A Princesa E O Cavaleiro escrita por Juliana Martell
Notas iniciais do capítulo
Essa fic está precisando de uma capa! Vou providenciar...
Bom, talvez vcs gostem mais desse capítulo...
Um homem de rosto desconfigurado estava se aproximando com uma lança na mão. Arianne deu um grito e puxou Tyene, que estava de costas e mais perto do homem. O desconfigurado chutou a cesta da Serpente, onde estava a cobrinha, libertando-a. Quando a pequena cobra avançou nele, o homem a pegou e a esticou. Furiosa, Tyene vai pra cima do homem com uma pedra na mão, ele larga a cobra e agarra Arianne, ameaçando atingí-la com uma lança curta na barriga.
– Não faça nada! - Arianne pediu à prima. A princesa tinha raiva de não saber lutar. Se sentia fraca por ter uma arma só: a astúcia, que naquele momento, não serviria de nada.
Depois disso, foi tudo muito rápido. Tyene tacou com força a pedra no chão, com ódio de que, se fizesse algo, a prima morreria. Nisso, o homem jogou pra longe a lança, puxou os cabelos de Arianne com a mão direita, enquanto que com a esquerda, agarrou o braço de Tyene. Quando o desconfigurado estava prestes a empurrar a cabeça da princesa de encontro à parede, um outro homem armado chega desembainhando a espada.
– Se eu fosse você não faria isso! - o homem tinha ódio na voz e no olhar. Arianne vira que seu manto era da casa Dayne, e além disso, trajava as mesmas vestes do que ela vira na noite que passara.
O louco desconfigurado fez Arianne de escudo enquanto deixava o braço branco da Serpente se avermelhar. Tyene pulava de agonia, querendo se libertar. Arianne não entendia o porquê daquilo tudo, daquele ataque. Além de desconfigurado, aquele homem tinha as roupas em farrapos, a barba por fazer à tempos e dentes grotescos. Ele fez todo o ataque em silêncio, o que fez a princesa pensar que ele era mudo.
– Ah, mas faria! Afaste-se, se não elas morrem! - ele tinha olhos de louco, como se estivesse atormentado por algo maligno. - Mas, se você quiser as tripas...
– A única tripa que teremos aqui é a sua! E seremos nós, eu e as duas que a queimaremos até virar pó, porque nem uma víbora merece as tripas de um homem como você. - ele foi ríspido.
O homem rangeu os dentes, foi soltando a Serpente e a Princesa lentamente, dando tempo de, ao soltar uma, se abaixar segurando a outra, para pegar a lança. Mal elas se afastaram, o cavaleiro avançou pra cima do desconfigurado, passando a espada no pescoço dele, fazendo sua cabeça cair no chão. A espada estava cheia de sangue. O lugar com cheiro de morte. Tyene quase chorando, procurou por sua cobra inofensiva, enrolando-a em seu pescoço depois de encontrá-la.
– Quem é você? - foi a primeira coisa que veio na cabeça da princesa, ainda assustada.
– Eu esperava um ‘’obrigada’’ antes de tudo. - respondeu o cavaleiro admirando a espada.
– Preciso de seu nome para lhe agradecer. - ela ‘’desculpou-se’’.
– Pois bem, meu nome é ser Gerold Dayne. Sou o Estrela Negra, sou da noite. - e então, tranquilamente, ele sentou-se numa pedra, e começou a tarefa típica dos cavaleiros: limpar e amolar a espada.
– Obrigada por salvar nossas preciosas vidas. – agradeceu Arianne em nome também da prima, que estava se recuperando e assentindo com a cabeça.
– Por que seriam preciosas? Vocês são nobres disfarçadas, é isso? - ele sorriu e então, imperou um silêncio - Agora vejo! - ele levantou embainhando a espada - Sabe, soube que a princesa Arianne Martell e sua prima Tyene desapareceram tem alguns poucos dias. - Tyene arregalou os olhos e Arianne engoliu seco. - Dizem que uma das Serpentes de Areia é alta e loira, enquanto que a nossa única princesa de Dorne é baixa e morena. - ele sorriu para elas.
– Você não nos entregará, sor! - Arianne praticamente ordenou.
– Por que não? As duas não tem condições de viajarem sozinhas! Quase morreram! Sabe, eu esperava mais de uma Serpente de Areia, mas é como dizem, a terceira é a dócil que quer ser venenosa. - ele prrovocou a ira da Serpente.
– Você pode ter salvo nossa vida, Dayne, mas não pode me ofender, ou então consideresse morto! - Tyene aproximou-se dele apontando-lhe o indicador e cheia de raiva. Suas palavras pareciam banhadas em veneno.
– Morto? Por quem? Pela Víbora? Que arma ele usaria, a mesma que a sua, o veneno? - ele riu - Se for, logo lhe aviso, o que corre nas minhas veias não é sangue, é o que as serpentes cospem e provocam a morte! - foi a vez dele se aproximar. A arrogância dele assustava e fez Tyene recuar um passo, contra a sua vontade.
– Ambos guardem seus venenos! - Arianne pediu nervosa. - Sor Gerold... - ele interrompeu-a.
– É Estrela Negra! - enfureceu-se.
– Estrela Negra, estamos muito gratas por ter nos salvado, e agora temos de ir... - ela foi sincera e ele riu.
– As duas, sozinhas, viajando pelo deserto? - para ele era como uma piada.
– Foi assim que chegamos aqui. - respondeu Tyene.
– E é assim que podem chegar a um lugar pior novamente. Vocês tiveram sorte dele não ser um estrupador.
– Não tem outro jeito, sor. Temos que sair de Dorne o mais rápido possível. - falou Tyene sem medir as palavras.
– Sair de Dorne? - ele estranhou.
– Sim, mas nosso destino não lhe interessa. - respondeu Arianne.
– Se eu for acompanhá-las interessa sim. - ele rebateu.
– Não precisamos de sua ajuda! - Tyene disse.
– Ah não? - ele ironizou.
– Ele está certo Tyene. Precisamos dele, mas só até o Poleiro do Abutre, na Marca. - Arianne disse.
– Longe demais. Estou indo para casa, para o Alto Ermitério.
– Então você é um cavaleiro inútil! - a princesa disse sem pensar.
– Então farei algo de útil... entregarei vocês à Lançassolar. - Não tem outro jeito,pensou a princesa.
– Está bem! Leve-nos por favor, pelo menos até Tombastela, e de lá partimos sozinhas. - Arianne pediu esperançosa.
– Hum, estão indo para a Campina? Aquele lugar exageradamente perfumado onde os gases das pessoas cheiram a rosas? - ele soltou uma gargalhada. A zombação dele tirou um riso de Tyene, contra a vontade dela.
– Adivinhou? - perguntou Arianne com humor.
– Se vocês fossem para qualquer outro lugar, insistiriam no Poleiro, mas como é pra Campina, e Tombastela é uma outra rota... não sou tolo, Princesa. - Gostaria que fosse.
Quando Arianne poi-se a sair, o cavaleiro segurou seu braço:
– Aonde pensa que vai, senhora? - ele inquiriu, como se ela fosse uma criança.
– Eu e Tyene vamos buscar o que deixamos lá fora. - ela respondeu irritada pelo tratamento, e por ele não soltá-la, como se ela fosse sair correndo dele. Era frequente as pessoas a tratarem assim devido a baixa estatura dela, de um metro e cinquenta e sete.
– Não, uma só vai! A mais inofensiva é claro. - e então soltou Arianne que olhou-o furiosamente.
Bufando, ela foi buscar os mantimentos que estavam lá fora, torrando no Sol de verão. Ao menos seu auge está passando, a princesa pensou olhando para o céu limpo e azul, enquanto a areia ameaçava ser levantada pelo vento. Lá longe, atrás de si, enquanto ela pegava os cestos, ela viu um pequeno grupo de homens montados em corcéis. Não! A princesa correu com os mantimentos para dentro da ruína.
A princesa correu tão desengonçada, que chegando onde a prima e o cavaleiro estavam, ela tropeçou em suas próprias saias, levando a cesta ao chão. Tyene parou de brincar com a víbora e foi ajudar a prima, enquanto que Estrela Negra voltou sua atenção a tarefa de limpar a espada, mas não escondeu o sorriso daquela cena cômica.
– Você devia ajudar. - reclamou Tyene olhando para o cavaleiro.
– Sem brigas! - Arianne respirou fundo. - Há um grupo de homens em corcéis se aproximando e levantando poeira.
– E os cavalos lá fora?! - disse Dayne. - Vocês são muito inteligentes! - ele levantou com pressa.
– Sou uma só! Não dava para trazer os cavalos! - Arianne protestou.
– Ao menos os cavalos não são de vocês, certo?
– Certo! Não somos o que você julga que somos. - a princesa respondeu indignada por todas as palavras do cavaleiro.
– Então irei lá fora dizer ser responsável por eles três. Direi que os donos dos de vocês foram deixados por mercenários. - embainhou a espada e subiu os degraus de pedra, indo de encontro ao Sol.
– O que você lhe disse Tyene? - questionou Arianne, preocupada. Aquele olhar da prima não a enganava.
– Ora essa, eu te perdoo por não ter me contado nada, não dava tempo! - Tyene poi-se a caminhar como uma donzela pelo lugar, rindo.
– Tyene... - disse a princesa.
– Eu não contei nada a ele, apenas o questionei. - ela se defendeu. - Perguntei se ele tinha passado pela margem esquerda do Vaith, na altura de Graçadivina ontem à noite. - ela foi sincera, e Arianne viu isso em seus olhos.
– E só?
–E só!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É isso! Não se esqueçam dos reviews, hein! ^^
Espero que tenham gostado! *-*
Bjuxsxs o/