Os Jogos Dos Semideuses escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 62
Capítulo 62- Charadas e Enigmas


Notas iniciais do capítulo

Olá! esse cap. tem surpresa!
Espero que gostem,bjos do chalé 06.
Boa leitura.



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Annabeth:



Andamos pelo calar da noite,guiados panas por uma pequena luz de um vagalume.Ele era rápido,mas quando via que estávamos ficando para trás,o educadíssimo vagalume nos esperava.

A musica de Euterpe cessou,Percy apertou minha mão junto a dele e sussurrou,sem que os outros notassem:

–Ela está falando de nós.

Assenti.Percebi uma leve coloração avermelhada em seu rosto,e minhas bochechas queimavam.

Ambos sentem e suspiram.-repetiu ele me dando uma leve ombreada.

Queria parar e lhe dar um beijo,mas não era legal com tanta gente atrás de nós.Decidi que assim que ficássemos a sós,recuperaria todo o tempo perdido.

Sofy tinha uma das mãos atravessada no peito,quase no pescoço.Thalia fingia não ter emoções,mas seus olhos diziam outra coisa.Nico e Clarisse eram os mesmos,só que mais fragilizados.

Eu nunca conversara com Thalia sobre Luke.Não,apenas uma vez depois da morte dele.

Estávamos deitadas sobre um campo no acampamento, durante uma visita das caçadoras.Thalia e eu conversávamos sobre coisas alheias,sem relembrar o passado.Mas era cada vez mais difícil, por que,fora bem na época que ele falecera. “Você o amava?” fora a pergunta dela,que começara a conversa; “Eu achava que...não,apenas como um irmão.Mas entenda,Luke fora o único garoto até agora que ficara tão próximo de mim.Além dos meus irmãos do chalé de Atena,mas isso é diferente.Eu tenho direito de ficar confusa,certo?” Thalia suspirou de alivio e disse “Mas agora você tem o Percy,e ele te fez perceber que o que você sentia pelo Luke era apenas admiração e carinho.” “Mas para mim foi diferente...”. Thalia não continuou o que começara,ela fechou os olhos e sentiu a leve brisa do vento em seu rosto e em seus belos cabelos negros.Quando eu finalmente tomara coragem para perguntar se ela o amava, e fora para a caçada para ser obrigada a esquecê-lo,uma de suas companheiras a chamou.Fiquei lá,sozinha pensando se Thalia realmente,teria jogado sua vida fora,ou se entregado sem lutar.Pois na época que ela ingressou na caçada,ainda havia tempo.

Alana,que estava acostumada a visão da noite,tomou a frente do grupo.Agora éramos guiados por um unicórnio que seguia o ligeiro vagalume.

Euterpe voltou a cantar.

♪ prestem atenção e sigam a canção,não deixem a luz fugir,pois deixaram de sorrir ♪

Seja lá o que Euterpe quis dizer,não podíamos perder o vagalume de vista.

♪ Vejam só,seis não é um número bom,faremos o favor de diminuí-lo,os deuses não vão gostar se seu filho se acabar,mas porém a sorte eles tem,se por nós ele passar,a luz irá guiar... ♪

Dessa vez a musica não era cantada por Euterpe,era uma mistura de vozes guinchadas e agudas,elas vinham de todo canto.Ao nosso lado vinham duas,a nossa frente mais três e assim por diante.

A musica parou,e de repente,como se ela já estivesse aqui antes,um par de olhos amarelos encontravas-se em minha frente,me encarando.

–é essa aqui.-disse a dona dos olhos.

–Aqui tem mais uma!-exclamou uma voz fina e enjoativa em minhas costas.

–Grace,certo?-perguntou a voz.- Achamos.

O par de olhos me segurou pelos braços.Clarisse e Percy tentaram soltar a forte mão que me segurava,mas ela era bem mais forte do que eles imaginavam.

Ao meu lado,Thalia gritava e tentava se desvencilhar do abraço de uma criatura da natureza.Elas nos levaram um pouco á frente,onde havia luz,e pude ver do que se tratavam.

–Sou uma Hamadríade.-Disse a criatura que me segurava.-Você vai atrapalhar nossa missão,por tanto,ficará calada.- raízes de arvores enrolaram minha boca,deixando-me quieta contra minha vontade.

–Leimáquides é o que eu sou- disse a criatura que segurava Thalia com um abraço pelas costas.

–Eu não te perguntei nada!-guinchou Thalia.

–O que vocês querem?!- perguntou Nico,quase gritando.

Alana não percebera que paramos, e continuou a seguir o vagalume.

Mais quatro Ninfas entrelaçaram o resto do grupo por trás.Seus braços davam voltas em seus corpos e os prendiam no mesmo lugar.

–Quer cereal,querido?-perguntou uma ninfa á Nico.Ela riu alto.

–Deméter lhe mandou?-perguntou ele,cuspindo trigo pela boca.

–Ah não... sou a Ninfa dos campos de cultivo,uma Agrónomide.

–E eu,gracinha -disse a que segurava Percy- sou uma Corícia,Ninfas das nuvens.Você se exibe mesmo nos domínios de Zeus.Alguém vai ter que te colocar no lugar certo.

Tentei alcançar minha espada- fora nesse momento que eu sentira falta da minha velha adaga- mas ela estava presa ao meu corpo,por culpa dos braços daquela Hamadríade.

–Não mandei você ficar quieta?-rosnou a Hamadríade,batendo em minha mão.

–Se não fizesse,morreríamos!-exclamou Percy

–Seria muito melhor!-A Corícia exclamou,rente em seu ouvido.Aquilo devia ter doído.Ela era pálida, e ao se movimentar,sua pele ficava transparente.Ela usava um vestido branco feito por nuvens.-O que é isso?-perguntou ela,fingindo doçura,enquanto puxava Contracorrente do bolço de Percy.Ela destampou a caneta e,rapidamente,a espada de bronze tomou o lugar.-uma espada...Anaklumus?!-Ela jogou a espada para a Ninfa que segurava Sofy.

–É a famosa Anaklumus.-concordou ela,transformando a espada em sua forma original.Ela a arremessou para longe,com força,e sorriu.-Não teremos problemas.

–Vamos começar as charadinhas?- perguntou a Ninfa verde que mantinha Clarisse em seu abraço mortal.

As outras assentiram.

–O que é que mantém sempre o mesmo tamanho sem aumentar o peso?

Ninguém respondeu,mesmo depois de alguns segundos de silêncio completo.

–Vamos ter que incentivamos.-A Hamadríade puxou minha espada- que estava fácil para ela alcançar- e colocou-a em meu pescoço.A Ninfa que segurava Thalia fez o mesmo.-Se não responderem,e corretamente,vamos retalhar as favoritas de Hera.

Os semideuses presos se contraíram.

–Repita a pergunta.-ordenou Percy.

–O que é que mantém sempre o mesmo tamanho sem aumentar o peso?

Os quatro semideuses ficaram um longo momento pensando.Os olhos de Percy ficavam em mim,cheios de pesar,e as vezes corriam para Thalia.Pude notar sua expressão de pensamento,isso o deixava mil vezes mais inteligente.Devia ser assim que eu ficava quando pensava.

–Uma balança?- respondeu ele,inseguro.

–isso foi uma pergunta?

–Uma balança.-respondeu Percy,novamente,sério.

As Ninfas se entreolharam e trocaram olhares raivosos.

–Sem retalhos.

–quem passa todo mundo pra trás e nunca vai pra prisão?-perguntou uma das Ninfas, de cara fechada.

Eu olhava firme para o resto do grupo.Eles retribuíam o olhar,mas suas caras eram de pânico.

Sombra”-pensei-“ Sombra é a resposta

Sofy me observava fixamente,sua excreção passou de pensadora para dúvida,num estalo.

–Sombra.-disse ela,com dificuldade,sem tirar os olhos de mim.

Uma das Ninfas grunhiu,melancolicamente.

–Quero retalha-las!-exclamou a Leimáquides,segurando a espada de Thalia firme sobre o pescoço da garota.

–O combinado foi: Se eles não responderem corretamente.

–Quantas perguntas são?- quis saber,Clarisse.A Ninfa que a segurava pressionou a mão contra sua boca.

–serão cinco,já que a sabichona está preza.- Rosnou a Ninfa em seu ouvido.

–que é o que é: Se eu for no seu, você não vai no meu e, se você for no meu, eu não vou no seu.

Nico riu.-Essa eu sei.Velório.Se eu morrer não poderei ir ao seu velório,mas caso você morra...-Nico puxou sua espada- Não irei do mesmo jeito.

Ele jogou sua lâmina negra sobre o ombro,e golpeou o rosto da Ninfa que o mantinha refém.Ela cambaleou para trás,soltando-o.

Nico correu para frente,mantendo-se longe do alcance das Ninfas.

A Ninfa que o segurava rosnou.

–Não adianta- sangue verde escorria por seu rosto- Iremos pega-lo.

–Por que não tentam?Todas vocês!?

Maravilha” –pensei-“Nico quer que elas corram para pegá-lo,e acabem nos libertando

Sofy voltou a me encarar,eu não sabia qual era a dela,mas se ela agisse assim no acampamento,eu ficaria muito arrependida de ter a convidado.

A ninfa de Nico se levantou,mas Sofy que era mantida presa ao lado de onde fora Nico,chutou-a e a Ninfa caiu de cara no chão.

Nico pulou por cima da Ninfa e arrancou seus braços,como se arrancasse galhos de arvores.

–Maldição- berrou ela.

Nico golpeou-a com sua espada.Ele só parou para dizer:

–Portão seis para você,criaturas mágicas.

Ele empunhou até a altura do peito a espada e andou até o meio da clareira,onde as Ninfas o observavam,cheias de raiva.

–Mandarei- as para o submundo,caso não solte meus amigos.-Nico sorriu levemente- Podem tentar revidar,mas para isso,do mesmo jeito,terão que soltá-los.

As Ninfas trocaram olhares desesperados.

–Nos veremos de novo.-rosnou a Ninfa das arvores- a que me mantinha presa- para Nico,enquanto me soltava.

Ajoelhei-me no chão,recuperando o ar .

Thalia bufou.- Não posso acreditar que meu pai permite isso.

Sofy ainda me encarava.Mantive seu olhar por alguns minutos, até que ela os abaixou,envergonhada.




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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim.
Até o próximo cap.



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