Here Comes The Sun escrita por Bia Pereira


Capítulo 7
Capítulo 6 - Pedindo explicações


Notas iniciais do capítulo

Oieee, voltei a postar todos os dias *-*
Agora que tem tempo e inspiração né.. HAHA. Espero que gostem =)



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Fui para o meu quarto e coloquei uma música qualquer para tocar. Fiquei andando de um lado para o outro, chorando, tentando entender por que diabos Tomas fizera aquilo comigo.
Meu celular não parava de tocar, e sabia muito bem que era ele tentando dar algum tipo de explicação ridícula. Mas eu havia escutado cada palavra do que ele tinha dito. Eu nunca fui nada além de benefícios para ele.
Caí em minha cama, esmurrando o travesseiro com toda a força que pude. Ele era meu melhor amigo, ele era uma das pessoas que eu mais confiava. Era. Agora eu estava confusa se eu realmente confiava em alguém. Confiança se tornara uma palavra tão fora da realidade nas ultimas horas, que para mim parece impossível tê-la novamente algum dia.
Com as tentativas de entender tudo que aconteceu no pior primeiro dia de aula do mundo, acabei adormecendo, acordando com pedradas na janela.
Ele não poderia ser mais clichê, pensei vendo que era Tomas atirando as tais pedrinhas em minha janela. Sorte que a tinha fechado antes de adormecer.
Olhei o relógio que estava em minha escrivaninha e vi que era meia noite. O que aquele idiota fazia quase de madrugada atirando pedrinhas em minha janela? Queria acordar toda vizinhança ou bancar o Romeu?
Saí de perto da janela e calcei uma pantufa.
Calmamente desci as escadas, e antes de abrir a porta, bati minha cabeça na mesma e soltei uma bufada de frustração, seria tão mais fácil ficar brava com ele se ele não fosse atrás de mim.
Dei a volta na casa e parei em frente a janela do meu quarto, onde Tomas se encontrava cabisbaixo, encarando o chão.
-O que você quer aqui, Campbell? Caso não saiba já passou do seu horário de dormir. Pessoas com mentalidade de 10 anos costumam dormir as 22h30, não? – questionei-lhe.
-Summer, por favor. Só me escuta. Só peço 10 minutos e mais nada. -pediu
-Tudo bem.
-É serio, só... Espera. Você concordou?
-Não, eu disse tudo bem porque não concordei, sabe? Você terá dez minutos para falar suas desculpas ridículas. Mas hoje não. Amanha no intervalo nos falamos. Até, Campbell.
Virei as costas, sabendo que ele iria demorar algum tempo até perceber que aquele erro fora a gota d’água que faltava para eu perder minha paciência com ele.
Fechei a porta da frente atrás de mim e escorreguei até chão, colocando minha cabeça entre os joelhos. Sempre achei um drama nos filmes americanos quando as garotas o faziam. Mas, infelizmente, percebi que era o que dava para fazer quando toda a energia que tínhamos era usada para chorar.
Ouvi um barulho e levantei minha cabeça, Thony descia a escada com um bastão de baseball na mão. Era impressão minha ou minha vida parecia cada vez mais um filme americano idiota?
-Não tem nenhum ladrão aqui, tem? Vim verificar isso... – falou ao perceber minha cara confusa.
Largou o bastão no sofá e veio sentar ao meu lado.
-Quem foi o idiota essa vez? Pelo que eu saiba você não estava namorando ninguém ultimamente... – comentou
-Foi o Tom. – sussurrei.
-Mas... O que ele fez dessa vez? Summ, é serio. Esse cara não presta. Eu sei que ele é seu melhor amigo...
-Era. Ele era meu melhor amigo. Agora ele é só mais um idiota.
-O que ele fez, maninha?
-Ele disse umas coisas... – suspirei – que eu daria minha vida para não ter escutado.
-Sorte a dele eu ter me formado ano passado. O rostinho do capitão de basquete ficaria deformado antes do primeiro sinal.
Ri sem vontade e encostei minha cabeça no ombro de meu irmão.

Não sei como, mas acordei em minha cama. Provavelmente Thony havia me levado para o meu quarto. Tenho que admitir, meu irmão é muito fofo quando quer.
Levantei preguiçosamente e fiquei tranqüila quando vi o relógio, ainda eram 10 da manhã.
Tomei banho e coloquei o uniforme de torcida. Lembrei-me dos acontecimentos do dia anterior e torci para que tudo fosse apenas um sonho, por mais que soubesse que não era. Liguei para Liz para pedir carona com a mãe dela. Já havia tomado muito tempo da vida de Thony ontem e sabia que a moto de Tom não estaria estacionada na frente de minha casa como sempre.
Tomei meu café da manhã calmamente, quando me lembrei que já fazia quase dois dias que eu não via minha mãe. Ela havia chegado em casa na segunda? E não havia dito nada sobre mim e Tom no sofá? Será que ela sabia o que tínhamos feito? E ontem? Ela me vira chorando alguma hora?
Deixei as perguntas para depois, já haviam muitas em minha cabeça, que talvez iriam ser respondidas no intervalo.
Escovei meus dentes e logo ouvi a buzina da senhora Michelan e corri a encontro do carro.
-Bom dia, gente! – falei sorrindo quando entrei no confortável Volvo prata.
-Bom dia, Summer – falaram as Michelan em uníssono.
-Depois me diga o que aconteceu, hein, dona Summer. Essa carinha não está nada bem, não importa o quanto sorridente você esteja. – sussurrou Liz para mim.
Ela sempre fora a mais perceptiva de nós três. Suspirei, sabendo que não podia escapar de Elizabeth, ela me conhecia bem demais.
-Tudo bem. – respondi-lhe.
Depois de um olhar desconfiado de Liz, ela colocou um fone de ouvido em minha orelha e fomos cantando a caminho da escola.
Chegamos um pouco atrasadas, mas nada muito exagerado. Não tínhamos a primeira aula juntas, eu teria Álgebra e ela Química, mas teríamos duas aulas de literatura juntas.
O tempo passou – rápido demais, até- e sinal do intervalo chegou junto com meu nervosismo por causa de minha conversa com Tomas.
Saí da sala e dei de cara com Campbell, me encarando com um olhar arrependido.


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Notas finais do capítulo

Eai pessoal? O que acharam? Devo continuar? Vocês acham que a Summer deve perdoar o Tom? Deixem nos comentarios! Boa noite =P



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