Do Outro Lado. escrita por Dearbiebs


Capítulo 14
Romeu me leve a algum lugar (8'


Notas iniciais do capítulo

I hope enjoy it!



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"E quando seus olhos encontraram os meus, senti um clique, como uma chave destravando um cadeado (…) Havia algo ali, real e reconhecível, e eu não conseguia desviar o olhar." - Querido John

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(...)

Tudo isso tinha um motivo, toda essa mudança era pra ele, pra que ele pudesse me ver linda e gostasse de mim. Kidrauhl, ele sempre presente em todas as minhas ações, era impressionante o que agente tinha, não tinha nexo, era surreal, como que duas pessoas se apaixonam sem nem ao menos se ver. Mas isso iria ser resolvido, nosso encontro estava próximo, eu sentia isso.

Sendo assim decidi me arrumar logo, vesti minha roupa lentamente, analisando cada detalhe. Olhei em direção a cama e vi meu celular com sua luz acesa, caminhei até o mesmo sorrindo, eu já sabia quem era.

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“Ei, se comporta no tal encontro ein. Espero que você se divirta, mas não se esqueça de mim. xoxo, Kidrauhl”

“Não precisa se preocupar, vou me comportar. Impossível te esquecer! xoxo, Venita”

- FINALMENTE – Mad gritou assim que eu abri a porta, ri fraco e dei uma voltinha, ela assobiou e me abraçou de lado, descemos as escadas rindo e paramos na frente da minha mãe, que sorriu abertamente aprovando meu look.

- Ta, agora, eu vou esperar. – me sentei no sofá, mas antes que eu pudesse me ajeitar ouvi a buzina.

- Não vai esperar mais – Mad falou e me puxou do sofá, ri um pouco e parei em sua frente, ela ajeitou meu cabelo, e eu dei um tapa em sua mão.

Ela tava parecendo uma daquelas mães chatas de filme, que fica mexendo na roupa do filho antes dele sair pro primeiro baile.

Dei um beijo nas duas e sai, Justin estava dentro do carro, e a janela do carona estava aberta, assim que nossos olhares se encontraram ele sorriu abertamente. Eu fiquei arrepiada, era tudo muito surreal, eu estava em um encontro com Justin Bieber, o capitão do time de basquete.

Era engraçado, já que os dois estavam tão sem jeitos de estar naquela situação, que nem conversamos direito.


When I was just a young'un my looks were so precious

But now I'm grown up

So fly it's like a blessin' but I can't have a man

Look at me for five seconds

Without me feelin' insecure

Quando eu era apenas uma garota nova eu era tão preciosa

Mas agora eu cresci

Tão estilosa, é como uma benção, mas eu nunca consegui ter um homem

Olhando para mim por 5 segundos

Sem me sentir insegura

Seguimos o caminho em silencio, apenas a musica de fundo.

Sabe aquelas coisas de filme, onde a mocinha olha quando o mocinho não esta olhando e vice versa? Então, isso estava acontecendo agora, e estávamos os dois rindo fraco da situação.

Paramos em um restaurante, ele fez sinal pra que eu esperasse e assim eu fiz, saindo do carro apenas quando ele abriu a porta pra mim e me deu a mão, me ajudando.

Sorri pra ele, que entrelaçou seus dedos nos meus e jogou a chave do carro pro manobrista.

O restaurante estava cheio e eu pensei que poderíamos ser barrados, eu não via nenhuma mesa vaga.

- Siga-me – o metre falou e nós o seguimos, fomos até a parte de trás do restaurante, uma área descoberta e silenciosa. Justin como sempre muito cavalheiro puxou a cadeira pra eu me sentar, e logo depois sentou a minha frente do outro lado da mesa.

Aquilo tudo era como um cenário de filme romântico, o restaurante, o garçom, as pessoas jantando distraídas enquanto eu e Justin, não conseguíamos falar nada.

- O que vão pedir? – o metre voltou a aparecer, mas agente nem tinha tocado no cardápio a nossa frente, ainda estávamos concentrados demais nos olhando e sorrindo vergonhosamente.

- Eu não sei – me pronunciei e sorri sem graça. Eu não sabia mesmo o que pedir, ate porque diante daquela situação eu não conseguiria comer muita coisa.

- Traz o prato da noite por favor – Justin falou e o metre assentiu e se retirou.

- Ta tudo perfeito, obrigado – agradeci e sorri, ele tocou minha mão sobre a mesa e entrelaçou nossos dedos. Nos olhamos e sorrimos.

Começamos finalmente a conversar, eu ria de tudo que ele falava, como sempre. Era tão bom estar ali, eu não conseguia parar de sorrir, mas fiquei com um pouco de medo do que eu podia estar sentindo. Eu não poderia estar gostando do Justin, eu sentia isso com Kidrauhl, eu só sentia essa alegria, essa dor nas bochechas de tanto sorrir com ele. Mas agora era diferente, era estranho, eu via, eu sentia ele perto de mim. Eu podia tocar a pessoa que me causava todas essas coisas boas.

Perguntei da família dele, mas o garçom chegou com nossas comidas, spaghet.

Eu adorei, não era sofisticada como o restaurante, eu não precisaria pensar muito pra comer.

Comi pouco, não tava com fome, e nem queria comer muito. Já Justin comeu todo seu spaghet, e só não comeu o meu, acho que por educação. Conversamos mais um pouco, e ele pediu um sundae, que comemos juntos, muito divertido.

- Então, o que acha de um passeio agora? – ele perguntou depois que o garçom levou a taça onde estava o sunday, que agora estava vazia.

- O que você pretende? – sorri pra ele, a noite já estava ótima, não tinha como melhorar.

- Bom, é surpresa – sorriu e se levantou, puxou minha cadeira me ajudando a levantar e pegou em minha mão.

Passamos pela recepção do restaurante onde Justin pagou o jantar, como um ótimo cavalheiro ele agradeceu ao metre pelo atendimento, voltou em minha direção e entrelaçou nossos dedos. O sorriso em meu rosto era visível, eu estava realmente encantada com tudo, nunca imaginaria que Justin pudesse ser tão educado e cavalheiro.

O manobrista trouxe sua range e ele abriu a porta pra mim, entrei e não demorou para que ele entrasse no carro também. Arrancou com o carro, e conversamos mais um pouco, eu perguntei sobre a família dele, mas ele não falou muita coisa, falou apenas que seus pais eram separados. Ele morava com a mãe, e falou maravilhosamente bem dela. Eu achei isso lindo, o jeito como ele falava da mãe, tão admirado, ela era uma heroína na visão dele. O único menino que eu “conheço” que fala tão bem da mãe assim é Kidrauhl. Não devia estar pensando nele, sempre que lembro dele me sinto mal em estar tão feliz com Justin, parece que eu estou traindo ele, ou alguma coisa assim. Não sinto isso, por que eu nem conheço ele, mas é estranho, eu gosto dos dois, com a mesma intensidade, do mesmo jeito. As mesmas coisas que eu sinto quando falo com Kidrauhl, eu estou sentindo em estar perto de Justin.

É como se agora eu tivesse um amor virtual, que eu sei que sempre vai estar comigo, e um amor real, que provavelmente na segunda vai estar no meio das lideres de torcida. Mas não vamos pensar nisso agora, o que importa é que o carro parou e eu não sei onde estamos.

- Que lugar é esse? – perguntei olhando pra fora, estava tudo escuro, não dava pra ver nada. Tirei o cinto e Justin abriu a porta pra mim, segurei em sua mão e sai do carro, ele sorriu.

- Bom, acho melhor você tirar os sapatos – o encarei e dei de ombros. Tirei os sapatos e o segurei em minhas mãos. Ele me puxou pra um canto mais escuro e me ajudou, me levantando e me dando instruções para que eu subisse. Pulamos um tipo de pedra alta, e assim que o ajudei a subir, admirei a visão a minha frente. A cidade dali parecia agitada, tantas luzes acesas, todas as casas, era tudo lindo. Era como uma nova Iorque menor, era incrível, nossa pequena e pacata cidade parecia uma enorme caixa de luzes de natal. Sorri abertamente diante da visão, e olhei Justin que me encarava sorrindo.

- Isso é perfeito – ri abobalhada. Era lindo, o vento, o cheiro de mato molhado, a cidade, ele.

Nos sentamos na grande pedra e ele me abraçou me protegendo do vento frio que batia. Encostei minha cabeça em seu ombro e fiquei admirando a paisagem.

Realmente eu não sei o que ta acontecendo, parece que cada segundo com ele eu fico mais confusa. Ele é perfeito, ou pelo menos hoje esta sendo. Será que ele já trouxe quantas garotas pra ca? Por que eu sei que provavelmente eu não sou a primeira.

- Demi – ele suspirou chamando minha atenção. Me ajeitei ficando agora com o meu rosto virado pra ele, nos encaramos por alguns segundos, ele respirou fundo e continuou.

- Eu só quero te dizer que, esse lugar é muito especial pra mim, sempre que eu fico chateado, ou preciso ficar sozinho eu venho pra ca. – sorri pra ele.

- Eu nunca trouxe ninguém mais aqui alem de você, por que você é tão especial pra mim, quanto esse lugar – minha boca se abriu em um perfeito O e eu fechei os olhos, tentando memorizar cada segundo daquilo. Quando de repente senti sua respiração perto do meu rosto, não tive coragem de abrir os olhos, apenas continuei e tentei me manter calma. Seus lábios tocaram gentilmente os meus, eles grudaram em um selinho tímido. Passei a língua pelos lábios, afim de sentir o gosto que tinha do seu beijo, mas não precisei me esforçar, já que ele juntou nossos lábios gentilmente. Me permitindo sentir com mais profundamente o toque dos seus lábios. Sua lingua escorregou pelos meus lábios e eu cedi a passagem, sentindo o sabor do seu beijo em seguida.

O que vocês achariam se eu dissesse que eu nunca beijei ninguém de verdade?

Sim, fiquem bestas, eu nunca beijei ninguém. Mas também, eu não era o tipo de garota que os garotos gostavam de beijar.

O beijo dele era doce, e sua mão na minha bochecha me fez sentir um calafrio gostoso na espinha.

Eu sabia que aquilo não iria durar, provavelmente na segunda ele já esqueceu, mas também que se dane, eu vou beijar agora.

Segurei sua nuca aprofundando o beijo, empurrei meu corpo um pouco mais pra perto dele e senti uma das suas mãos na minha cintura.

Sério, aquele realmente é um daqueles momentos de filme de terror.

Ouvimos um barulho vindo de trás, do meio do mato e separamos o beijo ofegante.

- Acho melhor agente ir – ele falou ofegando um pouco, eu assenti. Eu já devia estar roxa de vergonha, eu sentia minhas bochechas queimando. Eu agi como uma depravada agarrando ele e prendendo os lábios do garoto nos meus.

Que coisa.

E pra piorar me deu uma crise de riso na hora de descer da pedra. Jusitn me ajudou e me pegou no colo me ajudando a descer, e eu não conseguia parar de rir. Ele também tava rindo. Ouvimos mais um barulho e paramos de rir, tentamos pelo menos.

Corremos pro carro e ele arrancou rápido, voltando à estrada, estávamos rindo, de não sei o que, mas tava tão gostoso. A risada dele era tão gostosa, que me fazia ter vontade de ouvir sempre, como uma musica que você repete milhares de vezes.

Ele ligou o radio, onde tocava Taylor Swift, começamos a cantar igual dois retardados, gritando e tudo mais.

Romeu me leve a algum lugar onde possamos ficar sozinhos

Eu estarei esperando, tudo o que faremos é correr

Você será o príncipe e eu serei a princesa,

Esta é uma história de amor, querido, apenas diga sim

Romeo take me somewhere we can be alone

I’ll be waiting all there’s left to do is run

You’ll be the prince and I’ll be the princess

It’s a love story baby, just say yes

Era maravilhoso, eu me sentia maravilhosamente bem ali com ele. Incrível.

Chegamos na minha casa rindo mais ainda, ele desligou o radio e nos encaramos, mordi o lábio inferior e recebi um selinho.

Ele saiu do carro e eu esperei até que ele abrisse a porta pra mim, desci do carro e ele fez questão de me levar até a porta da minha casa.

- Então, é isso... eu adorei a noite, sério – falei e ele me puxou pela cintura e me beijou de novo. Sorri entre o beijo e envolvi seu pescoço com meus braços.

Eu podia ficar ali pra sempre, envolvida em seus braços, com meus lábios sendo tomados por ele, mas não podíamos, era tarde já e eu ouvi a porta sendo destrancada, afastei minha boca da de Justin e olhei pro lado, Mad estava parada na porta sorrindo. Provavelmente ela tava espiando agente, não duvido nada.

- E ai Madison – Justin a cumprimentou, e ela olhou pra ele rindo.

- Boa noite Bieber – tentou parecer séria, mas não deu, caímos na risada de novo.

- Ta, pode parando, ta tarde. – mamãe apareceu do lado de Mad sorrindo também, olhei pra Mad que tentou disfarçar. Eu falei pra ela não contar nada pra nossa mãe, mas pelo visto não adianto nada.

- Boa noite senhora... – ele não completou, afinal não sabia, nem meu sobrenome, muito menos o nome da minha mãe.

- Me chame de Dianna – minha mãe falou sorrindo.

- Então tudo bem, então boa noite garotas – ele olhou pra mim e sorriu. Olhei pras duas na porta e limpei a garganta, sinalizando que era pra que elas saíssem.

- Poxa – Mad resmungou e fechou a porta.

- Amanhã, agente vai almoçar junto – falou me abraçando pela cintura, cheguei meu rosto um pouco pra trás pra poder olhá-lo nos olhos.

- Tudo bem então – ri fraco e encarei seus lábios. Eu pensei em tomar iniciativa, mas iria parecer desesperada demais.

Será que ele lê pensamentos, ou eu que dei muito a perceber que queria beijá-lo?

Acho que fui eu mesma, mas isso não importa, o que importa é que eu não canso dos beijos dele. Deixam minha boca formigando, um sabor tão... dele, nos lábios.

Paramos o beijo com selinhos seguidos, e ele sorriu pra mim. Eu sabia que estava sorrindo feito idiota, até por que eu sentia minhas bochechas doerem.

Fiquei o observando até seu carro virar a rua, entrei em casa e sorri sozinha, de novo.

- AI QUE LINDO – vieram as duas loucas pra cima de mim, rindo e me abraçando. Ficaram me enchendo de pergunta enquanto eu tomava banho e me trocava, eu apenas tentava não me estressar, mas foi difícil.

Empurrei as duas pra fora do meu quarto e tranquei a porta. Deitei na cama e me peguei sorrindo sozinha de novo. Toquei meus lábios e lembrei do sabor que sua boca tinha, era maravilhoso.


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Notas finais do capítulo

Alguém lê essas notas finais? Sei la... kkkk
Mais então gente, eu queria 115 reviews mas não recebi. Como eu sou uma pessoa justa, não posso fazer as leitoras fiéis pagarem pelas infiéis [fantasmas]
Queria pedir pra que comentem, eu adoro ler os comentários de vocês, entro toda hora só pra poder ler, e ver se tem mais.
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A fic provavelmente terá uma segunda temporada; vocês ainda estão vendo o 14° capitulo, mas eu ja tenho ela praticamente toda escrita [a primeira temporada], estou embarcando pra segunda agora.
Acho que vocês vão gostar, então só depende de vocês pra poder ler um capitulo fresquinho por dia, ou até mais -P
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Reviews?
xoxo ;*