It Always Comes Back To You escrita por Sweet Seddie


Capítulo 12
Transtornar


Notas iniciais do capítulo

Ponto de vista geral. Não odeiem a Sam. Gostem da Carly. Podem odiar a Pam. Sintam pena do Freddie. - Capítulo dedicado a Jan Gold Shock, Deeeh, MariCosta2011 e iMila McCurdian, meus primeiros leitores depois de muito tempo sem postar. Obrigada por tudo e desculpem qualquer coisa! :) Ah, motivo do título: "Situação que causa problemas ou dificuldades"



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A demora estava fazendo com que Freddie enlouquecesse. O que estaria Zac fazendo naquele quarto? E, tão rapidamente, ter passado por ele sem ao menos vê-lo? Não importava. As palavras frias de Carly ainda rondavam sua cabeça. Logo ela, que – quase – sempre apoiara seu amor com Sam, de repente querendo que… a trocasse? Isso só poderia ser hipocrisia. A mínima teoria de que deixasse Sam por uma garota que acabara de conhecer, era totalmente dispensável. O jovem homem encostou-se à parede, a procura de algum equilíbrio. Não só fisicamente como mentalmente. A única coisa, ou melhor, pessoa que o faria se sentir completamente seguro e confiante, era Sam; porém, naquele exato momento, ela estava sendo interrogada pelo marido. E Freddie odiava saber disso.

Zac e Carly foram os únicos liberados – sendo que ele havia sido meio a contragosto – pela enfermeira e também ex-namorada ressentida, Madisen. Subiram as escadas rapidamente, à procura do quarto 808. Felizmente, encontraram a loira acordada, com um brilho sapeca no olhar. Carly correu até ela e deu-lhe um abraço forte, como se revelasse o medo que ela tinha de perder a melhor amiga.

– Sam, sua carnívora, como eu viveria sem você? – Algumas lágrimas de felicidade escorreram de seus olhos castanhos. Sam também chorava. – Está tudo bem, está com fome? Que pergunta, é claro que está!

– Sim, está tudo bem Carlotta. Estou, mas minha comida já está a caminho.

– Ah, que ótimo! Você parece bem, apesar de… – Olhou para trás, lançando um olhar meio amigável meio olha o que fez com a minha amiga para Zac – Bom, chega de coisas ruins. Vou deixar você só com seu maridinho. Eu te amo, Sam.

– Também te amo, Carly. – Sam respondeu meio insegura por ser deixada sozinha com o mais novo companheiro. Não era por menos. Além de que, na última vez que se viram, foi em um acidente de carro; ela estava ali, há alguns minutos que nem estavam tão longe, pressionando os lábios com seu verdadeiro amor. – O que faz aqui?

– Não é óbvio, Sam? Nós sofremos um acidente e acha que só porque eu não fiquei muito machucado, vou pra casa como se nada tivesse acontecido?

– Onde a Sadie está?

– Não me ignore.

– Eu não estou. Estamos em uma conversa, não estamos? – Os olhos de Zac começaram a se encher de lágrimas. Destruía-o completamente saber que, sim, Sam ainda amava Freddie.

– Sam, eu te amo! Amo demais. Não faça isso comigo, não finja que o que temos não é verdadeiro…

– E se não for, Zac?! – Ela cuspiu as palavras. Há tanto tempo não fora tão cruel. – E se isso tudo for um erro?

– E se, e se! Por que continua tentando achar uma brechinha em tudo o que construímos? Há alguma margem de erro no tanto que te amo? Eu farei de tudo para consertar, só me dê uma chance. Poxa, Samantha, ficamos juntos por sete anos! Eu criei Sadie como minha filha e nunca a tratei de um jeito ruim. Não acha mesmo que isso é suficiente para que entenda que nada disso estava sendo errado até você ver aquele canalha sentado em meio de tantos que amamos?

– Que direito você tem de falar assim dele, Zachary? – Retrucou, com desdém proferindo seu nome – Eu o amo também. Sempre amei e presumo que nunca deixarei de amar. E não coloque minha filha como o pretexto de ganhar meu amor eterno e verdadeiro. Sadie é uma criança e não tem culpa se…

– Se o pai biológico não foi atrás dela? – Aquilo foi como se milhões de agulhas perfurassem o corpo de Sam. Ele estava… certo?

– Eu não… quer dizer, eu… – O sangue escorreu do nariz da loira, pingando em sua roupa de hospital. Ela se desesperou, mas Zac tratou de acalmá-la.

– Calma, amor, o importante é ficar calma! – Zac segurou no queixo da esposa e levantou sua cabeça. Não demorou muito para que o sangue estancasse.

– O q-que foi isso? Eu vou morrer? – Sam, desesperada, começou a soluçar.

– Não sei direito o que aconteceu, poderia ser um sinal de traumatismo craniano, ainda bem que você não está sentindo nada. Então podemos descartar essa opção. Eu vou procurar o médico que cuidou de você… – disse, revelando a preocupação na voz. Virou-se em direção à porta, mas o chamado da mulher o impediu.

– Zac… desculpa. – Ela realmente se sentia chateada com o que havia dito. Zac foi até a cama novamente e deu um beijo suave em seus lábios. O gosto era muito bom, ela pensava.

– Eu nunca conseguiria ficar bravo com você, minha princesa. – Sam sentiu uma pontada novamente. Doía ser tão amada e não corresponder. Imaginava como estava sendo para ele… sorriu, tentando disfarçar o remorso. – Eu já volto.

Zac saiu de lá sem ao menos perceber por quem passou. Freddie quase suspirou aliviado.

Carly, neste minuto, estava com a cabeça enterrada no peito do noivo, ainda soluçando. Fizera o que Pam lhe mandara: Tentaria convencer Freddie a desistir de lutar para conseguir algo que nunca ganharia. Seria melhor para todos, era o que ela lhe confirmava. Porém, em sua cabeça, soava mais como uma pergunta.

Ela simplesmente não conseguia processar por que Pam tinha tanto ódio por Freddie. Desde que ela e Spencer haviam começado a sair, a garota pôde conhecê-la melhor, mas a versão mais velha de Sam era como a própria: Uma parte dela estava sempre escondida. Resolveu ir até ela e esclarecer tudo aquilo.

– Brad, eu vou falar com a Pam. Vai atrás do Spencer e vão comer alguma coisa…

– Mas eu não estou com fome. – Carly o fuzilou com o olhar. – Nossa de repente senti uma coisa no estômago. – Ambos riram. – Eu te amo, Carls.

– Também te amo. Agora vai lá! – Brad lhe roubou um beijo e chamou o elevador. A garota suspirou, caminhando até onde Pam estava sentada. Sentou-se ao seu lado. – Eu fiz o que pediu. E me matou por dentro.

– Foi uma decisão sua também, Carlotta. Ou a infelicidade da minha filha em passar o resto da vida com o pobretão do Fredward ou a vida perfeita nadando em dinheiro ao lado de Zac.

– Como pode pensar assim? Tratou-o tão bem no casamento…

– Aquilo se chama representar. Algo que você sabe fazer muito bem, por que não fez faculdade disso? Pense que foi o melhor que pôde fazer Carly. Isso vai deixar a todos nós felizes, não só a minha garotinha. Vou atrás do Spencer, quando Zac chegar, leve-o até nós, pra nos atualizarmos quanto a Sam, sim? – Pam deu duas batidas no queixo de Carly, enfezando-a completamente. Como ela poderia impedir a felicidade da própria filha? Como melhor amiga, não poderia deixar que isso acontecesse. Mas por outro lado, será que insanamente ela tinha razão? Sam seria infeliz ao lado de Freddie? Seria?

Sam ainda estava abismada: Seus sentimentos se mantinham confusos e seu nariz estava sangrando. Era demais para um dia só. Ela sabia que o que estava fazendo para Freddie era mais uma ilusão do que algo extremamente verdadeiro. Beijá-lo e dizer que o ama, era a mesma coisa que ele havia feito no passado: Dito que a amava, mas semanas depois, questionar o amor de sua melhor amiga. Isso era outra vingança dela, inconscientemente? Eles ainda estavam na oitava série? Infelizmente, não. As coisas costumavam a ser tão fáceis, mas no segundo em que ela se encontrou pensando que um nerd daquele estava fofo, começou a piorar.

Ela sabia que a escolha certa era pegar sua filha e seu “recém-casado” Zac, comprar uma casa cor-de-rosa e viver como se Freddie Benson nunca tivesse nascido. Mas tal ato parecia impossível, afinal, Freddie sempre estava ali. Ele sempre fora o garoto que ela “odiava” e que mesmo assim, ainda dava os deveres de casa pra ela copiar. Ele sempre fora único.

Mas Sam era mais forte que aquilo. Sim, ela era. Sempre foi. Poderia ignorar, se quisesse. Poderia esquecer seus beijos, seus abraços, seus afagos, sua incrível inteligência, da qual ela nunca se cansava… poderia, não poderia?

– Oi, Sammy. Sua comida já está caminho. – Freddie entrou sorrindo, como se há segundos não estivesse chateado. Sam retribuiu feliz pelo apelido e pela presença dele. Não queria ter que acabar com aquilo nunca.

– Nós precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Mila, você que é a coisa mais fofa do mundo, sério. - Gostaram do capítulo? Não? Sim? Botem tudo na caixinha linda aqui embaixo!