It Always Comes Back To You escrita por Sweet Seddie


Capítulo 6
Tentar


Notas iniciais do capítulo

Nem demorou muito né? ;)



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Madisen?! – Zac gritou – O que faz aqui?

– Mas o quê?! Zac quem é ela?! – Agora era Sam que estava nervosa. Freddie não poderia estar mais agradecido de quem quer que fosse aquela mulher.

– Eu? Eu sou a namorada dele!

– C-como assim?! Zachary, o que é isso?

– Sam, não é nada disso que você está pensando e…

– Então o que é? Hã? Me explica, porque pelo que eu estou vendo, sua namorada está ali! – A loira apontou para a garota de braços cruzados. Todos assistiam àquela cena, surpresos, e por mais que Sam estivesse parecendo nervosa, ela estava mais para aliviada.

– Ela é minha ex-namorada! Lembra quando demos um tempo? Sammy, você acha que eu não estaria aqui hoje com você, casando com você, se eu não te amasse? – Freddie cerrou os dentes. Será que aquilo tudo só fora uma pegadinha? As mulheres ali presentes começaram a chorar novamente e dizer que Sam devia entender - até mesmo a mãe de Freddie tentava convencê-la.

– Então vai ser assim, não é? Tudo bem, se lembra todo aquele amor que eu te dei? Pisei em cima. – A morena saiu chorando e batendo o pé. E o silêncio voltou.

– Então… já que todos os problemas foram resolvidos, vamos continuar a cerimônia? – O padre disse animado. Lentamente, Sam virou o rosto e o fitou. Seu sorriso rapidamente sumiu – Pois bem! Onde parei?… Ah sim! Samantha Joy Puckett, aceita Zachary Jogia Kress como seu legítimo esposo? – Ela engoliu em seco. Algo parecia puxar Freddie, fazendo com que ele pensasse na tal garota Madisen, que lá fora estava triste. Ele se levantou e despercebidamente, saiu da igreja.

Sentada nos degraus, lá estava ela.

– Oi… - Ela fungou e olhou para trás.

– Vai me expulsar daqui? – Ele sorriu de lado. E até que Madisen o achou bonitinho.

A partir de agora, o ponto de vista já é do Freddie.

– Na verdade não. Vim aqui ver se estava bem. – Sentei-me ao seu lado. A garota até que é bonita, apesar de estar claramente cansada. – Perdoe-me, meu nome é Freddie. E o seu?

– Nossa, o cavalheirismo ainda não morreu! Meu nome é Maddie. É um prazer Freddie. – Ela soltou uma risada – Até rimou.

– É… um grande prazer. Bom, tem algo para fazer hoje?

– Na verdade, eu só tinha um casamento para impedir. – Ambos sorrimos. Era exatamente a mesma coisa que eu vim fazer.

– Que coincidência! Gostaria de poder te convidar para sair, mas com certeza minha mãe vai me obrigar a ir para festa. E eu tenho algo para fazer… – Engoli em seco ao lembrar que ainda tenho uma chance.

– Entendi. Mas eu posso te dar meu número e aí você… me liga? Óbvio né, Madisen, ele iria o quê te mandar um presente? – Ela zombava de si mesma enquanto pegava o celular. E eu começara a gostar de seu jeito.

– Anota aí… – Entreguei meu celular a ela, distraindo-me com o movimento fora da igreja. Acabou. E meu mundo então, parecia ter despencado.

– Huh, Freddie? Está aqui. – Sem prestar atenção, peguei-o de sua mão e levantei. – Me liga! – Ela acenou enquanto eu tentava ultrapassar as pessoas. A única coisa que consegui ver foi a cabeleira loira entrando no carro de janelas escuras. Senti um aperto em meu coração, poderia ser a última vez que a veria.

– Freddinho? Vamos filho? – Minha mãe segurou meu rosto com as mãos molhadas, quando a multidão começava a se mover para o estacionamento.

– Vamos para a festa?

– Sim. E se não se importa, convidei Pamela para vir conosco! Vamos querida? Temos muito que conversar. – A senhora Puckett veio em nossa direção. Ao seu lado estava Melanie e seu namorado.

– Então mãe, diga à Samantha que eu ligo para ela, tudo bem? Olá Fredward, Marissa. – Sempre educada, ela nos cumprimentou. Acenei com a cabeça e apontei para o homem moreno ao seu lado, que me parecia familiar. – Ah, desculpe! Esse é meu noivo Nevel. – Arregalei os olhos surpreso. – Nos conhecemos na festa de despedida da Sam, lembra? Depois nunca mais nos largamos.

– Claro que lembro, isso é muito bom! Espero que sejam muito felizes.

– Obrigado Fredward. Espero que possa encontrar sua felicidade também. Agora, se nos dão licença, precisamos pegar um avião. – Nevel se pronunciou, em um tom sério e educado.

– Para onde vão?

– Caribe! – Melanie falou animada. – Perdoem-nos, mas realmente temos que ir. Adeus mamãe, - ela a abraçou – Marissa e Freddie… minha irmã ainda não esqueceu você. – Ela sussurrou algo que não pude ouvir. Quase flutuando, eles se foram, nos deixando bem constrangidos.

– Por favor, não vamos ficar aqui, nos olhando como se fôssemos estranhos não é mesmo? – Pam me puxou para um abraço. – Nossa, está tão forte e bonito. Não que antes não fosse!

– Ah, o que é isso Sra. Puckett! Não parece que os anos se passaram para a senhora.

– Obrigada querido. Marissa criou um bom menino.

– Eu é que agradeço Pamela. Então, vamos?

– Claro. Eu vou pegar o carro.

– Esperaremos aqui. – Minha mãe sorriu e iniciou uma série de elogios ao casamento.

Apressei-me em chegar até ele, teria muito que conversar com ela. Entrei e joguei o telefone em qualquer canto. Não teria nenhuma distração enquanto estivesse tentando saber mais sobre a vida de minha princesa. Dei partida no carro e pisei fundo, rapidamente chegando às escadas. Elas entraram no carro, ambas no banco de trás e continuaram com a falação, mas eu não podia permanecer calado.

– Então, Sra. Puckett, perdoe-me, mas eu queria lhe fazer algumas perguntas.

– Oh, ok. É sobre minha Samanthinha? Ou Princesa Puckett? Não me lembro de que jeito a chamava. – Corei. Não tinha como ela se lembrar, já faz tanto tempo. Há menos que…

– Na verdade sim. Poderia?

– Nunca é demais falar dela. Na verdade, é sobre o que mais tenho comentado. A Sam virou meu orgulho; não que antes não fosse. Mas descobri que ela somente não demonstrava a boa garota que era. Ela se tornou uma mulher altruísta e independente. Cuidou de todas as suas responsabilidades. Além do mais, creio que ela não contou a você, mas ela e Zac pretendem ter filhos. – Ela enfatizou a última frase. Estava jogando na minha cara que eu nunca mais teria Sam para mim?

– Então quer dizer que ela realmente pretende passar a vida dela com o Zac? Não acha que está perdendo tempo? – Disse frio.

– Fredward Benson! Perdoe-me Pamela, acho que ele ainda não esqueceu sua filha.

– Tudo bem. Não posso dizer que Sam o esqueceu também.

– O que quer dizer?

– Fredward. Você acha mesmo que minha filha deixou de lembrar, todos os dias infelizes de sua vida, de cada momento que ela passou ao seu lado? – Arqueou a sobrancelha esquerda – Se acha isso, então é mais idiota do que ela dizia que era.

Aquilo me atingiu como uma lança. Será que realmente eu não merecia ficar com Sam? Será que eu não devia fazer o que estou prestes a fazer? Talvez eu deva tentar algo com Madisen?

– Me perdoe. – Sussurrei.

– Como disse?

– Estou pedindo seu perdão. Fiz sua filha sofrer? Perdoe-me. Queria que soubesse que nunca foi minha intenção. Mas por favor, saiba que eu nunca deixei de tentar. – Engoli o choro. Pelo menos uma vez em minha vida, precisaria ser mais forte do que nunca fui. Nada mais foi dito. Em silêncio, chegamos ao local da festa. Minha mãe e Pamela saíram do carro e eu fui estacioná-lo, enquanto pensava em todas aquelas perguntas de antes. Então me lembrei do celular, que jogara em algum canto. Abri a porta e ele caiu no chão. Mesmo de longe, vi que tinha uma mensagem.

“Boa sorte com o que vai fazer. Espero que dê certo. – Maddie.”

E aquilo, por algum motivo, me fez sentir mais confiante. E me fez ter vontade de conhecer melhor essa garota, que agora também me deixava feliz. Saí, e com passos largos adentrei ao local, que mostrava o quão bem eles estavam de vida. Decoração impecável. Banda agradável. Flores roxas.

– Seu nome, por favor? – Uma mulher loira e bem alta, chegou com uma prancheta.

– Fredward Benson. – Ela checou a lista e me deu passagem. Logo, outra mulher, bem parecida com a anterior me dirigiu até a mesa onde Pamela e alguns tios de Sam estavam. Algo que estranhei muito. – Me desculpe, mas acho que me trouxe à mesa errada.

– Não trouxe mesmo. Seu lugar é aqui, garotão! – Tio Carmine me puxou pelo braço, fazendo-me sentar na cadeira ao seu lado. – Há quanto tempo! Sam sempre fala de você! Achei que seria você que estaria se casando com ela hoje, parecia fazê-la feliz. – Ele disse amigável. Ainda bem que eu não era o único a achar isso.

– Obrigado. – Dei um sorriso amarelo. Acho que ele entendeu que não estava animado e se virou para o outro lado, para uma conversa com os outros parentes. Revirei os olhos. Não de desprezo àquilo. Mas, porque ela me colocou logo na mesa em que vai se sentar? Talvez ela saiba de tudo. Distraído em meus devaneios, quase nem percebi quando o casal chegou à festa. Todos aplaudiam, mas não conseguia ver nada além do rosto triste de minha loira. Logo a música começou a tocar. E foi então que finalmente tudo fez sentido. Sam praticamente foi arrastada até a pista de dança, colocando as mãos sobre os ombros de Zac, eles fizeram movimentos ensaiados. E enquanto tudo aquilo era feito, fui prestando atenção na letra da música, que era mais que uma melodia. Até posso dizer que foi escolhida para ser compreendida por mim. É exatamente como me sinto e tenho certeza que acontece o mesmo com ela.

Não consegui aguentar. As lágrimas saíram. Não me importo mais com força, não me importo mais com reconstruir minha vida. Só estarei completo se tiver Samantha Puckett ao meu lado. E se é dessa forma que a terei, que assim seja.


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Notas finais do capítulo

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