Os Jogos Dos Semideuses escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 94
Capítulo 94- Como velhos amigos


Notas iniciais do capítulo

Estou orgulhosa dessa capítulo.
Nunca vi uma fic que tenha o Percy e o professor Chase como parentes agora.
É.As meninas vão adorar kkkk
Para os meninos,eu prometo que vou fazer um capítulo cheio de ação.



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Annabeth:


Agora eu também estava meio apreensiva.Mas não seria um encontro do tipo “esse é o seu namorado?” por que os dois já se conheciam,e esse era o principal fato.As coisas não eram mais as mesmas e eu tinha que apresenta-los de uma outra forma.Uma forma muito mais próxima por,agora serem parentes.

Abri a porta do carro e agradeci por ela estar ali ainda,pois minhas pernas ficaram bambas.

As luzes dentro da casa estavam acessas.Ultimamente,neste horário meu pai estaria preparando a aula do dia seguinte,mas comigo demorando tanto para chegar,provavelmente ele estaria no sofá de mãos cruzadas e mordendo os beiços.

O professor não estava assim por causa de mim.Ele sempre acreditou que eu podia me virar e não precisava de tanta preocupação,pois eu sempre me virei.Mas agora eu não o visitaria sozinha.Eu pagaria para saber o que ele está pensando,se preparando para a visita do genro.

–Ainda da tempo de voltar para Nova Iorque- disse Percy,pálido

–Faça a viagem de um dia inteiro valer a pena,cabeça de algas.

Percy engoliu em seco.

–Então vamos logo,sabidinha.Essa demora está me deixando nervoso.

Ele pegou minha mão e fomos até a porta.

Apertei a campainha e esperei até que me atendessem.

As trancas da porta se destrancaram e um garotinho com belos cabelos louros colocou sua cabeça para fora.

–Ah.É você Annabeth.Achamos que não vinha mais.-Matthew-ou Bobby- abriu a porta e nos deixou entrar.

–Você é o...?-Perguntou Percy,tentando ser amigável.

–Sou o Matthew.Você vai notar a diferença entre mim e o Bobby

–E qual é?-perguntou ele

–Sou mais bonito.-Matthew subiu os primeiros degraus da escada -Vou chamar o papai.Ele está preparando a aula que dará amanhã.

–Tudo bem- assenti

Matthew subiu as escadas e desapareceu

–Seus irmãos não são gêmeos?-perguntou Percy

–São.

–Mas...

–Eu sei.Venha,vamos esperar por ele na sala.

Puxei Percy até o cômodo mais próximo,onde nos sentamos um ao lado do outro no sofá de dois lugares.

Os passos na escada nos deixou alerta.O professor desceu as escadas pausadamente,ele parou em frente a sala e entrou.

–Vieram á cavalo?-perguntou ele,debochado.

Um belo disfarce para alguém apreensivo.

–Fizemos algumas paradas- respondi.

–Jainne se deitar...se quiser,posso chamá-la.

–Não,eu estou bem.

Percy e o professor já tinham cruzado olhares inúmeras vezes,mas não se dirigiram palavras.Talvez estivessem as escolhendo com cuidado,antes de pronuncia-las.

–Professor- chamou Percy- Creio que se lembre de mim,só que um pouco mais baixo e magro.-Ele se levantou e estendeu a mão.

O professor Frederick Chase apertou sua mão,simpático.

–Impossível de esquecer.Seu nome já foi tido tantas vezes nesta casa quando Annabeth morava aqui que é como se você também morasse.

–Então não vou precisar me apresentar.

–Receio que não.-Os dois se sentaram e começaram a conversar,esquecendo de minha presença.

–Imagino que a demora tenha algo relacionado com o engarrafamento na estrada que faz ligação há Los Angeles.

–Esse nós conseguimos evitar- respondeu Percy,de igual pra igual- Cortamos caminho por San Mateo.

–Então vocês viram o acidente!-Meu pai gesticulava com as mãos como todo bom historiador- Passou no jornal de hoje um carro que pegou fogo na estrada.Vocês devem ter visto.

Eu e Percy nos entreolhamos

–Nós vimos-disse eu- e bem de perto

–É uma pena que não tenha passado as vítimas.Eles não disseram se estavam vivos ou mortos.

–Eles estão bem,pai.

–Vocês viram as vítimas?-perguntou o professor Frederick

–Nós éramos as vitimas- respondeu Percy- Fomos atacados por uma fúria e os carros de trás bateram na traseira.Nós conseguimos sair antes do incêndio.

Os olhos de meu pai saltaram.Ele apertou as mãos e exclamou:

–Deuses!Que coisa horrível!Você podia ter ligado,Annabeth!

–Não queria preocupar o senhor,nós estamos bem!

–Mas poderiam ter se machucado...mas...como vieram para cá?

–Foi um presente de Poseidon.Meu carro se reconstrói.-Respondeu Percy

–Se reconstrói?Ele deve ter algum dispositivo que refaça as reintegrações do comando...Se não for um incomodo,posso dar uma olhada mais tarde?

Percy sorriu,feliz- Fique á vontade

–Já que tocamos no assunto...-o professor se levantou- Vamos ver seu carro ou você ainda quer deixa-lo na minha garagem?

–Deuses!Eu já tinha me esquecido!-Me levantei num pulo e contornei a sala

Seguimos meu pai até a garagem,onde meu belo Accord me esperava.

–Já faz alguns dias que ele está aqui ocupando espaço.Mas você nunca atende o telefone,então...bom,é seu.

Meu pai me jogou as chaves e eu a peguei ainda no ar.

–A documentação está no seu nome.Achei que você gostaria de tê-lo legalmente.

–Isso é ótimo!

Abri o carro e entrei.

Seu interior era como um carro de luxo.Tinha de tudo,desde o menor detalhe ao mais simples e comum.O estofamento era de couro liso da cor bege.Totalmente Perfeito.

Meu pai subiu o capô para olhar o motor.

–É um...

–16V e 24V?-perguntou Percy

–Isso mesmo- respondeu o professor Chase,gentil- Já está tudo certo,não vai precisar parar para abastecer.

–Por que não deixamos Annabeth com o carro enquanto eu te mostro o meu?- Perguntou Percy.Seu nervosismo não era evidente,ele já dera lugar a tranquilidade.O professor não é nenhum bicho de sete cabeças.

Meu pai olhou para mim,para o carro e depois para Percy antes de responder.

–Vamos deixar ela sozinha com o carro.Eles precisam se conhecer já que vão conviver.

Aquilo foi mais uma autoaceitação no final de tudo.Eles não pareciam nervosos e estavam fazendo um ótimo trabalho.Esse tempo lá fora seria ótimo para os dois.E eu também precisava “conhecer melhor” o meu carro.

–Chega de metrô- disse eu para o nada

Liguei o rádio e peguei o manual.Normalmente as pessoas não fariam isso,mas por ser filha de Atena não resisti ao conhecimento.

Liguei os para-brisa, checando as instruções do manual.Tinham muitos botões no painel,onde atrás do volante haviam vários outros que resolvi experimentá-los.

O manual diziam que dois deles eram as setas,os outros eram das estações de rádio e outras funções.

Fiquei mais alguns estantes no carro experimentando tudo.Agora só faltava experimentar a direção,a qual eu só saberia como é no dia seguinte.

Desliguei o rádio e os outros botões antes de sair do carro.Percy e o professor ainda não haviam voltado.

Resolvi não atrapalhar.Não sabia quando esse momento ia se repetir e eles precisavam se conhecer mais há fundo,já que agora ambos teriam que conviver um com o outro.

Voltei para dentro de casa e subi as escadas.Nada havia mudado desde que eu me mudara para lá.Poucas coisas eram novas,como nossas fotos,onde as fotos da pequena garotinha loura Dara lugar a uma jovem,e os bebês gêmeos agora eram pré-adolescentes fortes e muito parecidos com o pai.

Além do quarto dos garotos,meu quarto era o lugar que mais mudara na casa.

Obriguei meu pai a mudar a cor e os móveis se quisesse que eu voltasse a morar com ele.Isso só durou cinco anos.Depois disso me mudei de vez para Nova Iorque.

Meu quarto era de tamanho padrão.Uma cama de solteiro com colcha branca e ursinhos sobre a cama.

Recolhi os objetos vergonhosos,como: bonecas- que meu pai insistira fazer parte de minha infância- e os ursinhos sobre a cama e os joguei dentro do armário.

Arrumei os objetos sobre a escrivaninha e deixei tudo pronto para uma possível visita,onde eu não podia passar vergonha.

Aqueles dois estão demorando demais...

O sono fez meus olhos pesarem,peguei um pijama nas gavetas do armário e fui até o banheiro.Tomei banho e escovei os dentes.Quando sai os dois ainda não haviam voltado.

O meio hambúrguer que consegui comer na lanchonete do senhor que nos ajudara depois do acidente fez efeito contrário.Meu estomago estava vazio novamente,então desci as escadas até a cozinha,onde preparei um chocolate quente com marshmallows.

Terminei de tomar meu chocolate e a preocupação começou a me azucrinar.Percy e meu pai não poderiam estar até agora vendo o motor do carro ou algo do gênero.

Podia ter um monstro nos encontrado em São Francisco e tê-los atacado?Provavelmente não.Teria feito um barulho alto e Percy com certeza teria dado conta.

Por que estavam demorando tanto?

Resolvi espionar pela janela da sala.Abri uma pequena fresta e observei-os lá fora.

Eles pareciam ser velhos amigos sentados na sarjeta entre conversas e risos.A cena era tão bonita que eu podia até perdoa-los por me deixar preocupada.O melhor que eu podia fazer era deixá-los mais algum tempo sozinhos conversando,já que estão se dando tão bem,eles mereciam esse tempo.Sem se preocupar com a aula de amanhã,com os deveres de casa ou com os monstros que teríamos que matar no caminho.Ou pior;o sogro e o genro.

Liguei a TV da sala e procurei por um filme.Não haviam muitas opções naquele horário,então tive que assistir o menos pior,tão chato que resisti em cochilar.Eu queria estar acordada pra quando eles voltassem.Estava tão curiosa que nem mesmo aquele filme seria capaz de me derrubar.

Infelizmente,aquilo só fora da boca para fora.O cansaço,sono e o filme chato juntos conseguiram me fazer dormir antes dos créditos iniciais- que pareciam eternos.

Achei que fosse dormir a noite toda no sofá quando a porta da entrada bateu.Pulei no lugar e abri os olhos.Apurei os ouvido e fingi estar dormindo para escutar tudo o que eles dissessem.

–E essa é a verdade sobre o inventor dos aviões.Muitos patriotas acreditam que foram os irmãos Wright,mas na verdade quem inventara fora o brasileiro Alberto Santos Dumont.

–Na escola não ensinam isso.

–É como eu disse,filho.Os patriotas!Eles preferem ocultar a verdadeira história só para fazer bonito.Como historiador acho isso inaceitável.

–Não é a primeira vez que o governo interfere na verdade,professor.

–Me chame de Frederick

Os dois ficaram em silêncio por um minuto.Era uma pena eu estar deitada e de olhos fechados,queria ver a cara que eles faziam ao conversar.

–Deve estar muito tarde,ela nem nos esperou antes de dormir.-disse Percy,aproximando-se do sofá onde eu deitara.

–Ela não está dormindo.Quando ela sente que vai cochilar ela sobe e se deita.Annabeth foi a única criança que nunca dormiu no sofá assistindo desenho.

O professor Frederick se aproximou e disse:

–Vai ficar ai mesmo ou vai subir para o seu quarto,Annabeth?

Abri os olhos,vencida

–Vou subir.E eu já dormi no sofá uma vez.

–Quando era bebê.Agora subam e boa noite.

Subam.Achei que meu pai fosse colocar Percy para dormir no jardim ou na sala,mas ouvir para nós dois subirmos fora uma surpresa.

Não discuti.

–Boa noite- disse eu

–Boa noite,senhor...Frederick.




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Notas finais do capítulo

Vocês já devem ter notado minha paixão por carros e video games kkk
Esse capítulo é mtmtmtmtmtmtmt fofo >.< kkk
psé,nunca escrevam com o Facebook ou Tumblr aberto.NUNCA.
Gostaram?



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