Quando chegamos lá, estava tudo destruído. Alguns objetos pequenos estavam pegando fogo, então peguei a minha garrafa e joguei água neles. Olho para Cato, Marvel e o garoto do distrito 3.

–OLHA O QUE VOCÊ FEZ! – Cato diz bravo para o garoto do distrito 3. Vejo o desespero nos olhos do garoto.

–NÃO QUIS FAZER ISSO! – o garoto diz assustado. Ele começa a correr, mas Cato chega por trás dele e torce o seu pescoço. Rápida assim a morte do garoto. Corro atrás de Cato tentando acalmá-lo. Marvel também corre atrás dele, e depois de muito tempo, conseguimos acalmar ele.

–Eu vou atrás da garota. – Cato diz.

–Eu também vou! – eu digo desesperada e com medo de algo acontecer com ele.

–Não vai não! – Cato fala.

–Nenhum dos dois vai! Eu vou! – Marvel diz, decidido. Não protesto, porque talvez ele queira ir para fazer vingança pela Glimmer. Cato também não protesta.

–Você vai agora? – eu pergunto.

–Não, se ta locona? Ta de noite – ele diz. – Amanhã de manhã eu vou.

Ele pega um saco de dormir e vai para um canto. Eu faço o mesmo, e durmo.

Quando acordo, vejo que Marvel já estava indo procurar Katniss. Observo-o até ele sumir entre as árvores. Quando ele some, vou até a Cornucópia e procuro alguma coisa que restou. Acho um pacotinho de carne seca. Um pacote de biscoitos. Desisto de tentar achar mais e volto para o saco de dormir. Acabo cochilando.

Sou acordada pelo barulho de um canhão. Tomo um susto e olho para Cato. Ele ainda estava dormindo. Acordo ele e falo que ouvi um canhão. Nesse momento, outro canhão soa.

–Marvel? – ele pergunta.

–Talvez. – respondo. – Pode ser Katniss.

–Talvez.

–Vamos descobrir de noite. – eu digo.

Divido o pacotinho de biscoitos com Cato.

–Já pensou se for mesmo Marvel, e se eu tivesse ido? – pergunto.

–Você não iria ter ido. Eu não teria deixado.

–E desde quando você manda em mim? – pergunto sorrindo.

–Desde que a gente começou a namorar. – ele responde sério.

–OK, duas coisas, primeiro: a gente não ta namorando. Segundo: que eu saiba namorado não manda em namorada.

–Nesse caso, mando sim, se tem haver com sua segurança. – ele diz.

–Tá, é uma exceção. Mas a gente não ta namorando.

–Estamos sim. – ele insiste. Reviro os olhos e ignoro. OK, não posso evitar pensar que talvez eu goste um pouquinho dele. Só um pouquinho. Do tamanho de uma formiguinha.

–Cato, quem mais sobrou?

–Eu, você, Peeta, Tresh, Rue, a menina do 5, e talvez Marvel e Katniss.

–Você acha que Peeta pode estar vivo?

–Claro que não. Sei muito bem onde enfiei aquela espada, se ele não tiver morrido de hemorragia, morreu é de doença. – ele responde bravo. Dou de ombros. Começa a escurecer, e o hino da Capital começa a tocar, quando acaba, a insígnia aparece, e depois desaparece. Então os mortos aparecem. Marvel. Rue. O hino toca denovo e a insígnia aparece. Então tudo fica escuro. Olho para Cato.

–Marvel morreu. – digo. Então me lembro do que Cato me disse. Marvel falou que Glimmer era o Sol para ele, e que como ela era o Sol, ela iria sempre estar protegendo ele, onde quer que ele fosse. Ela sempre estaria de olho nele. E Marvel morreu na parte mais escura e sombria da floresta.

–Será que a menininha matou ele? – Cato pergunta.

–Não. Rue devia ter outra pessoa com ela. – respondo, indo para o meu saco de dormir.

–Chega pra lá. – Cato diz.

–Ãhn! Porque? – digo, indignada.

–Porque meu saco de dormir foi queimado.

–Ah, e como que você dormiu de ontem para hoje? – pergunto.

–Ãhn, eu roubei o saco de dormir de Marvel e coloquei o meu queimado no lugar do dele que eu peguei. Agora, vai rápido que eu estou com frio.

–Ah! Morre no frio! Brincadeira. – digo, rápido, ao ver a cara dele. – E onde está o saco de dormir bom?

–Não me faça perguntas difíceis! – ele diz, fazendo um sinal para eu chegar para lá dentro do saco de dormir. Eu abro um espaço para ele e ele entra no saco. Eu viro para outro lado e ele me abraça.

–Não vai se aproveitando da situação não hein! – eu falo.

–Ai ai Clove, somos namorados. – ele fala. Reviro os olhos e bufo. Então pego no sono rapidamente.