–Gatinha assanhada cê ta querendo o que? Eu quero mexer, eu quero mexer. –Eu cantava alegremente, era sábado o primeiro final de semana comprometida em Forks. Edward disse que iríamos sair, falaria com meu pai antes, e faríamos qualquer coisa pelas redondezas.

Coloquei uma leeg e um vestido de manga cumprida por causa do frio deixei meus cabelos soltos e passei uma maquiagem leve.

–Quem é você? Sai deste corpo! Ô lêlê, ô lêlê, ô lêlê sai deste corpo agora se não uma vela pra São Pedro eu vou acender. –Kevin cantava pulando em um pé só e estralando os dedos na minha cara.

–Chuta porque não é de Deus! –Max gritou quando me viu. Qual era o problema com eles? Eu estava tão repulsiva assim?

–Deixem ela meninos! Está linda Bella. – Rachel disse estranhamente maternal.

–Ta bunitona! Tão bunitona que poderia ir assim me levar pra assistir o espetacular homem aranha né. – Luis disse sorrindo.

–Quem sabe outro dia. –Eu disse e Charlie apareceu com cara de poucos amigos.

–Onde vai assim?

–Vou sair com meu namorado. –Eu respondi enchendo a boca para falar “namorado”.

–Ninguém veio pedir minha permissão então ninguém saí deste recinto. –Ele disse decidido e eu empinei o queixo e disse: –Ele vem falar contigo antes. –Charlie pigarreou e se esparramou no sofá, olhou no relógio e disse: –Estou esperando. –Ele disse e sorriu malignamente.

–Keep calm irmã keep calm... –Disse Anna segurando a meu ombro. Eu suspirei e peguei o notebook que estava em cima da mesa e pluguei o pen-drive que havia levado na secretaria para investigar Diego.

–O que você achou sobre o cara? –Stayce perguntou entrando na sala, todos olharam para ela atônitos e a mesma deu de ombros.

–Estou checando. –Eu disse apenas.

O histórico de Diego era surreal, tipo notas sobrenaturais como 97 em matemática e 98 química, isso é fora da minha realidade.

–Vou mostrar meus peitos pra esse cara me passar resposta na prova de química. –Kevin disse distraidamente olhando por cima do meu ombro as notas de Diego, a sala ficou num silêncio eterno e eu resolvi intervir.

–Kevin!

–Hum?

–Você não tem peitos. –Eu disse seriamente e ele sorriu sem graça.

–É verdade. –Continuei olhando o histórico dele, sem brigas e nem ocorrências. Sua mãe trabalha em um salão de cabeleireira e seu pai...

–OLHA!!! –Anna gritou em meu ouvido apontando freneticamente para a tela.

–O pai dele trabalha para o governo. Mas não consta onde.

–Que diferença faz? Isso não diz tudo? –Stayce disse mostrando um lado seu que eu não conhecia um lado estranho e obscuro; um lado que PENSA.

–O pai dele trabalha pro governo, e ele xeretou nas coisas do velho aí viu que existia um povo estranhamente tesudo e sensual, uma galera irada e que é só destruição, uma galera MUTANTE aí ele pensou; Puts! Óbvio que é os Swan! –Max disse com toda sua sabedoria em desvendar mistérios.

–Vamos achar algo que possa ser usado contra esta família e iremos usar isto a nossa favor. –Charlie disse ainda esparramado no sofá.

–É... –Eu disse olhando o restante dos arquivos. A campainha tocou e meu coração disparou.

–EU ATENDOOOOOO!!!! –Eu gritei como se não houvesse o amanhã e me atirei na porta, parei para respirar arrumei meu cabelo e abri a porta devagar.

–Vocês pediram gás?

–Tudo culpa da Rita! –Anna disse rindo da minha cara de decepção.

[...]

–Genteeeeeee. –Kevin disse sussurrando para Anna, Benjamin, Max e eu.

–O que?

–Eu tenho uma confissão a fazer. –Ele fez uma pausa dramática.

–Ain para de zoar! –Ben disse irritado.

–Num é zoeira! Tipo ontem eu ouvi uns gemidos do quarto da Stayce... –Nós ficamos paralisados e boquiabertos.

–Sério? –Eu perguntei meio chocada.

–Vai que ela estava sentindo dor? –Benjamin com sua inocência declarou.

–Cara ela gemia e dizia; Issoooo quase lá... Ain... Hum... –Ele imitou Stayce.

–Será que tem alguém visitando ela de noite? –Max especulou sussurrando. Estávamos com as cabeças juntas sentado no tapete no meio da sala.

–Acho que não, ah fala sério ela pode usar de outros métodos... –Anna disse e eu assenti.

A campainha tocou e eu como me decepcionei da primeira vez nem liguei; mentira, eu estava nervosa e aquele frio na barriga tinha voltado e ouvi uma voz malditamente sexy e conhecida dizendo: –A Bella está?

–Sim. Pode entrar Edward. –Rachel disse e eu cutuquei meu pai que estava cochilando no sofá.

–Hum... O quê? –Ele resmungou e sentou.

–Todos nós levantamos do tapete e sentamos no sofá. Edward entrou lindo e ruivo na minha sala e sorriu, suspirei e fui ao encontro dele. Entrelaçamos nossas mãos.

–Sr. Swan. –Edward cumprimentou meu pai formalmente e Max se abanou com a mão e disse: –Que homem!

–Que isso meu filho. –Meu pai disse horrorizado e eu ri.

–Sou mais homem que esse ai. –Stayce disse.

Charlie arregalou os olhos depois pigarreou, olhou para Edward e disse:–Quais são suas intenções com a minha filha rapaz?

–São as melhores. –Edward respondeu firme e eu suspirei.

–Tudo bem então. –Ele respondeu se jogando no sofá novamente e ligando a TV, todos ficamos olhando para ele ainda em pé.

–Que foi? Já fiz a pergunta mais importante.

–Se não se importa Sr. Swan vou levar a Isabella ao cinema.

–Não me importo se o Luis for junto. Sabe como é né, hormônios adolescentes em ebulição sempre se aquietam perto de uma criança doce e comportada como o Luis. –Ele disse sinicamente. Luis sorriu abertamente com a novidade e já se levantou animado dizendo: –Vamos de carro esportivo ou carro importado?

[...]

–O espetacular homem aranha, a indomada, a era do gelo ou Madagascar? –Edward perguntou para Luis olhando as opções de filmes.

–O homem aranha né, tenho cara de quem assiste Era do gelo? –Luis disse com cara de mal e eu bufei irritada, meu primeiro encontro com Edward e tenho que trazer meu irmão caçula.

Edward pagou as entradas e fomos em direção à fila das guloseimas e os olhinhos do Luis brilharam. Deixei Edward ir na frente e puxei Luis pelo casaco.

–Olha aqui nada de abusar hem. Pede só uma pipoca e refri, não quero que Edward gaste uma fortuna conosco.

–Ta. Aff povo pobre. –Ele disse revirando os olhos, e como se fosse gente saiu andando e me deixou falando sozinha.

–Tudo bem? –Edward perguntou acariciando meu rosto. Fechei os olhos apreciando a caricia e sorri sem graça.

–Meu pai estragou nosso encontro né. –Eu disse evasiva e ele negou.

–Não... Estando com você é suficiente, e eu gosto da sua família.

–Que bom. Porque eu nem conheço a sua direito.

–Pois vai conhecer. –Ele sorriu e colocou a mão no bolso de trás da minha calça jeans e deixou lá sua palma aberta dentro do bolso.

–O que está fazendo?

–Gosto dessa região do seu corpo. Só estou segurando o que é meu. –Ele sussurrou em meu ouvido. Fiquei arrepiada e ele deu uma risadinha e mordiscou meu pescoço.

Entramos na sala de cinema com eu no meio, Edward de um lado e Luis do outro lado. O filme não prendeu muito minha atenção, e nem a de Edward, pois ele acariciava minhas coxas com uma animação repentina, olhei para o lado e Luis estava vidrado na tela, puxei a nuca de Edward e o beijei, sua língua gélida em contato com a minha boca era viciante, suas mãos agora na minha barriga e as minhas puxavam seus cabelos com vontade. Suspirei e me separei dele, e ficamos abraçados. Luis não tirava os olhos da tela, e eu estava em chamas. Me perguntei secretamente se iríamos fazer amor, eu ainda era virgem, pois não tive coragem de transar com Michael, mais com Edward é diferente, com ele é outra dimensão.

–Amor vamos? –Ele me chamou e eu olhei para a tela. Passava as considerações finais e eu me surpreendi por perceber que não assisti nada do filme.

–Vamos. –Eu disse me levantando, ele me abraçou pela cintura e sua mão foi para o bolso do meu jeans. Ri com sua mais nova mania, não iria reclamar, pois estava desfrutando de seu toque.

Saímos da sala e o corredor estava vazio, Luis comentava animado as partes do filme e Edward ria de seus comentários.

–Já vamos para casa? –Luis perguntou desanimado.

–Sim já está tarde. –Eu disse entrando no volvo de Edward.

–Tava tão legal... Eu gosto de você Edward. –Luis disse fazendo sinal de beleza e Edward riu e imitou seu gesto.

Luis saiu do carro quando chegamos mais eu continuei onde estava. Edward sorriu se aproximando de mim, selou nossos lábios e eu segurei seus cabelos afoita por um contato mais intimo. Seus braços me rodearam e eu não sei como, mais já estava sentada em seu colo com as pernas uma de cada lado dele. Ele apertou minhas coxas e acelerou os movimentos de sua língua em minha boca. Suas mãos másculas passeavam pelo meu corpo como reconhecimento, ele introduziu sua mão dentro do vestido e acariciou minha barriga e foi em direção aos seios onde ele apertou. Gemi pelo contato e ele suspirou tentando se afastar.

–Desculpe Bella, acho que estamos indo rápido demais. –Ele disse e eu sai do sei colo envergonhada. Suspirei e abri a porta do carro, sussurrei um “tchau” e fui com uma calma que eu não sentia para porta de minha casa. Não virei para vê-lo, só ouvi o motor do carro sendo ligado e ele partir. Frustrada e molhada; era assim que eu estava.