Bati meu pé nervosamente olhando para o delegado enquanto ele ouvia silenciosamente e calmo a gravação que eu havia feito.

Edward segurou minha mão com força estava orgulhoso e impressionado com minha sorte, afinal de contas que sorte eu tinha dado. Na verdade a sorte estava no fato de que Victoria era uma tapada que acreditava que tirar onda com a cara do perdedor era algo esperto. O problema dela era que eu não era a melhor perdedora.

- bom com essa gravação. – disse o policial – você esta salva.

- e ela? – perguntei.

- vai responde pelo que cometeu. – disse simplesmente.

- obrigada – falei me levantando e pegando a mão de Edward. Era um conforto ter ele do meu lado. Saimos da delegacia caminhando em silencio então respirei fundo. O sol estava se pondo e o vento gelado fazia meu rosto queimar estava frio e eu funguei.

- que foi amor? – perguntou Edward calmo.

- estou tão exausta. – falei o abraçando e escorando minha cabeça em seu ombro. – esta tudo fora do lugar.

- o que quer dizer? – perguntou me abraçando mais forte, Edward tinha essa mania adorável de que se eu o abraçasse ele me abraçaria mais forte como se ele dependesse disso. Eu tinha certeza que dependia.

- eu estive pensando sobre o que Victoria disse. – escondi meu rosto em seu peito. – eu sou um fracasso não faço nada direito. – Edward se afastou de mim brutalmente e me segurou pelos ombros.

- que absurdo você esta dizendo anjo? – perguntou. – você é a mulher mais perfeita que conheci.

- isso não é verdade. – falei fungando. A verdade é que eu era um trapo de tudo que eu já fui. Ali estava eu fraca e sem noção do que fazer e isso me deixava estranha.

- chega – ele disse. Edward me encarou serio. – você é incrível... é tão diferente. – ele olhou em volta. Ter uma conversa dessas em frente a uma delegacia não era legal.

- eu... – tentei falar mas Edward me olhou tão severamente que me calei imediatamente mas tive que sorrir. – quando foi que você virou o adulto da relação? – perguntei irônica.

- ai esta. – ele tocou meu rosto calmamente. – é você, a garota que eu vi no corredor sorrindo pra todo mundo.. a inteligente das aulas avançadas a garota do grêmio... minha cheelider – ele sorriu.

- não sou mais assim – falei colocando minha mão sobre a dele em meu rosto.

- há você é. – ele me puxou dando um beijo leve em meus lábios. – você é diferente.  E quando eu te vi pensei Ela é diferente... e agora eu te vejo e penso ela é minha. Olha o que construímos em tão pouco tempo. Você ganhou Nessie... eu estou com Marie.. nós vamos ter nosso apartamento vamos ser uma família. – sorri com o pensamento dele. – eu vou cursar administração em uma boa faculdade.. você vai ser psicóloga como deseja. – tudo que ele falava me fazia acreditar que todas minhas escolhas tinham sido corretas. - mas é o que ficou pra trás não importa mais...

- não importa? – perguntei confusa.

- não... porque você era uma adolescente. Uma garota com laços na cabeça e um nariz bem empinado.- ele riu e eu também. – vamos pra casa aqui esta frio... e Nessie e Marie precisam da gente.

Edward pegou minha mão e abriu a porta do carro finalmente tudo estava certo.

[...] Um mês depois. [...]

- eu não como jujubas – disse Marie balançando a cabeça olhando para o céu. Seu cabelinho loiro caia em cachos e ela estava no colo de Edward.

- porque não como jujubas? – disse Edward chocado. – todo mundo come jujubas.

- são enjoativas – ela resmungou – como você. – disse rindo.

- como ousa me chamar de enjoativo? – me olhou chocado. – Isabella sou enjoativo, Nessie sou enjoativo? – perguntou.

- aitivo? – perguntou Nessie enfiando jujubas na boca. – aiiiitivo – bateu palmas pegando mais balas.

- porque ela não fala direitinho? – perguntou Marie me olhando curiosa.

- ela muito pequena. – falei prendendo uma joaninha ao cabelo dela.

Escutei uma buzina e me virei, meus pais desceram do carro, tinham acabado de voltar da audiência de guarda de Nessie e de testemunhar conta Victoria. Victoria estava pressa durante esse mês aguardando seu julgamento.

- olá pequena família – disse minha mãe sorrindo. Ela estava com um envelope mãos e se abaixou me entregando. – isso pertence a você. – olhei confusa o envelope

- o que é? – perguntei analisando

- abra e você vai descobrir. – piscou, meu pai sorriu também então abri o envelope olhando Edward confusa.

Abri o envelope e olhei o papel era a certidão de nascimento de Renesmee. Meus olhos encheram de água e eu comecei a chorar e soluçar.

- Mãe? – perguntei – porque o meu nome esta como o de mãe de Nessie? – solucei novamente.

- porque ela é sua – disse minha mãe – não minha. – eu chorei, chorei e fui amparada por Edward e Marie.

- mamadi? – perguntou Nessie me entregando jujuba seus dentinhos estavam começando a nascer e mesmo assim ela continuava sorrindo.

- sim minha linda. – sorri a pegando no colo, eu ainda estava chorando. – sua mamadi.

[...]

- Okay okay.  – falei com a venda nos olhos de Marie e Nessie bom as duas estavam inquietas a Marie era com certeza a mais animada.

- ahhh – gritou baixinho – eu vou morrer.

-começou o drama – resmungou Edward. – se continuar com a Bella vai ficar pior.

- pai – disse Marie, as coisas eram naturais para os dois. Edward era o que Marie precisava e Marie era o que ele precisava... pra criar juízo definitivamente.

- mamadi – Nessie se balançou em meu colo brava, ela odiava surpresas então caminhei pelo apartamento recém mobiliado por mim e Edward nossa próxima parada. Edward e eu nos formaríamos em duas semanas. E assumiríamos nossa maior responsabilidade... morar juntos.

Já estava na hora de cada um de nós começar algo novo. Mas juntos. O apartamento era divido e bem modelado, grande e espaçoso 3 quartos fomos primeiro ao de Marie.

Edward guiou ela pelos corredores dando giros e deixando a menina tonta.

- Para amor vai deixar a Mey tonta – xinguei e Marie Riu. Mey era o apelido que Nessie tinha dado a Marie... ficou.

Ao entrar pela porta e tirar a vendo Marie olhou em volta um tanto chocada...

- é.. meu? – perguntou confusa com os olhinhos cheios de água... – nos somos uma família?  Perguntou chorando.

Eu fiquei pensando em como estava a vida dela, Marie era uma criança perdida, tinha perdido pai e mãe e agora estava tentando fazer parte de uma nova vida. Ela era muito nova pra precisar lidar com isso.

- sim – disse Edward se abaixando – nos somos sua família.

- Iaa – disse Nessie e eu ri.

- porque ela insiste em só terminar as palavras? – perguntei pra Edward e Marie. Ela ficou vermelha e parecia com vergonha. – que foi anjo? – perguntei.

- Edward é meu pai – disse olhando pra baixo... – então... eu posso chamar você de mãe? – perguntou. Sorri calmamente.

- eu me sentiria honrada Mey – falai sorrindo. Ela me abraçou e Nessie resmungou ainda com a venda nos olhos. – okay temos um mini furacão no meu colo e ela precisa do quarto dela.

Corremos pelo corredor e abri a porta do quarto de Nessie, obvio ela fez pouco caso já que os brinquedos do chão era muito mais legais que a cama e os enfeites. Em meia hora elas tinha destruído tudo a sua volta. E quando finalmente cederam ao sono eu e Edward nos jogamos no sofá exaustos.

- eu não estou preparada – resmunguei brincando e ele riu.

- tarde de mais para desistir. – me escorei contra seu corpo e sorri pra ele. – eu te amo.

- eu te amo – repedi e ele sorriu. – estamos juntos nessa.

- nenhum tempo seria longo o suficiente... – ele citou me beijando – mas vamos começar com para sempre.