Do Outro Lado. escrita por Dearbiebs


Capítulo 24
Scott canalha!


Notas iniciais do capítulo

I hope enjoy it!



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"Meu pai costuma dizer sempre: quando você morrer, se tiver (feito) cinco amigos verdadeiros, então você teve uma vida notável." - Lee Iacocca

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(...)

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Corri até em casa, não me preocupando com seus gritos pra mim. Assim que entrei em casa subi correndo pro meu quarto. Me tranquei lá e joguei o que pude no chão. Peguei a pequena lâmina de gilete na gaveta e perfurei um pouco a pele do pulso, riscando um pouco e sentindo uma dor gostosa.

[...]

- Demi – ouvi a voz de Madison e abri os olhos devagar. Eu estava dentro da banheira, na mesma tinha um pouco de sangue e eu me assustei. Encarei Madison e ela tinha uma expressão triste e lagrimas nos olhos.

- Desculpa – sussurrei e fechei os olhos deixando as lagrimas caírem. Ela me abraçou me erguendo da banheira e me tirando da mesma, logo depois me enrolando em uma toalha. Estávamos as duas chorando em silencio.

Quando entrei no quarto levei um susto, estava tudo bagunçado e meu abajur espatifado no chão.

Mad me deixou sozinha no quarto e eu me vesti rapidamente. Me joguei na cama e fitei o teto por alguns segundos.

Justin.

Eu não sabia o que pensar, ele deve estar furioso comigo.

Será que ele viu isso?

Respirei fundo e olhei o relógio na cabeceira da cama. Eram seis e eu havia marcado com o pessoal as sete. Voltei pro closet e vesti uma coisa legal.

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Mad preparava algo na cozinha e quando me viu sorriu fraco e me chamou. Parei ao seu lado e ela me abraçou.

- Vamos ao médico amanhã – falou mexendo nas panelas.

- Cadê a mamãe? – perguntei me afastando dela.

- Ela não viu nada. Ninguém viu, mas isso não quer dizer que eu vá esconder, ou deixar que você continue. Amanhã nós vamos no médico, você querendo ou não. - completou firme e eu bufei.

- O pessoal ta vindo pra assistir um filme hoje.

- Tudo bem, vou preparar pipoca – sorri fraco e ela retribuiu.

Fui até a sala e separei alguns filmes, não demorou e eu ouvi a campainha tocar.

Abri a porta e sorri pra Bruna e Scott.

- Oi amiga – Bruna me abraçou e eu pude ver que Justin estava logo atrás deles, um pouco mais distante da porta.

- Ele ta preocupado de você estar chateada com ele, tentou falar com você o dia todo. – Bruna completou no meu ouvido e logo depois me soltou. Sorri pra ela e dei espaço pra que entrassem, ouvi eles cumprimentarem Madison.

Fiquei o encarando, enquanto ele chegava perto.

- Ta melhor? – perguntou baixo, parecendo meio receoso.

- Ta tudo bem – puxei um pouco as mangas do casaco, com medo que ele pudesse ver e o abracei.

Ele me apertou forte, e eu gemi um pouco de dor, sentia os cortes na barriga arder, ele pareceu não perceber já que me soltou e sorriu pra mim.

O puxei pra dentro de casa e antes que eu pudesse me sentar no sofá junto deles ouvi a campainha tocar, corri pra atender e sorri ao ver Joe.

- E ai – falou sem graça passando a mão na nuca. O puxei pra dentro e o arrastei até a sala.

- Todos aqui, vamos escolher o filme – falei rindo fraco.

Justin tentou ficar calmo enquanto Joe estava la. Bruna e Scott ficaram se pegando e eu evitei de beijar Justin, afinal Joe estava la e eu não queria que ninguém saísse chateado.

[...]

- Temos que ir – Bruna falou se levantando do chão junto com Scott. Os levei até a porta e esperei que sumissem da minha visão pra poder entrar em casa.

Voltei pra sala e me sentei entre Justin e Joe, segurei a mão dos dois e sorri.

- Eu adoro poder ter vocês dois aqui. – eles sorriram.

[...]

- Então, eu adorei a noite- Joe falou assim que eu abri a porta pra ele.

- Eu também Joe, obrigada. – sorri e o abracei.

- Eu vou estar sempre aqui Demi. Sempre – sussurrou no meu ouvido antes de acenar e entrar em seu carro.

Entrei e fechei a porta, me sentei ao lado de Justin e o abracei.

- Linda. Agente pode conversar? – o encarei. Ele estava sério.

- Tudo bem. – respirei fundo e ele segurou minha mão olhando nos meus olhos.

- O que aconteceu hoje? Eu quero entender o porquê de você ter ficado tão alterada. Não é a primeira vez. Ta acontecendo alguma coisa? – fechei os olhos e torci os lábios.

- Eu não sei o que ta acontecendo. – ouvi o barulho da porta e logo depois minha mãe passar pela mesma.

- Boa noite crianças – nos cumprimentou sorridente. Demos um sorriso fraco e logo depois Justin ficou de pé.

- Já ta na minha hora. – me levantei e fui com ele até a porta.

- Me desculpa?  - perguntei assim que ele passou pela porta.

- Ei, tudo bem. Eu quero que você fique bem, só isso. – alisou meu rosto e me beijou.

- Amanhã eu venho te buscar. – sorri e lhe dei um ultimo selinho antes dele entrar em seu carro e desaparecer pela esquina.

[...]

Anorexia, bulimia e transtorno bipolar.

Esse foi o diagnóstico do médico. Eu não aceitei e Mad muito menos, então decidimos que eu precisaria apenas de um psiquiatra, nada demais.

Os dias foram passando, eu estava empolgada, agitada e completamente alegre.

As visitas ao psiquiatra e psicólogo me ajudaram, mas era ruim ter que esconder de Justin.

Segunda feira, mas não uma segunda qualquer, hoje eu completo um mês de namoro com Justin.

Levantei da cama sorridente e tomei um banho cantarolando qualquer musica.

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Desci as escadas devagar, sorrindo.

- Bom dia – sorri assim que entrei na cozinha, mas nenhuma das duas me respondeu.

- O que houve gente? – Mad me olhou e voltou a olhar o prato.

- Demi, você não precisa ir pra escola hoje – mamãe falou colocando a mão no meu ombro.

- Mas eu quero ir. Melhor, eu preciso ir. – respondi confusa. Ela respirou fundo e Mad se levantou vindo até mim e me abraçando.

- Desculpa – sussurrou no meu ouvido e me puxou pra que eu sentasse junto dela a mesa.

- Nós vamos viajar – mamãe falou se sentando ao meu lado.

- Por quê? – perguntei assustada.

- Eu não sei como te falar isso – Mad falou passando a mão no cabelo.

- Que tal ser do começo, eu não to entendendo nada – ela respirou fundo e olhou pra mamãe antes de começar a falar.

- Você não sabe toda a história de eu ter ido pra Paris. – olhei pra ela confusa e ela fez sinal pra que eu esperasse – Eu fiquei na casa de uma pessoa em Paris, na verdade eu fiquei cuidando dessa pessoa enquanto estudava la.

- Que pessoa? – perguntei confusa, afinal não tinha o porquê dela estar me contando aquilo, não importa com quem ela ficou em Paris.

- Nosso pai. – arregalei os olhos.

- Ele esta vivo? – perguntei assustada.

- Na verdade, ele estava muito doente, então eu decidi viajar pra Paris pra estudar e fiquei la cuidando dele. Não era pra eu ter ficado tanto tempo la, mas ele estava doente então eu fiquei la cuidando dele. Eu senti falta daqui, falta de estar com vocês duas e quando ele melhoro, eu voltei. Mas agora...

- Mas agora o que? Depois de você ficar três anos escondendo de mim que nosso pai tava vivo? Ou melhor, seu pai tava vivo, já que eu nem se quer lembro o rosto dele.

- Ele piorou. Eu conversei com a mamãe e nós vamos trazer ele pra cá, pra ficar mais perto dos nossos cuidados.

- E onde eu entro nisso? Vocês já mentiram pra mim tanto, por que decidiram contar a verdade agora? Eu tava vivendo perfeitamente bem com a mentira deslavada de vocês. Não me interessa que ele esteja doente, pra mim ele nunca esteve vivo. Você faça isso, traga ele pra cá, como SEU pai. Eu não tenho pai. – me levantei da mesa e peguei minha bolsa, saindo de casa em seguida.

As lagrimas lavavam meu rosto, enquanto eu sentia minha cabeça girar.

Eu sentia vontade de quebrar tudo, destruir qualquer coisa que aparecesse na minha frente só pra descontar a raiva.

Como assim ela mentiu pra mim todo esse tempo? Ela passou três anos em Paris com ele e nem se quer me contou.

Ele deixou agente quando eu era pequena, eu nem se quer lembro como ele é, e agora de uma hora pra outra ela quer que eu aceite ir pra Paris buscar ele?

Qual é, não interessa o quanto ele esteja mal, eu passei esses anos todos pensando onde ele estaria, ou porque ele não mandava noticias.

Ela viveu esse tempo todo com ele, sendo a FILHA dele, coisa que eu nunca tive oportunidade de ser.

Gritei, gritei muito antes de me jogar de joelhos no gramado do vizinho.

Minha cabeça doía por causa das lagrimas e as pessoas deviam me achar louca.

Senti alguém me abraçar e abracei de volta ao reconhecer o perfume.

- O que houve? – perguntou ao pé do meu ouvido, sussurrando e me apertando em seu abraço.

- Me leva daqui – pedi aos prantos e ele me conduziu até o carro.

Apenas tentei controlar as lagrimas enquanto ele dirigia pra algum lugar.

Ele segurou minha mão enquanto dirigia e eu a apertei contra o peito.

Eu sentia uma dor enorme e não acreditava que aquilo fosse possível.

Meu pai esta vivo, doente e ninguém havia me contado.

Senti o carro parar e Justin me ajudou a sair. Estávamos no mesmo lugar do nosso primeiro encontro, ele me ajudou a subir a pedra e eu me sentei ali sentindo o vento.

O ar puro me ajudava a respirar. Apenas fechei os olhos e deixei que o vento secasse as lagrimas que desciam. Justin segurava minha mão, sem dizer nenhuma palavra.

Devíamos ter ficado assim por minutos, até eu finalmente conseguir parar de soluçar e o olhar. Ele parecia agoniado com meu sofrimento, me olhava com preocupação e agonia.

- O que houve minha princesa? – perguntou afagando minha bochecha, algumas lagrimas teimosas caíram e ele as secou com a ponta dos dedos.

Me deitei em suas pernas e fitei a cidade.

- Meu pai – falei enfim.

- O que tem seu pai? Ele voltou? – ele fazia um carinho em meu cabelo.

- Madison tava com ele, esses anos todos, em Paris. – engoli em seco – Ele tava doente e ela foi pra la pra cuidar dele. Ela disse que não ficaria três anos la se fosse só pra estudar, e depois de três anos cuidando dele ela viu que ele estava melhor e decidiu voltar pra casa.

- Você esta triste por que ela não te contou?

- Acho que sim. Não sei, acho que é só ciúme, por que ela teve um pai. – as lagrimas já voltavam a cair, mas agora eram silenciosas. Justin deu um beijo em meu rosto e eu fechei os olhos.

- Elas querem trazer ele pra ca, parece que a doença dele, seja ela qual for, piorou e ele precisa de cuidados. – respirei fundo secando algumas lagrimas – Não sei se quero vê-lo. Elas querem que eu vá pra Paris buscá-lo junto com elas.

Ficamos em silencio, talvez por que nem eu, nem ele tínhamos o que falar. Sentia o carinho dele de olhos fechados.

Me acalmava ter ele ali, perto de mim, talvez fosse meu melhor remédio.

Não sei por quanto tempo ficamos ali, só contemplando nossos próprios pensamentos.

Me sentei ao seu lado e sorri fraco.

- Desculpa. – ele me olhou confuso e sorridente – Parabéns – ele me deu seu melhor sorriso e segurou meu rosto entre as mãos, selando nossos lábios em seguida.

- Parabéns pra você também minha linda – nos beijamos mais uma vez, e permanecemos ali, contemplando o lugar e nos beijando durante toda a manhã.

[...]

- Eu preferia ter ficado la – falei enquanto andávamos em direção o carro.

- Você tem que ir pra casa, conversar com a sua irmã. – sorri fraco e ele me abraçou antes de abrir a porta pra mim.

Entrei e coloquei o cinto, olhei pra trás enquanto ele dava a volta no carro e só ai percebi que tinha um buquê de flores ali.

Será que é pra mim?

Ele entrou no carro e sorriu pra mim, sorri de volta.

- Então, sua mãe gosta de flores? – joguei a piada e ri fraco. Ele riu também e deu um tapa na própria testa.

- É pra você princesa – piscou e eu sorri boba. Estiquei o braço e peguei o buque de rosas brancas e vermelhas.

- É lindo, obrigada – dei um beijo no rosto dele e fiquei o caminho todo olhando abobalhada pra ele enquanto o mesmo dirigia.

- Promete que vai tentar entender? – perguntou assim que parou em frente a minha casa. Respirei fundo e fechei os olhos, me preparando para o que viria em seguir.

- Você prometeu que ia tentar linda, que não ia julgar sua irmã ou sua mãe antes de ouvi-las. – assenti pra ele e sorri sem animação.

Nos beijamos e antes que eu saísse do carro ele sibilou: “Fique forte” pra mim.

Esperei que o carro dele sumisse na esquina, respirei duas ou três vezes e arrumei o buquê em meus braços. Girei a maçaneta e a casa estava em um completo silencio. Coloquei minha bolsa sobre o sofá e fui com meu buquê até a cozinha.

As duas deixaram seus garfos sobre os pratos e me encararam assim que eu adentrei o cômodo. Fui em silencio até a pia e coloquei minhas flores em um jarro, as arrumando sobre o balcão e sorri.

Fui até a mesa e me sentei, tomando pra mim a atenção das duas.

- Eu não vou viajar pra Paris, mas não vou impedir vocês de cuidar dele. Só não contem comigo. – me levantei e fui pro quarto.

Eu sabia que estava sendo cabeça dura, Justin havia repetido isso pra mim durante toda a manhã. Mas eu não podia simplesmente esquecer que tinham mentido pra mim.

Acham que eu não sofri em não ter meu pai, acham que eu não me perguntava onde ele estaria, e por que nunca dava noticias?

E por tanto tempo, mentiram pra mim. E por quê?

Não tem explicação real pra justificar isso.

[...]

Meu celular tocou e eu atendi sem nem olhar o visor.

- Alô.

- Demi, amiga.

- Oi Bru, que foi?

- Amiga – fungou.

- Você ta chorando Bruna?

- Vem aqui em casa? Por favor? – pediu soluçando.

- Eu vou ligar pro Justin e já vou para ai.

- Não... vem sozinha amiga, não quero que ele me veja dessa jeito.

- Ele só vai me levar até ai.

- Tudo bem. To te esperando.

- Se acalma amiga, eu já to chegando.

Desliguei o telefone as pressas, afinal eu já sabia o porquê dela estar chorando.

- Oi princesa

- Jus, você pode passar aqui em casa. Preciso que você me leve na casa da Bruna.

- O que aconteceu com ela?

- Não sei, ela me ligou agora chorando muito. Pediu que eu fosse la.

- Tudo bem, se arruma, daqui a pouco to ai.

- Obrigada. Beijo.

Tomei um banho rápido e coloquei uma roupa quente.

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Desci as escadas as pressas e por pouco não atropelei DJ.

- To indo pra casa da Bruna – falei pegando minhas coisas dentro da bolsa que estava no sofá, colocando na bolsa que levaria.

- Aconteceu alguma coisa? – Mad perguntou me olhando da porta da cozinha.

- Isso que eu vou descobrir – acenei assim que ouvi a buzina e sai de casa.

Entrei no carro e dei um pequeno selinho em Justin, colocando o cinto em seguida.

- O que será que aconteceu? – ele perguntou enquanto dirigia.

- Não sei, mas eu tenho certeza que tem a ver com o seu amigo. – ele suspirou.

Chegamos à casa de Bruna rapidamente, dei um beijo rápido em Justin e agradeci.

Toquei a campainha as pressas e ela abriu a porta, se jogou nos meus braços me envolvendo em um abraço, antes mesmo que eu entrasse. Me puxou pra dentro da casa e me arrastou escada a cima.

Se jogou na cama chorosa e eu me sentei ao lado dela. A puxei pro meu colo e acariciei um pouco seu cabelos.

- Foi o Scott não foi? – perguntei e ela assentiu fechando os olhos – Quer me contar? – assentiu deixando algumas lagrimas cair.

[...]

- Então, como foi? – Justin perguntou assim que eu entrei no carro.

- Scott terminou com ela – respondi colocando o cinto.

- E ela tava daquele jeito por causa disso? – perguntou ligando o carro.

- Não. Ela tava daquele jeito, por que ele fez questão de terminar com ela pelo telefone e falar que pra ele, ela foi apenas mais uma virgem ruim de cama. – ouvi Justin murmurar alguma coisa, mas não me importei.

- Queria te levar pra sair. Pra comemorar nosso primeiro aniversario de namoro, mas pelo visto não vai rolar né? – olhei rapidamente pra ele e sorri.

- O dia hoje foi agitado – suspirei e ele assentiu – Se fossemos sair, pra onde iríamos? – ele riu fraco e colocou a mão na minha perna.

[...]

- O que agente ta fazendo na sua casa? – perguntei assim que ele parou o carro.

- Minha mãe fez um jantar pra gente. – sorriu e saiu do carro.

- Justin, mas como assim? – perguntei assim que ele abriu a porta pra mim.

- Minha mãe ainda não te conheceu como minha namorada. – piscou e entrelaçou nossos dedos. 


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Notas finais do capítulo

Hey girls... Capitulo especial de domingo.
Bom, não tenho muito o que dizer.
QUEM AI FOI TROLADA PELO JUSTIN? kkkk
Eu quase morri do coração; sério U.U
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Volto quando tiver 240 reviews
Sei que vocês podem!
P.S: Comentem nos capitulos anteriores, não ligo não ;)
xoxo ;*