It Always Comes Back To You escrita por Sweet Seddie


Capítulo 11
Acabar


Notas iniciais do capítulo

Oi, quanto tempo. Tempo suficiente para que eu pudesse ter várias inspirações e tempo para que eu sofresse um pouquinho na escola. Tempo suficiente para que eu reescrevesse esse capítulo muitas e muitas vezes. Tempo suficiente para que eu morresse de saudades.



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– Oh Sam! Muito obrigado! – Dei beijos estalados em seus lábios. – Não sabe o quanto eu estou feliz por saber que…

– Que eu ovulei? – Minha cômica loira me lançou um olhar tímido. Borboletas faziam uma festa em meu estômago e o arrepio percorrera todo meu corpo. Por meses, Sam carregou algo meu. Uma lembrança. E apesar de, em parte, eu desejar que ela tenha sentido algo bom, deve ter sido doloroso saber que algo que ela queria esquecer, iria acompanhá-la pelo resto de sua vida. Sam ainda me fitava.

–… Obrigado.

– Chega de agradecer, você sabe como foi feito. E não aja como se você não estivesse junto. – Encostei-me à cabeceira da cama, puxando-a para deitar em meu ombro.

– Não é por isso, Samantha. – tentei irritá-la, para que ela voltasse à felicidade habitual – É por você ter mantido minha filha viva. Tão jovem… poderia ter tomado outro caminho.

Ela sorriu, como se eu tivesse dito algo absurdo. E afinal eu estava. Minha Puckett poderia ser o que fosse, mas nunca seria capaz de tirar a vida de alguém. Principalmente de alguém que ama. Beijei o topo de sua cabeça, inspirando o cheiro de seus cachos loiros. Ela continuava a usar o mesmo xampu, depois de todos esses anos. Acariciei suas costas e ela suspirou.

– Ei, acabei de me lembrar de uma promessa muito importante que você me fez. – Sam levantou a cabeça e beijou-me no queixo.

– E qual foi loirinha? – A pergunta foi jogada no ar, quando ela subiu o corpo para que ficasse à minha altura e beijou meu lábio inferior.

A sessão de beijos iniciou-se novamente. Eu não podia evitar um sorriso, mesmo que ele estivesse sendo pressionado pelos lábios, estranhamente gelados de Sam. O gosto de sua língua era de bolo de baunilha, sua última refeição. Que quer dizer que logo ela vai pedir comida.

Antes que esse momento chegasse, Sam, por mais que estivesse em uma cama de hospital e com o corpo coberto de manchas roxas, saiu de meus lábios e beijou todo o meu rosto carinhosamente. Seus cabelos caíram sobre ele, fazendo cócegas em meu nariz. O cheiro era tão bom que, por um segundo, achei que eu estivesse morto e esse era o Paraíso. Minha loira olhou em meus olhos e passou o polegar em minhas bochechas. Se esse é o Paraíso, ela é meu anjo.

– Freddie… eu queria muito, muito continuar a beijar você. E eu sei que você quer mais ainda voltar aos lábios doces da Mamãe aqui. Infelizmente, morrendo de fome, mal me sobram energias… é aqui que você entra, baby.

– Eu sabia que não ia demorar muito. O que você quer minha princesa?

– Sei lá, bacon? – Seus olhos brilharam como aconteciam quando tínhamos dezesseis anos e falava-se a “palavra mágica”.

– Te daria bacon, mas eu não quero te perder de novo. – Sam franziu o rosto. – Se você comer bacon, loirinha, pode acabar passando mal… e indo dessa pra uma melhor.

– Ah, então nesse caso… presunto?

– Quem tal uma sopa?

– Só se tiver macarrão em forma de dinossauro.

– Vou ver na ala de crianças… – Ela colocou as duas mãos na minha nuca, olhando em meus olhos tão profundamente, que quase não quis sair dali. Poderia ficar admirando sua beleza para todo o sempre. – Eu te amo muito, Sam.

– Eu também te amo, Freddie. – Levantei a sobrancelha direita, sorrindo de lado. – Muito.

– De que “muito” nós falamos, Sam? – Ela revirou os olhos, entortando a boca como se estivesse dizendo: Vai fazer mesmo com que eu explique o quanto eu sou louca por você?

– Do tamanho da minha fome, Rainha dos Nerds.

– Oh, me sinto tão especial agora. Vou buscar sua comida. – Tomei-a nos braços e segurei em sua nuca, pressionando nossos lábios. – Agora posso ir.

– Bobão.

– Comilona.

– Nerd.

Princesa. – Pisquei para ela e deitei seu corpo frágil na cama. Sam colocou o dedo indicador na boca, mordendo-o. Ah, eu não demoraria a voltar mesmo.

A primeira pessoa que pensei em procurar era Madisen, a qual ainda estava em seu posto. Desci as mesmas escadas que subi e passei pela porta sorridente. Lá ela estava, abarrotada de trabalho.

– Olá Freddie. – A morena se levantou em um pulo quando me viu ali, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Fui até ela e abracei-a tão forte que pude sentir seus ossos estalarem. – Nossa… P-por quê? – Sorri para seu rosto corado.

– Porque você foi uma das únicas pessoas que me deixaram ser feliz com quem eu amo. Madisen, eu mal te conheço, mas eu tenho tanto a te agradecer e tão pouco tempo. – Beijei suas bochechas, ainda mais vermelhas e quentes. – Ela está com fome.

– Ah, sabia que uma hora você viria pedir por comida. Era só ter apertado o botãozinho ao lado da cama dela… pode ir, eu levo lá.

– Mas está cheia de trabalho… – Retruquei soltando-a.

– Olha, eu tenho que revelar uma coisa: Sempre quis que vocês dois ficassem juntos. Vê-los assim, me deixa super feliz! Quando soube que Zac estava casando com ela, meus motivos aumentaram pra impedir aquela cerimônia… foi tão errado, mas tão certo ao mesmo tempo. Assim como vocês dois!

– Você é incrível, Madisen. Obrigado. – Beijei sua bochecha direita mais uma vez. – Então eu vou voltar pra minha loira, disse que não ia demorar muito.

– Tudo bem, obrigada pelos elogios… – Virei e fui em direção à porta, mas antes que pudesse empurrá-la, Madisen gritou. – Freddie! Ela gosta de canja de galinha?

– É a favorita dela. – Ela deu um sorriso e eu retribuí com outro.

Assim que eu entrei na ala dos quartos, vi Carly encostada na parede, de braços cruzados. Achei que amigos não… Madisen. Ela percebeu minha presença e lançou um olhar tão frio que eu quase congelei.

– Oi Freddie. Se divertindo? – Sua voz era aguda. Estava nervosa e com muita raiva.

– Ei, Carly, o que aconteceu?! – Perguntei recuando.

– O que aconteceu? Ah, o que aconteceu… você fala pra minha melhor amiga que a ama e depois sai por aí abraçando qualquer garota, que inclusive, tentou impedir o casamento dela?! O que está fazendo, seu idiota? Quer que ela sofra, não é? Isso é muito infantil, Freddie. Talvez ela só te tratasse daquele jeito quando éramos crianças, pra que esmagasse os sentimentos. Você a conhecia. Sabia que exprimir sentimentos sempre foi difícil pra Sam… Agora eu já nem sei o que está fazendo aqui.

– Já sei! Você me viu abraçando a Madisen…

E beijando! É Freddie, eu vi com os meus dois olhos! – Ela arqueou as duas sobrancelhas, engolindo a saliva. – Então o nome da vadia é Madisen?

– Eu te proíbo de dizer isso, Carly! – Gritei indignado. – Ela não é uma vadia, deixou você entrar mesmo que visitas não fossem permitidas… Julga as pessoas tão rápido!

– Do que isso importa? Ela quis estragar a felicidade da Sam. Duas vezes! E no mesmo dia! O que consta no dicionário é isso, Freddie.

– Você não a conhece! Não sabe por quais razões ela fez aquilo… mas sempre faz isso, né Carly? Toma decisões precipitadas e acaba com tudo o que é bom na minha vida! Estragou meu relacionamento com a Sam e quer estragar minhas amizades também…

– É, vejo que se esqueceu de que eu fui uma das únicas pessoas que te apoiaram quando a Sam foi embora. Sumiu, evaporou da sua cabeça. – Suspirou. – Vai embora, Freddie. O Zac está lá dentro com ela. – Uma raiva sobre-humana tomou meu corpo. O que ele fazia ali?

– O que ele quer?! Zac causou o acidente, Carly! Sam me contou tudo… ele sentiu ciúmes de nós dois e eles começaram a discutir… foi tudo culpa dele! – Minha melhor amiga olhou para mim com os olhos marejados de lágrimas.

– O acidente pode ter sido um erro dele. Mas a culpa é sua. Você fez o discurso, você dançou com a Sam… mas não foi você quem casou com ela. Zac é seu marido e sempre será. A única coisa certa que você fará agora é ir. Deixá-la ser feliz.

– Não… não, Carly, você não pode fazer isso. Olhe o que está dizendo! Eu… eu sei sobre a Sadie – Carly arregalou os olhos, deixando algumas lágrimas saírem –, depois que ela fosse liberada, nós fugiríamos e…

– E o quê? Não percebe que isso é estranho e errado? Não percebe que se vocês fugirem, Zac vai atrás? Ele é louco por ela.

– Mas eu também sou! Eu também iria atrás dela! Isso que quero que entenda.

– Para, para com isso. Você é meu melhor amigo e eu só quero que seja feliz, mas sinto muito, não pode mais ser com ela! – A morena enterrou o rosto nas duas mãos, soluçando. Eu estava desmoronando por dentro. Como ela poderia estar me dizendo aquilo de um modo tão hostil? Instintivamente tomei-a em meus braços, abraçando suas costas. – Me solta, Freddie! – Mas continuei a apertá-la.

– Eu disse que a amava por que era verdade. – Ela acomodou-se, ainda soluçando – A Madisen não é nada pra mim, Carls. Nunca, nunca desisti da Sammy. Mesmo quando ela me machucava, sim eu sabia, que só a machucava mil vezes pior. – afaguei sua cabeça. – Me desculpa por ter dito aquilo pra você. Não estragou tudo, foi uma mútua decisão. Sam quebrou meu coraçãozinho de nerd e eu tinha que viver com aquilo. Por favor, depois que eu te soltar, não grite comigo de novo. Você me assusta.

Soltei-a e nós sorrimos. Até, por um instante, esqueci que Zac, naquele minuto poderia estar beijando a minha loira.

– Acha que me chamando por um apelido pode se redimir? – Retrucou – felizmente com seu tom de voz normal - limpando a maquiagem borrada debaixo dos olhos. – Você não podia saber que Sadie existe.

– Pois é. Vocês quase conseguiram me deixar longe dela… mas não contavam que eu reconquistasse a garota loira que derruba um caminhão com uma caixa de leite.

– Que quer dizer com “reconquistar”?

– Como eu disse, planejamos fugir e contar com a sua ajuda. Nos beijamos também. – Carly riu.

– Com a minha ajuda? Não que eu ache errado que vocês se amem e se beijem, mas isso significa adultério, vocês têm consciência, não é?

– Depende do seu ponto de vista.

– Ah, Freddie, pelo amor de Deus! Não aja como se ainda fôssemos jovens de dezoito anos com o futuro indefinido. Tomara que a Sam nem sonhe que eu disse isso, mas você e a va-Madisen até que combinam. – Dessa vez, eu ri.

– Carly, Carly, não estou agindo de nenhum jeito. Só estou aqui, parado, pedindo, implorando, suplicando para que você nos ajude a viver esse romance. – Sua expressão mudou novamente, como se ela me dissesse que o que eu estava pedindo era impossível.

– Não sei se posso fazer isso, topetudo. É sério, sinto que você e a enfermeirinha têm futuro. Dá-lhe Fadisen! – Socou o ar, fingindo animação.

– Deixa pra lá então, morena. Se não quer ajudar, era só ter me dito. – Baixei a cabeça fazendo biquinho. De olhos fechados, contei mentalmente os segundos para que Carly aceitasse minha proposta. Mas só ouvi os passos atrás de mim, se afastando mais e mais. – Aonde você vai?

– Brad está me procurando. – Respondeu olhando o visor do celular - Desista dessa loucura. Zac ainda está lá e quando ele sair acabe logo com isso. Vai ser bem menos doloroso. – Bem menos doloroso. Nada até agora foi assim.


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Notas finais do capítulo

Por favor, esculachem a Madisen. Odeio essa guria. Só pra constar, eu amei a Carly nesse capítulo. Amei mesmo, quero que ela seja feliz com o Brad... Vou ajeitar umas coisas aqui e postar o quinto capítulo de ITCOY. Quero meus reviews lindos, como sempre foram! Ah, se eles chegarem hoje, posto a continuação... Caso contrário, só amanhã! hahaha (: