Os Jogos Dos Semideuses escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 64
Capítulo 64-Fênix


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curto,mas interessante.
Espero que gostem.
Boa leitura.



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Thalia:



Clarisse reclamava em silêncio enquanto procurávamos pelo colar.Nico mantinha sua cara de tédio,e eu,tentava me manter longe dele,enquanto procurava por uma joia que eu nem ao menos sabia como se parecia.

–Droga,Afrodite.-resmungou Clarisse- ela tinha que ter inveja daquela Enfídriade?

–Afrodite não suporta a ideia de ter deusas ou musas mais belas do que ela.-disse Nico,procurando entre as folhas de um ramo.

–Ela já amaldiçoou tantas...-comentei- Me surpreende o fato de ela ter apenas sequestrado um colar...

–Há alguma coisa com ele,não pode ser um simples colar.

Continuamos á procurar.Subimos e descemos de arvores,entramos em buracos e fuçamos em arbustos.Procuramos até por baixo das folhas no chão,mas nem sinal do colar.

–Será que se chamarmos por ele...

Um canto grave e melodioso que vinha de dentro da mata,me fez parar para escuta-lo.Seu canto era atraente e ficava mais alto a cada minuto.

–Um pássaro não canta desta maneira.

–Vamos segui-lo,pode ser uma dica.-Nico assumiu a frente e nos liderou há seguir o som.

Ei,eu sou filha de Zeus!

Continuamos andando, seguindo o canto do pássaro.Andávamos devagar evitando as coisas no chão que poderiam fazer barulho e atrapalhar o som.

O pássaro parou de cantar quando nos aproximamos de uma arvore grande que se entrelaçava nas outras,esmagando-as.

–Já vi muitas dessas arvores com as caçadoras.-disse eu- ela se envolve nas vizinhas para arrancar os nutrientes...ela é uma assassina das florestas.

Sobre a arvore assassina havia um ninho feito de galhos e folhas.Não havia nenhum pássaro dentro do ninho,mas havia um cordão prateado com uma pedra azul escura na ponta entrelaçado aos galhos que contornavam o ninho.

–Vejam!-exclamou Clarisse

–O colar!

Clarisse escalou a arvore com a ajuda de sua lança recém recuperada.

Ela tentava desenrolar o colar de entre os galhos,mas era difícil,pois estavam bem encaixados.

O canto recomeçou,uma Fênix vermelha planou até seu ninho,dando de cara com Clarisse.

Os olhos da Fênix correram de mim para Nico e pararam novamente em Clarisse.

As mãos da garota seguravam o colar,mas ela não se mexia;era como uma estátua com os olhos fixos no pássaro.

Clarisse teve que piscar,e as gotas de suor escorreram por seu queixo.

A fênix guinchou.

Nico puxou sua espada e eu fiz o mesmo.Clarisse se jogou de cima da arvore e rolou pelo chão.Ela estava sem sua lança,pois a mesma encontrava-se preza no tronco da arvore.

A fênix gritou mais uma vez e planou até Clarisse,que se levantava.

Nico tentou acertar a cabeça da fênix,mas ela tinha dois metros de altura,por tanto,não seria fácil.

–Como se mata uma Fênix?-perguntou ele,enquanto saltava para cima do pescoço do pássaro gigante.

–ah...Annabeth...-clamei,sentindo falta da garota -Ok- puxei minha espada e saltei sobre o lombo da Fênix enquanto Clarisse libertava sua lança- vamos improvisar.

Nico escalou o pescoço da Fênix e apertou seu bico.Ela balançou a cabeça nervosamente tentando derruba-lo.Sentei sobre suas assas para evitar que se abrissem.

–Ficarei guardando as assas,dá pra continuar?

–Vamos dar um jeito.-Assentiu Clarisse.Ela correu e puxou o pescoço do animal para o lado,Nico apertou-o e fez a Fênix rosnar.

–Clarisse- chamei- assuma meu lugar

Ela não perguntou e nem rosnou- como de costume- ela apenas se sentou sobre as assas,me substituindo.

Agarrei um galho no nódulo da arvore e com os pés escalei o tronco.Quando eu já estava no miolo escalei nas laterais para alcançar os galhos.

Sentei sobre o que chagava ao ninho e rastejei ainda sentada sobre ele.Ao chegar no ninho,decidi esquecer a delicadeza,cortei boa parte dos galhos e arranquei o colar á força.

Meti o colar no bolso e escorreguei para fora da arvore.Parei sobre os calcanhares e empunhei minha espada.

–Está na hora de mostrar tudo o que aprendi na caçada.-Empurrei Clarisse para o lado e reassumi meu lugar.Coloquei meus pés sob as assas da Fênix e apertei-os com força.

A Fênix guinchou e se contorceu,derrubando Nico.

–Sou filha de Zeus,caçadora de Ártemis.Me chamo Thalia.-apresentei-me idiotamente para a Fênix.-Seu nome é Dorot,O pássaro mágico,presente de Zeus para mim.-menti- finalmente te encontrei.

Eu não sabia até que ponto a Fênix me entendera,mas ela parou imediatamente e assumiu uma posição ereta.Soltei o peso sobre suas assas,acalmando-a.

–muito bom,Dorot.-acariciei a cabeça da Fênix- Você vai me ajudar a encontrar uma garota de cabelos louros,uma de cabelos negros com mechas rosas e um garoto moreno de olhos verdes.

A Fênix assentiu.

Clarisse e Nico me observavam,bobos.

–Não me olhem assim,nós sempre nos apresentamos as nossas prezas antes de mata-las.

Dorot começou a correr em círculos,assustada.

–Você não é uma presa,é um presente,uma amiga!

Depois de acalmar o pássaro,continuamos nossa jornada em busca de Annabeth,Sofy e Percy.

Para nos localizar,voltamos á lagoa,onde na entrada,Alana ficou contente em nos ver.Ela relinchou e bateu seus cascos brilhantes no chão,mas logo percebeu que seu companheiro,Percy não estava ali.

Ela relinchou mais uma vez,tentei dizer que íamos encontra-los.Se ela entendeu,eu não sabia.

Continuamos para a esquerda,a qual fora a direção escolhida por Percy e as garotas.

Chamamos por seus nomes durante todo o percurso,até entrarmos em uma parte da floresta que parecia ligeiramente destruída,como se houvesse acontecido uma briga.

Havia uma arvore alta retalhada de várias maneiras,e no chão,um mouco á frente,as folhas agrupadas naturalmente,como se alguém tivesse caído e rolado.

–Annabeth?!-gritei-Percy!

Nenhum dos dois responderam.

–Sofy?!

–Ei,idiotas!-gritou Clarisse

Onde será que eles estão?-pensei

Continuamos,deixando para trás o estranho lugar,onde reconhecemos que eles tiveram aqui.

–Eles passaram por aqui –concluiu Nico

–Não diga!-bufou Clarisse

Nico fez cara feia.

Ouvimos gritos e bufadas.Som de espadas e vozes conhecidas.

Aceleramos nossos passos,seguindo o som.




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Notas finais do capítulo

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