Os Jogos Dos Semideuses escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 29
Capítulo 29-Um recado direto ao ponto.


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!
estou com novas ideias para a Thalia,não sei se serão aprovadas por vocês,mas não se preocupem.Ficará tudo bem.
Eu acho.
Boa leitura
mauahaha



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Thalia:

Ela não se sentia sendo seguida,embora parecesse inquieta.Olhava por toda a volta como se procurasse por alguma coisa.Annabeth desceu a rua vagarosamente,agora ela apertava as mãos em punhos,colocou a mochila sobre os ombros e seguiu batendo os pés.Volta e meia ela resmungava algo sobre “traição” e “prefere há ela do que a própria filha”.

Segui a pequena garotinha de cabelos louros e brilhantes por todo o caminho.Crianças de casas vizinhas gritavam olá e tentavam fazê-la parar para brincar;Mas Annabeth não dava ouvidos,estava determinada a continuar sua jornada por onde quer que seja.

Finalmente chegamos ao final da rua.Lá havia uma casa abandonada e muito velha.As janelas quebradas por garotos que jogavam pedras para acertar as vidraças,a porta descascando,as tábuas do assoalho do lado de fora frouxas e aparentes.

Já estava escurecendo.Agora a rua era iluminada por postes de luz que cobriam toda a vizinhança.Annabeth  já estava ficando cansada,ela entrou na casa abandonada com a respiração apressada.Dentro da casa era como um filme de terror japonês,janelas quebradas,móveis quebrados e empoeirados,teias de arranhas nas paredes e nos cantos dos móveis e no chão.As paredes já não tinham mais cor além de estarem descascando e estarem cheias de infiltrações.

Eu estava logo atrás de Annabeth,refazendo todos os seus passos cansados e rápidos.Um calafrio passou por minha nuca,acontecera muita coisa naquela casa que marcara nossa vida para sempre.Annabeth sentou-se logo em baixo da escada apoiando-se sobre os joelhos.Ela abriu a mochila e retirou um mapa grande e extenso que marcava várias rotas inversas que davam para outros estados além de mostrar hotéis,lanchonetes e postos de gasolina mais próximos.Annabeth começou a observar o mapa contornando com os pequenos dedinhos lugares no mapa de saiam de Richmond á um estado vizinho.Sentei-me ao seu lado,os olhos cinzas de Annabeth reprimiam lágrimas e ela fazia força para sua expressão não mudar.Seu queixo tremia.

-O que estamos fazendo aqui mesmo,Thalia?

A voz vinha do andar de cima.Passos apressados vinham de cima para baixo com grandes estrondos e estalos da madeira que revestia o piso corroído pelo tempo.

Annabeth assustou-se.Pude ver a expressão de tristeza que cobria seu rosto se tornar susto.Ela levou a mão ao peito,bem no local onde fica o coração.Ela arrumou as coisas dentro da mochila com pressa.Seus olhos percorriam todo o lugar examinando cautelosamente cada canto.

-Viemos porque a cabra que Zeus mandou nos trouxe para cá.Já se esqueceu Luke?-perguntou a outra voz.

-Não é que...estou com um mal pressentimento

-Já eu me sinto muito bem.

Os donos das vozes vinham se aproximando até que apareceram ao pé da escada.

Annabeth atrapalhou-se ao arrumar com pressa o mapa dentro da mochila.Ela tropeçou no pé de uma pequena cômoda que acomodava um vaso sujo com flores de plástico empoeiradas.

-Ei!-gritou Luke- Quem é você?

A garotinha loura os olhou dos pés a cabeça.

-Annabeth- respondeu ela,de prontidão.

-E você tem sobrenome ?-perguntou a garota ao pé da escada ao lado de Luke.

- Chase.Chase é meu sobrenome.

-Chase... belo nome.Esta perdida?-perguntou a garota.

-Não,estou partindo.Não ficarei mais nenhum segundo nesse bairro idoiota.

-Então você “morava” por aqui?-sibilou a garota com um estranho ar de curiosidade.

-Qual é o seu nome?-perguntou Annabeth,com desconfiança.

-Thalia.Thalia Grace,muito prazer.-Thalia desceu os degraus da escada com um salto e estendeu a mão para Annabeth que se cumprimentaram sem muito agrado.

-E porque uma garotinha tão nova como você teria motivos para fugir de casa?-perguntou Luke se juntando as duas garotas no primeiro andar.

-Motivos familiares.

-Huum.

Luke parecia curioso,mais não perguntou quais seriam esses motivos familiares,que por sinal deviam ser fortíssimos para uma garota tão nova  querer se dar ao trabalho de fugir de casa e deixar toda a mordomia de um bairro tão pacato.

-Quantos anos você tem,Annabeth?-continuou ele.

Sons de madeira rangendo interromperam a conversa.Thalia e Luke trocaram olhares preocupados.

-Annabeth,você não  quer ir dar um passeio?Tomar um ar lá fora e coisa e tal...?-Luke falava apressado,olhando para o longo corredor de que vinha o som de passos inertes quase mudos.

-Não.-disse ela ríspida.

Luke olhou para uma figura minha mais assustada.

-Olhe,vocês não são os únicos que não me querem por perto.-continuou a pequena Annabeth- Já me basta meu pai dar ouvidos há bruxa de minha madrasta e minha mãe continuar sentada naquele maldito trono no olimpo me vendo sofrer desse jeito.Tenho raiva de tudo que pertence a este lugar.Por isso vou embora,até quem sabe um dia.-continuou Annabeth fitando Luke e Thalia sem sequer mover os olhos para outra direção.Até piscar ela evitava.

Annabeth pegou sua mochila e saiu pela porta a deixando completamente escancarada.

-O que disse?-perguntaram Luke e Thalia,juntos.

Eles se entreolharam eufóricos.

-Seria a mãe dessa garota uma deusa olimpiana também?

No mesmo instante o som que vinha do corredor ficou mais alto,os estalos pareciam estar ao nosso lado e a madeira rangia incansavelmente.

Foi quando a porta se abriu,dela saiu um monstro que eu nunca tinha visto antes.Ele era alto-provavelmente uns dois metros de altura- e largo,seu corpo era de uma cor cinza doentia,suas vestes como a de um fantasma negro e maldoso.Suas mãos eram podres e dele vinha um cheiro de lixo,seus pés não tocavam o chão e ele parecia estar flutuando no ar como uma alma vagando sem rumo.Mas porém por onde passava todo o assoalho estalava e rangia.

Ele veio direto para nós,suas mãos erguidas a altura dos ombros,suas unhas quebradas e podres apontadas para nosso pescoço.

-Que é isso?!-Gritou Luke.

A Thalia do passado não respondeu.Ela corria para fora de vista do monstro com tamanha rapidez.

-Se mexa!-Gritou ela ofegante.

Luke como se tivesse sido acordado de um sonho ruim deu um pulo e juntou-se com Thalia.

Os dois se espalharam pela sala fantasmagórica da casa abandonada e arrumaram suas armas.Thalia com seu velho escudo dado por Zeus além de uma espada de 1,30cm com ouro grego no punhal.Luke desembainhou sua espada, e os dois,Luke e Thalia posicionaram-se  para lutar.

-Que tipo de ...coisa é essa?-perguntou Luke com os olhos semicerrados.

-Nunca vi e nem...-Thalia olhou de cima a baixo do monstro analisando-o -...ouvi falar.

O monstro moveu-se e gritou algo como: “ kóp huum oáto Thenos!”

-O que ele disse?-perguntou Luke em um sussurro

-Não faço a mínima ide...

O monstro avançou,foi impossível de identificar quando ele se mexia.Parecia mais um vulto negro e rápido.Ele avançou com um rasante sobre Thalia,ela foi ao chão batendo em algumas mobilhas que restaram na casa.Luke tentou acerta-lo com um golpe,mas sua espada sem sucesso, passou leve pelo ar como se Luke tentasse assassinar uma nuvem.

O monstro estendeu a mão e agarrou o punho de Luke.Ele encravou as unhas nojentas e mal cortadas no punho de Luke o qual com um grito se afastou com as mãos cheias de sangue.

Eu via minha própria imagem do passado sendo arrasada e Luke agonizando de dor ao lado sem poder ajudar.O monstro- o qual desconhecíamos- Começou a rabiscar coisas em meu braço e antebraço usando suas unhas manchadas com o sangue de Luke.

Então eu grite.Um grito de dor profundo e desesperado que podia ser ouvido há duas quadras de distancia.

-Luke!Luke!-gritei-Faça Alguma coisa!!

-Não sei o que fazer!Já tentei acerta-lo e foi inútil!!!

-TENTE ALGO!

Luke subiu na base da lareira,onde normalmente as pessoas colocariam enfeites e na época de natal pendurariam as meias para que papai Noel colocasse pequenos presentes e doces para as crianças.Luke jogava objetos próximos no monstro e gritava para chamar sua atenção.

-EI SEU MONSTRO BABACA!TENTE ALGÉM DO SEU TAMANHO!

O monstro não deu atenção á Luke,continuou a rabiscar em meu antebraço.

Seus olhos eram fundos e escuros,por trás dessa terrível aparência escondia-se um ser capaz de pensar e raciocinar.Talvez estivéssemos lidando com algo muito mais perigoso do que qualquer outro monstro que já tenhamos enfrentado antes.

-Por que não tenta jogar madeira?-Perguntou uma garotinha de baixa estatura e magra ao pé da porta de entrada para sala,com um profundo ar de desprezo no rosto.-Daria mais certo,não acha?

-Eu nunca tentei.-Disse Luke baixando o tom de voz a cada palavra que dizia.

-Pois tente.

Então ele viu o monstro.Foi possível ver todos os fios de seu braço e os cabelos de sua nuca se erguerem de medo.

- N-Não posso Aju-judar- gaguejou Annabeth.-Desculpem

-Por que não!-Gritou Luke-O que é essa coisa?!

-Um poviasthenos.Não,posso,definitivamente não posso.

Thalia deu um outro grito agonizante.Agora o monstro olhava diretamente para Annabeth.Ele se levantou e estendeu os longos braços para a garota.

Os olhos de Annabeth se arregalaram.

-Eles são criados para destruir tudo o que julgam perigoso.Mas não um perigo físico.Um perigo mental.Ele são criados para matar os filhos de Atena.-disse ela muito baixo.

“Eles tem uma péssima visão,por isso seus olhos são fundos e escuros.Não estão adaptados há luz.Eles preferem atacar de noite quando estamos dormindo.”-continuou- “Se eu sair daqui sem fazer barulho posso conseguir escapar com vida...”

Annabeth deu três passos para trás,saindo de nossa visão.Então a madeira sobre seus pés estalaram de tão podres e os pés da garota ficaram entalados no buraco que se formou.

Poviasthenos moveu-se com agilidade em direção a garota,ele atravessou a porta e estendeu os braços novamente para a garota.

Agora a pergunta de Luke fora respondida.A garota era filha de um deus,uma das deusas mais importantes de todo o Olimpo.Atena.

Tudo bem,já vi demais-pensei- tenho que continuar a procurar o vaso se quiser sair logo daqui.

Passei pelo corredor que ligava o Hall com o resto da casa,nele estava Annabeth com cortes no braço e as pernas presas no buraco na tábua do assoalho,Thalia e Luke jogavam coisas de madeira- que magicamente acertavam Poviasthenos- então eu vi;Um vaso de flores de plástico sobre um criado mudo ao lado da antiga escadaria.

Então Thalia foi lançada para trás,suas costas bateram no criado mudo que cambaleou,rodou e finalmente derrubou o vaso quebrando-o em vários caquinhos de porcelana.

Então eu estava perdida para sempre.Reviveria o passado até eu resolver acabar com tudo isso e ir direto para a fila da morte expressa no mundo inferior.

Eu não ia reviver todo o sofrimento que tive,vendo meus amigos se machucarem pelo caminho,vendo como éramos infelizes e mal amados.Não mais.

Mas não haveria outro vaso?Esse seria o certo?Eu teria outra chance?

Thalia se levantou com a ajuda de Annabeth que já se libertara do assoalho quebrado e com muita inteligência,do monstro que a afligia.

Pude notar que em seu braço ensanguentado lia-se palavras em grego antigo.Nele dizia palavras feias,ameaças e coisas sobre matar os filhos do Parthenon.Mas na borda se seu pulso lia-se em miúdas palavras “SUBA”.

Entre os cacos do vaso espalhados no chão,em um pedaço de porcelana grande havia um recado.Alguma coisa do tipo:

ESTAMOS FACILITANDO DEMAIS PARA A SENHORITA.

SOU CONTRA ESSE TIPO DE FAVORITISMO,

OU A SENHORITA COMEÇE A USAR O POUCO DE INTELIGENCIA QUE TEM,

OU LAVAREMOS NOSSAS MÃOS HÁ RESPEITO DE VOSSA SENHORIA.


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Notas finais do capítulo

E ai?Gostaram? COMENTEM E RECOMENDEM!
P.S: O ENCONTRO DE LUKE,THALIA E ANNABETH QUE SEGUE ACIMA FOI INTEIRAMENTE INVENTADO POR MIM.O OFICIAL FOI PÚBLICADO NO LIVRO "DIÁRIO DOS SEMIDEUSES" O QUAL NÃO TEMOS ACESSO EM NOSSO PAÍS.OU SEJA,NÃO TEMOS PRECENDENTES DE COMO SEJA O ENCONTRO REAL,ESTE É UMA INVENSÃO.
GRATA,ANNA PAULA COSTA.



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