It Always Comes Back To You escrita por Sweet Seddie


Capítulo 5
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Notas iniciais do capítulo

Ponto de vista geral. Sabia que eu amo vocês? (:



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Nervosos. Era a palavra que descrevia não só os sentimentos de Sam e Freddie, mas também os de todos ali presentes. No decorrer da cerimônia, Freddie evitou olhar para o casal, distraindo-se com uma garotinha loira, que lhe parecia familiar. Ela contava as pétalas que sobraram na cestinha e parecia estar bem entediada. Até arriscaria dizer que ela era filha de Sam. Mas… então ela e Zac já tinham…? Ele teria que pensar melhor sobre isso.

O momento do “aceito” não estava muito longe. Risos, brincadeiras e olhares apaixonados entre o casal “Zam” não distraiam o clima tenso que estava. Uma coisa que Freddie não entendia, era por que raios Sam quis um casamento tão grande? Ela nunca fora assim. Para ela, se estivesse casando com quem ama, estaria bom. Logo Freddie botou os olhos nela. Estava linda. Parecendo um anjo. Mas o olhar era triste e distante. Até aquele momento, ela não havia notado a presença de Freddie ali. E quando seus olhos se encontraram, ela simplesmente desfaleceu. Caiu no chão. Morta? Não sabiam dizer. Os olhos de Freddie quase saíram do lugar. Ele correu até o altar, onde a loira estava caída. Como uma pluma, ele levantou-a do chão. Estava respirando. Rapidamente, foram a um local que havia nos fundos da igreja. Lá tinha uma cama, uma janela com cortinas brancas de seda e estava cheio de flores. Caso faltasse, ali haveria arranjos para completar as fileiras. Freddie delicadamente deitou sua amada na cama e acariciou seu rosto.

– Ela está bem? – A doce voz de Carly ecoou sobre a sala.

– Acho que sim.

– Ela está assim esses dias. Deve ser o nervosismo. – Pamela também estava lá. Freddie virou o rosto e a fitou. Sorrindo, ela acenou com a cabeça. Ele retribuiu com um olhar preocupado.

– F-freddie? – A loira o fitava com seus belos orbes azuis. Aliviado, ele sorriu.

– Oi Sammy. Quanto tempo.

– O q-que está acontecendo? Eu tenho que me casar! – Ela tentou levantar da cama apressadamente, mas ele colocou o braço direito sobre seu corpo. Confusa, ela se deitou. Pamela e Carly, notando que estavam sobrando, saíram. O silêncio imperou no lugar. Ambos notavam que parecia uma cena que acontecera há alguns anos atrás. Sam, instintivamente segurou na mão de Freddie. – Por que veio?

– Por que eu queria ver você. Eu sinto sua falta.

– Então por que não me procurou?

– Eu tentei.

– Por que não tentou mais?

– Por que eu não aguentava mais sofrer.

– Então por que não deixou de me amar? Por que não me esqueceu?

– Por que eu não consigo viver sem você. Ao mesmo tempo em que eu sei que não posso te amar de novo, eu insisto. Eu insisto em pensar no nosso futuro. Em nossos filhos. Em nós. No seu sorriso pela manhã, você preparando o café, eu estando atrasado e você gargalhando da situação. E no fim do dia, eu chegaria em casa. Te levaria um buquê. Com flores roxas. O jantar estaria pronto, você já estaria à mesa, não havia aguentado esperar. Eu daria um beijo em sua testa e você sorriria. Bagunçaria o cabelo de nosso filho e perguntaria qual foi a outra matéria em que ele tirou a nota máxima. Apertaria as bochechas de nossa menina, sempre com a boca cheia, ela me diria em que encrenca tinha se metido e quando dias seria sua detenção. E eu, bom, seria o homem mais feliz da face da terra. Por estar ao teu lado, Samantha. – As lágrimas já desciam no rosto dela. - Foge comigo. Eu quero te fazer feliz, quero te fazer minha. Eu te amo… meu corpo já não aguenta de tanto amor que tenho por ti. Largue tudo, venha comigo. Eu nunca faria isso por ninguém, você sabe que não. Eu estou aqui - ele ajoelhou-se no chão –, te implorando. Você me ama?

Sam engoliu em seco. Ela sabia a resposta. Aquilo tudo estava causando uma confusão em sua cabeça. Mas… e Zac? E sua mãe? E seu segredo? Freddie estava de cabeça baixa, as lágrimas caíam no lençol branco. Como Sam gostaria de dizer que ficaria tudo bem. Que ela iria com ele. Que ela seria só dele. Infelizmente, essa não era uma opção.

– Nós erramos muito feio. No passado, achamos que poderíamos ter sido felizes juntos. E olhe agora, você está no meu casamento. E não está no altar esperando minha resposta. – Ela insistiu em levantar novamente e ele fez o mesmo gesto. Apesar disso, ela sentou-se na beirada da cama. – Por que acha que eu largaria tudo?

– Porque você me ama.

– Como pode ter certeza? – Gentilmente, ele apoiou-se na cabeceira e sentou ao lado de sua amada, segurando em suas duas mãos.

– Porque desmaiou?

– Nervosismo. – Ele olhou para seus olhos, sabendo que não era aquele motivo – Ou talvez, por que te vi ali sentado.

– Onde queria que eu estivesse? – Freddie insistiu, sabendo que sua loira não ia resistir. Aos poucos aproximou o rosto, deixando-a ainda mais nervosa.

– Eu queria que estivesse ao meu lado. – Aquilo preencheu todas as perguntas que ele tinha. Samantha Puckett finalmente tinha admitido: Ela não conseguiria viver sem aquele nerd. Impulsivamente, Freddie a beijou. Um beijo calmo, apaixonado, transbordando saudades. As mãos dela, calmamente foram até a nuca dele, aproximando-o. Por sua vez, ele acariciou o rosto de sua amada. Quando o ar começou a ficar escasso, eles aos poucos foram se separando, com direito a selinhos e mordidinhas. Como eles sentiram falta dessas carícias. Eles se conheciam, não precisavam ficar explicando o que cada um gostava. Involuntariamente, sorriam. Aquilo era uma travessura, coisa que Sam Puckett sempre fora acostumada. Foi então que ela se tocou: eles estavam adulterando, dentro de uma igreja. No dia de seu casamento. E com todos preocupados. Bruscamente, ela o empurrou. - Nós nunca devíamos ter feito isso.

– Por que não? Nós nos amamos. – Ele foi curto e grosso, dizendo a mais pura verdade. Ela não sabia nem como responder. – Sam, vem comigo. Meu amor, porque continua fugindo, mesmo das coisas boas? – Ele respirou fundo, assim sorrindo - Se eu te dissesse que nem é tão ruim assim, ficar aqui sentado, sonhando? E se eu te dissesse que dessa vez eu tenho certeza? Que dessa vez, vai ser tudo o que eu estou dizendo?

Ela reconheceu tudo o que ele disse. Lembra muito bem onde ela ouviu a primeira vez. Lembra que foi no mesmo lugar onde partilhou um beijo, um segredo, o ódio de não ter ido atrás, o medo. Sorriu ao lembrar-se do dia em que sua melhor amiga os perguntou se aquilo havia sido divertido. Que Deus abençoe Spencer, que sempre chega aos mais constrangedores dos momentos. Ainda se lembrou da noite no elevador. Onde ela descobriu a resposta.

– Freddie, eu…

– Samantha Joy Puckett! – Pamela gritou – Se já está bem, por que não voltou ao altar? Há duzentas pessoas lhe aguardando sabia? – Sam revirou os olhos enquanto sua mãe saía. Olhou para seu amado que voltara ao olhar triste. De repente seu sorriso debochado também sumiu. Era agora que tudo mudaria. Que não poderia mais ficar junto dele. Ambos levantaram-se, com os lábios e olhos vermelhos. Sam fitou o espelho que havia na parede, ajeitou o véu e o vestido. Freddie a abraçou por trás, deitando a cabeça em seu ombro. Nenhum dos dois tinha coragem de se pronunciar.

– Eu saio primeiro. – Ela disse fria. Ele apenas assentiu. Seu cheiro, seu beijo, seu toque. Queria poder eternizar aquilo tudo. A doce Samantha. Foi a única que ele conseguiu amar, em sua vida inteira. Aliás, foi a melhor pessoa que ele encontrou para chamar de “sua”, em uma vida longa e triste. Ela terminou de se arrumar e violentamente se retirou dos braços de Freddie, caminhando até a porta, sem ao menos olhar para trás. Um costume antigo. Os olhos dele arderam, mas ele não queria permitir que aquelas lágrimas saíssem. Como sempre, queria ser forte, para mostrar que a vida seria boa sem ela. Mas ele já tinha admitido que não seria. Passou-se dois minutos, suando frio e mais nervoso do que nunca, ele abriu a porta. Bem na hora. Dirigiu-se até seu lugar, onde sua mãe ainda chorava, ignorando os olhares tortos. Sentou-se, respirou fundo, orou. Fazia anos que ele não o fazia. Mas pediu a Deus. Pediu que guardasse o seu coração, que ele não se apaixonasse por mais ninguém. Seria como trair sua pequena. Ele fez mais uma prece, antes de terminar sua oração. Ele pediu que o Senhor fizesse o que era certo. Como tinha feito todos esses anos.

– Zachary Jogia Kress, aceita Samantha Joy Puckett como sua legítima esposa?

– Aceito. – Ele disse em tom firme.

– Samantha Joy Puckett, aceita Zachary Jogia Kress como seu legítimo esposo? – Aflita, ela botou seus olhos diretamente em Freddie. Ela estava pedindo sua permissão? Ele apenas sorriu. Queria mostrar que ficaria bem com qualquer decisão que ela tomasse. Mas não ficaria. Todos na igreja estavam na expectativa, queriam logo acabar com tudo aquilo. Mal sabiam que não iriam ficar tão satisfeitos.

– Me perdoem, mas… alguém é contra este casamento? – Um milagre aconteceu. Freddie percebeu que sua oração foi ouvida. Como ele queria poder dizer algo, como queria ter bons motivos. Mas não tinha. Zac fazia Sam ficar feliz. E esse era seu desejo. Então, era assim que tudo terminaria?

– Eu! – A voz quebrou o silêncio, chamando a atenção de todos – E tenho ótimos motivos.


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Notas finais do capítulo

Se querem saber, porque demorei tanto, culpem a Freaky. Hoje a irmã dela vai se casar. Podem parabenizar ela também. Além do mais, recebi cada topada dela! Ela me brigou muito pela demora. Amanhã eu posto o outro, tô toda arrumada, o casamento começa daqui à meia hora, e eu estou aqui postando. Por vocês mesmo. Ansiosos? Hoje vou voltar tarde. Amanhã vai vir o próximo. Mudei umas coisas insignificantes na fic. Como o nome dos capítulos e também as letras das músicas. E também mudei o rumo da história. E tenho certeza que vão gostar. Ou não. Reviews? :3