Quando acordo, vejo que Cato dormiu do meu lado. Acordo e pergunto se as picadas das Teleguiadas melhoraram.

–Não, e a sua?

–Também não. Acho melhor agente tirar os ferrões, não? – pergunto.

–Acho que sim. – ele responde, tirando os ferrões de suas picadas. Também tiro.

–Como que o Marvel está?

–Acho que ele está melhor. Eu disse pra ele que uma hora isso iria ter que acontecer se ele quisesse vencer os Jogos. Então ele disse que eu tinha razão, ele parou e pensou, e falou que não tem problema, por que a Glimmer para ele era o Sol, porque os cachos dourados dela lembrava o Sol. Então ela sempre vai estar com ele, oque quer que aconteça, ela sempre vai estar de olho nele e sempre vai proteger ele. – Cato fala. Olho para Marvel e vejo que ele estava olhando o Sol. Como um pacote de frutas secas, e tomo água. Paro e penso. Não tomo banho há dias.

–Hum, Cato? – eu chamo.

–Sim? – ele me olha.

–Eu, hum, preciso tomar banho, eu vou para outro lago sem ser esse.

–Eu vou junto. – ele diz, na maior cara de pau. Levanto uma sobrancelha, e digo:

–Ah, ta! Vai esperar sentado.

–Mas, Clove, e se acontecer alguma coisa? – ele pergunta desesperado

–Ei, eu sei me cuidar! – pego duas facas, e saio andando no meio das árvores a procura de um lago. Sigo em frente, e ouço um barulho. Olho em volta. Ninguém. Continuo em frente, podia ser o vento. Ouço denovo, e o garoto do distrito 3 aparece. Estou prestes a lançar uma faca, quando ele grita:

–ESPERA!

–Cala a boca, quer chamar inimigos?! – eu digo, brava.

–Desculpa, mas, só gritando para você não jogar essa faca em mim!

–OK, me de um motivo para eu não te matar aqui, e agora.

–Éeer, ãhn, éer, eu sou do distrito 3!

–E DAÍ?!

–Você ainda não entendeu? – ele revira os olhos – eu posso criar armadilhas!

–Tá, vem comigo. – eu digo, e reparo que nem deu para tomar banho. Legal. Vou continuar fedendo. Chego na Cornucópia, e Cato me vê, olha o garoto do distrito 3 comigo e pega uma lança.

–CALMA! – o garoto grita.

–Eu já disse pra você calar a boca! Para de gritar! – eu digo, irritada. – Cato, encontrei-o na floresta, e ele disse que pode fazer armadilhas.

–Para nos matar? Não, obrigado, dispenso. – Cato diz.

–Pombas! Eu to falando, que quando vocês forem “procurar” os outros tributos, a comida estará protegida, se alguém tentar roubar, morrerá por causa da armadilha! Entenderam agora?

–Que tipo de armadilha? – Marvel pergunta.

–Sei lá. A que vocês quiserem.

–Consegue tirar os explosivos da plataforma e colocar no chão, em volta da comida? – Marvel pergunta.

–Acho que sim. – ele responde. O garoto anda até as plataformas, e começa a mexer em um monte de fios. Ele retira os explosivos de uma plataforma, cava o chão e começa a recolocar os explosivos. Ele faz isso 5 vezes, e diz que estava pronto.

–Rápido assim? – pergunto.

–Bem, é. Quando vocês saírem, eu ativo os explosivos. – o garoto responde.

Vou até a Cornucópia em busca de comida, e acho um saquinho de carne seca. Abro e começo a comer. Acho um pacote com maçãs. Como uma maçã. Quando começa a anoitecer, avisto uma fogueira, e aviso para Cato.

–A gente vai, ou não? – o garoto pergunta.

–A gente, uma vírgula. Você fica. – Cato fala.

–Qual o problema dele ir? – Marvel pergunta.

–Todos.

–Ei, eu sou útil, ta?! Eu posso ativar os explosivos, e ir com vocês. Eu sou bom com luta corpo a corpo.

–Aaah, a luta corpo a corpo vai ser bem útil, se a pessoa tiver um arco e uma flecha! – Eu digo, pensando em Katniss.

–Aff! Tá, você vai com a gente. – Cato decide, de uma vez por todas. O garoto ativa os explosivos e vamos em direção a fogueira. Andamos por um tempo, e quando chegamos na fogueira, ela estava sem ninguém, quase se apagando. Então ouvimos uma explosão vindo da Cornucópia.