Os Jogos Dos Semideuses escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 28
Capítulo 28-Léptus salva minha vida,novamente.


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!!!
essa é a continuaçao do capitulo da clarisse.
Espero que gostem!!!



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Clarisse

Amassei o papel com raiva,esses deuses estavam se divertindo a minhas custas e não estava sendo nada engraçado.

Megera vinha cada vez mais perto de Clarisse 1.O que aconteceria depois eu nunca fiquei sabendo,pois depois desse momento que apaguei só fui acordar no sofá de minha casa,minha mãe ainda desmaiada no outro sofá-que tinham apenas dois lugares- e ao meu lado estava...

Megera arrastou Clarisse 1 para o meio da cozinha,pegou uma das facas de corte de minha mãe e começou a afia-la nos dentes.-Não vai doer-dizia ela para Clarisse 1 ainda desmaiada. -bom,só no começo,depois da morte você não vai ter que se preocupar...-Megera riu alto,mas voltou suas atenções para a garota inconsciente no centro da  cozinha.

 Foi quando uma lata de milho verde atingiu Megera na cabeça.

-Não tão rápido sua maluca!

Era Léptus,o sátiro que eu expulsara grosseiramente ainda hoje.

-Faz Favor!Hoje deve ser meu dia de sorte!-murmurou Megera- Mais comida,também receio que você seja menos apetitoso que a garota.

Léptus rui.-Certamente que sim minha cara,mas não vai ser hoje que você experimentará um de nós!

Léptus avençou contra megera que num golpe atento e fortemente grosseiro,fez com que Léptus se chocasse contra a geladeira,derrubando vários dos imas de coleção de minha mãe.Nosso pinguim de geladeira caiu e se partiu em dois.

Eu não podia ficar parada assistindo a tudo isso,tinha que me mover e procurar pelo colar o quanto antes.

Eu não estava preocupada com Léptus,ele é um cara legal e eu devo minha vida a ele,mas francamente,se eu estou viva quer dizer que deu tudo certo.

Se eu fosse um colar,onde me esconderia?-Pensei,me sentindo ridícula.Puxei minha mãe e Clarisse 1 para fora da cozinha,para longe de toda a confusão que acontecia lá dentro.

Deixei-as ao lado da poltrona da sala e sai há procura do colar de minha mãe.

Ouvi estilhaços e coisas se quebrando na cozinha,além de gritos e do bezoar do sátiro de insistia em chamar Megera de maluca.

Corri para o quarto de minha mãe.Era um quarto perfumado com aromatizador de lavanda,pôsteres de lutadores famosos pendurados ao lado de um saco de pancada e um boneco de borracha que servia de auxílio para seus treinamentos.A cama estava levemente desarrumada com roupas em cima da cama,um livro "A última música" e uma toalha lavada e dobrada.

Minha mãe era lutadora,mas nem por isso deixava de ser uma mulher como as outras.E eu demorei muito para perceber isso.

Sobre a escrivaninha havia uma televisão 24 polegadas de tubo,filmes que um dia antes minha mãe me convencera a assistir com ela.Ao lado dos filmes,uma pequena caixinha de madeira guardava as poucas bijuterias que ocasionalmente minha mãe era obrigada a usar.

Abri-o e procurei pelo colar que minha mãe nunca tirava do pescoço.A única joia que ela era realmente apegada.Um colar fino de outro com uma pequena pedrinha de rubi na ponta.

Revirei seu quarto,mexi e remexi nas gavetas da cômoda,desarrumei todo seu closet e nem sinal colar.

Não está no quarto

Sai batendo os pés pelo corredor,cambaleei e derrubei alguns quadros da parede.O próximo quarto seria o meu,e eu duvidava que estivesse lá,mas por via das dúvidas....

Entrei em meu quarto.Um lugar inteiramente pintado de Roxo escuro,uma pequena televisão sobre a escrivaninha com um computador que eu mal usara.Algumas revistas espalhadas e o meu abajur sobre o criado mudo ao lado da cama espaçosa com almofadas verdes com lantejoulas.

Embora eu achasse tudo muito careta e o excesso de coisas tornassem o lugar apertado, era o meu lugar preferido na casa;Um lugar onde eu podia trancar a porta e por um momento me afastar do mundo que tanto me criticava.

Corri exasperada ao meu armário de quatro portas lotado de figurinhas,comecei a jogar tudo de dentro para fora na esperança de encontrar o que procurava.E nada do colar aparecer.

Então na minha escrivaninha não achei nada além de papéis e coisas inúteis que eu já devia ter jogado fora.Nada nas caixas,nada nas prateleiras,nada nas gavetas.

Faltavam poucos lugares na casa- que mais parecia um apartamento- Já havia procurado em meu quarto e o de minha mãe.Faltavam agora o quarto que minha mãe carinhosamente apelidou de “quarto da bagunça”- Um quarto onde nós colocávamos tudo o que anão tinha lugar certo,ou não houvesse espaço para eles.-a sala,o banheiro e cozinha.E eu já estava perdendo as esperanças de que houvesse sinal do colar de rubi em um desses.

Derrubando tudo a frente,adentrei ao “quarto da bagunça”,não era pior do que o depósito de sonhos de Hades.Tudo fora do lugar com uma tremenda desorganização.Era difícil andar sem tropeçar em alguma coisa.Caixas cheias de bugigangas inúteis,coisas que minha mãe colecionava quando jovem,coisas que minha mãe coleciona hoje,coisas herdadas por parentes já falecidos- ou desaparecidos ou nunca deram as caras- brinquedos velhos que minha mãe jurava que daria tudo á caridade entre outras coisas.

Não sabia por onde começar.O que me enfureceu muito,já estava possessa de raiva muito antes disso tudo acontecer.Andes do desgraçado do Fobos me meter nessa,Antes da vaca da deusa Hera me jogar nesse lugar estúpido com esses idiotas.  

Respirei fundo e descontei minha raiva nas caixas espalhadas no chão.Enquanto chutava tudo o que houvesse pela frente meus olhos corriam soltos pelo quarto a procura do rubi,revirei as caixas deixando o quarto numa zona pior ainda- coitado que quem tivesse que arruma-lo depois – os pequenos armários empoeirados e corroídos pelo tempo já não eram mais os mesmos,acidentalmente quebrei uma das portas do armarinho de canto e o puxador da gaveta acabou saindo na minha mão.Joguei ele para o lado.Mais tarde arrumaria.

Bom,no “quarto da bagunça” o colar não estava.O que me deixava entre o banheiro,a sala e a cozinha.

BOOOM PAFT!!!!!

Eram os sons vindos da cozinha.Já havia me esquecido de que estava ocorrendo uma briga lá dentro.Como será que anda meu amigo sátiro?Será que ele está bem?

Não era hora para perguntas e sim para ação.

-Onde será que está essa coisa?!!!-murmurava baixinho para mim mesma.

O banheiro era apertado.A cortininha com peixinhos azuis a amarelos sobre a pequena janela me davam arrepios.O Box era de um azul brilhante,o vaso branco-amarelado e a pia alta e também branco-desbotado. Não havia onde procurar então tentei em todos os lugares onde possivelmente caberiam alguma coisa.

-Droga droga droga- exclamei irritada- só pode ser brincadeira....

Um urro alto de agonia fez com que eu parasse momentaneamente a busca.O som vinha da cozinha e não era de Léptus.

Será que finalmente ele matara Megera?

Corri até a sala onde Léptus arrastava minha mãe para cima do sofá e em seguida Clarisse 1.Ambas desacordadas.Ele trouxera um cantil e despejara algum liquido rosado em minha boca.Néctar.Clarisse 1 respirava fundo assim como minha mãe que parecida ter uma aparência cansada.Na TV o meu programa predileto já havia terminado e agora passava o noticiário da tarde.

Léptus sentou-se no chão de frente com Clarisse 1,ele parecia cansado também e um pouco machucado embora parecesse mais aliviado e sóbrio.Ele ajeitou o cabelo que caía sobre o rosto de Clarisse 1 com cuidado,ajeitou a cabeça de minha mãe sobre uma confortável almofada e foi até a cozinha preparar algo para nós comermos quando acordássemos.

Aquela parte de minha história eu não conhecia- estava desmaiada enquanto Léptus lutava bravamente para nos proteger.Ele cuidara de mim enquanto estive desacordada e de minha mãe tanto quanto.

Sentei-me ao lado de Clarisse 1.Meus olhos encheram-se d’água.Fiz força para não chorar.Eu devia muito aquele sátiro e me arrependo muito de um dia ter o tratado tão mal.

Minha mãe se mexeu no sofá e suspirou,antão ela abriu os olhos que correram até o furdúncio na cozinha.

-O que...ai...o que aconteceu aqui!-perguntou minha mãe se sentando no sofá -QUEM É VOCÊ???!!!-Minha mãe gritou espantada ao ver um cara cheio de dreads no cabelo sujo das ruas,a calça bufante de um laranja berrante de fazerem os olhos arderem.Ele vinha mancando da cozinha com uma bandeja cheia de biscoitos e café.

-SAIA JÁ DA MINHA CASA...SEU...!!!-berrou ela levando a mão há cabeça.

-Acalme-se senhora La Rue.Deixe-me apresentar-me... sou Léptus,vim buscar sua filha Clarisse e leva-la ao acampamento meio-sangue.Um lugar onde crianças e jovens como sua filha recebem uma educação própria e são treinados para o dia-a-dia.-Léptus entregou á ela um cartão.Minha mãe o pegou lhe olhando de cima a baixo indignada.No cartão dizia:

LÉPTUS G. HOLLIGER

SÁTIRO/PROTETOR.

ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE (LONGSLAND/NY)

Fone: (800) 800-000-203

Falar com : Sr.D ou Quíron

-Pessoas como minha filha?-Minha mãe me olhou assustada.Clarisse 1 agora também se mexia- O tem de errado com ela?

-O que não tem de errado com ela- corrigiu Léptus- Ela é auama menina normal e muito inteligente,minha senhora.Mas devo lhe dizer que sua filha...digamos... é diferente por causa do pai dela.A senhora sabia que o pai de Clarisse era um deus?

-O pai dela??... ah sim sim,perfeitamente.

-Então a senhora sabe o que são os filhos de deuses com mortais,certo?

-Nã....

-Semideuses.Ou meio-sangues.Daí o nome do acampamento.E tenho que diazer...Não há melhor lugar para semideuses em todo o mundo senão o acampamento meio-sangue...-concluiu Léptus todo orgulhoso.

-Er...o Senhor...

-Me chame de você

-Você disse que veio levar minha filha embora...

-Não necessariamente “embora” ou “para todo o sempre”,vão ser somente as férias.E muitos de nossos campistas ficam todo o ano letivo conosco.Lá temos escolas também e...

-Somente as férias??

-Sim senhora.

Minha mãe me olhou com cautela e logo suspirou fundo novamente.

-Se ela concordar....

-Então tudo bem?

-Ce-certo

Minha mãe colocou o cartão de Léptus ao seu lado no sofá.

-E esses biscoitos...-continuou ela

-AH!Já havia me esquecido!Trouxe para as duas,vocês precisam se alimentara.

Léptus estendeu a bandeja para minha mãe que aceitou de bom grado.

-O que aconteceu na cozinha?-perguntou minha mãe olhando fixamente para a cozinha totalmente destruída.-Passou algum furacão?

-Longa história...

Então Clarisse 1 também acordou.Ela abriu seus olhos e fixo-os em Léptus.

-O que você...ah...

-Não diga nada,apenas descanse.-disse ele bondosamente.

-Clarisse,temos um assunto de extrema importância para tratar com você... –começou minha mãe.

Olhei para Clarisse 1.Entei em estado de choque com o que vi em seu pescoço.

O colar de rubi.

Arranquei-o de seu pescoço e o segurei com toda a força.E no mesmo momento senti como se eu também tivesse apagado.

De repente eu estava caindo por um buraco escuro e frio e com um BAM! Alto caí sobre o mesmo campo verde e florido do qual tinha saído.

-Graças aos deuses!-exclamou Nico- Está tudo bem?

-Olá Clarisse!-exclamou Bia.-Sabia que você era dura na queda!Mas...francamente,nenhum arranhãozinho ?? Que desperdício!


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Notas finais do capítulo

Gostaram?Comentem e recomendem!!!



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