Pov'S Freddie

Eu estava com o meu coração querendo sair pela boca. Queria falar tudo para a Sam, tudo o que eu sentia em relação á ela e a Carly, mas algo me fazia duro que nem pedra. E ninguém melhor que uma só garota morena que podia me ajudar:

Carly.

Levantei do meu sofá e fui correndo em direção ao AP da Carly, cheguei e ela estava sentada no sofá, dormindo. Roncando.

- Carly... - a chamei, levantando ela devagar - Carly...! - falei mais alto, ela não acordou - CARLY! - gritei e ela deu um pulo e caiu do sofá. - Ah! Acordou!

- Aii... - ela esfregou os olhos - obrigada pelo seu jeito de acordar uma garota. - ela disse irônica.

- De nada. - falei normalmente, sorrindo e a ajudando a se levantar.

- Por que veio aqui? Algo do iCarly? - ela perguntou.

- Bem... Carly... não é isso... é que, eu... - me enrolei todo.

- Quer que eu te ajude a falar tudo o que sente para a Sam. - ela disse.

- UOU! Como sabia? - perguntei.

- Coisa de garota. - ela disse, abrindo um sorriso malvado.

- Tá, que seja... ME AJUDA SHAY! - gritei.

- Tá,tá! Calma... bem... - ela sentou e fez uma pose pensativa - acho que o melhor a se fazer é pensar na Sam, fechar os olhos e dizer tudo o que sente, faz de conta que eu sou ela. - ela disse. A obedeci, fechei meus olhos e começei.

- Olha... - começei - Eu te amo mais do que tudo no meu ser, eu e você somos perfeitos um pro outro, temos os nossos problemas e amizades, mas com o tempo eu descobri que eu te amo mais do que eu já amava, já falei isso pra você antes, você falou uma vez, mas terminamos. E hoje eu vejo que tudo aquilo foi totalmente perda de tempo, eu terminar com você foi a pior coisa que já fiz, eu terminar com você foi ridículo, eu terminar com você foi a maior tristeza. Eu te amo. Amo mais do que qualquer outra coisa. Por favor, espero que algum dia, você possa me amar do jeito que eu te amo, você já me ama, eu sei, mas eu preciso de mais. - abri os olhos e olhei para a Carly. Ela sorriu, e quando ia se tornar ''a Sam'', ouvimos um barulho forte na porta, nos assustamos e fomos correndo para ver o que era.

- A... Freddie... e...ra... um la... drã...o...? - Carly estava sem folêgo, e eu também. Pode ter sido qualquer coisa, só vimos um vulto correndo para o Bairro da Sam e lembrei dela.

- E aí? - falei, limpando o suor - Como fui Carlotta? - perguntei.

- Ó - ótimo.... fiquei até sem jeito... espero que o Griffin me ame assim um dia... - olhei para trás e vi o Griffin correndo e pegando ela de costas. Ela levou um susto, mas viu que era ele e eles se beijaram.

Foi uma cena bonita, ver um casal assim. Do jeito que todo mundo fala, eu e a Sam somos assim. Espero que seja verdade.

- Que saudade! - eles se abraçaram.

- E aí Freddie?! - demos um toque de mão.

- Aí cara! - o saudei.

- Amor, quer sair comigo, tomar vitamina ou algo assim? - Griffin perguntou, Carly olhou pra mim e balançei a cabeça.

- Vão, eu tenho uma coisa importante a fazer. - saí correndo deixando os dois lá se engolindo.

Cheguei na casa da Sam e bati na sua porta. A mãe dela atendeu.

- Pois nã... oh! Fredward... - ela me olhou decepcionada.

- Olá Sra. Puckett, posso falar com a Sam? - perguntei.

- Quer esfregar na cara dela tudo o que ela já viu? - ela me deu um susto.

- Me desculpe.... não sei do que a Senhora está falando....

- Ok, entre - ela me deu espaço - ela não está no quarto, está na varanda , e tome cuidado, aqui está garoando. - assenti com a cabeça, confuso e quando cheguei, Sam estava sentada, com roupas de frio e uma xícara na mão. Estava mesmo frio.

Cheguei perto dela e a abracei.

- Oi Sam. - beijei sua mochecha.

- Ah... Freddie... oi. - ela disse, com um sorriso triste, e me dando espaço para sentar ao seu lado.

- Tá tudo bem? - perguntei - Você está estranha...

- Freddie... - ela olhou nos meus olhos - Sabe que eu te amo muito, não é? - ela me fez uma pergunta. Comecei a ficar preocupado.

- Claro.

- Sabe que quero que você seja feliz, com quem quiser, né? - ela perguntou, com um olhar profundo e triste, que me fazia querer sofrer por ela.

- Que pergunta é essa Sam? - agora estou preocupado.

- Quero um tempo... Freddie. Um tempo. - ela disse, me fazendo quase cair no chão.

- T- tempo? P - para o nosso namoro...? - falei, revoltado, mas muito bolado, gaguejando.

- Sim, você tem todo o direito de conhecer novas e pessoas... e eu também. - ela me disse, agora estou com certeza de que tem algum garoto envolvido.

- Tá, quem é ele? - falei, bravo.

- Ele quem? - ela se fez de confusa.

- Ah, que isso Sam! Tem algum garoto envolvido pra você querer terminar comigo!! - eu falei mais alto, olhei pra ela, ela abaixou a cabeça, não saiu do tom, nó ficou quieta.

- Não tem nenhum garoto Freddie. É sério, só que eu preciso de tempo pra pensar... e, bem... acho que você também. - ela disse. Caiu uma lágrima, depois outra, outra, bem rápidas, como se ela fizesse o possível para não chorar na minha frente.

- Não estou entendendo... sabe que eu te amo... não é? - peguei sua mão.

Ela me olhou nos olhos de novo, deu um risinho abafado, sincero, mas parecia irônico.

- Eu te amo. - ela disse, me abraçando. Não consegui retribuir, eu fiquei sem forças... eu perdi minha Sam. - Me desculpe, mas... é assim não é?

- O que é assim? - perguntei, chorando.

- A vida. - ela disse, limpando minhas lágrimas.

- Vamos voltar a nos odiar em tão Sam?

- Não. - ela ergueu minha cabeça - Vamos continuar do jeito que estávamos depois da primeira separação. Bons amigos...

- Último beijo? - perguntei.

Ela chegou perto de mim e me deu um beijo na bochecha. Não era isso que eu queria, e não entendi o motivo de ser ESSE beijo.

Ela me olhou de novo, eu fiz minha cara de confuso.

- Não entendo realmente nada. - falei.

- Logo vai entender. - ela se levantou, chorando bastante também; soluçando - Vamos, te levo até a porta. - eu peguei sua mão, ao menos, isso de despedida.

Passávamos pela cozinha e vimos um bilhete:

Sam, estou naquele lugar que te falei. Quando terminar, pegue uma carona ou um táxi, e venha.

Beijos, Pam.

- Que lugar é esse? - perguntei.

Ela abriu a boca pra falar, mas aí ouvimos uma buzina, era do carro do Griffin.

- Hey gentee! - eles nos cumprimentaram. Olharam que nossos rostos estavam inxados e vermelhos.

- Pelo jeito a emoção foi grande, né? - Carly disse, muito feliz.

Sam a olhou de um jeito triste, depois malvado, depois triste e bravo ao mesmo tempo.

- É... grande emoção. E o Griffin Carly? Ele sabe? - ela perguntou.

- Sim, já contei... - Carly acha que é sobre a conversa, e eu não sei sobre o que a Sam acha.

- Fico feliz por vocês. - ele disse, eu acho que ele acha a mesma coisa que a Carly...!

- Não acredito... - Sam abaixou a cabeça - Bem, Griffin, me leva até o Centro? Tenho que comprar roupas. - ela disse.

- Mas, logo agora... por que...?

- Vamos! - eles entraram dentro do carro sem ao menos dar Tchau.

- E aí... - Carly começou - o que aconteceu?

A abracei. O mais forte que podia, e chorei mais alto ainda.

- Meu Deus... Freddie... ela não gostou...? - ela começou a ficar triste.

- Ela... terminou... comi - migo... - chorei.

- O que?? - ela me ergueu. - Como assim?

- Eu nem falei nada - limpei minhas lágrimas - ela disse que precisava de tempo, e que seria melhor pra mim, pois assim eu ia ter certeza dos meus sentimentos e... ai! - meu coração doeu - Quero a minha Sam de volta Carly...!

A abracei e ela retribuiu, chorando comigo.

- Ainda vou descobrir o que aconteceu ok? - ela disse. - Vem, vamos para casa... - e fomos abracados, aproveitei para contar até os detalhes.

Pov'S Sam

É, isso foi o melhor.

E não acredito que o Griffin levou de boa!!

E o jeito da Carly? Como se não soubesse que eu o amo e ainda esfrega na minha cara!! Que raiva...!

Mas são meus melhores amigos... amo todos... e não posso fazer nada pra mudar o amor daqueles dois.

- E você Griffin? - perguntei - Tá tudo bem?

- Claro, e fico muito feliz por você e o Freddie! - ele disse.

- Pelo fato de terminarmos e a Carly e ele namorarem? É, eles se amam!

- O QUE? - Griffin olhou pra mim e um caminhão apareceu, ele não conseguiu desviar e senti algo muito forte batendo na minha cabeça.

Tá tudo branco.