Me viro para ver o já esperado: Tom sorrindo maliciosamente para mim.
–Pois é. Último dia de férias... Sabe como é. Tem que aproveitar como pode. – respondo
Rimos e ele me da um selinho.
–Duas vodkas por favor.
O barmen nos serve e vamos para onde tem música.
–Como estão as garotas da festa? – perguntei.
–Muitas veteranas gostosas. – ele sorri. – Algumas do segundo ano bonitinhas...
–Ué, cansou das novinhas foi? – perguntei rindo.
–Andei me encrencando muito ultimamente. Elas não sabem o significado de “só diversão”. Vai ficar com alguém hoje?
–Se eu der sorte, com vários. – rimos. –Vamos dançar. – puxo ele pela mão para onde vários jovens estavam aglomerados dançando.
De hora em hora íamos abastecer nosso copo, e depois de algumas doses estava meio alta.
Dançava no ritimo da musica, e um garoto moreno de olhos verdes começou a me encarar. Fiz sinal para que ele viesse até onde ele estava, e pisquei para Tom, em sinal que ele já podia procurar sua próxima “vitima”. Dançamos um pouco e lhe perguntei seu nome. Ele respondeu ser Garret e eu sorri. Pouco tempo depois estávamos nos beijando urgentemente. Ele beijava bem, lábios macios, experiente. Mas não senti nada. Quem sabe não tivesse mais sorte com outro. Me separei dele e dei um beijinho em sua bochecha.
–Você pode me pegar outra bebida por favor? – perguntei-lhe
Procurei por Tom e vi que ele estava atracado com uma garota, Ele já teve gosto melhor, pensei olhando a menina, que reconheci ser Carla Lively. Uma vadiazinha do terceiro ano.
Fui pegar outra bebida, uma cerveja mesmo.
–Summer! Summer! – gritava Annie
–Oi, Ann.
–Me trocou por bebida.
–Você ia me trocar pelas meninas do vôlei, poxa.
–Você podia ficar com a gente.
–Elas não gostam de mim... Eu mal falo com elas.
–Para de achar que não gostam de você. Poxa, Summy, você sabe muito bem que todo mundo te adora.
–Eu não sei não... Annie, não olha para trás.
–Por que? –perguntou olhando para onde eu disse,
–Não era para olhar porra!
Carol Scott, do time de Ann estava beijando William Bernal, o garoto que Annie sempre gostou.
Ela olhava para a cena e eu vi em seu rosto a dor que Annabeth sentia. Ela fechou os olhos com força e perguntou:
–Você ainda está com vontade de ser má com alguém?
–Quando eu não estou, amiga? Mas isso não importa, Quer ir embora? Quer que eu te arrume alguém super gato e gostoso para você ficar e viverem felizes para sempre?
–Fique com o Tyler.
–O Tyler? Ele e a vadia da Carol acabaram de terminar! Vão achar que eu fui a causa.
–Ela sabe que eu gostava dele. A gente tinha um acordo que ela não ia ficar com quem eu gostasse, nem eu com quem ela gostasse. Ela pode quebrar o acordo. Mas eu não vou. – respirou fundo - Por favor? – pediu.
–Tá bom. – suspirei bebendo o restante da minha bebida em um só gole. Iria precisar estar confiante. – onde ele está?
–Perto da piscina. Brigada, amoreco.
–Vai procurar o a Liz, você não precisa ver isso.
Fui procurar Tyler. Ele era bonito. Olhos castanhos, pele morena, cabelo preto. Quando eu o achei falei em seu ouvido.
–Oi Ty... Vamos dançar?
–Claro, Sum . Sempre – piscou para mim.
O puxei pela mão até ficar em frente a Carol e William.
Dançávamos no ritimo e de um jeito bastante provocante, olhei para Carol, e ela me fuzilava com os olhos. Perfeito.
Tyler sorria para mim e me puxou para mais perto. Acabei com a proximidade entre nós, colando nossos lábios.
Mas nem pude aproveitar o beijo, pois senti uma pontada na minha cabeça. A Scott havia puxado meu cabelo.
–VADIA! – gritei colocando a mão na minha cabeça.
–Olha quem fala. Você estava beijando meu namorado, sua puta!
–Ex. – disse Tyler.
–Exato. Ex. Finalmente. Ninguém merece ficar com alguém que dá o cu para o primeiro que aparece, e para todos os seguintes. –sorri maldosamente. - Nada contra você Will.
Ele levantou as mãos como sinal de “sem problemas”. – Agora, você vir me pertubar por não agüentar perder para alguém.. Superior a você é um problema.
–Você não agüenta eu ser melhor que você não é? Afinal, sou mais bonita, mais popular, mais inteligente, e eu tenho um namorado... –“ex” resmungou Tyler - E você nunca ninguém. Não é?
–Correção. Eu sou bonita, você faz plástica. Você tem fama de vadia, as pessoas gostam de mim. Você cola, eu sou inteligente. Eu pego alguns, você traia seu namorado por alguns idiotas.
–Escuta aqui sua..
–Escuta aqui você, querida. Depois de tudo que eu disse você não tem nenhuma moral para falar de mim.
Tudo que eu senti depois foi meu rosto ardendo por causa do tapa que ela me deu. Puxei seu cabelo e logo estávamos nós estapeando pelo chão. Minha boca tinha gosto de sangue, e não pude identificar se a gota que descia por minha testa era de suor ou sangue.
Senti alguém me puxando, e me carregando, eu esperneava dizendo que ainda não havia “acabado” com ela.
–Você não vai acabar com ninguém – disse Tom.
Ele me colocou em seus ombros como um saco de batatas. Até o banheiro, me sentando na bancada.
–Por que você fez isso? – perguntou-me.
–Ela que começou. – fiz biquinho. – Ela puxou meu cabelo, me xingou e o pior de tudo, ela me fez quebrar a minha unha. – mostrei minha mão. – Eu fiz as unhas ontem – resmunguei.
Ele riu enquanto fazia um curativo em minha testa. E limpava o canto de minha boca com água oxigenada.
–Você sabe que aquela Carol apesar de gostosa é uma vadia.
–Chamar ela assim é uma ofensa para as vadias. E eu pensei que vocês já tivessem ficado.
–E já ficamos. Mas vou te contar uma coisa – ele se aproxima do meu ouvido – você beija bem melhor – sussurra em meu ouvido.
Eu sorrio e digo que eu faço tudo bem melhor que ela.
–Agora que eu já me recuperei, e meu futuro medico já cuidou de mim, vamos dançar. Dessa vez você vai dançar comigo hein, monstrinho.
–Tá bom...
Ao invés de irmos para onde o pessoal dançava, ele me arrastou para o bar novamente, onde sempre voltávamos depois de um tempinho de dança.