A Princesa E O Cavaleiro escrita por Juliana Martell


Capítulo 3
Capítulo Dois – Um ataque na ruína


Notas iniciais do capítulo

Essa fic está precisando de uma capa! Vou providenciar...
Bom, talvez vcs gostem mais desse capítulo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/206199/chapter/3

Um homem de rosto desconfigurado estava se aproximando com uma lança na mão. Arianne deu um grito e puxou Tyene, que estava de costas e mais perto do homem. O desconfigurado chutou a cesta da Serpente, onde estava a cobrinha, libertando-a. Quando a pequena cobra avançou nele, o homem a pegou e a esticou. Furiosa, Tyene vai pra cima do homem com uma pedra na mão, ele larga a cobra e agarra Arianne, ameaçando atingí-la com uma lança curta na barriga.


– Não faça nada! - Arianne pediu à prima. A princesa tinha raiva de não saber lutar. Se sentia fraca por ter uma arma só: a astúcia, que naquele momento, não serviria de nada.


Depois disso, foi tudo muito rápido. Tyene tacou com força a pedra no chão, com ódio de que, se fizesse algo, a prima morreria. Nisso, o homem jogou pra longe a lança, puxou os cabelos de Arianne com a mão direita, enquanto que com a esquerda, agarrou o braço de Tyene. Quando o desconfigurado estava prestes a empurrar a cabeça da princesa de encontro à parede, um outro homem armado chega desembainhando a espada.


– Se eu fosse você não faria isso! - o homem tinha ódio na voz e no olhar. Arianne vira que seu manto era da casa Dayne, e além disso, trajava as mesmas vestes do que ela vira na noite que passara.


O louco desconfigurado fez Arianne de escudo enquanto deixava o braço branco da Serpente se avermelhar. Tyene pulava de agonia, querendo se libertar. Arianne não entendia o porquê daquilo tudo, daquele ataque. Além de  desconfigurado, aquele homem tinha as roupas em farrapos, a barba por fazer à tempos e dentes grotescos. Ele fez todo o ataque em silêncio, o que fez a princesa pensar que ele era mudo.


– Ah, mas faria! Afaste-se, se não elas morrem! - ele tinha olhos de louco, como se estivesse atormentado por algo maligno. - Mas, se você quiser as tripas...


– A única tripa que teremos aqui é a sua! E seremos nós, eu e as duas que a queimaremos até virar pó, porque nem uma víbora merece as tripas de um homem como você. - ele foi ríspido.


O homem rangeu os dentes, foi soltando a Serpente e a Princesa lentamente, dando tempo de, ao soltar uma, se abaixar segurando a outra, para pegar a lança. Mal elas se afastaram, o cavaleiro avançou pra cima do desconfigurado, passando a espada no pescoço dele, fazendo sua cabeça cair no chão. A espada estava cheia de sangue. O lugar com cheiro de morte. Tyene quase chorando, procurou por sua cobra inofensiva, enrolando-a em seu pescoço depois de encontrá-la.


– Quem é você? - foi a primeira coisa que veio na cabeça da princesa, ainda assustada.


– Eu esperava um ‘’obrigada’’ antes de tudo. - respondeu o cavaleiro admirando a espada.


– Preciso de seu nome para lhe agradecer. - ela ‘’desculpou-se’’.


– Pois bem, meu nome é ser Gerold Dayne. Sou o Estrela Negra, sou da noite. - e então, tranquilamente, ele sentou-se numa pedra, e começou a tarefa típica dos cavaleiros: limpar e amolar a espada.


– Obrigada por salvar nossas preciosas vidas. – agradeceu Arianne em nome também da prima, que estava se recuperando e assentindo com a cabeça.


– Por que seriam preciosas? Vocês são nobres disfarçadas, é isso? - ele sorriu e então, imperou um silêncio - Agora vejo! - ele levantou embainhando a espada - Sabe, soube que a princesa Arianne Martell e sua prima Tyene desapareceram tem alguns poucos dias. - Tyene arregalou os olhos e Arianne engoliu seco. - Dizem que uma das Serpentes de Areia é alta e loira, enquanto que a nossa única princesa de Dorne é baixa e morena. - ele sorriu para elas.


– Você não nos entregará, sor! - Arianne praticamente ordenou.


– Por que não? As duas não tem condições de viajarem sozinhas! Quase morreram! Sabe, eu esperava mais de uma Serpente de Areia, mas é como dizem, a terceira é a dócil que quer ser venenosa. - ele prrovocou a ira da Serpente.


– Você pode ter salvo nossa vida, Dayne, mas não pode me ofender, ou então consideresse morto! - Tyene aproximou-se dele apontando-lhe o indicador e cheia de raiva. Suas palavras pareciam banhadas em veneno.


– Morto? Por quem? Pela Víbora? Que arma ele usaria, a mesma que a sua, o veneno? - ele riu - Se for, logo lhe aviso, o que corre nas minhas veias não é sangue, é o que as serpentes cospem e provocam a morte! - foi a vez dele se aproximar. A arrogância dele assustava e fez Tyene recuar um passo, contra a sua vontade.


– Ambos guardem seus venenos! - Arianne pediu nervosa. - Sor Gerold... - ele interrompeu-a.


– É Estrela Negra! - enfureceu-se.

– Estrela Negra, estamos muito gratas por ter nos salvado, e agora temos de ir... - ela foi sincera e ele riu.


– As duas, sozinhas, viajando pelo deserto? - para ele era como uma piada.


– Foi assim que chegamos aqui. - respondeu Tyene.


– E é assim que podem chegar a um lugar pior novamente. Vocês tiveram sorte dele não ser um estrupador.


– Não tem outro jeito, sor. Temos que sair de Dorne o mais rápido possível. - falou Tyene sem medir as palavras.


– Sair de Dorne? - ele estranhou.


– Sim, mas nosso destino não lhe interessa. - respondeu Arianne.


– Se eu for acompanhá-las interessa sim. - ele rebateu.


– Não precisamos de sua ajuda! - Tyene disse.

– Ah não? - ele ironizou.

– Ele está certo Tyene. Precisamos dele, mas só até o Poleiro do Abutre, na Marca. - Arianne disse.


– Longe demais. Estou indo para casa, para o Alto Ermitério.

– Então você é um cavaleiro inútil! - a princesa disse sem pensar.


– Então farei algo de útil... entregarei vocês à Lançassolar. - Não tem outro jeito,pensou a princesa.


– Está bem! Leve-nos por favor, pelo menos até Tombastela, e de lá partimos sozinhas. - Arianne pediu esperançosa.


– Hum, estão indo para a Campina? Aquele lugar exageradamente perfumado onde os gases das pessoas cheiram a rosas? - ele soltou uma gargalhada. A zombação dele tirou um riso de Tyene, contra a vontade dela.


– Adivinhou? - perguntou Arianne com humor.


– Se vocês fossem para qualquer outro lugar, insistiriam no Poleiro, mas como é pra Campina, e Tombastela é uma outra rota... não sou tolo, Princesa. - Gostaria que fosse.


Quando Arianne poi-se a sair, o cavaleiro segurou seu braço:


– Aonde pensa que vai, senhora? - ele inquiriu, como se ela fosse uma criança.


– Eu e Tyene vamos buscar o que deixamos lá fora. - ela respondeu irritada pelo tratamento, e por ele não soltá-la, como se ela fosse sair correndo dele. Era frequente as pessoas a tratarem assim devido a baixa estatura dela, de um metro e cinquenta e sete.

– Não, uma só vai! A mais inofensiva é claro. - e então soltou Arianne que olhou-o furiosamente.


Bufando, ela foi buscar os mantimentos que estavam lá fora, torrando no Sol de verão. Ao menos seu auge está passando, a princesa pensou olhando para o céu limpo e azul, enquanto a areia ameaçava ser levantada pelo vento. Lá longe, atrás de si, enquanto ela pegava os cestos, ela viu um pequeno grupo de homens montados em corcéis. Não! A princesa correu com os mantimentos para dentro da ruína.


A princesa correu tão desengonçada, que chegando onde a prima e o cavaleiro estavam, ela tropeçou em suas próprias saias, levando a cesta ao chão. Tyene parou de brincar com a víbora e foi ajudar a prima, enquanto que Estrela Negra voltou sua atenção a tarefa de limpar a espada, mas não escondeu o sorriso daquela cena cômica.


– Você devia ajudar. - reclamou Tyene olhando para o cavaleiro.


– Sem brigas! - Arianne respirou fundo. - Há um grupo de homens em corcéis se aproximando e levantando poeira.


– E os cavalos lá fora?! - disse Dayne. - Vocês são muito inteligentes! - ele levantou com pressa.

– Sou uma só! Não dava para trazer os cavalos! - Arianne protestou.


– Ao menos os cavalos não são de vocês, certo?


– Certo! Não somos o que você julga que somos. - a princesa respondeu indignada por todas as palavras do cavaleiro.


– Então irei lá fora dizer ser responsável por eles três. Direi que os donos dos de vocês foram deixados por mercenários. - embainhou a espada e subiu os degraus de pedra, indo de encontro ao Sol.


– O que você lhe disse Tyene? - questionou Arianne, preocupada. Aquele olhar da prima não a enganava.

– Ora essa, eu te perdoo por não ter me contado nada, não dava tempo! - Tyene poi-se a caminhar como uma donzela pelo lugar, rindo.


– Tyene... - disse a princesa.


– Eu não contei nada a ele, apenas o questionei. - ela se defendeu. - Perguntei se ele tinha passado pela margem esquerda do Vaith, na altura de Graçadivina ontem à noite. - ela foi sincera, e Arianne viu isso em seus olhos.


– E só?


–E só!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso! Não se esqueçam dos reviews, hein! ^^
Espero que tenham gostado! *-*
Bjuxsxs o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Princesa E O Cavaleiro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.