Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 60
Capítulo 6 - A Festa do Slugue


Notas iniciais do capítulo

Bom, gente. Aqui está o primeiro capítulo betado pela Liin N.
Espero que gostem. E para compensar o tamanho mini do outro capítulo eu fiz esse um pouquinho maior.
A diva linda e maravilhosa da CindyVolturi fez para mim um trailer para a fic. Eu adorei *-*. Vou deixar o link aqui para vocês também, ok?
http://cupcake-do-tempo.blogspot.com.br/2012/10/tf-os-cinco-marotoscassandraliars.html



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Quando Pam desceu as escadas, usando um vestido curto demais e um casaco preto que escondia seus braços brancos, ela não fazia ideia de que aquela noite ia marcar sua vida para sempre, mas ia.

Parecia um pouco triste, até melancólica. De certa forma o vestido vermelho que devia ser provocante era na verdade triste e sem graça, talvez por Pam se sentir assim por dentro.

Agora já estava perto do saguão e seria melhor que começasse a fingir logo. Se Michael percebesse que ela não estava muito a fim de sair e ir a festa, podia querer fazer outra coisa e essa a última coisa que Pam queria no momento. Queria fazer parecer que estava tudo bem.

Então, quando ela encontrou Michael, vestido elegantemente em um traje a vigor, ela sorriu para ele e pegou o seu braço, deixando que ele a guiasse para a festa do Slugue, na sala do Professor Slughorn.

Assim que entrou na sala do professor, teve certeza de que ela tinha sido ampliada magicamente. Já estivera nas salas de inúmeros professores (não por vontade própria) e todas as outras eram infinitamente melhores do que aquela sala. Tudo estava decorado lindamente. Vários alunos vestidos em trajes elegantes andavam de lado para o outro, conversando e bebendo bebidas caras não alcoólicas. O Professor Slughorn se encontrava no meio de tudo, comandando o lugar como um maestro.

Pam e Michael foram cumprimenta-lo brevemente antes de se juntarem a Frank, Alice e Daniel.

A morena estava meio desconcertada por encontrar a loira ali. Sabia que ela estava nas aulas de Poções junto com ela, mas de alguma forma não esperou encontra-la ali, junto com o namorado, usando um vestido azul mar claro. Mas as duas se ignoraram mutuamente então Alice não foi um problema.

Na verdade, Pam permaneceu boa parte do tempo segurando uma taça com suco de abóbora e bebericando ocasionalmente, enquanto ficava ao lado de Michael, segurando seu braço com a mão livre e ouvindo alguma coisa, às vezes do que os outros conversavam, apesar de estar meio desligada. Em certo ponto da conversa teve noção de que Lily não tinha vindo para a festa e Ranhoso tão pouco, de acordo com Alice e Daniel.

Pam esperou educadamente que o relógio antigo da sala do Professor batesse suas doze badaladas antes de dizer a Michael que estava cansada e desejava voltar para o dormitório. Mas nesse ponto Michael, Frank e Daniel estavam em uma discussão amigável sobre qual vassoura e qual time de Quadribol era melhor. Embora Michael tivesse feito menção de deixar tudo e ir com Pam até o seu dormitório, ela dispensava a companhia dele e usou a conversa do namorado com os amigos como desculpa para poder ir sozinha para a Sala Comunal da Grifinória. Como Michael não se mostrava nenhum pouco interessado em deixar a conversa de lado acabou concordando em deixar Pam voltar sozinha para o dormitório sem mais discussão.

Ela se despediu com sorriso no rosto de cada pessoa por quem passou e dizendo que estava indo embora, falando que estava cansada e que pretendia voltar para o dormitório e dormir. Algumas pessoas tentaram convencê-la a ficar, mas nada que os outros dissessem ou fizessem iam impedir Pam de voltar para o quarto.

Assim que ela saiu, percebeu que tinha esquecido o casaco com Michael, pois uma corrente de ar frio acertou-a certeiro. Porém, não tinha a mínima vontade de voltar para a festa, onde as pessoas conversavam alto e alegremente, diferente do que Pam se sentia no momento. Então, sabendo que Michael devolveria seu casaco no dia seguinte, ela abraçou a si mesma e começou a andar pelo corredor frio e vazio, rumando seu dormitório, onde poderia deitar e parar de fingir pelo menos um pouco.

Mas antes de pudesse chegar ao dormitório, ouviu conversas altas em uma das dobras do corredor. Pessoas se aproximavam dela. Porém, antes que pudesse encontrar uma escapatória, um grupo animado de pessoas passou em frente a ela, rindo e conversando alto, segurando várias garrafas de hidromel e uísque de fogo, varias das quais já jaziam vazias.

- Ooooii! – gritou um dos garotos ao perceber a presença de Pam – Olha só quem temos aqui!

- Pamela Porter! A vadia mais querida da escola! – gritou uma garota sardenta, tendo um ataque de risos logo depois.

- Ei, onde estão os seus amigos? – uma garota afro-descente se pronunciou – Os "Matotos", eu acho…- Acabou rindo da própria frase, completamente louca.

Eles pareciam bêbados, e o hálito forte de álcool os denunciava completamente. Logo Pam começou a reconhecê-los como um grupo de amigos que estavam no sétimo ano e que ela ocasionalmente via. Eram seis. Duas meninas e quatro meninos. Lisa Homer e Kevin Stuart estavam na Lufa-Lufa, Patricia Faberry estava na Corvinal, Lee John e Brendan Jessie estavam na Sonserina e Gordon King estava na Grifinória. E desta vez eles também estavam acompanhados por Kim McGreen, a atual namorada de Lee e a primeira garota que Sirius beijara.

Pensar nisso fez Pam sentir náuseas imediatamente, mas ela tentou não demonstrar isso.

Kim riu alto, afastando-se do namorado com uma garrafa na mão e aproximando-se de Pam, tropeçando no salto baixo.

- Olá, Pamzinha. – ela disse, quase em um sussurro assustador. – Tudo bem com você?

Pam assentiu, sem demonstrar emoções. Não iria aparentar medo, pois sabia que era isso que eles queriam.

Logo estava completamente cercada pelo estranho grupo. Tinha um garoto com a cabeça em seu ombro. Pam achavam que era Brendan.

- Você é tão linda! – Exclamou o garoto em seu ombro. Pam sentiu os pelos da nuca se içarem – Tão… Irresistível! – Não era Brendan. Era Gordon com sua voz sedutora.

- Ela parece tão novinha… - debochou Lisa, a sardenta.

- Ah, para com isso ruiva! – Exclamou Lee irritado – Quantos anos você tem? – perguntou diretamente para Pam.

- Dezessete. – ela disse, se esforçando para não gaguejar – Sou maior de idade.

- Mas será que é tão durona quanto parece? – perguntou Kim – Bebe com a gente então!

Naquele momento Pam se sentiu desafiada pela loira. Tinha apostado com Sirius que ele não conseguia beijá-la, mas ele tinha conseguido e isso a deixara sem reação. Fora quando percebeu que o amava. E no momento, estava sentindo como se ela e Kim estivessem em uma luta pelo coração de Sirius.

Era óbvio que não seria burra a ponto de se permitir perder aquela batalha interna, que estava sendo travada apenas por Pam.

Tá, isso era burrice, mas ela não percebeu o que estava fazendo na hora. Só tinha uma coisa em mente. Se vingar.

Ela tomou a garrafa da mão de Kim e a bebeu de um só gole, os olhos lagrimejando enquanto fazia isso, mas sem parar por nenhum momento.

Quando terminou todos a aplaudiram.

Pam não sabia dizer como, de repente estava com outra garrafa na mão e bebendo junto com o as outras pessoas. Logo estava completamente integrada naquele grupo animado ao qual nunca tinha se aproximado muito. E eles andavam pelos corredores de Hogwarts, bêbados, barulhentos e quebrando algumas armaduras e rasgando bandeiras, rindo disso depois.

Era a primeira vez que Pam bebia e como logo descobriu, gostava disso. Talvez mais pela sensação de tonteira e alegria de perder a noção do mundo e dos problemas do que pelo gosto.

Logo já não estava pensando em nada que não se divertir e tudo no momento parecia divertido. Estava completamente tonta e ausente da realidade. Não respondia por si no momento. Não tinha a mínima noção do que estava fazendo enquanto ri como uma louca e acompanhava aquele grupo mais velho e tão estranho.

Em certo momento, Pam viu Lee puxando Kim para longe e eles sumiram de visto. Logo depois foi a vez de Lisa e Kevin desaparecendo atrás de um quadro de frutas no subsolo quando foram para lá, Pam supunha que lá fossem os dormitórios da Lufa-Lufa. Eles foram até a torre de Astronomia e quando chegaram lá Patricia tinha simplesmente sumido. Na volta para o saguão, a marota não saberia dizer onde tinha se metido.

Logo estava sozinha com Gordon.

- Onde estão os outros? – perguntou Pam, o sorriso vacilando conforme ia percebendo o olhar faminto de Gordon.

- Ah, eles se foram! - Respondeu somente.

- Para onde?

- Para os dormitórios deles.

- Então vamos voltar para o nosso também! – ela sentenciou, um pouco assustada com a proximidade de Gordon.

Ele a olhou por algum tempo, mas finalmente cedeu, fazendo um gesto que pedia para ela ir a frente.

- Me mostre o caminho.. – ele disse – Estou tão bêbado que nem mais sei onde estou!

Mas ele não parecia bêbado. Não no momento. Há momentos atrás estava quase caindo, mas agora era apenas assustador.

Pam passou a frente dele, abraçando a si mesma e esfregando os braços. Não sabia se o calafrio que percorria seu corpo se devia ao frio ou ao medo.

Tudo o que ela queria era estar logo na sua cama quente e segura.

Porém, no segundo ou terceiro andar, enquanto eles estavam virando um corredor, Pam sentiu a mão grande e quente de Gordon em seu ombro.

- Pam…

Ela olhou para ele, esperando que falasse. Mas tarde perceberia que essa foi uma atitude idiota. Não devia ter ficado parada.

- Você sabe que é linda e que todos os garotos querem ficar com você. E eu sei que você tem namorado, mas eu não consigo resistir…

Ele foi se aproximando, Pam começou a se afastar, mas logo Gordon tinha segurado o pulso dela, impedindo-a de ir.

- E você assim tão próxima…

- Gordon… Pare. Você está me assustando.

Ele riu.

- Eu te assusto? Me desculpe, coisinha linda, mas eu não sei exatamente como agir em frente a garotas tão gostosas…

As costas de Pam bateram na parede e então ela já não tinha qualquer esperança de encontrar uma fuga. Entre a parede e Gordon, ela não tinha para onde correr.

E agora ele estava tão próximo que Pam teve que virar o rosto para seus lábios não se tocarem.

- Eu quero você, Pam. Eu preciso de você!

- Me deixe ir! - Exclamou assustada.

- Ah, que isso. Não quer ficar aqui comigo, meu bem?!

Pam não respondeu. Tinha medo do que ele faria se dissesse que não, mas não podia dizer que sim.

- Me deixe ir! – ela repetiu.

Nesse momento as mãos pesadas e quentes de Gordon percorreram o corpo de Pam e ele começou a beijar seu pescoço. Tudo o que ela queria era ir embora, mas estava apavorada demais para pensar, quem diria se mover. Tinha muito medo do que podia acontecer.

De repente um som de algo se rasgando foi ecoou pelo corredor vazio.

- Ah! – disse Gordon. – Me desculpe por isso.

O vestido de Pam tinha rasgado na lateral. E como o vestido já era curto, mas um pouco e ela estaria nua.

O som do vestido rasgando despertou alguma coisa na mente de Pam e foi como se ela tivesse acordado de um sonho. De repente se dera conta do perigo que corria e de todos os movimentos de Gordon, que ainda estava completamente bêbado e não estaria fazendo nada daquilo se estivesse sóbrio.

Pam reuniu toda a força que conseguiu e o empurrou para longe.

Mas, Gordon era bem mais forte e o que teria levado Pam ao chão, fez ele dar apenas um passo para trás.

A garota não conseguiu fugir e aparentemente só tinha piorado sua situação, já que ele estava irritado agora.

- Ora, sua…

Ela cobriu o rosto com os braços. Não tinha esperanças de afastá-lo sem uma varinha e a sua de castanheira ficara no bolso de seu casaco, que ela tinha deixado com Michael.

Ela esperou um impacto que não aconteceu.

Quando abriu os olhos, viu que Gordon estava olhando para trás. Ela não conseguia ver para o que, mas então viu uma voz:

- Fique longe da minha garota!

Pam sentiu o estômago se revirar prazerosamente quando ouviu a voz tão conhecida e tranquilizante e achou que fosse vomitar.

Era Sirius.

- Eu vou repetir. Fique longe da minha garota!

Gordon riu.

- Sua garota? Tá mais para a garota que você perdeu.

Sirius o encarou como o inimigo no auge da inimizade, os olhos estreitos como os de uma cobra.

- Última chance..

- Ou o que? Vai me bater até a morte com um ursinho de pelúcia, Black? Será que ainda pode ser considerado Black? Ouvi dizer que foi deserdado…

Sirius não respondeu. Ficou parado por um tempo e Pam o observou por cima do ombro de Gordon. O que ele estava fazendo?

- Você tem razão…

Por favor, não esteja louco. Por favor, não esteja louco. Pam implorou mentalmente para quem pudesse ouvi-la.

Gordon riu de novo.

- Vai amarelar, Black? - Perguntou provocativo.

- Não.. Você vai! Completamente amarelo.

Ah, inferno, ele está louco. Pam pensou, vendo sua única chance de salvação indo por água a baixo.

- Mas que diabos…?

Porém, antes que ele pudesse completar a frase, Sirius puxou a varinha escondida nas vestes e gritou um feitiço que Pam desconhecia:

_Colorum Amarelo!

Quando o feixe de luz atingiu Gordon, ele ficou amarelo dos pés a cabeça. Sirius riu e continuou:

_Levicorpus.

Gordon lutou para continuar no chão, mas de nada adiantou e ele continuou subindo.

- Me solta! – ele gritou.

- Me deixa pensar… Não to com vontade.

- Black, é sério! Se você não me soltar…

- Você vai ficar se contorcendo no ar? – Perguntou Sirius, fazendo a melhor cara inocente que conseguiu.

- Ah! Me coloque no chão! Me coloque no chão! – Gordon lutou com o nada por algum tempo antes de finalmente perceber que de nada adiantava.

As gargalhadas, Sirius continuou:

- Só se você dizer que eu sou mais bonito, mais legal e mais inteligente que você! - Disse rindo.

- Não vou dizer isso! - Gordon gritou irritado.

- Certo.. – Sirius se sentou no chão, ainda com a varinha levantada em uma das mãos – Temos a noite inteira…

- Argh! – por fim, Gordon cedeu. – Tá bem, tá bem. Você é mais legal…

- Mais bonito… - Sirius ditou.

- Mais bonito…

- E mais inteligente!

- E mais inteligente que eu! Satisfeito? Agora me coloque no chão!

 - Com prazer..

Dizendo isso, Sirius abaixou a varinha com tudo, fazendo o outro cair duramente no chão.

- Black, seu… - ele se levantou, mas antes que pudesse se aproximar de Sirius, o garoto gritou:

- Immobulus!

Gordon parou, completamente imóvel. Sirius riu ao se aproximar dele, pegar seu braço e enfiar um dos dedos no nariz.

Desde olhou satisfeito para sua obra.

- Perfeito! Uma estátua clássica amarela de um troglodita com o dedo no nariz. – e então riu as gargalhadas.

Finalmente, ele pareceu perceber o estado de Pam, e correu em seu socorro, ao ver seus joelhos falharem e impediu-a de cair no chão.

Passado o perigo e talvez graças ao susto ou ao alívio, ela voltara a parecer completamente bêbada. Rindo de qualquer coisa e precisando da ajuda de Sirius para conseguir se manter em pé, murmurando palavras sem sentido.

Deixando Gordon paralisado onde estava, finalmente eles conseguiram voltar para a Sala Comunal da Grifinória. Sirius deixou Pam no pé da escada do dormitório feminino, já que não poderia subir junto com ela.

- Bom Pam, boa noite.. Tome mais cuidado da próxima vez, ok? Não ande com esses malucos! – ele preveniu, apesar de saber que ela estava bêbada demais para dar atenção as palavras dele.

Ele foi se afastando, mas então ouviu ela o chamando de volta.

- Obrigada. – ela disse.

Sirius riu.

- De nada.

- Posso te contar um segredo? – ela perguntou, incerta.

- Sabe que pode me contar tudo, Pam. Sempre.

Aproximando-se do ouvido de Sirius, ela sussurrou, provocante:

- A verdade… É que eu te amo muito. Muito mesmo. Para sempre.

Então deu um beijo leve na bochecha dele e subiu as escadas correndo, deixando um Sirius surpresa e tão paralisado quando Gordon.

Aquilo era um sonho ou a vida real?

Pamela Porter tinha mesmo dito que o amava?

A cabeça do garoto dava voltas.

Se isso fosse verdade, ele teria motivos para sorrir durante um vida inteira.

Ela o amava…


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Notas finais do capítulo

Bom, então, o que acharam? Ficou legal? Espero que sim.
Prevejo várias pessoas querendo matar o Gordon e mais um tanto feliz pela Pam e o Sirius no final desse capítulo. kkkkkk