Os Jogos Dos Semideuses escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 65
Capítulo 65- As Mortiças


Notas iniciais do capítulo

olá pessoal,desculpem a demora,eu estava viajando.
Mas prometo que escreverei mais rápido para tirar o atraso.
Espero que gostem desse cap.
bjos



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Percy:


–Você pode controlar ?-perguntei á Sofy.Ela tinha sido útil,e não era certo evitá-la por ter um dom que muitas vezes chegava a assustar as pessoas .

–Eu ainda não sei,faz muito pouco tempo que...

Ouvimos passos sorrateiros,mais apressados na mata ao nosso lado.Puxei Contracorrente,evitando fazer muito barulho,soltei a mão de Annabeth e caminhei em silêncio até a origem do som.

Permiti que as garotas ficassem sozinhas,pelo menos até eu voltar,mas era certo que elas não ficariam paradas,principalmente com Sofy lendo os pensamentos de Annabeth.

Continuei caminhando,na esperança de ser apenas um animalzinho fazendo seu lanche noturno.Annabeth não estava em meu em calço -pelo menos até agora.-O lugar era de perfeito lúgubre,mas era de paz e o ar tranqüilo e límpido.

–Bela noite.-sibilou baixo uma voz feminina.-bela noite para morrer...

–Não hoje- respondi para a voz,não muito certo de minhas atitudes.

Senti passos em minhas costas e o som do ar quanto respirado.

–Quem...

–Já vamos nos apresentar.

Braços me envolveram e me encurralaram em um abraço apertado.

Tentei me soltar usando contracorrente,mas ela fora tomada de minhas mãos.Ela já reaparecera em meu bolso quando uma das Ninfas a arremessou para longe.Eu sabia que ela voltaria,mas quando voltasse,poderia ser tarde.

Os braços eram fortes,me seguravam como correntes de aço e me mantinha prezo como se eu estivesse numa jaula,sem saída.

De repente senti uma hálito fresco e forte em meu rosto;senti meus olhos pesarem e fiquei mais sonolento.Já estava acordado á muito tempo,e esse hálito pareceu ter avisado meu corpo que já era hora de dormir.

O hálito ficou mais intenso,cobrindo meu rosto por inteiro.

Meus olhos se fecharam,involuntariamente,e adormeci.

Sobre os braços da criatura eu apaguei,não ouvi nem senti mais nada,até eu acordar.Assustado.

Eu estava deitado sobre um gramado verde e macio.Havia uma fonte de peixe no centro,que espirrava água por sua boca curvada para cima.Peixes dourados nadavam tranqüilamente dentro da fonte cheia de drácmas.

Haviam muitas flores no local.Flores de todas as cores e formas,cheiros e estilos.No local também haviam bancos feitos de ferro cuidadosamente pintados de brancos com detalhes.

–Dormiu bem?-perguntou a voz que eu ouvira antes de apagar.-Aproveite seu último sono.

–Ainda terá o eterno,Euriale...

As duas criaturas riram.

Minha visão,não focada,duplicavam o número de criaturas em minha frente.Eram duas mulheres altas e magras,mas as duas,no lugar dos cabelos,criavam pequenas cobras que caíam enroladas como cachos.

–Górgonas.-conclui

As gorgonas assentiram.

–Perfeitamente,filhote do deus nojento do mar.

Uma delas arreganhou os dente pontudos.

–Seu pai é um aproveitador...por culpa dele Medusa foi amaldiçoada pela deusa Atena.

–Outra que merece nossa vingança!-Euriale rosnou e se levantou,me puxando pelo pulso.

–Esteno vai se vingar por nós

Me levantei,enquanto era arrastado pelo braço.

–Vamos nos vingar quando a adaga de Esteno voltar manchada pelo sangue da garota de Atena.

As górgonas riram.

Contracorrente já estava de volta em meu bolso,destampei-a e empunhei na medida do peito.

–O que querem dizer?-perguntei,temendo pela resposta.-O que vão fazer com Annabeth?

As górgonas se entreolharam -Há duas garotas..-disse uma delas,com tom de ameaça,sibilando.-e você está preocupado apenas com uma...-elas se entreolharam mais uma vez -interessante...

Euriale caminhou lentamente em minha direção.Corri para trás de fonte,pensando em uma maneira de atacar duas górgonas e conseguir me livrar delas.

Eu estava em desvantagem,elas eram fortes e rápidas.E pelo o que eu sabia das górgonas,era que eram muito ligadas á Medusa.Eu mandara Medusa á alguns anos atrás por um tour pelo submundo e agora,elas querem vingar o nome dela.

Haviam muitos motivos para elas quererem derramar meu sangue,mas o maior deles era o fato de Poseidon -meu pai Olimpiano- ter se encantado por Medusa,e tê-la no templo da deusa Atena,bem em sua cidade,Athenas.

Mas eu não deixaria que ninguém pagasse um preço por mim.E eu não vou pagar pelo o que meu pai fez.Poseidon já teve casos com inúmeras mulheres e todas tiveram filhos do deus,mas nenhuma quis se vingar dele.

Passei a mão livre pela água da fonte e levantei os olhos para as górgonas.Com uma voz tranqüila e sarcástica,eu disse:

–Foi um erro me trazerem para cá.Posso controlar a água,mas pelo visto vocês não sabiam disso...

A outra górgona caiu na gargalhada- Será fantástico ver você brincar com os peixinhos...

–Se eu fosse você...

Duas garotas entraram ofegantes e armadas pelo jardim.Elas observaram o lugar,encantadas,até seus olhos pousarem nas duas górgonas raivosas.

–Era para você estar morta!!!-rosnou a górgona,que não se apresentou.Ela apontava nervosamente para Annabeth.

–Digamos que sua irmão não teve tanta sorte...-respondeu Annabeth.Ela e Sofy trocaram olhares- podemos ser breves,é só deixarem que...

–Quer que libertemos seu... amigo?

–Euriale querida- a outra górgona riu baixinho e agudo- que tal aproveitarmos esse tipo de envolvimento?

–Será ótimo ter nossa vingança por meios mais torturantes do que a dor física.-Euriale riu malvadamente.

Aproveitei o momento de distração entre as duas górgonas e contornei há fonte em forma de peixe.Com Contracorrente em mãos,eu estava pronto para um ataque surpresa,enquanto as duas górgonas riam entre sí.

Sofy,tente mantê-las distraídas... vou tentar uma coisa arriscada.

A garota evitou meu olhar,mas assentiu.

–Ainda não sei da história... o que houve entre Medusa e Poseidon?

As duas górgonas começaram a contar a história,mas Annabeth me seguia com o olhar,nervosa.Sustentei seu olhar,e indiquei a fonte pedindo aos deuses que ela estendesse a mensagem.

Contornei a fonte até chagar á bomba que fazia a água vir e voltar.Cortei o cano maior,o qual fazia a água se locomover,a água começou a jorrar do cano e espalhou água para todos os lados.Não era muita coisa,mas eu tentaria do mesmo jeito.

Nesse instante,três semideuses cruzaram o local,Thalia montada em um pássaro vermelho com dois metros de altura.Uma Fênix.

Eles tinham suas armas em mãos,e adentraram violentamente pelo jardim.

–Viemos ajudar.- disse Thalia,sobre o pássaro.

Euriale riu- que gracinha... mais uma semideusa para o nosso lanche.

A outra górgona também riu,virando o pescoço para o lado,e quando ela me viu,sua reação não foi das melhores.Ela cutucou o braço da irmã e disse:

–Fomos distraídas por crianças!

–O projeto de peixe acha que pode nos enganar?-resmungou Euriale- vamos ver se ele vai se sentir tão espertinho quando estivermos palitando nossos dentes com os ossos de seus amigos!

As górgonas atacaram.

Pularam sobre Annabeth e Sofy.Annabeth se arremessou á pouca distância para o lado há tempo de se levantar e pisar nas costas de Euriale.

–O que você ia fazer com a gente?-Annabeth riu debochada

Euriale grunhiu

A outra górgona pulou por cima de Sofy,mas ela se abaixou e o monstro passou voando por cima de seus ombros,atingindo o chão na frente da fênix que Thalia montava.

–Dorot,mostre-me o que você faz!-Thalia desceu cuidadosamente da fênix e observou-a maravilhada.

A fênix abriu as assas e fogo grego queimou o ar abaixo de suas assas.Cobras na cabeça da górgona murcharam,a górgona soltou um gemido.

–Venha!Me ajude!-chamou Euriale!

Annabeth puxou sua espada e cortou algumas cobras da cabeça da górgona.

–Atena não teria transformado Medusa em uma criatura monstruosa,se ela não imitasse e tivesse tanta inveja dela...

–Isso não lhe dá motivos!!

Annabeth cortou mais cobras.

Já estava na metade do serviço;cortei os canos da água que vinham da fonte,água jorrou alto,depois aquietou-se alagando o chão.

A grama verde e saudável do jardim encharcou-se,afogando as flores dos canteiros.

No canteiro da jasmins havia uma placa de ferro com desenhos de flores e mulheres carregando cestos .Nele lia-se “Iéros Pérsefon” .

–Sagrada Pérsefone- disse eu para o nada- Isso explica o jardim e o número extravagante de flores.

–Ouvi falar nisso...

Ao meu lado,encontrava-se Nico com sua espada na mão.Haviam penas em seu cabelo negro e sem vida.Ele parecia mal humorado.

–No submundo,Pérsefone sempre dizia que plantaria mudas novas em seu jardim...mas no palácio de Hades não havia mais lugar para tantas flores,Hades ficava maluco,ele não queria transformar sua casa numa floricultura.

Não pude evitar de rir.

–Corte-as- disse ele,sério.

–O que?

–Corte as flores!- Ele apontou para um acumulado de flores negras e vermelhas perto da fonte.

–Mortiças.São letais para qualquer ser vivo.Pegue-as e faça as górgonas engolirem.

Assenti.Me levantei e caminhei até as flores que cresciam estranhamente uma sobre as outras,entrelaçando-se em seus caules espinhosos,estrangulando uma as outras.

–Ok... vamos acabar logo com isso!

–Espere.

Nico surgiu ao meu lado,tão rápido que eu poderia ter um ataque cardíaco de susto.

–Você quer parar de aparecer assim,do nada?!

–Jackson... se você se cortar vai ser o fim pra você.Portão cinco.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Comentem



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