Someone In Your Side escrita por Den Falk


Capítulo 11
Stolen Smile - I


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora... Se é que ainda estão lendo.
Eu demorei por causa de outros projetos e também porque ainda tinha esperança de mais alguém comentar...
Obrigada a Pyong-yah que não me abandonou ♥
PUXÃO DE ORELHA NA LIA E NA MYA QUE LEEM E NAO COMENTAM AQUI U_U
E espero que vocês voltem ♥



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Era um tanto perturbador para ChanJi ter Kikwang por perto desde uns meses depois que ele havia teoricamente se mudado.


O rapaz apareceu para ela certa vez em sua varanda dizendo algo como “Olá, sou seu anjo da guarda”.



―Claro, Kikwang-sshi, você tem asas e aureola também. É óbvio que estou vendo. – foi a resposta de ChanJi que bufou irritada quando ele insistiu que era verdade.



Foi preciso mais alguns dias e umas insistências para que o rapaz fosse a um psiquiatra para fazer KiKwang parar de visitá-la. Ela sentiu-se feliz, aliviada até, porque não sabia como o rapaz conseguia ir sempre ao condomínio e aparecer em sua varanda toda vez que ela ia fechar a janela sendo que nem morava mais ali. Era totalmente assustador a ponto de se ele não tivesse a salvado e sido tão gentil ela achar que ele era um psicopata.


Talvez só um cara com problemas mentais e compulsivo o bastante pra ficar a admirando de longe. Ele sempre a olhava na entrada da faculdade e sempre da mesma forma, em cima de uma árvore e com um sorriso nos lábios. Ela tinha medo que um dia ele se transferisse para a mesma faculdade dela e, bem, esse medo chegou a se realizar.



A garota caminhava apressadamente pelos corredores tentando inutilmente despistar o rapaz.



―ChanJi-ah. – ele chamou com a voz meio triste, sabia que foi precipitado em falar para ela sua posição, mas sentia tanta vontade de ser sincero com ela, cuidar dela como nunca havia cuidado dos outros protegidos.



ChanJi era especial, assim que Kikwang pensava. Ela sofria mais que a maioria de seus protegidos e não pelo seu trauma, mas por sua situação atual. A menina se fazia de forte, cuidava do irmão e se mantinha extremamente inabalável perto dos que a conheciam depois de ela ter perdido o seu sorriso. Continua caminhando, enfrentando tudo, se dedicando aos trabalhos e escola e, acima de tudo, mantendo seu tratamento em segredo. A morena não sabia qual era sua doença, achava que estava com algo no nível de uma pneumonia ou questão do tipo que seria controlada, a infecção não era vista pelos médicos de forma tão séria, mas KiKwang, como seu protetor, sabia o que estava por vir e seu coração se apertava cada vez mais, sua preocupação aumentava cada vez mais e cada vez mais ele queria tomá-la dali e curá-la para que tudo em sua vida tivesse um final feliz.



―Gong ChanJi! – ele chamou mais sério, preocupado, fazendo-a parar de súbito.


O rapaz respirou fundo e foi até ela parando em sua frente. Ele tombou a cabeça para o lado a analisando e ela fechou a cara sentindo-se envergonhada com aquilo.



―Como anda o tratamento?



Chanji arregalou os olhos e engasgou um pouco antes de falar a primeira coisa que veio a sua mente.



―Seu stalker!



―Ya, Chanji-ah! Não é isso! – retrucou enquanto ela começava a bater em seus ombros. Segurou as mãos da menina alguns centímetros maior e a olhou. – Eu já disse que sou seu anjo da guarda!



―Ah! Maluco!



―Chanji, pare! – a repreendeu e ela parou séria olhando-o ao perceber que todos do corredor olhavam para os dois. Talvez não tivessem entendido a conversa, ela esperava que eles não tivessem captado nenhuma das frases ditas ali. – Acalme-se, por favor. – a face do menor era quase que uma suplica. Ele realmente queria ouvir dela se ela tinha ao menos noção do que estava acontecendo.



A morena respirou fundo e sorriu fraco desculpando-se pela reação.



―É que ninguém sabe... Como descobriu?



―Eu já disse.



―Para com essa brincadeira boba, é ilógico. – bufou.



―Nem tudo na vida pode ser explicado por lógica, ChanJi. – o rapaz falou com tanta convicção que fez com que ela ficasse o olhando por um tempo tentando digerir se aquelas coisas poderiam ser verdade.



―Se não faz sentido e não tem explicação não existe! – ela retrucou e virou-se apressando-se para se afastar do rapaz. O que seria inútil já que ele surpreendentemente estava na mesma sala que ela.



A Gong andou rapidamente até as cadeiras mais afastadas em sua sala sentando no fundo bem a janela. KiKwang entrou logo em seguida na sala e para alivio dela sentou-se no canto oposto da sala junto a um rapaz loiro e mal encarado.


Era só o que faltava! Ele anda com pessoas que parecem malvadas, pensou a menina afundando o rosto na mão e abrindo seu livro.



―Bom dia, Kwangie. – o loiro o cumprimentou e ele acenou com a cabeça. O loiro seguiu o olhar do rapaz e sorriu fraco ao ver a protegida dele tão distante. – Você fez besteira em ter falado para ela tão cedo, sabe que o chefe não gosta.



―Não tive escolha, Bang. – respondeu e logo foi repreendido com o olhar pelo mais alto.



―Teve sim, mas não quis. – Yongguk respondeu rindo de deboche. – Na boa, eu sei o quão difícil é.



―Pior pra você que nem contato direto pode ter ainda.



―Não posso chegar para ele e falar “Ei, sou seu anjo da guarda e quero impedir que você morra em breve, já que seu destino conspira para que você termine a sua vida jovem”.



KiKwang rolou os olhos e encarou o amigo batendo a mão na testa.



―Eu fui mesmo muito idiota!



―Pelo menos não foi o único com esse tipo de erro. – comentou o loiro rindo com sua voz rouca e forte – Junhyung hyung fez a bobagem de ser atropelado e ter contato diretamente drástico com sua protegida.



―Ele foi corajoso.



―Ele fez besteira. – comentou o outro loiro que se aproximava dos dois rapazes mais velhos. – Esses hyungs que se deixam levar pelo trabalho.



―Fala isso porque não tem nenhum protegido, Himchan! – O Lee retrucou emburrado.



―Nem sei porque estou aqui na terra mesmo. – Himchan bufou.



―Para me ajudar...



―Eu sei, Yongguk hyung. Mas tirando isso eu sou quase inútil aqui. – o mais novo comentou puxando uma cadeira e sentando-se nela.



―Não diga isso. – Bang pediu o olhando de uma forma que não se adapta a sua aparência imponente. – Você me impede de fazer besteira.



KiKwang riu e os dois o olharam curiosos.



―É que o Yonggukie fazendo essa cara dócil de preocupação nem combina com a aparência dele. Fica muito engraçado e... Ai, Himchan! Não me bate!


―Babo-yah! – o mais novo falou dando outro tapa na nuca do moreno.



―Yonggukie, olha ele! – Kwang resmungou e Yongguk riu apontando para frente onde o professor entrava na sala.



―Todos abram seus livros na página 25. Vamos falar um pouco sobre clássicos literários.




Durante todo o tempo que esteve na sala ChanJi tentou ignorar o fato que KiKwang estava ali. Ela fitava seu livro e a janela diversas vezes praguejando toda vez que desviava o olhar do professor para olhar o local onde o moreno estava com seus dois amigos.


Era estranho como ela ficava curiosa e como ela pensava mesmo sem perceber ou admitir em como seria bom alguém estar ali para protegê-la. Poucos sabiam de sua doença, nem ela mesma sabia o que era, mas ela desconfiava que era algo ruim.


Sentiu sua garganta raspar e logo tirou um lenço do bolso apressadamente. Tossir na mão não era mais uma opção fazia tempo. Ela apoiou o lenço nos lábios e tossiu enrolando o lenço assim que viu o tom avermelhado que ele havia ficado. Cada vez piorava, cada vez ela tossia com mais freqüência e cada vez saia mais sangue.


A menina sentia uma leve vertigem as vezes, apoiava-se pelos cantos na faculdade e logo voltava ao normal, mas das últimas vezes quase chegou a desmaiar.



Disfarçadamente guardou o lenço num bolsinho da mochila separado e assim que virou o rosto percebeu o olhar preocupado de KiKwang sobre si. Virou o rosto balançando a cabeça e fitando a janela, não poderia encarar olhares de pena. Era o pior que poderiam fazer por ela, ter pena.


Assim que olhou para o jardim do campus avistou o irmão caminhando ao lado de um rapaz que brincava com ele. Ao menos GongChan estava se dando bem ali. Ele parecia feliz e satisfeito, ela ficaria muito grata se esse novo amigo pudesse cuidar dele.


Quando voltou a olhar para o professor percebeu o rapaz a sua frente olhando para onde ela olhava antes com um sorriso nos lábios. Sorriu fraco e o chamou de leve.



―DongSoo oppa.



―Uh? – o rapaz murmurou interrogativo e a olhou sorrindo em seguida – Sim, ChanJi?



―Quem é o rapaz ali que você olha com tanto carinho?



―Meu irmão mais novo que parece ter feito um amigo.



O sorriso da menina se alargou.



―O novo amigo do seu irmão é meu irmãozinho. – riu fraco e o rapaz a olhou surpreso e animado.



―Fico muito feliz que o Baro esteja fazendo uma amizade... É difícil cuidar dele sozinho.



―Sei bem... – ela murmurou e ele sorriu com carinho.



DongSoo falaria algo, mas o professor chamou a atenção dos dois e de outros dois que os fitavam desatentos.



―Kwangie, parece que a gente vai passar bastante tempo de trabalho por perto. – Yongguk franziu o cenho e KiKwang assentiu.



―Talvez facilite.



―Ou talvez seja um desastre. – Himchan ponderou.



―Vamos ser otimistas, ok? – KiKwang murmurou suspirando e baixando os ombros.



―Quantas vezes tenho que chamar a atenção de vocês, uh?! – o professor gritou da sala jogando um giz na testa de Himchan.



―Yaaaaa, professor! Mianhae!



―Mianhae! – os outros dois acompanharam enquanto a sala ria.



Assim que se deu por satisfeito o professor prosseguiu com sua aula.



–x-

ChanJi saiu calmamente da sala conversando com DongSoo sobre seus irmãos mais novos, mas logo despediu-se do rapaz indo até a biblioteca e parando na mesa do atendente.



―Yang, eu tenho um stalker. – ela murmurou e o rapaz ergueu o rosto franzindo o cenho.



―Ahn?



ChanJi suspirou e deu a volta na mesa deixando os livros no balcão do rapaz e sentando em sua cadeira pegou algumas fichas de baixas as organizando por ordem alfabética. Seungho mexia em alguns livros antes de ChanJi chegar e largou-os parando de frente pra ela.



―É sério.



―E você fala com essa tranqüilidade? É maluca?



―Não. – ela bufou – Lembra que eu te disse que... Naquele incidente e taaaal... Teve um cara que me salvou?



O rapaz assentiu e a olhou preocupado.



―O que tem haver? É o bandido que invadiu sua casa?!



―Não, Yang! Para de paranóia!



―Mas é um stalker!



―Um pacifico, mas irritante e possivelmente com distúrbios mentais.



―ChanJi! Chegue nos fatos, ta me preocupando!



―Ya... É o cara que me salvou. – ela suspirou e largou as fichas arrumadas na mão do amigo beijando sua testa. – Ele disse que é meu anjo da guarda.



―Ele é louco?



―Por isso eu disse!



Seungho suspirou e puxou outra cadeira sentando do lado dela pensativo.



―Talvez seja um modo de dizer, sei lá. Quem sabe ele goste de você e queira te proteger depois que te salvou e viu como você é frágil?



―NÃO SOU FRÁGIL, YANG SEUNGHO!



A gerente da biblioteca olhou de cara feia para os dois e fez “Shiiiiii” para que eles se silenciassem. A menina baixou a cabeça sem graça e Seungho pediu desculpas voltando a olhar para a amiga em seguida.



―É frágil sim, Gong ChanJi. – comentou em um tom mais baixo que o anterior. – E se ele não faz nada talvez seja paranóia sua essa coisa de stalker.



Ela meneou a cabeça negativamente.



―Meu melhor amigo não acredita em mim. – bufou.



―Não é isso, Jiji...



―Tudo bem, Yang. É tudo muito confuso e complicado. – suspirou – Só queria contar pra você.



―Pode contar tudo pra mim...



―Nem tudo. – ela sussurrou e ele a olhou confuso.



―Disse algo? – Perguntou arqueando a sobrancelha.



―Esquece. – ela esboçou um sorriso fraco, como só Seungho conseguia fazer com ela, e levantou-se sendo acompanhada por ele.



O rapaz sorriu para ela e bagunçou seu cabelo a abraçando.



―Vai pra aula, vai.



―Já vou, appa. – ela riu baixinho e beijou o rosto dele.



―Se cuida.



A menina afastou-se a bateu continência arrancando um riso do mais velho. ChanJi foi para sua próxima aula e Seungho continuou a trabalhar.



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Notas finais do capítulo

Eu achei que ficou meio chatinho, mas preciso deixar as histórias claras, então um pra cada (:
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