Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 15
Capítulo 15 - Voltando para Casa


Notas iniciais do capítulo

E esse é o último capítulo do primeiro ano. Espero que gostem. Boa leitura!



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Sirius se sentou na cama, ainda meio acordado meio dormindo. Ele se espreguiçou. Era o último dia de aula.

Droga!

Ele não queria voltar para o Largo Grimmauld. Odiava aquele lugar. Mesmo antes de ir para Hogwarts já odiava, agora, odiava mais ainda. Isso porque ele tinha sido feliz em Hogwarts, tinha provado o que era realmente ter amigos e se divertir. Não queria voltar para onde era infeliz.

Os pés de Sirius não tocaram o chão de imediato, como se ele tivesse medo de que, ao fazer isso, toda a Hogwarts sumiria e ele se veria no Largo Grimmauld. Mas, quando ele tocou o chão, nada aconteceu, ele continuava em Hogwarts. Ele soltou o ar que nem ao menos sabia que estava prendendo.

As outras quatro camas estavam ocupadas e seus integrantes respiravam profundamente.

O menino olhou para Remus. Ele tinha voltado no começo daquele mês, mas, quando Sirius e James tinham perguntando o que ele estava fazendo na floresta, Remus se fez de desentendido e mudou de assunto.

Tinha alguma coisa errada com ele. Sirius só ainda não sabia o que era.

Ele suspirou, se levantando e trocando de roupa. Então, ele se lembrou de uma coisa. Lembrou-se do encerramento que ele e amigos tinham preparado e se alegrou.

O último dia de aula não seria um completo desastre, afinal.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

O que Pam mais odiava no último dia de aula em Hogwarts? Ter aulas de Transfigurações e não conseguir realizar nem mesmo um único feitiço.

Mas, ela tinha vencido o inferno e agora caminhava tranquilamente para a parte de fora do castelo, junto dos amigos, depois de ter comido um almoço excelente.

No dia seguinte, assim que acordassem, seriam levados para a estação de trem para ir para a Estação 9 ½. Então, tinham que arrumar suas malas naquele dia, então os professores os tinham dispensado das aulas de tarde.

O que era ótimo.

Assim, eles teriam o resto do dia livre.

Era duro saber que logo eles teriam que se separar, para ter que passar um verão inteiro longe um do outro. Um verão era quase uma eternidade!

Mas, como nenhum deles era bom com despedidas, concordaram silenciosamente em não falar sobre isso. Porém, tão pouco soubessem começar uma conversa.

_O que vocês vão fazer nas férias? – perguntou Peter, em uma tentativa corajosa de começar uma conversa.

_ Tentar não morrer e ser arrastado para o casamento da Bellatrix. – bufou Sirius.

Pam reprimiu uma risada.

_E vocês? – o moreno perguntou.

_Eu vou ficar mofando no meu quarto. – disse James.

_ E eu provavelmente vou ir para os Estados Unidos, ver meu pai.

_Sortuda – murmurou Sirius.

Pam riu.

_Peter? – ela virou a cabeça para o amigo.

_Vou ficar em casa mesmo. – ele deu de ombros. – Tenho que cuidar de Queimado, de qualquer jeito.

Isso era verdade, porque o rato tinha conseguido cuspir fogo em si mesmo e estava bastante machucado.

James riu.

_Sim, vai mesmo. O Queimado está queimado, não é verdade? Entenderam? Queimado, queimado!

Pam sorriu fracamente para o amigo, mas nenhum dos outros riram.

James calou-se.

_Ok, ok. – ele tirou os cabelos dos olhos. – E você, Remus? O que vai fazer nas férias?

Remus tinha apenas uma vaga idéia sobre o que os amigos estavam falando. Estava perdido em pensamentos.

Tentar não devorar a mim mesmo enquanto estou trancado em um porão, ele pensou.

_Vou ficar em casa. Não posso sair com a minha mãe tão doente.

_Hum. É verdade. – falou Pam. – Sua mãe estava doente mês passado, não é?

Remus confirmou, apesar de saber que a amiga não acreditava mais nessa história.

Os cinco voltaram a ficar em silencio, sem saber o que dizer.

*~~*~~*~~*~~*~~*

_Esse ano, eu tenho o prazer de informar que a Taça das Casas vai para… - disse Dumbledore. – Grifinória! Com 475 pontos!

O Salão Principal estava enfeitado com as cores da Grifinória. Vermelho e dourado. Todos da Casa se levantaram e aplaudiram. E, enquanto faziam isso, Pam, Sirius, James e Lupin apontaram suas varinhas para cima, fazendo cair balões vermelhos sobre todas as mesas, menos a da Sonserina, na qual choveram sapos.

Os membros da Sonserina começaram a gritar, principalmente as meninas.

Toda a mesa da Grifinória caiu em risadas, sendo acompanhada por algumas pessoas das outras mesas.

Eles tinham quase perdido para a Sonserina, graças a última ter ganhado o Campeonato de Quadribol, mas, no final, as notas altíssimas de Lily e Lupin contaram para o aumento de pontos e a Grifinória tinha ganhado.

Era isso, a Grifinória tinha ganhado a Taça das Casas!

Depois de estarem cheios de tanta comida gostosa, os cinco estavam andando em direção ao Salão Comunal, rindo e tentando não pensar que no dia seguinte não estariam mais ali.

_Posso dar uma palavrinha com você, Sirius? – disse uma voz vinda de trás deles. Os cinco se viraram para encarar uma bruxa de cabelos pretos e abundante beleza, com um sorriso extremamente forçado, quase que psicótico, no rosto.

Sirius olhou para os amigos, buscando apoio, mas como não obteve, olhou para a garota e deu de ombros.

_Tanto faz.

Ela sorriu mais ainda.

_Vamos estar na Sala Comunal. – disse Pam baixinho, para apenas o moreno conseguir ouvir.

Ele assentiu e então eles seguiram direções diferentes.

_O que você quer Bella? – perguntou Sirius, tentando parecer despreocupado, mas um tanto assustado com a atitude da prima.

_Escuta aqui, seu pestinha. – ela disse, puxando a orelha dele com força, o que fez com que ele ficasse nas pontas dos pés. – Se você sonhar… Ouvir, bem? Se você ao menos sonhar em arruinar meu casamento, eu vou arruinar a sua vida!

_Ai! Ai, Bellatrix! Ta doendo! Me larga!

_Ouviu bem?

_Eu ouvi! – ele disse, tentando se livrar das mãos da prima, ela o soltou imediatamente. – Eu não queria estar lá para começo de conversa. Se pudesse, nem ao menos iria.

_Você vai ficar quietinho como um bom menino?

_Um bom menino? Se está vindo me procurar é porque sabe o que eu andei fazendo. Me diga priminha, eu sou um bom menino? – Ele riu, sem humor e sem esperar a resposta de Bellatrix. – Não, não vou me comportar como um bom menino. Vou ficar emburrado em um canto, tentando deixar bem claro que eu não gostaria de estar ali. O que seria verdade.

_Desde que você não estrague meu casamento, não me importa o que você faz ou deixa de fazer, Sirius. – ela pronunciou o nome dele como se fosse o mais terrível xingamento.

_Pensei que você não amasse o Lestrange. – ele disse.

_Você não tem nada com isso. E, diferente de você, eu me importo em manter o nome da família Black.

Sirius deu de ombros.

_Continuo sendo um Black do mesmo jeito. E o herdeiro de toda a riqueza da família.

_Ouça bem o que eu estou lhe dizendo, moleque. – ela disse, aproximando o rosto perigosamente do dele. – A tia Walburga não vai agüentar você por muito tempo. Ou você toma jeito ou vai ser deserdado antes de largar as fraudas. E, quando isso acontecer, eu vou rir, e vou rir muito.

_Isso é uma ameaça?

_Não. É um aviso.

O garoto deu de ombros outra vez.

_Para mim tanto faz. – e dizendo isso, ele deu as costas para a prima, antes que ela tivesse tempo de dar as costas para ele, e caminhou em direção à torre da Grifinória.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

_Vocês prometem que vão me enviar um monte de cartas? – disse Pam, enquanto os cinco amigos se dirigiam para a estação de trem.

James riu.

_Claro que sim. Uma por dia se você quiser.

_Não todos os dias. – ela disse, ficando sem graça. – Mas me mantenham atualizada, certo?

_Com certeza. – disse Sirius, rindo. – Te aviso se por acaso eu enlouquecer. O que é bem possível.

Ela olhou para o amigo.

_Não fique assim… São só dois meses, depois você vai voltar para Hogwarts e tudo vai ficar bem.

_É, cara. A Pam está certa. – disse James.

Todos eles sabiam dos problemas de Sirius com a família.

Sirius sorriu.

_Obrigado, gente.

_Mas, e você, bebê? – Pam se voltou para Lupin. – Vai me mandar muitas cartas, não vai?

Lupin sorriu.

_Claro que vou, Pam.

Ela sorriu abertamente.

_Então eu não vou me preocupar. – ela olhou para trás. – Peter?

_Mandarei cartas sempre que possível. Aprendi a usar o correio de corujas! – ele disse, entusiasmado.

Sirius rolou os olhos.

Os cinco entraram no trem e escolheram uma cabine vazia, onde ficaram apenas eles, conversando e rindo de uma piada aleatória ou outra.

O tempo pareceu voar e, quando viram, já tinham chegado a Londres.

James olhou pela janela e viu várias pessoas na plataforma 9 ½. Ele viu Pam acenando para sua mãe, que acenava de volta; Peter procurar Queimado apenas para acha-lo dentro de seu bolso; Sirius respirar fundo e vagarosamente pegar seu malão; e Remus se levantar.

Pam foi a primeira a sair do trem e logo caiu nos braços da mãe, que quase caiu no chão junto. As duas riram exageradamente.

Peter também não tardou a encontrar os pais e Remus logo viu a mãe.

A mãe de Remus era muito parecida com o filho, mas, parecia estar melhor de saúde do que o filho, o que não deixava de ser estranho, considerando que o garoto afirmara que ela estava realmente mal.

Sirius olhou para James.

_Meus pais devem estar lá fora.

_Os meus também.

_Vamos?

James assentiu, mas, antes que eles pudessem ao menos dar um passo, Pam se aproximou deles.

_Vocês já vão? – ela perguntou.

Os garotos assentiram.

_Vou sentir saudades. – e ela abraçou os dois amigos. – E não se esqueçam de me escrever!

James riu.

_É impossível esquecer você, Pam.

A morena sorriu também.

Remus e Peter se aproximaram também e, depois de vários abraços e promessas de que manteriam contado, James e Sirius partiram lado a lado, atravessando a parede que dividia dois mundos e voltando para o mundo trouxa, para as férias de verão.

Os pais de ambos conversavam. Afinal de contas, a mãe de James era tia da mãe de Sirius, e as duas mulheres colocavam as fofocas em dia. Era óbvio o desagrado de Dorea por estar perto de Walburga, mas a segunda falava infreavelmente.

A Sra. Black lançou um olhar desaprovador quando viu Sirius e o garoto suspirou, sabia que ouviria um sermão assim que chegassem em casa.

James pode deslumbrar um garoto pequeno escondido atrás da saia da mulher e só pôde supor que aquele era Regulus Black, o irmão casula e insuportável de Sirius.

O Sr. Potter sorriu amavelmente para o filho e pegou o seu malão, disparando perguntas sobre Quadribol e sobre o orgulho que sentia em saber que o filho fora apanhador da Grifinória.

O de óculos sorriu para Sirius, tentando encorajá-lo enquanto a família Black partia e, depois, seguiu os pais até o carro, eles começaram a contar as novidades e estavam ansiosos para ouvir pessoalmente tudo o que o filho lhes colocara em cartas.

Mas James estava imerso em pensamentos, triste demais pela chegada do verão. Não sentia como se estivesse indo para casa, se sentia como se estivesse abandonando sua casa.

Então, era isso. O primeiro ano em Hogwarts tinha acabo oficialmente. Ele só veria os outros em setembro agora.

Mas, antes de ir embora, James ficou ajoelhado no banco e olhou para trás, apenas para deslumbrar cabelos acaju que só podiam pertencer a uma pessoa, a pessoa de quem ele sentira mais falta.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Será que eu consigo chegar aos 90 comentário? Vamos fazer uma brincadeira? Se eu conseguir os 90 comentários eu posto o primeiro capítulo do segundo ano até sexta que vem. Se não, vocês vão ter que esperar até dia 01/05.
Espero que vocês tenham gostado. Quem gostou levanta a mão! kkk
Bom, eu quero agradecer a todo mundo que leu a história, todo mundo que comentou, todo mundo que achou a história minimamente interressante e resolveu dar um chance.
Obrigada a todos vocês! Sem vocês, a história dos Marotos com a Pam nunca teria saido da minha cabeça. Amo muito vocês!
BlueBerryKisses,
Cassie