Seria hoje que eu conheceria – de novo, depois de anos – meu pai.

Meu estomago parecia uma maquina de lavar e eu sentia minha perna um pouco fraca enquanto penteava o cabelo.

Só uma coisa me faria sentir melhor, então eu desci correndo e fui até o banheiro do andar de baixo.

[...]

Preparei panquecas e assim que eu terminei Justin apareceu na cozinha com seu sorriso lindo e seu cabelo bagunçado.

- Você ta lindo – selei nossos lábios, ele se sentou a mesa.

- E você esta como sempre, deslumbrante – sorri envergonhada e lhe dei um selinho rápido me sentando com ele em seguida.