Os Jogos Dos Semideuses escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 72
Capítulo 72- O golpe de Afrodite


Notas iniciais do capítulo

esse cap. é divertido,espero que gostem



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Annabeth:



Nunca vi mesa tão farta na vida.Haviam tantos pratos e bebidas que era difícil saber por onde começar.Quando eu achava que não caberia mais nada,Hipnos nos servia de mais coisas irresistíveis.

Hipnos bateu palmas e uma mulher de pijamas cruzou a porta.

–Madalena,nos traga os docinhos especiais.

A mulher assentiu e se retirou.

Hipnos nos olhou com um olhar misterioso e cauteloso- Fiquei sabendo que vendem isso no acampamento...Acho que vão gostar.

Madalena apareceu na porta trazendo uma bandeja de pequenos docinhos coloridos em forma de flores.

–Temos novos sabores de Flor de Lótus,experimentem o de sabor pistache.

Droga.Pistache é o meu sabor de sorvete favorito.

–Não, obrigado.-Agradeci- O senhor conhece os efeitos da flor de lótus?

Hipnos passou a bandeja para cada um de nós.Ninguém aceitou.

–O efeito da flor de lótus nos deuses é completamente diferente.É como comer chocolate.

Madalena andou até uma segunda porta e voltou trazendo um pote de vidro largo que continha um conteúdo branco e pastoso.

–Aceitam manjar?- perguntou Hipnos,enchendo o prato

Aceitei um pedaço do manjar com calda e uvas passas e ameixas.

–Não é á toa que chamam esse negócio de manjar dos deuses- Disse Nico de boca cheia.

–Ufa!-exclamou Hipnos depois de limpar o prato- Venham por favor,vou lhe mostrar seus quartos.

–Nossos quartos?

–Senhor Hipnos- disse eu- muito obrigada por nos acolher,e tudo foi preparado deliciosamente,mas não podemos ficar.

–Eu sou o deus do sono,sabia?Preciso cochilar por cinco horas!

–O senhor pode dormir,mas nós temos que ir.

–Não vou aceitar um Não como resposta.Me sigam.

Seguimos Hipnos,eu ainda tentava convencê-lo de que não poderíamos ficar.Mas ele não me dava ouvidos,sua capa dourada balançava com os solavanco de seus passos apressados.Hipnos se virou para nos fitar,me senti tonta e completamente cansada.

–Vocês estão cansados,durmam um pouco,pela manhã levarei-os até onde desejam.

Não tive como negar,continuamos atrás de Hipnos pelo belo corredor cheio de curvas e esculturas.

Hipnos balançou as mãos,duas portas que fechavam um outro corredor se abriram,nele haviam várias portas feitas do mesmo material.nas grandes janelas de vidraça,haviam cortinas de veludo vermelho,onde davam vista para o belo jardim do templo de Hipnos.

–Escolham seus quartos.Nos armários aparecerão roupas,é só abri-los e dizer como querem que seja,e é claro,o tamanho.

Hipnos se retirou,e nos deixou sozinhos no corredor com os quartos.

–Por que ele está insistindo tanto para nós ficarmos?-perguntou Thalia,metendo a cabeça por uma das portas,escolhendo seu quarto.

–Ele pode estar querendo companhia- respondeu Sofy,doce

–Não seja ingênua,ele pode estar armando alguma coisa.

–Thalia tem razão- disse eu,afirmando a teoria de Thalia.-Não se pode confiar nos deuses.

–Pelo menos ele não quis nos matar na primeira- disse Percy

–Se morrermos,morreremos de barriga cheia- Nico entrou na pela primeira porta que viu e a fechou.

–Nos vemos mais tarde,tudo bem?-perguntei- Ai veremos o que vamos fazer.

Todos assentiram e foram para seus quartos.

Empurrei para baixo a delicada maçaneta em forma de urso,ela era feita de ouro maciço assim como as portas e janelas.O quarto era grande o suficiente para uma cama imperial para duas pessoas,com um belo dossel.Uma escrivaninha de madeira escura,uma cadeira também de madeira com o assento revestido do mesmo tecido das cortinas.

As paredes eram claras,havia uma janela na parede em minha frente,ela era do tamanho normal,adequado,e penduradas pelo teto,cortinas feitas de linho da cor branca e a que cobria caindo em ondas,feita de vol dourado.

Ao lado da escrivaninha,Havia um armário de madeira da mesma cor dos outros móveis,seus rodapés eram decorados com desenhos alheatórios.Ele tinha penas duas portas,mas já era suficiente.Ao seu lado,um espelho largo que vinha da ponta superior da parede até a extremidade inferior.

Ao lado da cama haviam criados mudos,uma de cada lado.

Sobre uma delas existia um lampião,sobre a outra um vaso de flores.

Retirei meu suéter e minha camiseta,coloquei-as sobre a escrivaninha e abri o armário,pensando no que pediria.Ele estava vazio.

–Quero um pijama confortável e leve- pedi,aguardando a resposta do armário mágico.Me perguntei se Afrodite não teria um igual.

Então o armário cuspiu em meu rosto o que deveria ser um vestido.Peguei o pequeno pedaço de pano nas mãos.Ele era liso e fino,olhei para os lados para checar se estava sozinha.Aquilo era humilhante.

Levantei a camisola rendada e decotada para o alto,e disse firme para que Afrodite ouvisse:

–Não vou usar isso!- Joguei a camisola para dentro do armário de novo e o fechei.Eu não dormiria desse jeito nem sozinha,ainda mais com cinco semideus lá fora,e um deles eram meu namorado.

–Muito bom Afrodite,por isso dormirei com meu sue....-Eu tinha as mãos na escrivaninha.Mas nela não havia nada além de um pergaminho em branco e uma pena para escrever.-Minhas roupas!

Procurei em volta,odiava passar na frente do espelho e me ver daquele jeito para toda TV Hefesto.Eu tinha que encontrar meu suéter e a camiseta preta dos jogos.

–Parem com a brincadeira- implorei –Mãe,sei que a senhora está assistindo,então por favor,faça eles devolverem.

Tive que apelar para forças maiores,mesmo Atena estando com a mesma moral que uma pedra.

–Tudo bem- respirei fundo.Não havia nada que eu pudesse fazer há não ser fazer o jogo deles.Vesti a camisola vermelha de renda,corri para a cama e me cobri até a cabeça com o edredom branco e macio.As cortinas do dossel estavam fechadas e deixaram a cama ainda mais aconchegante,me senti como num palácio.

Mesmo com as cortinas do dossel fechadas e a grossa porta de ouro do quarto, não foram o bastante para ocultar o grito de pânico- ou de horror do quarto da frente.Me levantei num pulo,mas ao passar em frente ao espelho tive a vontade de voltar para a cama.

Puxei o edredom e me enrolei nele,como uma capa que cobria todo meu corpo,deixando a cabeça de fora.

Ao passar pelo espelho,notei as diferença em meus cabelos.Eles estavam mais brilhosos e definidos.O liso se fora dando lugar as ondas.

–Huum.Isso tinha que acontecer mais vezes...o cabelo,quero dizer

Corri até a porta envolvida em meu casulo.Abri-a e dei de cara com Thalia,envolta com seu adredom da mesma maneira.

Ela me olhou dos pés á cabeça,sorriu levemente e disse:

–Afrodite pegou você também?

–Achei que fosse só comigo.

Batemos na porta,e chamamos por Sofy.

–Está tudo bem?

–Ah! Éh,sim sim.-Ela abriu a porta e nos puxou para dentro.Não pude acreditar no que vi.Se antes eu achava Victoria dez vezes mais bonita que Sofy,eu não achava mais.

–Você está...

–Perfeita- completou Thalia.Ela fechou a porta com o trinco e tirou seu edredom- Também fomos vítimas dela.

–Eu pedi qualquer coisa que me cobrisse até os pés e ele me jogou isso!-Sofy apontou para a perfeita camisola que vestia.Embora fosse decotada,era mais educada que a minha.

O cabelo das duas garotas também estavam perfeitos.As mechas de Thalia saltavam entre seus cabelos negros na altura do pescoço.As madeixas de Sofy batiam nas costas,e suas mechas naturais da cor rosa eram tão vivas que faziam com que ela se parecesse uma princessa.

–É melhor você não sair assim lá fora- adverti- Se não corto sua cabeça

Sofy riu.

–Por que ainda está se cobrindo?Estamos entre meninas certo?-perguntou Thalia,sentando-se na cadeira da escrivaninha.

–Não estou tão bem quanto vocês

–Por favor!-Thalia apontou para sua camisola verde água.Ela era rendada e aberta dos lados- o que pode ser pior do que isso?Isso foge completamente das leis da caçada!

Thalia me encorajou a tirar o edredom,deixei que ele caísse sobre meus pés.

–Muito ruim?-perguntei,esperando por péssimas respostas.

Sofy e Thalia se entreolharam

–Não sei por que você está com tanta vergonha- disse Sofy- Você está ótima!

–Nunca vesti algo parecido antes

–Você está deslumbrante!-exclamou Thalia- Deixa eu chamar alguém pra ver isso!

–Ok,sem brincadeiras.Será que Clarisse caiu no mesmo golpe que nós?

–Se sim ela foi mais esperta que nós.

–Por que Afrodite faria algo assim?-perguntou Sofy

Eu e Thalia a encaramos

–Você não sabe muito sobre mitologia,correto?-perguntou Thalia

Sofy fez que sim

–Dizem que Afrodite é a deusa do amor,e de certa forma ela é.-disse eu

–Mas outras formas de amor –continuou Thalia.

Então houveram batidas na porta,me enrolei novamente em meu edredom e rolei para o outro lado da cama.Thalia fez o mesmo.Ela fechou o dossel e disse:

–Sofy,atenda e caso perguntem,não estamos aqui.

–Tudo bem.

Sofy atendeu a porta

–Olá garotos.

–Está tudo bem?- perguntou Nico

–Está tudo bem.

–Tem certeza? –perguntou Percy

–Claro que tenho,por que a pergunta?

–Ouvimos gritos e...porquê o edredom?- respondeu Nico,sua voz mudou para espanto.

Tapei a boca de Thalia,para evitar que risse

–Shiu!- sibilei,baixinho

–Ah....ah!Estou com frio,e o grito?Bom,me assustei quando derrubei o...o...tinteiro.É quando derrubei o tinteiro soltei um grito.

Alguns minutos de silêncio,onde Percy e Nico deviam ter se perguntado se ela estava maluca.

–Tudo bem...

–Então Tchau.-Sofy bateu a porta com um estrondo.

–Pronto- disse ela,mais tranqüila.

Thalia puxou o dossel.Sofy estava pálida.

–Que foi?

–nada.

Fizemos silêncio por longos minutos.

–Ok.-disse Sofy- ela se levantou e andou de um lado para o outro de braços cruzados,pensativa.-Melhor dormimos e esperarmos essas cinco horas se passarem,quem sabe nossas roupas não reaparecem?

–Tudo bem- Thalia se levantou e ajeitou seu edredom- Vou correndo para meu quarto,três batidas na porta sou eu.

Sofy assentiu.

–Três batidas,entendi.

Também me levantei,eu e Thalia cruzamos a porta,apressadas.Sofy fechou a sua assim que passamos.

Quando cheguei em meu quarto me joguei na cama e me cobri com o edredom até todos os meus fios de cabelo estarem cobertos.

A cortina do dossel estava fechada,adormeci como um bebe.

Eu estava no jardim do templo de Hipnos,sentada em um dos bancos de madeira.O sol brilhava forte no céu azul,e ao meu lado havia uma figura encantadora com seus cachos louros e seu batom rosa neon.

–Como eu ia dizendo- disse Afodite- Sei que vocês tem outros atrativos.Mas vocês estão se comportando como homens,não como as damas que são.Por isso decidi levar suas roupas em um passeio e em troca,algumas das minhas melhores roupas ficam com vocês.

–Não queremos suas melhores roupas.

Afrodite sorriu- Aproveite que não vou pedir de volta- Ela se levantou e beijou meu rosto.

**

Mãos puxaram meu edredom e a luz da janela atravessou o quarto,fazendo meus olhos arderem -Ei,Annabeth,vamos!- disse alguém tomando cuidado para não levantar a voz- temos problemas.

Abri os olhos,soltei um grito de pânico e me cobri novamente- O que faz aqui?

–Você não vai acreditar quem resolveu... minha nossa...

–Parem de conversar e andem logo!- Era Nico na porta,ele estava vestindo seu suéter enquanto falava

–Já estamos indo- respondeu Percy

Nico se foi.

–Como eu ia dizendo-continuou ele- Tânatos está aqui e não parece contente.

–Tânatos?Mas... o que ele faz aqui?-perguntei,ainda coberta pelo edredom

–Não sabemos,e é melhor ficarmos assim,vista-se e vamos embora.

Ele deixou o quarto sem dizer mais nada.

Vista-se

–Muito bem- disse para mim mesma,tentando me recuperar do susto

Corri até o armário e o abri.

–Minhas antigas roupas.

O armário atendeu meu pedido.Ele cuspiu as roupas que eu vestira antes,as roupas que serviam como uniforme para os jogos.

Me vesti rapidamente e atravessei a porta.Ao lado das duas grandes portas de ouro estavam o restante do grupo,adequadamente vestidos.

Thalia sorriu,disfarçando.

–Estou tão aliviada- disse ela,apenas com os lábios.

Abrimos as portas,dava para se ouvir a discussão na sala do trono.

–Temos que descobrir um outro meio de sair daqui.

–O templo é enorme,deve haver outra maneira de escapar além da porta da frente.

O brilho do sol se pondo iluminou o corredor,o reflexo nas vidraças chamaram minha atenção.

–As janelas.



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Notas finais do capítulo

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