Perfect Two escrita por oliverqueens


Capítulo 7
O que não pode ser esquecido


Notas iniciais do capítulo

Narrador: Sam Evans



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/204979/chapter/7

Não dera para segurar. A minha proximidade com Blaine no decorrer daquela semana era mais que visível e por mais que tentássemos nos manter afastados – por questões de reputação e precaução – acabávamos andando abraçados, com os braços dele prendendo a minha cintura ou os meus prendendo a dele. Consequentemente, se boa parte da escola já sabia que Sam Evans, até recentemente o maior hétero e grande pegador de garotas da escola, era homossexual e que agora namorava um garoto gay assumido há tempos, o clube Glee já sabia. Conviver com os membros do coral não era nenhuma tarefa complicada e eles aceitaram minha sexualidade com incrível facilidade – claro que depois de muitos gritos e olhares incrédulos, além de um choro raivoso da parte de Kurt que andava extremamente arrasado e com olheiras constantes e usava as mesmas roupas de dois em dois dias. É, fora isso que aconteceu.

Eu havia me livrado de alguns exames naquela semana e depois de um almoço – Blaine estava junto, compartilhamos uma mesma mesa com Santana e Brittany –, tentei convencê-lo a cabularmos aula para ir para qualquer lugar do exterior da escola, mas Blaine, muito aplicado, recusara aquela minha sugestão.

– Só hoje, lindo. – Insistia para ele, colocando minhas duas mãos sobre um dos ombros dele e fazia um enorme bico com os lábios já bem fartos, tentando transparecer toda minha birra e vontade de estar perto dele. Era estranho, pois eu não podia ultrapassar de simples toques com o meu namorado. Estávamos em um local público e cheio de pessoas preconceituosas, além de que eu já era um perdedor. Participante do clube Glee e homossexual. Minha vida é complicada, mas eu sou muito feliz vivendo ela!

– Não, Sam! – Ele disse sério, me fazendo desanimar. – Não gosto disso. E é errado, por mais que seja uma proposta tentadora. – Continuou Blaine, me fazendo revirar os olhos mediante as palavras que ele dizia com tanta firmeza. – Se é errado, não quero que meu boca-de-truta cometa este erro, ta bom? – Ok, dessa forma, eu não iria infringir regras mesmo! – E se lembra que uma das minhas maiores funções é cuidar de você? Estou fazendo isso, Evans. – Depois disso, Blaine lançou uma piscadela para mim e deu uma mordida na maçã bastante vermelha que estava em sua bandeja.

– Você tem uma mordida sexy. – Falei, olhando fixamente para o moreno ao meu lado.

– Sério? – Perguntou Blaine.

– Sério. –

– Acho melhor irmos indo, garotos. – Santana nos alertou sem muita gentileza, apanhando a sua bandeja semi-vazia e a loira, Brittany, fez o mesmo, saindo ao lado da latina.

– Santana anda simpática comigo. – Blaine fez aquele comentário, observando com o par de olhos a saída da garota e da companheira dela. – Antigamente, vivia implicando comigo porque eu ''roubava'' todos os solos que, segundo ela, deviam ser dela. – Completara, virando-se para mim que o encarava com bastante atenção. – Ridículo isso, né? Não uso o meu talento para fraudes e sim porque gostam do que faço. E se faço bem, melhor ainda! Will faz bem em me chamar, pois tenho muito prazer em representar na mínima coisa que seja o nosso clube. – Falou bastante animado, dando uma última dentada ao fruto.

Eu o encarava bastante sorridente, inexplicavelmente encantado pela textura que os olhos de Blaine Anderson possuíam.

– Você e Santana já cantaram alguma vez juntos? Tipo, só vocês dois? Porque, em minha opinião, vocês dois são os melhores cantores do Glee. – Questionei e, seguidamente, sugeri. Seria maravilhoso ver os dois cantando juntos.

– Não... Vou sugerir isso a ela um dia, que tal? – Tendo me respondido – uma resposta bem gostosa de ouvir –, tratei de concordar com Blaine.

Posteriormente, o garoto conferiu as horas e me alertou de que deveríamos ir indo. Assim concordei e saí do refeitório acompanhado do namorado, bocejando sem querer. Eu estava bastante cansado e tinha ido dormir tarde noite passada, por ter ficado cerca de três horas com Blaine no telefone. Certo que ele brigara muito comigo por isso, mas eu não ligava.

Caminhando pelos corredores do Mckinley, acabamos encontrando Kurt em um desses, que nos olhou com incrível cólera, porém, instantaneamente, seus olhos começaram a marejar.

– Oi, Kurt. – Saudei-o, tentando mostrar a ele que eu não era nenhum tipo de adversário. Ele deu as costas e saiu andando. Olhei para Blaine.

– Você me culpa por isso, Blaine? Por ele estar assim, nos olhando torto ou quando olha. –

– Claro que não. Aconteceu. Estamos juntos, Sam. Não vamos viver de passado, por favor. Assim a gente não vai se manter. – Falou ele, me olhando de maneira amigável e tranquila.

– É, você está certo. – Concordei. – Vamos para o clube Glee? –

Tendo Blaine concordado, segurei a mão dele e fomos na direção da sala do coral. Entramos lá e fomos nos sentar lado a lado. Acabamos, de última hora, sendo informados de que Rachel faria uma apresentação. A música que a menina passou a entoar, à medida que o tempo ia passando, se chamava Make You Feel My Love, da Adele, e ela fazia parte dos meus eletrônicos portáteis. Era uma música muito bonita e na voz de Rachel, sem dúvidas ficara muito linda. No final da música, Rachel Berry sorrira. Quase todos aplaudiram, mas podia-se perceber aplausos forçados da parte de Mercedes. E Santana limitou-se a sorrir para a garota, um sorriso talvez orgulhoso da colega. É claro que, para todos, aquela música era especialmente para Finn Hudson, namorado de Rachel há muito tempo. Quinn tinha o seu doce olhar preso em Rachel, como se quisesse ler o interior da morena. Não apresentava sinais de fúria, todavia, mas era estranho ver Quinn Fabray prestar atenção em Rachel. Não liguei para aquilo. Blaine é quem merece minha total atenção. Virei meu rosto para ele, assim que senti o leve peso da mão do garoto ser posto sobre a minha e entrelacei meus dedos aos dele, contemplando-o enquanto mordia os lábios. Ele fazia o tipo mais tímido e reservado.

O tempo passava com incrível rapidez e nem notávamos de que o nosso horário no clube Glee esgotara, naquele dia. Fomos nos despedindo dos colegas – exceto Kurt, que não estava ali – e depois partimos para o estacionamento, que estava bastante vazio. Nos encostamos no automóvel de Blaine e fiquei com o meu corpo de frente para o dele, colado, eu acariciando o pescoço dele com minhas duas mãos e puxei-o para um beijo demorado.

– Hmmm. – Murmurei. – Não te contei algo muito importante hoje... –

Blaine segurou minhas mãos e aparentemente assustado, me observou, indagando:

– O que aconteceu? –

– Eu não disse que... –

– Fala, Sam! Está me assustando. – Blaine advertiu.

– Eu não disse que te amo. – Falei em tom brincalhão, dando um selinho nos lábios grossos do moreno.

– Idiota. – Ele riu, apertando a região dos meus ombros, assim que soltou minhas mãos. – Também amo você. Agora, venha. Vou te dar uma carona até sua casa. – Muito cavalheiro, ele abriu a porta do lado do carona para mim, permitindo que eu entrasse e me acomodasse ao seu lado. Não demorou para que ele ocupasse o lado do motorista e assim partimos.

Em uma Sexta-feira à noite, eu e Blaine estávamos extremamente desocupados. Eu estava em meu quarto, sozinho, deitado sobre o colchão da minha cama, com meu celular no ouvido, conversando com o namorado.

– O que você está fazendo? – Eu perguntei.

– Olhando algumas fotos antigas aqui no meu computador... E falando com você. E você? – Blaine respondera-me.

– Pensando em você e procurando algo que não me deixe tão entediado. – Nisso, percorri os olhos por todo o quarto. Nada parecia divertido, nem mesmo o computador e meus jogos de vídeo-game.

– Masturbação serve para isso. – Blaine disse aquilo tão de repente que me arrancou altos risos.

– P-para, ow! Não faço isso... –

– Aham, e eu sou um duende-irlandês mais devoto que o Rory...              – Blaine me caçoou.

– Bobão... É sério. Vem aqui para casa me fazer companhia. Podemos ter uma noite especial, mais uma. Não acha isso algo legal? – Falei, expondo minhas ideias. Queria Blaine perto mais do que fosse permitido, até.

– Ok, Sam. Vou. Sorte a sua, pois não faz muito que eu saí do banho e bem, não precisarei de um exclusivo para ir te ver. – O que estava fazendo ele se tornar tão inocente e bobo assim? Seria a convivência comigo?

– Vou te esperar. Eu te amo. – Respondi-o e esperando que ele desse a resposta, desliguei o aparelho e fiquei ao aguardo de Blaine.

Em menos de meia hora, ele chegara ali. Eu não podia deixar de notar a combinação do traje dele, normalmente, ele me surpreendia sempre com a quantidade exagerada de estilo que tinha. Nos abraçamos depois que eu fechei a porta do hall de entrada e o beijei, sem medo, sem remorso, sem arrependimento algum. Em seguida, seguramos nossas mãos e fomos para a cozinha da casa. Na geladeira, havia uma pizza e a preparamos no forno do fogão. Comemos daquilo e bebemos um pouco de refrigerante. Convidei ele para assistir um filme, mas ele não quis. Preferiu subir para meu quarto e no fundo era o que eu queria também. Subimos as escadarias brincando um com o outro; era algo importante aquilo, brincar. Porque o nosso relacionamento não era composto apenas do amor, mas sim da amizade e esse sentimento entre nós é enorme e parece não ter fim (mas não queremos pôr um ponto final nele, tão recentemente, ainda temos muito para viver juntos. A eternidade, quem sabe!). Chegando próximo à porta do quarto, espalmei minha mão na madeira para escancarar a porta encostada, mas Blaine me puxou pelo braço – com considerável força – e me colocou na parede de tom vinho. Tudo aconteceu muito rápido. Quando eu abri os olhos, após o susto, senti as mãos fortes do namorado percorrerem a região do meu abdômen, acariciando-a, sentindo os músculos definidos daquela área. Além disso, era notável dois dedos dele próximos ao meu umbigo, ousando descer ainda mais. Mas Blaine demonstrava inconstância: Me pegando de surpresa, outra vez, as mãos dele ascenderam-se e subiram ainda mais, pousando na região do meu peitoral e acariciando a região dos mamilos, trabalhando seus polegares sobre os dois, me fazendo gemer consideravelmente.

– Blaine... Quarto. – Murmurei sem fôlego e o moreno me conduziu para o dormitório, me colocando sobre a cama e ele veio logo depois, ficando de joelhos na minha frente. Ele retirou a camisa, mostrando seu maravilhoso físico. Eu via alguns pelos na região – nada excessivo –, mas eu não me importava com aquilo. Estava com quem eu amava e tudo era válido naquele momento precioso. Ele me chamou com um dos dedos dele, entreabrindo as pernas poucos centímetros e aí pude notar um recheio formando-se em sua calça de tom bege. O obedeci e fui para frente dele, também ficando de joelhos. Eu sabia o que Blaine queria. Que eu usasse a minha boca em seu corpo, que eu excitasse-o... Por que não? Fui encostando meus lábios no peitoral do garoto e comecei a roçá-los ali, permitindo que a saliva fosse molhando a região. Assim, os lábios carnudos e cheios de desejo e amor foram deslizando por toda a região do tórax definido de Anderson, passando pelos mamilos pequenos dele, que tornaram-se rígidos no mesmo instante. Enquanto eu aproveitava, agora descia minha boca para o abdômen de Blaine, sugando a região com a boca e deixando marcas de leves chupões por ali, espalhadas de forma embaralhada. O moreno retirou minha camisa e fez questão de interromper o que eu fazia, me puxando para um beijo fervoroso, em que nossas línguas se entrelaçavam, uma buscando pelo espaço da outra, mas em bocas diferentes. A dele na minha, a minha na dele. O beijo foi se desfazendo e Blaine conduziu seus deliciosos lábios encharcados para meus ombros, onde ele começou a beijar e sugar, me deixando extremamente excitado. Fomos obrigados a retirar nossas calças e notar os nossos volumes, ambos bastando recheados. A cueca boxer preta de Blaine estava farta, enquanto a minha vermelha, também. Agora, fui me agachando, ficando com o rosto colado à cueca do namorado e aos poucos fui abaixando-a, fazendo com que o ereto pênis do moreno aparecesse.

– Talvez você descubra agora que ''boca-de-truta'' não é um simples apelido... – Sussurrei, tentando parecer provocante e abocanhei o membro dele, trabalhando com os lábios e a língua por toda a extensão rígida, por diversos minutos, mas para mim, significaram horas, afinal minha boca trabalhou com intensidade sobre aquele mastro, me arrancando suspiros que denunciavam que estava na hora d’eu recuperar o fôlego. Blaine gemia, à medida que o vai-e-vem dos meus lábios tornava-se mais veloz. Ele sentia muito prazer, eu podia perceber as veias do seu membro encherem-se de sangue: Latejava. Então ele pediu que eu parasse e me deitou delicadamente no colchão. Entreabri as pernas e Blaine se acomodou ali, abaixando-se gradativamente e brincou com o elástico da cueca vermelha, até abaixá-la por completo. Notei que ele tentara ignorar o tamanho do meu membro e pulou para a região abaixo do meu umbigo, que, em meu peitoral e abdômen inteiro, era o único mínimo espaço em que havia uma trilha de pelos, que muitos consideravam levar a para a ''Ilha da loucura''. Blaine deslizou a língua por ali, até alcançar o meu pênis com ela e nele começou a trabalhar, por bastante tempo, assim como eu fizera nele.

As preliminares mantinham-se deliciosas e eu não queria saber que hora era. Apenas queria o meu namorado para desfrutar daquela situação comigo. Após o sexo oral, Blaine molhou o próprio polegar e ergueu minhas pernas, colocando-as suspensas sobre os ombros nus dele, conduzindo o polegar para a região do meu ânus, a qual ele começou a tocar, até que tal área se acostumasse, fosse preparada, fazendo assim com que a dor fosse menor e o prazer maior. Mas... Iria doer, de qualquer forma. Eu estava com um pouco de medo, mas chegamos até ali, não era hora de desistir. Eu era virgem (com homens) e tinha medo, mas respire, Sam, e apenas entregue-se àquele que te ama. Após tanto cutucar aquela região, Blaine lentamente passou a me penetrar e as estocadas começaram a ser feitas, por enquanto lentas, mas à medida que ele percebia que eu ia me acostumando com o grande tamanho do seu pênis, ele aumentou o ritmo dos movimentos do quadril, me penetrando com maior força, me arrancando altos gemidos. Enquanto me penetrava, meu corpo balançava e o moreno parecia me estimular cada vez mais, tanto que meu pênis não permanecia parado. Conduzi uma das minhas mãos a ele e me masturbava, enquanto Blaine – que me segurava, afinal estava com as pernas suspensas – deslizava os lábios pelo meu calcanhar e o pé em si. Então ele tinha tesão por pés? Eu também tinha. E muito. A nossa transa progrediu com muita harmonia e  o moreno me penetrava cada vez mais, acariciando minhas coxas enquanto realizava as expressões mais excitantes de que sim, estava sentindo prazer. Os meus gemidos ficavam cada vez mais altos, porém eu tentava controlá-los, sem obter muito sucesso.

– Shhh... – Fez Blaine, pedindo para que eu o olhasse. Ele foi diminuindo o ritmo das estocadas e fê-las mais duradouras e menos intensas. O pênis dele entrava e saia de dentro de mim e não demorou a que a ejaculação dele viesse. Era tão... Gostoso! Eu nunca imaginei que seria tão bom dessa forma. Seria algo impossível de retirar da memória e eu, Sam Evans, nunca tiraria, por simplesmente estar apaixonado por Blaine Anderson. O garoto moreno desfez toda aquela nossa posição e foi se acomodar ao meu lado. Perguntas típicas começaram a serem discutidas como ''Gostou?'' etc. Era meio chato, mas fazia parte da primeira vez de um casal.

– Você foi maravilhoso, amor. – Elogiei-o, movendo meu corpo e ficando com o meu sobre o dele, um fino lençol de linho branco cobrindo nossos corpos nus. – Incrível. – Beijei-o, descendo os lábios para o queixo, onde deixei alguns beijos estalados.

– E você também. Me fez ter borboletas no estômago, Evans. – Ele disse, me fazendo sorrir. Suspendera uma das mãos para deslizar os traços do meu rosto com ela, o que me ocasionou um riso nervoso.

Depois de alguns minutos nos amando, em palavras e gestos de carinho, resolvemos ir tomar um banho juntos. Foi delicioso e tudo isso era mais perfeito. Resolvemos comer alguma coisa e andarmos apenas de cueca pela casa, brincando um com o outro. Um casal que tinha muitas esperanças guardadas e grandes vontades de se manterem unidos. ''Blam'' era a definição e tradução do amor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acredito que esse tenha sido o momento mais esperado por vocês! Por favor, comentem. É chato chegar aqui e ver minha caixa de reviews ''seca''. Um escritor-mirim não terá um futuro se os leitores não o ajudarem. Espero que tenham gostado e é isso aí. ♥